Homofobia versus
cristofobia
Moralidade civilizatória ou promíscuo-perversão da sociedade?
Por Pr.
Battista Soarez
(Escritor, jornalista,
psicanalista e professor)
FOTO: Divulgação/Internet | Imagem meramente ilustrativa |
A luta da sociedade
cristã é pela referência à condição de cidadão de bem como parte integrante
do Estado. A igreja cristã, baseada em princípios universais e infalíveis
(eternos) da justiça de Deus (leia o evangelho de Mateus, capítulos 5, 6 e 7),
prima por obrigações cívicas e deveres igualmente cívicos.
Aliás, o que a igreja genuinamente cristã quer é que os
valores e princípios sociais se desenvolvam a partir da honra à pátria. Que a
sociedade, como um todo, demonstre honra pela pátria e sentimento cívico e
patriótico na coletividade.
Mas o que estamos vendo e enfrentando atualmente é um poder obscuro e transloucado lutando pela avacalhação geral da sociedade. Têm surgido grupos
sociais de mentes pervertidas tentando implantar uma sociedade igualmente
pervertida. Na cabeça promíscua desses grupos, não bastam os pervertidos. É
preciso perverter, também, os não pervertidos e obrigar perverter os que não
querem ser pervertidos.
Infelizmente, isso é o que vem acontecendo no embate
homofobia x cristofobia no Brasil. Grupos de pessoas que parecem odiar a Deus e
seus princípios de justiça. Uma gama de gente compactuada com o demônio
(inimigo de Deus e das nossas almas) está buscando combater os princípios
reguladores da sociedade (fundamentados em justiça e equidade) em detrimento de
uma sociedade totalmente promíscua e pervertida.
Nossa constituição federal prega liberdade de expressão. Mas
a esquerda brasileira quer criar leis que impeçam as pessoas de falar. Li, em
algum lugar, um ditado que diz que “o meu direito de esticar o braço termina na
ponta do nariz da pessoa ao lado”. Ou seja, ao apontar o dedo para alguém, devo
lembrar de que o outro também tem direitos. Logo, policiar minha conduta na
relação com o meu próximo significa respeito, obrigação e cidadania (haja vista
o conceito de cidadão ser amplo).
Essa história de orientação sexual deve ser refletida pelos
ativistas da perversão e da promiscuidade antes que saiam por aí atropelando a
ética, os bons princípios e a moralidade das pessoas normais, pessoas do bem.
Quer ser promíscuo, pervertido e insano, seja. Fique à vontade. Mas lembre-se
de que eu tenho o direito de ser normal e de expressar a minha fé em Jesus
Cristo, que morreu e ressuscitou por todos. Inclusive por quem quer ser
delinquente sexual.
Ser homossexual é uma coisa. Ser pervertido, promíscuo,
espalhafatoso, rabugento e neurótico sexual é outra coisa e não tem nada a ver
com homossexualidade. Tenho excelentes amigos homossexuais e extremamente
respeitadores.
Como psicoterapeuta e pesquisador autônomo (leia meus livros
“E assim o amor acontece” e “Ser cristão em tempo de crise”), estudei
a fundo a homossexualidade, inclusive do ponto de vista da ciência genética e
da neurociência para ajudar amigos e pessoas da igreja. Sei da complexidade
cromossômica que envolve essa matéria. Mas, a bem da verdade, o que estão
fazendo com essa tal de “ideologia de gênero” é simplesmente violência social.
E isso ultrapassa todos os limites da anormalidade.
Freud dizia que “negar a própria sexualidade é negar a
própria existência”. Mas isso não quer dizer que eu deva sair por aí
violentando a sociedade com o meu pensamento sexual. E as instituições
governamentais, por sua vez, não devem formalizar leis que venham incitar a
violência entre grupos sociais em nome de uma ideologia sem comprovação
científica. Aliás, é uma ideologia agressiva e hostil. Insana, até.
Entendo que cada um tem o direito de fazer o que bem entender
da sua vida sexual. Mas que isso fique apenas na individualidade de cada
indivíduo. Ninguém precisa expor ou publicizar sua sexualidade e protagonizar o
ridículo.
A “parada gay”, por exemplo, da forma como é feita, é um
total desrespeito à sociedade. É um verdadeiro estupro à boa ética, aos bons
princípios, à consciência e à normalidade social. Ninguém ver por aí “parada
heterossexual”. Por que que o heterossexual celebra sua sexualidade entre
quatro-paredes e o homossexual tem que ir às ruas protagonizando o ridículo,
perturbando a ordem pública?
