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sexta-feira, 29 de julho de 2016

DEPRESSÃO E SEUS FATORES

Depressão e seus fatores (I)
Por Battista Soarez
Nos últimos tempos, vários amigos meus têm sido afetados por depressão. Inclusive uma irmã minha que trabalha como diretora de escola há 30 anos. Isso tem me chamado à atenção. Tratei de minha irmã por meio de algumas psicoterapias de apoio e atividades motivacionais. Ela foi curada em 30 dias. Como psicoterapeuta e pastor, tenho ajudado outras pessoas a superar esse problema.
Segundo o Dr. Neil Nedley, autor do livro “Como sair da depressão”, de todas as formas de doenças mentais, a depressão é uma das mais comuns, perigosas e temidas. Ele explica que mudanças de humor são uma parte normal da experiência humana, mas que alguns passam por uma forma de depressão que tende a se arrastar com o risco de consequências graves. Essa condição, diz ele, não é normal e necessita de atenção médica.
Muitas vezes, o paciente não percebe ou não admite a necessidade de ajuda médica. Talvez a maior ameaça da depressão seja a falta de compreensão da doença, associada à desinformação.
Uma das formas mais comuns de depressão é a que o Dr. Neil chamou de “depressão maior”. É uma doença mental. Vem em segundo lugar depois das fobias como, por exemplo, medo de multidões, de espaços fechados etc., e afeta qualquer pessoa, independentemente da classe social ou condição financeira.
“Depressão maior” é a forma mais comum de transtornos do humor, é muito mal compreendida, acontece em um a cada três pacientes de medicina interna e, se o caso for tratado adequadamente, pode haver cura com absoluta eficácia.
Tratamentos de rotina são feitos independentemente da causa, mas se quisermos ter eficácia no tratamento temos que determinar a causa. O mais preocupante é que episódios de depressão são cada vez mais frequentes em pessoas com até 25 anos de idade, enquanto que, antes, ocorria comumente na chamada crise da meia-idade, em torno dos 40 anos. Para se ter uma ideia, as vendas de remédios antidepressivos subiram mais de 800% ao redor do mundo desde 1991.
Mas nem toda pessoa deprimida tem depressão. Para os casos corriqueiros, o Dr. Neil chamou de “depressão situacional”. Ele explica que depressão situacional á algo que qualquer um de nós pode ter. Mas não chega ser uma doença mental. Afinal de contas, assevera ele, sentimentos depressivos são reações normais do nosso organismo e são resultantes de eventos traumáticos ou de outras situações corriqueiras da vida.
Os sintomas de “depressão maior” são nove, a saber: (1) tristeza profunda ou uma sensação de vazio profundo, (2) apatia, (3) agitação ou perturbação, (4) distúrbios do sono, (5) distúrbios do peso ou falta de apetite, (6) falta de concentração, (7) sentimentos de excessiva culpa ou indignidade, (8) pensamentos mórbidos ou desejo de querer morrer, (9) fadiga.
Uma pessoa que apresente pelo menos 5 sintomas destes, é considerada portadora de depressão maior ou profunda. Ela perde completamente a qualidade de vida.
Alguém que apresente dois dos quatros sintomas restantes por pelo menos duas semanas, tem depressão leve ou depressão subsindrômica, isto é, muito próximo de uma síndrome.
Dificilmente uma pessoa que sofre de depressão maior ou depressão profunda terá todos os sintomas. O trauma emocional pode causar todos estes sintomas, mas não são indicação de depressão.
A “tristeza profunda” é o primeiro sintoma da depressão, mas é preciso ficar atento. Não é qualquer tristeza profunda que se pode considerar depressão. É comum as pessoas chorarem enquanto estão derramando suas queixas no consultório. Por outro lado, há pessoas com depressão que não têm tristeza profunda. Mas apresentam outros sintomas classificados entre os nove.
O segundo sintoma é a “apatia”. Pode ser descrita como uma diminuição marcante do interesse, ou do prazer, e quase todas as atividades quase que diariamente e na maior parte do dia, segundo o doutor Neil Nedley.
A “agitação” é o terceiro sintoma. Trata-se de um distúrbio sem causa definida, descrita como perturbação ou inquietação. As atividades físicas diminuem e outras atividades rotineiras se tornam mais lentas.
Em quarto lugar estão os “distúrbios do sono”, que podem variar de uma pessoa para outra. Uns ficam sem sono. Outros ficam sonolentos. Outros dormem grande parte do dia e, ainda, têm dificuldade de levantar de manhã, dormindo até tarde do dia.
Os “distúrbios do peso” é o quinto sintoma e está relacionado ao apetite para mais ou para menos. Perda ou ganho de peso no decorrer de um mês sem nenhum esforço do paciente é válido como sintoma de depressão.
O sexto sintoma é a “falta de concentração”. Estudantes, jornalistas e escritores que não estejam se concentrando direito nas suas tarefas de estudo e, diariamente, reclamam da dificuldade de raciocinar precisam procurar um especialista com urgência.
Excessivos “sentimentos de indignidade”, baixa autoestima e culpa excessiva e sem razão de ser é o sétimo sintoma de depressão maior.
“Pensamentos mórbidos”, como, por exemplo, recorrentes sobre a morte ou o suicídio constituem-se o oitavo sintoma. Este sintoma é silencioso porque, às vezes, a pessoa recorre ao suicídio sem que, antes, alguém percebesse. Quando menos se espera a pessoa já se suicidou.
E, finalmente, o nono sintoma se relaciona à “fadiga” ou à falta de energia quase todos os dias. Este é o mais comum dos sintomas.
Me tornei psicoterapeuta por meio da análise transacional, do curso de psicopedagogia clínica e institucional que fiz na Universidade Estadual Vale do Acaráu (UVA) e de muitos estudos e pesquisas autodidatas que tenho feito na área da mente humana. Depois destas capacitações, os casos de depressão que tenho acompanhado têm me proporcionado muitos conhecimentos sobre o problema, inclusive a respeito de mim mesmo.
Quando passei uma separação conjugal, em 2003, tive mais ou menos seis destes sintomas e não sabia que estava passando por depressão. Por isso não procurei tratamento. Um dia os sintomas aumentaram e, então, fui ao médico. Foi quando constatei que eu estava diabético. Depois de uma batalha na justiça com a ex-mulher e, depois, com outras pessoas que tiraram proveitos financeiros de mim por via judicial, os sintomas pioraram e quase fui para a hemodiálise. Felizmente, consultei com o Dr. Wildener, médico naturalista, que, por meio de um tratamento natural intensivo, me livrou dos remédios farmacológicos e das doenças implicadas pelo diabetes.

