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sexta-feira, 22 de junho de 2012

INVESTIGAÇÃO

Aluísio Mendes, secretário

de Segurança do MA, fala

sobre citação de Cutrim

Secretário, que tem divergências com Cutrim, quer que deputado seja ouvido

O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, falou, nesta sexta-feira, 21, sobre as investigações do assassinato do jornalista Décio Sá. Ele disse à rádio Mirante AM que a continuidade das investigações será notória e ainda comentou a suposta participação do deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD) no caso. A informação veio à tona após o vazamento de um dos depoimentos do assassino confesso do jornalista Décio Sá, Jhonatan Silva, nessa quinta-feira, 21. No depoimento, o investigado disse que Raimundo Cutrim seria um dos mandantes da morte do jornalista.
 
 
Aluísio Mendes diz que Cutrim poderá ser chamado para dar esclarecimentos

"A transparência é total. Nosso trabalho é técnico, não analisamos vinculação política, pessoal e financeira. É isso que a minha gestão tem feito, em função disso o trabalho tem evoluído. Todos aqueles que tiverem culpa serão responsabilizados. Esse trabalho tem sido feito de maneira minuciosa para responsabilizar os verdadeiros envolvidos. A polícia precisa ter calma. É muito importante entender a dinâmica da investigação. Ela se iniciou a partir de um homicídio e no decorrer dela, a equipe se deparou com outra sorte de crimes. Muitas informações chegaram à polícia e, a partir da conclusão do crime de homicídio, se abriu uma nova investigação, não apenas de agiotagem. Esse trabalho vai ser profundo e amplo. As investigações vão levar a outros que atuam nessa prática criminosa", afirmou Aluísio.


A respeito do deputado Raimundo Cutrim no crime, o secretário disse que outros depoimentos foram tomados e que todas as informações passadas por Jhonatan serão investigadas. "A investigação sobre o assassinato não está encerrada. Quem teve participação ativa no crime ainda não foi preso. Nós tivemos uma reunião com a comissão de delegados e investigadores e resolvemos antecipar apenas uma parte da Operação Detonando porque percebemos que a quadrilha estava tendo atitudes violentas. Nossa preocupação era evitar outras ações violentas, evitar que mais pessoas morressem. Nós temos vários indícios da participação de mais pessoas, mas não vamos ser levianos e irreponsáveis para acusar A, B ou C. Tudo que ele disse está sendo investigado com profundidade. Não vamos dizer que é verdade ou mentira, antes que seja tudo esclarecido", disse o secretário.

Depoimento vazado

Aluísio Mendes ainda afirmou que, pelo menos, mais cinco depoimentos foram tomados, e que as informações serão investigadas. "A polícia tem mais elementos do que aquilo que está no depoimento. Se lermos apenas esse depoimento que vazou do Jhonatan, vamos achar que os dados ali são frágeis. A polícia tem outros indícios sobre todos que foram presos e sobre tudo o que o executor afirma. Claro que é prematuro fazer juízo de valor, sob a ótica de apenas um depoimento de um assassino confesso, mas a polícia tem outros meios de colher provas, provas que ainda não foram divulgadas", ponderou.

Segundo ele, a transparência da investigação deve ser feita. Ele se defendeu das acusações de que estaria trabalhando de forma parcial. "Eu mesmo pedi para que esse trabalho fosse conduzido sem a minha presença nesse momento, para que esses boatos não surgissem. Meu trabalho é transparente e eu jamais fiz acusações sobre o trabalho feito em de gestões anteriores na Secretaria. Não admito que isso seja cogitado, não é a minha postura, não é a minha maneira de agir, e não vou permitir esse tipo de afirmação. Estamos trabalhando com profissionalismo. Esses policiais já foram homens de confiança do ex-secretário e não têm motivos para direcionar as investigações", esclareceu.

Aluísio Mendes informou que o deputado Raimundo Cutrim pode ser chamado para depor, caso seja necessário. "Se for necessário, ele será chamado para prestar esclarecimentos. Acho que isso é do interese dele, quem vai julgar é a comissão dos delegados que conduz a investigação. É importante que esse profissionais tenham tranquilidade para trabalhar, estamos mexendo com um grupo muito poderoso. Quanto menos eles souberem sobre as ações da polícia, melhor para a investigação. Não podemos descartar nenhuma possibilidade, ainda existem elementos dessa quadrilha que estão soltos. O poder financeiro deles é muito grande", disse o secretário.

