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sexta-feira, 22 de junho de 2012

PARAGUAI

Sem a presença de Lugo no Senado,
impeachment começa a ser julgado




Sem a presença do presidente paraguaio, Fernando Lugo, o Senado deu início por volta das 12h30 locais (13h30 de Brasília) desta sexta-feira, 22, ao julgamento político que decide se ele permanece no cargo. Para representá-lo, cinco advogados compareceram perante os parlamentares.
Com país em crise, paraguaios esperam decisão do Senado

O processo contra Lugo foi aprovado ontem pela Câmara dos Deputados, que o acusa de "mau desempenho" de suas funções. Cinco deputados atuaram como promotores e, em apenas meia hora, definiram os cinco motivos para destituir o presidente, entre eles o mais recente, e estopim para a abertura do processo de impeachment, é o conflito agrário sangrento em Curuguaty, que resultou em 17 mortos na última semana.

Mais cedo nesta sexta-feira, Lugo havia apresentado uma ação de inconstitucionalidade à Suprema Corte de Justiça para suspender o julgamento político. A ação apresentada ao principal tribunal do país alegava que o Parlamento "não respeita o devido processo", anunciou o advogado do presidente, Adolfo Ferreiro.

Do lado de fora do Senado, uma multidão de partidários acompanha a movimentação. Policiais da Tropa de Choque fazem um cordão de isolamento no entorno do Senado. As ruas da região estão fechadas para o tráfego de veículos, assim como boa parte do comércio na área. No entanto, no restante da cidade, a vida aparentemente segue normal.

Lugo terá duas horas para apresentar a sua defesa. Em seguida, acontecem outras duas sessões de uma hora cada. A primeira será destinada à apresentação de provas contra o presidente e a segunda, para as considerações finais da acusação e da defesa. Às 16h30 (17h30 de Brasília), o Senado deve votar se Lugo permanece ou não no cargo.

CASO DÉCIO SÁ

Citação do nome de Cutrim em assassinato
de Décio Sá põe dúvidas nas investigações
Ao ser informado, deputado se indigna e coloca sigi-lo telefônico e bancário à disposição da justiça

O deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD) foi citado no depoimento do assassino confesso do jornalista Décio Sá, morto na noite do dia 23 de abril deste ano. Segundo o depoimento — vazado na internet até agora não se sabe por quem — o deputado foi um dos mandantes do crime. De acordo com o do-cumento, Jhonatan de Sousa Silva, ao ser interrogado, afirmou que o parlamentar seria o maior interessado no assassinato do jornalista. A acusação foi feita durante um depoimento que durou cerca de sete horas, prestado no dia 9 de junho.
 


Cutrim: "Eu desafio quem quer que seja a provar qualquer participação minha nesse ou em qualquer outro crime".
 
Na quarta-feira, 20, a reportagem do Jornal Itaqui-Bacanga esteve no gabinete do deputado Raimundo Cutrim para esclarecimento do fato. Per-guntado a respeito da citação do seu nome pelo assassino confesso, Cutrim ficou surpreso. “Todo crime tem uma cronologia — disse ele. — Tem que ter uma motivação para acontecer. É preciso ter um motivo”. E questionou em seguida. “Eu pergunto: qual a motivação que porventura existiria para eu mandar matar Décio Sá? Ou pelo menos ter interesse na morte dele? Eu não tinha nada contra ele. Nem ele contra mim. Ele nunca me prejudicou em nada. Nem eu a ele. Nunca me envolvi em nenhum tipo de negócio desonesto que pudesse levar um jornalista a citar meu nome em qualquer denúncia. Quem me conhece sabe da minha índole. Minha vida sempre foi e sempre será muito transparente”, ponderou Cutrim.

O deputado esteve presente na Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira, 21, e concedeu entrevista à imprensa. Ele novamente afirmou estar surpreso com o envolvimento de seu nome no inquérito feito pela Secretaria de Segurança Pública ao longo de dois meses de investigação. "Estou espantado. Eu sou o maior interessado em esclarecer. Minha vida toda foi feita em combate ao crime organizado. Todo crime tem um fato, um início, meio e fim. Tntão tem que ser tudo investigado", disse.