(Continua na próxima edição.....).

quarta-feira, 13 de julho de 2016

MULTAS E FARÓIS LIGADOS

A indústria de multas
Por Battista Soarez

O governo brasileiro não tem competência para gerar riqueza no país por meio de investimentos nos setores produtivos. Por isso ataca o bolso do cidadão de várias formas: inventa taxas de tudo quanto é jeito, tributos e multas além das contas.
A novidade mais recente é a invenção abusiva de multar veículos que trafeguem com a luz do carro apagada nas rodovias estaduais e federais. A justificativa, nada convincente, é de que isso reduzirá o número de acidentes. Mentira!
O fato é que o governo subestima a inteligência do povo para poder tirar proveito por vias legais. O que o governo quer, de fato, é aumentar a arrecadação do Estado para alimentar ainda mais o inferno da corrupção. Então, o caminho mais curto é criar multas porque, aí, tudo se torna mais fácil, isto é, o governo não tem que investir e nem trabalhar para fazer dinheiro.
Quem tem de trabalhar para pagar tudo é, de fato, o pobre e sofrido cidadão brasileiro que já pena para pagar água, luz, sustentar a família, pagar os impostos, pagar combustível caro, pagar o IPVA absurdo, consertar o carro quebrado por rodar em ruas, avenidas e rodovias esburacadas, por causa da irresponsabilidade do governo que arrecada todo o dinheiro do povo e não faz corretamente a sua parte. Além disso, o trabalhador brasileiro é absurdamente penalizado com uma carga de tributos insuportável.
Temos que ser honestos. Trafegar durante o dia com a luz do carro apagada não causa acidente. O que causa acidente são as rodovias, avenidas e ruas cheias de buracos e, ainda, os quebra-molas espalhados pelo meio dos buracos. O que causa acidente é a má sinalização no trânsito. O que causa acidente é a estupidez de motoristas mal educados que não receberam instrução educativa porque o governo simplesmente cruzou os braços para a educação. O que causa acidente é a falta de investimento em políticas públicas de trânsito.
Você acha mesmo que no governo está preocupado com a vida ou a morte de alguém? Analise o nível de corrupção praticado pelo governo brasileiro e tire suas próprias conclusões. Mas o que está claro, e muito claro, é que o governo está mesmo preocupado é em arrecadar mais dinheiro para alimentar a corrupção que a gente já não aguenta mais.

São Luís do Maranhão, por exemplo, tem tanto buraco, mas tanto buraco que você não verá mais em nenhum outro lugar do mundo tanto buraco assim. As autoridades responsáveis pelo serviço público nada fazem, a não ser tapar alguns buracos nos dias das eleições para poder ganhar voto na intenção de se reeleger para repetir a mesma política de corrupção.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

SOBERBA, QUEDA DE PASTORES E PERDÃO

Atire a primeira pedra
Por que homens e mulheres de Deus estão caindo em pecado? Por que a igreja ainda não assimilou a justiça do perdão?