Aluísio sabe da idoneidade de Cutrim e toca no assunto com muito cuidado. Nossa reportagem conversou com o deputado Cutrim e ele assegurou veementemente: "Eu não tenho nada a ver com isso. Todo crime tem que ter uma razão de ser. E eu nunca tive razão nenhuma, nem qualquer divergência com Décio Sá". O deputado diz que ele faz questão de que a polícia investigue todos os seus sigilos para que a verdade dos fatos venha à tona.

Apreensão de material

Aluísio Mendes ainda falou sobre os cheques que foram encontrados na casa de um dos envolvidos no caso Décio Sá. Ele afirmou que o material está sendo analisado. "Estamos investigando qual é a origem desses cheques e, principalmente, os motivos que explicam por que documentos de prefeituras estavam nas mãos de agiotas. Vamos fazer isso de maneira criteriosa. Tudo isso é demorado e precisamos de tempo para analisar todos os dados. Existiam situações mais graves que apenas a retenção de um cheque de uma prefeitura. Essa quadrilha agia de formas muito mais violentas. Estamos debruçados sobre esses documentos, temos uma equipe voltada para o caso do assassinato de Décio Sá e outra investigando os desdobramentos das ações dessa quadrilha", asseverou.

O secretário, finalmente, fez questão de desmentir os boatos de que a divulgação do depoimento teria partido da polícia. "Essas afirmações sobre o meu trabalho são inadmissíveis. Esse documento está nas mãos da polícia há muito tempo, e essa divulgação não seria interessante, em nenhum momento, para a própria polícia. O Jhonatan disse que ouviu de uma pessoa que havia sido chamado para executar o jornalista a mando de outra pessoa. Teremos que analisar essa afirmação dele para confirmar ou não. Nós não seríamos levianos de responsabilizar alguém se não tivermos convicção", afirmou Aluísio Mendes.

Mas será que as investigações estão correndo numa esteira de seriedade? "Eu confio na polícia do Maranhão", disse o deputado Raimundo Cutrim.





ECONOMIA

Sob forte emoção, Abilio Diniz
se despede do Pão de Açúcar
com discurso e é aplaudido de pé



Abilio Diniz se despede com aplausos


Visivelmente emocionado e com a voz embargada, o empresário Abilio Diniz fez um longo discurso em tom de despedida nesta sexta-feira 22, durante assembléia na sede do Pão de Açúcar, que marca a histórica mudança de controle do grupo para o Casino.

Ao final do discurso, Diniz foi aplaudido de pé no auditório do Pão de Açúcar. Estavam presentes cerca de 70 pessoas, entre funcionários, advogados e representantes dos acionistas.

Uma ausência sentida foi a do novo dono do Pão de Açúcar, o empresário francês Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, que embarca ainda nesta sexta-feira de volta para a França. Também não compareceram à assembléia os três novos conselheiros indicados por ele.

Abilio Diniz começou o discurso agradecendo os amigos . Disse que um amigo foi até a Cássia para assistir uma missa nesta sexta-feira, em sua homenagem. O empresário é devoto de Santa Rita de Cássia e todo ano ele viaja para Cássia, na Itália.

Abilio recebeu dias diversas manifestações de carinhos por sms, e-mails e até flores.

O empresário leu um discurso na qual ele fez um histórico do tempo que esteve a frente do Pão de Açúcar. Disse que, desde a crise de 1993, nunca mais o grupo enfrentou uma crise financeira- ele assumiu o Pão de Açúcar em 1993.

Essa companhia quase faliu no início da década de 90″, afirmou.”Desde que saimos da crise, em 1993, nunca mais tivemos problemas.

Afirmou que, entre 1999 e 2005, companhia esteve muito bem. O ano de 2005 marca a entrada do Casino no grupo.

Chamou a atenção quando ele pronunciou a seguinte frase: Sempre digo aos meus alunos que, se forem cometer erros, que sejam apenas erros novos.

Fonte: Portal Terra

PARAGUAI

Sem a presença de Lugo no Senado,
impeachment começa a ser julgado




Sem a presença do presidente paraguaio, Fernando Lugo, o Senado deu início por volta das 12h30 locais (13h30 de Brasília) desta sexta-feira, 22, ao julgamento político que decide se ele permanece no cargo. Para representá-lo, cinco advogados compareceram perante os parlamentares.
Com país em crise, paraguaios esperam decisão do Senado

O processo contra Lugo foi aprovado ontem pela Câmara dos Deputados, que o acusa de "mau desempenho" de suas funções. Cinco deputados atuaram como promotores e, em apenas meia hora, definiram os cinco motivos para destituir o presidente, entre eles o mais recente, e estopim para a abertura do processo de impeachment, é o conflito agrário sangrento em Curuguaty, que resultou em 17 mortos na última semana.