Roseana Sarney diz não acreditar em participação de Raimundo Cutrim no assassinato de jornalista
  

Cutrim tem um extenso currículo de serviços prestados em vários estados da federação. Formado em direito, ingressou na Polícia Federal em 1981. Fez carreira como delegado da PF e desenvolveu suas funções nos estados do Pará, Piauí, Roraima, Rondônia, Maranhão e presidiu inúmeros inquéritos policiais e missões especiais em diversos estados do Brasil. No Maranhão, foi secretário de Segurança Pública por oito anos e desvendou crimes importantes como o crime de roubo de cargas e os fiéis depositários. “Com a experiência e o currículo que tenho, como delegado federal, eu seria muito ingênuo me envolver num crime dessa natureza”, acentuou o deputado. “Jamais me envolvi com pistoleiro ou com qualquer outro tipo de crime”.

Na entrevista de quinta-feira, Raimundo Cutrim não negou que conhece um dos empresários presos durante a investigação, José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”. O empresário teria dito, em depoimento, que já teve negócios com o parlamentar. Cutrim não negou ter tido, sim, negócios com Bolinha. Mas esclareceu que esse negócio não passou do âmbito profissional. "No final do ano passado, eu conheci ele e aluguei umas máquinas dele, assim como aluguei máquinas de muitas outras pessoas. Não passou disso. Ele é um empresário. Eu jamais soube de seu envolvimento com qualquer crime”, afirmou o deputado, garantindo que a relação é somente profissional.

O nome de Raimundo Cutrim surgiu no caso depois do vazamento do relatório enviado pela Secretaria de Segurança com o pedido de prisão. Nele, o sobrenome do deputado foi citado, mas a identidade não foi especificada. Na manhã de quinta-feira, 21, novo vazamento desencadeou a revelação do político com o assassinato de Décio. No depoimento, o suspeito diz: "Esse Cutrim é citado pelo Júnior Bolinha como principal mandante na morte do Décio". Questionado pelo delegado, o acusado especificou que se tratava do deputado. Ao saber da citação do seu nome, o deputado reagiu. “Agora, que citaram meu nome, o principal interessado no esclarecimento desse crime sou eu. Eu desafio quem quer que seja a provar qualquer envolvimento meu com esse ou com qualquer outro crime”, desabafou.

Raimundo Cutrim ainda se pôs à disposição da polícia para quaisquer investigações. "Se precisar da quebra do sigilo telefônico nos últimos dez anos, ou da quebra do sigilo bancário, eu coloco tudo à disposição", asseverou ele. “Não tenho nada a temer”.

Em entrevista à rádio Mirante AM, na manhã de quinta-feira, 21, o de-putado refutou a acusação de que seria um dos mandantes do assassinato do jornalista de O Estado do Maranhão, Décio Sá. Ele defende que haja uma in-vestigação mais aprofundada sobre o caso.

Até agora, sete pessoas acusadas de participarem do planejamento e pa-gamento da execução do jornalista foram presas. Foram expedidos oito mandados de prisão, um deles do comparsa de Jhonatan — que seguiu na motocicleta junto com o autor dos disparos — mas ainda não foi encontrado pela polícia. O nome de Raimundo Cutrim não estava entre as prisões pedidas pela Secretaria de Segurança, que até o fechamento desta edição ainda não tinha se manifestado sobre o assunto.

Dúvidas

Com a citação do nome do deputado Cutrim pelo interrogado, pairam no ar algumas dúvidas sobre o processo de investigação do crime contra Décio Sá. Já há até especulação se os presos são realmente os verdadeiros envolvidos no assassinato do jornalista. Ou se há manobras para incriminar o parlamentar. Uma das hipóteses levantadas é se Jhonatan não está sendo orientado, de alguma forma, para assumir um crime que ele não cometeu e que, pelo andar da carruagem, é um crime que está longe de ser esclarecido. Pelo menos já é sabido que Aluísio Mendes, secretário da Segurança Pública do Maranhão, tem divergências com Cutrim.