Por Battista Soarez

Tenho acompanhado, com muita tristeza, a publicização [nos blogs e nas redes sociais] de pecados envolvendo pastores e líderes cristãos que, por alguma razão, cometeram falhas em sua vida particular. Alguns deles são líderes importantes como, por exemplo, a bispa Ivonete Sena, pastor Tarquínio e, mais recentemente, o bispo Mário Porto. Essas pessoas são pastores, mas, também, são pessoas normais, que cometeram algo próprio da natureza humana.
Tudo o que essas pessoas fizeram foi fazer sexo quando sua saúde sexual deu sinal de que era o momento exato de suprir tal necessidade. Um dia elas não terão mais energia para isso porque vão estar numa idade em que o vigor físico da juventude já terá se passado (Eclesiastes 12.1). Mas agora elas têm esse vigor e, então, caíram, caem e sempre vai ter alguém caindo. E isso é normal. É normal porque cair faz parte do processo de construção-reconstrução espiritual do homem escolhido por Deus para ser exemplo de vida perante a comunidade-mundo. O homem é um ser “moral-espiritual” e cai para que ele não se perca no plano da vida eterna.
O cair de um líder cristão é normal também pelo fato de que a igreja precisa praticar o exercício do perdão: na queda de um pastor, é a oportunidade exata de a igreja exercer este princípio da justiça de Deus e, assim, praticar o ministério da misericórdia (Tiago 2.13). Se a igreja não perdoa o pastor, ela está cometendo o pecado da injustiça (Efésios 4.32; Colossenses 3.13). Pois está quebrando um princípio da justiça divina que é o “princípio do perdão” (Mateus 6.15; 7.2; Lucas 6.37). Uma igreja que não sabe perdoar o seu pastor que caiu está pecaminosamente perdida no caminho inverso da salvação (Mateus 18.35; Lucas 6.37).
Por conseguinte, a igreja precisa compreender que a queda de um cristão, embora sendo líder, faz parte da vida cristã normal. Anormal é a atitude de um outro ser humano, sujeito aos mesmos erros, pegar o pecado sexual de alguém e sair espalhando pelos meios de comunicação como se fazer sexo fosse coisa de outro planeta. Anormal é as pessoas acharem que pastor é Deus e que, portanto, não pode errar, como se o fato de alguém se tornar pastor significasse deixar de ser humano. Anormal é os crentes lerem a Bíblia e, apesar disso, ignorarem os ensinamentos de Jesus que diz em sua palavra afirmativamente: “Se, porém, não perdoardes aos homens [as vossas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6.15).
Jesus disse a Pedro que o exercício da capacidade do perdão não é sete vezes, mas setenta vezes sete (Mateus 18.21-22). Isto quer dizer que o princípio do perdão deve ser uma prática diária e contínua (Lucas 17.3-4). E que a disciplina para quem foi afetado, ferido ou imolado pelo pecado não é exclusão, é tratamento (cf. Gálatas 6.1-2). Ferida se cura é com remédio e não com pancada. Alma ferida se cura é com amor e perdão e não com indiferença e/ou rejeição.
Perdão é um princípio da justiça divina que, na língua hebraica do Velho Testamento, significa “defesa”. Ou seja, Deus agindo em defesa do seu povo. Portanto, quem não exercita a capacidade do perdão está fora do plano da justiça de Deus. Quando um pastor cai, repito, é o momento certo de a igreja exercitar o aprendizado do perdão como princípio da justiça de Deus.
Por outro lado, pastores que não ensinam ou não preparam a igreja para saber perdoar, pagarão caro por essa omissão. Pastores que não perdoam quando alguém peca, um dia sofrerão a dor da necessidade de serem perdoados. Lembre-se: perdão não é doutrina, é princípio. E qual é a diferença? A diferença é que “doutrina” é falível e tem valor apenas denominacional, enquanto que “princípio” é infalível [é eterno] e tem valor universal.
Todas as pessoas crentes com quem conversei e notei sintomas de soberba, caíram e passaram pela dor da vergonha moral, inclusive líderes de igreja. A verdade é que quedas pecaminosas servem para nos corrigir quando somos soberbos. Muitos que caem, caem não para sua derrota, mas para sua libertação do inferno da soberba e para sua graciosa vitória espiritual. Quando caímos, somos jogados no leito da dor moral e ali refletimos sobre nossa limitada condição humana. E aí é onde somos tratados e reconstruídos.
Deus traz uma variedade enorme de meios para trazer saúde à sua igreja que está doente. E se um pastor cai, isto quer dizer que sua memória espiritual foi gravemente ferida e, então, precisa de cura (leia o meu livro “E assim o amor acontece”, Arte Editorial, SP, 2013).