Mais cedo nesta sexta-feira, Lugo havia apresentado uma ação de inconstitucionalidade à Suprema Corte de Justiça para suspender o julgamento político. A ação apresentada ao principal tribunal do país alegava que o Parlamento "não respeita o devido processo", anunciou o advogado do presidente, Adolfo Ferreiro.

Do lado de fora do Senado, uma multidão de partidários acompanha a movimentação. Policiais da Tropa de Choque fazem um cordão de isolamento no entorno do Senado. As ruas da região estão fechadas para o tráfego de veículos, assim como boa parte do comércio na área. No entanto, no restante da cidade, a vida aparentemente segue normal.

Lugo terá duas horas para apresentar a sua defesa. Em seguida, acontecem outras duas sessões de uma hora cada. A primeira será destinada à apresentação de provas contra o presidente e a segunda, para as considerações finais da acusação e da defesa. Às 16h30 (17h30 de Brasília), o Senado deve votar se Lugo permanece ou não no cargo.

CASO DÉCIO SÁ

Citação do nome de Cutrim em assassinato
de Décio Sá põe dúvidas nas investigações
Ao ser informado, deputado se indigna e coloca sigi-lo telefônico e bancário à disposição da justiça

O deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD) foi citado no depoimento do assassino confesso do jornalista Décio Sá, morto na noite do dia 23 de abril deste ano. Segundo o depoimento — vazado na internet até agora não se sabe por quem — o deputado foi um dos mandantes do crime. De acordo com o do-cumento, Jhonatan de Sousa Silva, ao ser interrogado, afirmou que o parlamentar seria o maior interessado no assassinato do jornalista. A acusação foi feita durante um depoimento que durou cerca de sete horas, prestado no dia 9 de junho.
 


Cutrim: "Eu desafio quem quer que seja a provar qualquer participação minha nesse ou em qualquer outro crime".
 
Na quarta-feira, 20, a reportagem do Jornal Itaqui-Bacanga esteve no gabinete do deputado Raimundo Cutrim para esclarecimento do fato. Per-guntado a respeito da citação do seu nome pelo assassino confesso, Cutrim ficou surpreso. “Todo crime tem uma cronologia — disse ele. — Tem que ter uma motivação para acontecer. É preciso ter um motivo”. E questionou em seguida. “Eu pergunto: qual a motivação que porventura existiria para eu mandar matar Décio Sá? Ou pelo menos ter interesse na morte dele? Eu não tinha nada contra ele. Nem ele contra mim. Ele nunca me prejudicou em nada. Nem eu a ele. Nunca me envolvi em nenhum tipo de negócio desonesto que pudesse levar um jornalista a citar meu nome em qualquer denúncia. Quem me conhece sabe da minha índole. Minha vida sempre foi e sempre será muito transparente”, ponderou Cutrim.

O deputado esteve presente na Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira, 21, e concedeu entrevista à imprensa. Ele novamente afirmou estar surpreso com o envolvimento de seu nome no inquérito feito pela Secretaria de Segurança Pública ao longo de dois meses de investigação. "Estou espantado. Eu sou o maior interessado em esclarecer. Minha vida toda foi feita em combate ao crime organizado. Todo crime tem um fato, um início, meio e fim. Tntão tem que ser tudo investigado", disse.



Roseana Sarney diz não acreditar em participação de Raimundo Cutrim no assassinato de jornalista
  

Cutrim tem um extenso currículo de serviços prestados em vários estados da federação. Formado em direito, ingressou na Polícia Federal em 1981. Fez carreira como delegado da PF e desenvolveu suas funções nos estados do Pará, Piauí, Roraima, Rondônia, Maranhão e presidiu inúmeros inquéritos policiais e missões especiais em diversos estados do Brasil. No Maranhão, foi secretário de Segurança Pública por oito anos e desvendou crimes importantes como o crime de roubo de cargas e os fiéis depositários. “Com a experiência e o currículo que tenho, como delegado federal, eu seria muito ingênuo me envolver num crime dessa natureza”, acentuou o deputado. “Jamais me envolvi com pistoleiro ou com qualquer outro tipo de crime”.

Na entrevista de quinta-feira, Raimundo Cutrim não negou que conhece um dos empresários presos durante a investigação, José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”. O empresário teria dito, em depoimento, que já teve negócios com o parlamentar. Cutrim não negou ter tido, sim, negócios com Bolinha. Mas esclareceu que esse negócio não passou do âmbito profissional. "No final do ano passado, eu conheci ele e aluguei umas máquinas dele, assim como aluguei máquinas de muitas outras pessoas. Não passou disso. Ele é um empresário. Eu jamais soube de seu envolvimento com qualquer crime”, afirmou o deputado, garantindo que a relação é somente profissional.

