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quarta-feira, 20 de junho de 2012

CASO DÉCIO SÁ


Depoimento vazado na internet
deixa dúvidas e expectativas

Depoimento de Jhonatan deixa dúvidas e expectativas
O fato de ter vazado o depoimento do assassino confesso do jornalista e blogueiro Décio Sá deixa muitas dúvidas. Entre elas, algumas das mais importantes são: quem permitiu que um documento tão sigiloso pudesse ser divulgado via internet?; quem, dentre os delegados que investigam o caso, estaria realmente interessado no vazamento das informações contidas no depoimento?; o que motivou alguém da equipe que trabalha no caso a permitir o tal vazamento?; a quem se quer atingir?; a quem se quer livrar a pele?; por que menções duvidosas, como a do nome “Cutrim”, aparecem sem maiores detalhes?; por que a polícia não perguntou ao assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva, 24 anos, quem é esse Cutrim? Já que os outros nomes mencionados foram averiguados e esclarecidos de quem se trata, conforme se pode conferir neste trecho de uma matéria do Jornal Pequeno:

“Ao ser questionado acerca de quem seriam os mandantes [do assassinato de Décio Sá], o interrogado cita os nomes de Júnior Bolinha, Capitão, Gláucio, Buchecha e o Cutrim”.

Mais adiante, são qualificados “Júnior Bolinha” (José Raimundo Sales Chaves Júnior), “Capitão” (Fábio Aurélio Saraiva Silva, capitão da PM, subcomandante (afastado) do Batalhão de Choque, amigo de infância de “Júnior Bolinha”); Gláucio (Gláucio Alencar Pontes Carvalho, preso com o pai, José de Alencar Miranda de Carvalho) e “Buchecha” (Fábio Aurélio do Lago e Silva, “cobrador” de “Júnior Bolinha”). Nada é comentado sobre “Cutrim”. Apenas é relatado: “No que tange às outras pessoas citadas pelo interrogado, temos a esclarecer que não possuímos, ainda, elementos que corroborem a efetiva participação no crime”.

As dúvidas não param por aí. Tudo indica que Jhonatan de Sousa Silva, o assassino, ainda tem muito o que falar. O problema é se ele está sendo orientado (leia-se pressionado) para falar apenas algumas “verdades” verdades “militares”, “jurídicas” e “políticas”. É que esse crime é de alta complexidade, considerando-se o fato de que Décio Sá era um jornalista que vinha denunciando nomes importantes da alta sociedade. E, segundo informações colhidas nos bastidores da imprensa, ele ainda tinha muitos fatos para publicar, em que havia envolvidos perigosos.

O fato é que esse crime como disse o deputado Bira do Pindaré ainda está longe de toda a verdade. O que o judiciário precisa ter cuidado é com as injustiças. Pode ser que um “fulano” que não gosta de “cicrano” se aproveite da de algumas incógnitas da situação para atingir quem não tem nada a ver com o fato.

É necessário que se esclareça, por exemplo, quem é o tal “Cutrim” mencionado no depoimento do assassino do jornalista Décio. A família Cutrim no Maranhão e no Brasil é muito grande. E esse sobrenome está presente na política, no judiciário, no empresariado, nas famílias de bem e na criminalidade. Por isso a polícia precisa concluir seu trabalhado de investigação. A imprensa está de olho nos fatos: nos verdadeiros e nos falsos.

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