Há doenças que a medicina, a psiquiatria e a psicologia não curam. A doença do pecado, por exemplo, não pode ser tratada por psicólogos ou psiquiatras, mas pelo poder de Jesus através de um conselheiro cristão que saiba ministrar a psicologia do perdão. Não podemos discriminar e excluir uma pessoa que pecou, mas acolhê-la, perdoá-la e amá-la. É a única forma de vencer o pecado. Algumas doenças não podem ser curadas porque a sua causa não está no corpo físico, mas na alma. Isto é bíblico. Algumas pessoas nos dias de Jesus não puderam ser curadas sem, antes, suas almas serem tratadas.
Certa vez, antes de ministrar a cura num homem, Jesus disse-lhe: “Filho, estão perdoados os teus pecados” (Marcos 2.5). Isto significa que uma cura física não pode acontecer se a causa da doença está na alma. Só depois de perdoar o pecado daquele homem, ou seja, de tratar a doença da sua alma, foi que Jesus lhe disse: “Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa” (Marcos 2.11).
Muitos pastores que estão pecando e não conseguem parar de pecar é porque suas almas estão doentes. O fato de eles buscarem saciar seus desejos no prazer sexual é porque suas almas estão buscando cura dos seus problemas existenciais no lugar errado. No fundo, estão procurando saciar sua fome de Deus no prazer sexual, por ser o sexo a necessidade humana mais próxima da espiritualidade. O sexo é, portanto, uma forma de todos nós humanos resolvermos momentaneamente nossos problemas de alma, saciando, por um pouco de tempo, nossa sede de Deus. Por um pouco. Porque, logo depois, volta tudo de novo.
Um pastor não cai por acaso. Quando se vê um pastor cair, o problema não está no seu caráter ou no seu nível de santidade, mas na vaidade do seu coração. A queda de um pastor, portanto, não é um problema moral ou falta de caráter, como muitos pensam e falam. Mas é um problema de soberba espiritual que afeta sua vida no plano físico (Jó capítulos 3, 40 e 41). É plenamente possível ter caráter, ser santo e justo e, mesmo assim, ser soberbo. Foi o caso de Jó e do jovem rico confrontado por Jesus na passagem de Mateus 19.16-22. Jó era justo, santo e honesto servo de Deus. O jovem rico era justo, fiel e aplicado na palavra do Senhor, sem nada que desabonasse sua conduta. Mas essas pessoas tinham um problema em comum: eram soberbas. E a soberba precede a queda (Provérbios 16.18).
A vaidade do coração é o pecado da soberba. A soberba acontece quando o líder ou qualquer crente em Jesus comete a infelicidade de achar que o seu nível de espiritualidade e santidade está acima do nível dos outros. Quando ele pensa que a sua moral é mais importante do que a moral dos outros. Foi o que aconteceu com os líderes mencionados acima e com outros líderes caídos Brasil a fora. Líderes importantes como o bispo Mário Porto, bispa Ivonete Sena, pastor Tarquínio, pastor Caio Fábio e muitos outros que caíram e estão caindo pelas mesmas razões, caíram e caem não para a sua perdição ou derrota, mas para que Deus os resgate do poço pecaminoso da soberba.
Esses líderes são extremamente importantes para o reino de Deus porque trabalham com a libertação da consciência da comunidade-povo. O povo vive numa terrível escravidão mental. E esses homens e mulheres príncipes de Deus têm a missão de libertar essa gente-comunidade-mundo dessa escravidão mental. Por isso mesmo são alvos do ódio estarrecedor do diabo. O diabo os persegue colocando nos seus corações a soberba, o orgulho, a santarronice, o patamazismo etc. E, então, chegam a um momento da queda. Deus permite que o diabo os derrube.

Mas a queda espiritual desses homens e mulheres de Deus é, consequentemente, um antídoto contra o pecado da soberba que se infiltrou nas suas vidas por meio da vaidade do coração. Este é o método perfeito do grande amor de Deus por nós para livrar-nos da porta do inferno. Mário Porto, Ivonete Sena, Tarquínio, Battista Soarez, líderes de grandes igrejas, presidentes de convenções, o papa e todos nós que somos crentes em Jesus e destaques na comunidade da fé precisamos entender que a nossa espiritualidade não está acima da espiritualidade dos outros. Temos que ter a consciência de praticar o princípio do perdão uns para com os outros (Efésios 4.32) e, assim, vivenciar profundamente a justiça e o grande amor de Deus.