O nome de Raimundo Cutrim surgiu no caso depois do vazamento do relatório enviado pela Secretaria de Segurança com o pedido de prisão. Nele, o sobrenome do deputado foi citado, mas a identidade não foi especificada. Na manhã de quinta-feira, 21, novo vazamento desencadeou a revelação do político com o assassinato de Décio. No depoimento, o suspeito diz: "Esse Cutrim é citado pelo Júnior Bolinha como principal mandante na morte do Décio". Questionado pelo delegado, o acusado especificou que se tratava do deputado. Ao saber da citação do seu nome, o deputado reagiu. “Agora, que citaram meu nome, o principal interessado no esclarecimento desse crime sou eu. Eu desafio quem quer que seja a provar qualquer envolvimento meu com esse ou com qualquer outro crime”, desabafou.

Raimundo Cutrim ainda se pôs à disposição da polícia para quaisquer investigações. "Se precisar da quebra do sigilo telefônico nos últimos dez anos, ou da quebra do sigilo bancário, eu coloco tudo à disposição", asseverou ele. “Não tenho nada a temer”.

Em entrevista à rádio Mirante AM, na manhã de quinta-feira, 21, o de-putado refutou a acusação de que seria um dos mandantes do assassinato do jornalista de O Estado do Maranhão, Décio Sá. Ele defende que haja uma in-vestigação mais aprofundada sobre o caso.

Até agora, sete pessoas acusadas de participarem do planejamento e pa-gamento da execução do jornalista foram presas. Foram expedidos oito mandados de prisão, um deles do comparsa de Jhonatan — que seguiu na motocicleta junto com o autor dos disparos — mas ainda não foi encontrado pela polícia. O nome de Raimundo Cutrim não estava entre as prisões pedidas pela Secretaria de Segurança, que até o fechamento desta edição ainda não tinha se manifestado sobre o assunto.

Dúvidas

Com a citação do nome do deputado Cutrim pelo interrogado, pairam no ar algumas dúvidas sobre o processo de investigação do crime contra Décio Sá. Já há até especulação se os presos são realmente os verdadeiros envolvidos no assassinato do jornalista. Ou se há manobras para incriminar o parlamentar. Uma das hipóteses levantadas é se Jhonatan não está sendo orientado, de alguma forma, para assumir um crime que ele não cometeu e que, pelo andar da carruagem, é um crime que está longe de ser esclarecido. Pelo menos já é sabido que Aluísio Mendes, secretário da Segurança Pública do Maranhão, tem divergências com Cutrim.

Segundo fontes que tiveram acesso a um dos suspeitos presos, por trás das investigações existem informações duvidosas e muita pressão sobre os interrogados. Além disso, ainda não foi esclarecido por que Valdênio José da Silva, 38 anos ― um dos suspeitos de participação no assassinato do jornalista Décio Sá ― foi morto. Valdênio foi investigado, revelou nomes que ficaram em sigilo e em nenhum momento citou o nome do deputado Cutrim. Foi solto e, logo depois, assassinado por volta das 23h de uma segunda-feira, 11 de junho, na Vila Pirâmide, em Raposa.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Valdênio foi atingido por cinco tiros de revólver calibre 38. Policiais da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) disseram que estavam investigando o caso mais até agora nada foi esclarecido. Valdênio também era acusado de envolvimento em vários crimes no Maranhão e em outros Estados. Ele já tinha sido preso diversas vezes por chefiar uma quadrilha especializada em roubo de cargas e sob a acusação de latrocínio no Pará.

Investigações

A citação do nome do deputado Raimundo Cutrim parece mudar o rumo das investigações, pondo um ponto de interrogação na veracidade dos fatos até agora revelados. "Eu sou a pessoa mais interessada, agora, em esclarecer os fatos. Eu sou um homem público. Tenho o Estado todo para dar satisfações, minha família e meus amigos. Eu sou um homem que tem a vida limpa", afirmou o deputado Raimundo Cutrim. "Júnior Bolinha" é citado no depoimento como quem teria afirmado que Raimundo Cutrim e Gláucio Alencar seriam os principais mandantes do crime.