Segundo fontes que tiveram acesso a um dos suspeitos presos, por trás das investigações existem informações duvidosas e muita pressão sobre os interrogados. Além disso, ainda não foi esclarecido por que Valdênio José da Silva, 38 anos ― um dos suspeitos de participação no assassinato do jornalista Décio Sá ― foi morto. Valdênio foi investigado, revelou nomes que ficaram em sigilo e em nenhum momento citou o nome do deputado Cutrim. Foi solto e, logo depois, assassinado por volta das 23h de uma segunda-feira, 11 de junho, na Vila Pirâmide, em Raposa.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Valdênio foi atingido por cinco tiros de revólver calibre 38. Policiais da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) disseram que estavam investigando o caso mais até agora nada foi esclarecido. Valdênio também era acusado de envolvimento em vários crimes no Maranhão e em outros Estados. Ele já tinha sido preso diversas vezes por chefiar uma quadrilha especializada em roubo de cargas e sob a acusação de latrocínio no Pará.

Investigações

A citação do nome do deputado Raimundo Cutrim parece mudar o rumo das investigações, pondo um ponto de interrogação na veracidade dos fatos até agora revelados. "Eu sou a pessoa mais interessada, agora, em esclarecer os fatos. Eu sou um homem público. Tenho o Estado todo para dar satisfações, minha família e meus amigos. Eu sou um homem que tem a vida limpa", afirmou o deputado Raimundo Cutrim. "Júnior Bolinha" é citado no depoimento como quem teria afirmado que Raimundo Cutrim e Gláucio Alencar seriam os principais mandantes do crime.

Todavia, uma fonte que pediu para não se identificar disse que Gláucio Alencar Pontes Carvalho, 34, não tem nada a ver com o assassinato de Décio Sá, apesar de ser agiota e amigo pessoal do jornalista. Gláucio também estaria sendo pressionado para assumir o crime juntamente com seu pai, Jose de A-lencar Miranda Carvalho, 72, que também está preso.

Indignado, Raimundo Cutrim se colocou à disposição da Polícia e do Poder Judiciário, além de abrir mão do sigilo bancário e telefônico. "Quero que o Ministério Público acompanhe. Faça um trabalho sério e a verdade reinará no final", disse ele.

Durante a entrevista, Raimundo Cutrim assumiu ter divergência com o atual secretário Aluisio Mendes e fez elogios à Polícia do Maranhão. "Eu tenho minhas diferenças com o atual secretário. Isso é público e notório. Mas, a polícia do Maranhão tem os melhores delegados do Brasil. Todos formados pela Academia da Polícia Federal", declarou.


Em entrevista à imprensa na quinta-feira, 21, a governadora Roseana Sarney disse não acreditar no envolvimento do deputado Cutrim no crime. “Não acredito que o deputado esteja envolvido nisso. Ele foi o meu secretário, fez um grande trabalho e, inclusive, ajudou a desbaratar o roubo de cargas no Maranhão”, destacou a governadora.




quarta-feira, 20 de junho de 2012

CASO DÉCIO SÁ


Depoimento vazado na internet
deixa dúvidas e expectativas

Depoimento de Jhonatan deixa dúvidas e expectativas
O fato de ter vazado o depoimento do assassino confesso do jornalista e blogueiro Décio Sá deixa muitas dúvidas. Entre elas, algumas das mais importantes são: quem permitiu que um documento tão sigiloso pudesse ser divulgado via internet?; quem, dentre os delegados que investigam o caso, estaria realmente interessado no vazamento das informações contidas no depoimento?; o que motivou alguém da equipe que trabalha no caso a permitir o tal vazamento?; a quem se quer atingir?; a quem se quer livrar a pele?; por que menções duvidosas, como a do nome “Cutrim”, aparecem sem maiores detalhes?; por que a polícia não perguntou ao assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva, 24 anos, quem é esse Cutrim? Já que os outros nomes mencionados foram averiguados e esclarecidos de quem se trata, conforme se pode conferir neste trecho de uma matéria do Jornal Pequeno:

“Ao ser questionado acerca de quem seriam os mandantes [do assassinato de Décio Sá], o interrogado cita os nomes de Júnior Bolinha, Capitão, Gláucio, Buchecha e o Cutrim”.