Sexualidade é uma questão biológica, constituição
cromossômica e administração hormonal. A pergunta é: será que todos os homossexuais
e simpatizantes se sentem representados quando veem um cristo beijando outro
homem na cruz ou um crucifixo ser introduzido no ânus de outro? Não há
homossexuais que se consideram cristãos? O que há de normal ou engraçado nos espalhafatos
gays? Por que os travestis são espalhafatosos e os transexuais não? Aliás, os
transexuais sentem-se mulher. É uma questão interna, psicobiológica. São respeitadores e não expressam trejeitos debochados
e transloucados.
É de fundamental importância que nos respeitemos uns aos
outros, principalmente no que concerne a direitos e verdades individuais. Cada
indivíduo tem o direito de fazer da sua vida o que bem entender, desde que
observe e respeite a boa ética, as boas maneiras e os direitos que assistem à
coletividade. Aquilo que agride aos outros deixa de ser direito e passa a ser
desrespeito e violência. Portanto, o homossexual tem o direito de viver de
acordo com a sua opção sexual; o hetero tem o direito de viver a sua
sexualidade; o cristão tem o direito de expressar a sua fé em Deus; e, assim,
sucessivamente.
Deus criou o ser humano, assim como criou todas as coisas.
Infelizmente, o ser humano, criatura de Deus, tornou-se rebelde. E muitos,
desgraçadamente, servem a satanás, isto é, com a sua maneira de pensar, com o
seu comportamento delinquente e com a sua ingratidão.
Você já se perguntou o que seria do mundo sem Deus? Sem
igreja? Sem um pingo de moralidade? E mais: você já se perguntou o que será da
sua alma após a morte? Segundo as Escrituras Sagradas, só há dois destinos
eternos: o céu (paraíso de gozo no porvir) e o inferno (lago de fogo e enxofre,
onde haverá choro e ranger de dentes), conforme o Evangelho segundo Mateus
(13.42).
Estão atacando a boa ética social e sagrada, a família, a
igreja e os princípios cristãos em nome de uma tal ideologia de gênero. Você
crendo ou não, Deus existe e a justiça dele vai cobrar de você na eternidade. Se
você morrer em desobediência e rebeldia, saiba de uma coisa: depois da morte,
não haverá mais arrependimento. Não haverá mais jeito para a tua alma.
Portanto, a salvação é uma escolha que deve ser feita em vida.
Quanto aos cristãos, uma palavra: não é todo homossexual que
é cristofóbico. Têm homossexuais corretos, que expressam sua fé em Jesus Cristo
e, em meio a tudo isso, são respeitadores e cumprem seus deveres e obrigações
corretamente. E mais: eles sofrem com a situação. Portanto, estudem a ciência,
a genética, os cromossomos, a administração hormonal de cada tipologia
biológica e torne-se um instrumento de Deus na vida das pessoas,
independentemente da natureza do problema que elas têm. Afinal de contas, você
foi chamado por Deus para ser agente de bênção e solução. E não para ser
chicote, nem palmatória do mundo.
Quanto às autoridades que querem meter goela abaixo da
sociedade comportamentos devassos e desajustados de pervertidos sociais,
apliquem isso na sua casa, para você mesmo. Mas não agrida a coletividade em
nome da tal ideologia de gênero, que não tem nenhum fundamento científico e nem
lógica alguma. Isso não tem nenhuma graça. Nenhuma eficácia benéfica. Só
resulta em desconfortos sociais e violência.
Por outro lado, o evangelho de Jesus é para todos, desde que
todos aceitem chegar ao pleno conhecimento da verdade. Afinal, Jesus Cristo é o
único caminho que conduz o homem para a vida eterna. Por isso o evangelho deve continuar
sendo pregado para que todos possam conhecer a verdade divina.
Pregar o evangelho da verdade não quer dizer que o cristão
seja homofóbico. Mas significa que Deus é poderoso e misericordioso para
perdoar e salvar qualquer pecador, fazendo-lhe justiça eterna.
Ofender uns aos outros em razão de ideologias, pensamentos e
filosofias não é o caminho para se endireitar as coisas e construir a paz
social. Isso só vem causar dor a muita gente e estrago nas relações sociais. Portanto,
respeito, respeito, respeito. Tolerância, tolerância, tolerância. Estas
palavras não têm preço. Só promovem o bem e a harmonia social.
Quem ofende e odeia em nome de Cristo é tão patológico quanto
quem ofende e odeia em nome das suas opções sexuais. E vice-versa. Jesus dá
vida a quem não tem vida. Jesus salva a quem está perdido. Jesus ama mesmo
aquele que pratica o ódio. Se você acha que deve combater a homofobia, faça-o.
Mas não use isso como desculpa para ser cristofóbico e cair no ridículo, sair
por aí como um desvairado sem limites de ânimo. Enfim, não seja um delinquente social, desvairado ou pervertido. Seja plenamente normal. Exija seus direitos, mas sem violência. Exija, por exemplo, leis que obriguem as autoridades governamentais a construírem banheiros públicos para a comunidade LGBT. E não saia por aí causando desconforto e correndo riscos.