Todavia, uma fonte que pediu para não se identificar disse que Gláucio Alencar Pontes Carvalho, 34, não tem nada a ver com o assassinato de Décio Sá, apesar de ser agiota e amigo pessoal do jornalista. Gláucio também estaria sendo pressionado para assumir o crime juntamente com seu pai, Jose de A-lencar Miranda Carvalho, 72, que também está preso.

Indignado, Raimundo Cutrim se colocou à disposição da Polícia e do Poder Judiciário, além de abrir mão do sigilo bancário e telefônico. "Quero que o Ministério Público acompanhe. Faça um trabalho sério e a verdade reinará no final", disse ele.

Durante a entrevista, Raimundo Cutrim assumiu ter divergência com o atual secretário Aluisio Mendes e fez elogios à Polícia do Maranhão. "Eu tenho minhas diferenças com o atual secretário. Isso é público e notório. Mas, a polícia do Maranhão tem os melhores delegados do Brasil. Todos formados pela Academia da Polícia Federal", declarou.


Em entrevista à imprensa na quinta-feira, 21, a governadora Roseana Sarney disse não acreditar no envolvimento do deputado Cutrim no crime. “Não acredito que o deputado esteja envolvido nisso. Ele foi o meu secretário, fez um grande trabalho e, inclusive, ajudou a desbaratar o roubo de cargas no Maranhão”, destacou a governadora.




quarta-feira, 20 de junho de 2012

CASO DÉCIO SÁ


Depoimento vazado na internet
deixa dúvidas e expectativas

Depoimento de Jhonatan deixa dúvidas e expectativas
O fato de ter vazado o depoimento do assassino confesso do jornalista e blogueiro Décio Sá deixa muitas dúvidas. Entre elas, algumas das mais importantes são: quem permitiu que um documento tão sigiloso pudesse ser divulgado via internet?; quem, dentre os delegados que investigam o caso, estaria realmente interessado no vazamento das informações contidas no depoimento?; o que motivou alguém da equipe que trabalha no caso a permitir o tal vazamento?; a quem se quer atingir?; a quem se quer livrar a pele?; por que menções duvidosas, como a do nome “Cutrim”, aparecem sem maiores detalhes?; por que a polícia não perguntou ao assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva, 24 anos, quem é esse Cutrim? Já que os outros nomes mencionados foram averiguados e esclarecidos de quem se trata, conforme se pode conferir neste trecho de uma matéria do Jornal Pequeno:

“Ao ser questionado acerca de quem seriam os mandantes [do assassinato de Décio Sá], o interrogado cita os nomes de Júnior Bolinha, Capitão, Gláucio, Buchecha e o Cutrim”.

Mais adiante, são qualificados “Júnior Bolinha” (José Raimundo Sales Chaves Júnior), “Capitão” (Fábio Aurélio Saraiva Silva, capitão da PM, subcomandante (afastado) do Batalhão de Choque, amigo de infância de “Júnior Bolinha”); Gláucio (Gláucio Alencar Pontes Carvalho, preso com o pai, José de Alencar Miranda de Carvalho) e “Buchecha” (Fábio Aurélio do Lago e Silva, “cobrador” de “Júnior Bolinha”). Nada é comentado sobre “Cutrim”. Apenas é relatado: “No que tange às outras pessoas citadas pelo interrogado, temos a esclarecer que não possuímos, ainda, elementos que corroborem a efetiva participação no crime”.

As dúvidas não param por aí. Tudo indica que Jhonatan de Sousa Silva, o assassino, ainda tem muito o que falar. O problema é se ele está sendo orientado (leia-se pressionado) para falar apenas algumas “verdades” verdades “militares”, “jurídicas” e “políticas”. É que esse crime é de alta complexidade, considerando-se o fato de que Décio Sá era um jornalista que vinha denunciando nomes importantes da alta sociedade. E, segundo informações colhidas nos bastidores da imprensa, ele ainda tinha muitos fatos para publicar, em que havia envolvidos perigosos.

O fato é que esse crime como disse o deputado Bira do Pindaré ainda está longe de toda a verdade. O que o judiciário precisa ter cuidado é com as injustiças. Pode ser que um “fulano” que não gosta de “cicrano” se aproveite da de algumas incógnitas da situação para atingir quem não tem nada a ver com o fato.

É necessário que se esclareça, por exemplo, quem é o tal “Cutrim” mencionado no depoimento do assassino do jornalista Décio. A família Cutrim no Maranhão e no Brasil é muito grande. E esse sobrenome está presente na política, no judiciário, no empresariado, nas famílias de bem e na criminalidade. Por isso a polícia precisa concluir seu trabalhado de investigação. A imprensa está de olho nos fatos: nos verdadeiros e nos falsos.