Mais adiante, são qualificados “Júnior Bolinha” (José Raimundo Sales Chaves Júnior), “Capitão” (Fábio Aurélio Saraiva Silva, capitão da PM, subcomandante (afastado) do Batalhão de Choque, amigo de infância de “Júnior Bolinha”); Gláucio (Gláucio Alencar Pontes Carvalho, preso com o pai, José de Alencar Miranda de Carvalho) e “Buchecha” (Fábio Aurélio do Lago e Silva, “cobrador” de “Júnior Bolinha”). Nada é comentado sobre “Cutrim”. Apenas é relatado: “No que tange às outras pessoas citadas pelo interrogado, temos a esclarecer que não possuímos, ainda, elementos que corroborem a efetiva participação no crime”.

As dúvidas não param por aí. Tudo indica que Jhonatan de Sousa Silva, o assassino, ainda tem muito o que falar. O problema é se ele está sendo orientado (leia-se pressionado) para falar apenas algumas “verdades” verdades “militares”, “jurídicas” e “políticas”. É que esse crime é de alta complexidade, considerando-se o fato de que Décio Sá era um jornalista que vinha denunciando nomes importantes da alta sociedade. E, segundo informações colhidas nos bastidores da imprensa, ele ainda tinha muitos fatos para publicar, em que havia envolvidos perigosos.

O fato é que esse crime como disse o deputado Bira do Pindaré ainda está longe de toda a verdade. O que o judiciário precisa ter cuidado é com as injustiças. Pode ser que um “fulano” que não gosta de “cicrano” se aproveite da de algumas incógnitas da situação para atingir quem não tem nada a ver com o fato.

É necessário que se esclareça, por exemplo, quem é o tal “Cutrim” mencionado no depoimento do assassino do jornalista Décio. A família Cutrim no Maranhão e no Brasil é muito grande. E esse sobrenome está presente na política, no judiciário, no empresariado, nas famílias de bem e na criminalidade. Por isso a polícia precisa concluir seu trabalhado de investigação. A imprensa está de olho nos fatos: nos verdadeiros e nos falsos.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

CPI DA PISTOLAGEM

Não basta fazer CPI
É preciso criar política pública para conter a cultura da criminalidade
Por BATTISTA SOAREZ
Fonte: O Imparcial
Segundo o Jornal O Imparcial, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar crimes de pistolagem ocorridos recentementes no estado do Maranhão, oficializada nesta quarta-feira (2), pelo deputado Bira do Pindaré (PT), está ganhando corpo. Saiba mais... CPI da pistolagem já tem onze deputados a favor.
 
Na sessão desta quinta-feira (3), dez deputados estaduais já assinaram o pedido de CPI. São eles: o próprio Bira do Pindaré (autor do pedido), Othelino Neto, Marcelo Tavares, Valéria Macedo, Zé Carlos do PT, Gardênia Gonçalves, Luciano Leitoa, Eliziane Gama, Neto Evangelista e Chico Gomes.

Para que o pedido seja encaminhado à Mesa Diretora da Casa Legislativa e se torne uma CPI, o documento precisa contar com, pelo menos, 14 assinaturas.

Bira do Pindaré espera que mais colegas ainda assinem o pedido. Os parlamentares que podem constar na lista são: Eduardo Braide, Cleide Coutinho, Carlinhos Amorim e Graça Paz. Caso eles assinem ainda nesta quinta, o pedido pode ser procotolado e a CPI oficializada.

Mas se não fizerem até o fim da tarde desta quinta, a CPI pode ser instaurada somente na próxima semana.
Não é de hoje que o crime corre solto no Maranhão. Matar pessoas, inclusive inocentes, já até virou cultura no estado. Uns matam, outros morrem. E ninguém é capaz de fazer alguma coisa. Até porque quem poderia fazer algo (os políticos, o judiciário e as instituições defensoras dos direitos) estão parece estar comprometo até o pescoço.

Os jornalistas, que é a única classe que realmente faz justiça neste país, estão morrendo a cada vez que tenta defender a vida e os direitos dos cidadãos. O que tem predominado, de fato, é só o medo, a insegurança e absoluta converdia de matar, matar, matar, matar....

terça-feira, 1 de maio de 2012

GOVERNO

Novo ministro, Brizola Neto diz

que PDT 'tende a marchar unido'

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MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO


Anunciado na segunda-feira (30) como o novo ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT) afirmou nesta terça-feira (1º) que o seu partido "tende a marchar pela unidade".
"A grande questão agora é a unidade partidária. É importante o partido dar sinalização de unidade. Creio que não teremos dificuldade porque existem questões maiores a nos unir do que divergências desse processo de escolha do ministro", afirmou o novo ministro, que participa das comemorações do Primeiro de Maio em São Paulo.
Planalto oficializa indicação de Brizola Neto para pasta do Trabalho

A indicação de Brizola Neto não era unanimidade no partido e foi tratada como "indicação pessoal" da presidente. Sua posse acontece na próxima quinta-feira (3).
Dilma deu ao novo ministro a missão de unificar o PDT. "Este primeiro momento é de buscar reafirmar a unidade do partido em torno do fundamental, que a nossa identidade e o apoio ao governo Dilma", disse Brizola Neto. "[A divergência] é resultado do processo natural da escolha. Com o desfecho dessa questão, o partido tende a marchar no caminho da unidade."

 Leonardo Carvalho - 28.jan.10/Folhapress
Brizola Neto (esq.), cotado para assumir a pasta, ao lado de Carlos Lupi, o ex-ministro
A pasta é comandada interinamente por Paulo Roberto Santos Pinto desde dezembro do ano passado, quando o ex-ministro Carlos Lupi deixou o cargo em meio a denúncias de irregularidades.
Além de Brizola Neto, o PDT apresentou os nomes do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) e do secretário-geral do partido, Manoel Dias. O partido controla o ministério desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Brizola Neto (à esq.), convidado para assumir o Ministério do Trabalho, ao lado do ex-ministro Carlos Lupi

APOIO
Em nota divulgada ontem, a presidente disse que Brizola Neto "prestará grande contribuição ao país" e destacou sua trajetória política como ex-secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal.
Dilma ainda agradeceu ao ministro interino. "A presidenta agradeceu a importante colaboração do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente do Ministério no primeiro ano de seu governo, e do ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos", diz a nota.
Apesar da resistência de parte da bancada do PDT, o deputado, de 33 anos, conquistou nos últimos meses o aval da Força Sindical e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Brizola Neto assumirá o posto de ministro mais novo da Esplanada. Neto de Leonel Brizola, fundador do PDT e ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, o deputado exerce o segundo mandato na Câmara dos Deputados.
Chegou a liderar o PDT em 2009 e teve uma atuação sempre fiel ao governo. Em 2011, se licenciou da Câmara para exercer o cargo de secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro.
Em seu site, ele destaca a ligação com o avô. "O nome que carrego é uma bandeira. É um símbolo para milhões de pessoas que sonham com um Brasil diferente, com um Brasil com justiça, com trabalho,com progresso para nosso povo."

segunda-feira, 30 de abril de 2012

TENTATIVA DE ARROMBAMENTO


Suspeito de arrombamento
é espancado no P. dos Rios

Por BATTISTA SOAREZ 

Rômulo Matos Lopes, de 25 anos, morador da Vila Cafeteira, foi pego e espancado por moradores do residencial Parques dos Rios. Ele foi acusado de tentar arrombar uma casa no bairro, na rua Rio.... ao lado do cemitério Jardim da Paz, em São José de Ribamar. O fato aconteceu por volta das 9m30m, desta segunda-feira.

A dona da casa, identificada apenas como Solonge, conta que estava no serviço, no Maiobão, quando recebeu um telefonema da sua filha, Carolina, de 10 anos, informando que tinha um homem arrombando a janela de sua residência com uma pedra. “Minha filha estava quase sem poder falar, nervosa, trêmula e chorando. Ela estava sozinha em casa”, disse Solange. 

Segundo conta, Solange ligou imediatamente para o seu irmão Felipe, 19, que logo se dirigiu para o local. Felipe diz que, ao chegar à residência da irmã, não havia mais ninguém. Contudo, a janela estava quebrada e vizinhos informaram que o homem teria seguido em direção à avenida Coronel Goulart, paralela ao muro do cemitério. Ele correu na direção indicada e encontrou Rômulo, que ia seguindo tranquilamente rumo à Vila Cafeteira, onde mora.
 

Furioso, o rapaz deu uma pedrada em Rômulo, que saiu correndo pela rua Rio Pindaré. “Eu corri para me defender. Vi aquele monte de gente me jogando pedra e pau, sem eu nem saber por que. Acho que fui confundido com alguém”, disse Rômulo que tem problema de surdez.


A rua Rio Pindaré não tem saída. Felipe e outros moradores pegaram o suspeito e o espancaram. Sangrando, Rômulo caiu ao chão pedindo socorro. Um morador que é policial o algemou. A polícia militar foi acionada e o suspeito, juntamente com os seus acusadores, foram conduzidos à delegacia do Maiobão para prestarem os devidos esclarecimentos.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

MORTE DE DÉCIO SÁ EXIGE REPENSAR O CRIME

REVISTA VEJA FALA SOBRE O CASO DÉCIO SÁ
A Polícia Civil de São Luís prendeu na noite desta quarta-feira dois homens suspeitos de participarem do assassinato do jornalista Décio Sá, executado a tiros em um bar na orla da capital maranhense nesta segunda-feira. Os acusados, que já tinham mandados de prisão decretados por outros crimes, começaram a prestar depoimento por volta das 16h30 desta quinta-feira na Delegacia de Homicídios de São Luís.
De acordo com o delegado Jeffrey Furtado, que participa das investigações, a polícia recebeu mais de uma denúncia, por meio do Disque-Denúncia, de que os acusados estariam envolvidos na morte do jornalista. “Ainda não dá para confirmar o envolvimento deles neste crime”, ponderou Furtado. “Nós estamos no processo inicial das investigações e o depoimento deles acabou de começar. Temos que ser bastante criteriosos para checar as informações que recebemos através do Disque-Denúncia, pois nem tudo é verdadeiro”.
Segundo o delegado, um dos homens foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. O revólver de calibre 38 encontrado com ele, no entanto, não bate com a munição responsável pela morte de Sá, que é de uma pistola calibre 0.40, de uso exclusivo da polícia.
Os dois homens, que foram encontrados no bairro de Araçagi, em São Luís, já tinham passagem pela polícia. Um deles foi condenado por latrocínio (roubo seguido de morte) pela Justiça de Capitão Poço, no Pará. O outro tinha a prisão decretada pela Justiça de São Luís, mas o crime não foi informado.
Assassinato - Décio Sá estava desacompanhado quando dois homens chegaram ao bar em uma moto. Um deles entrou no estabelecimento e foi até o banheiro. Ao retornar, armado, disparou seis tiros - cinco atingiram o jornalista, que morreu no local.
Segundo as investigações, o crime foi planejado e executado por profissionais. Os depoimentos ouvidos até agora apontam que o jornalista estava sendo seguido desde a sede do jornal O Estado do Maranhão. A polícia afirmou ainda que o blogueiro não declarava ter recebido ameaças de morte. O computador e o telefone pessoal dele já estão em poder da polícia, que também usará notícias publicadas no Blog do Décio para investigar a morte.
Blog - Uma das últimas reportagens publicadas em seu blog, horas antes do crime, é sobre o julgamento de pistoleiros da região acusados de matar, em 1997, o líder comunitário e sem-teto Miguel Pereira Araújo, conhecido como Miguelzinho.
Em fevereiro, Décio afirmou que a oposição estava fazendo “um verdadeiro cavalo de batalha” em torno do processo de cassação da governadora Roseana Sarney, que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE). “Tudo bobagem”, escreveu. No fim de março, Décio Sá criticou um encontro na Assembleia Legislativa do estado para comemorar os noventa anos do PCdoB. Disse que a reunião não passava de "comunismo de araque".
FONTE: Veja