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domingo, 21 de maio de 2023

OPINIÃO | ALCÂNTARA TEM OUTRA HISTÓRIA | Por Battista Soarez | Coluna Leitura Livre | Jornal Itaqui-Bacanga


O P I N I Ã O

Alcântara tem outra história


Por Battista Soarez

(Jornalista, escritor, consultor e professor universitário)




QUANDO ERA VICE do ex-governador Flávio Dino — atual ministro da Justiça do Brasil — o hoje governador Carlos Brandão, numa oportunidade em que ele estava governador interino, conversou comigo no seu gabinete sobre alguns pontos importantes da política de desenvolvimento do Maranhão e, consequentemente, de Alcântara. No dia da conversa, eu estava acompanhado do apóstolo Jacy Monteiro, que falou das minhas competências e habilidades na área social, de comunicação e, também, de elaboração de projetos e captação de recursos.

Aparentemente, Brandão parece ter gostado da conversa e, na oportunidade, disse que voltaríamos a nos falar e que, caso fosse reeleito governador, queria que eu fizesse parte do seu governo, de alguma forma. Ele foi reeleito. Todavia, até agora, não foi possível a gente voltar a conversar, de modo que minhas ideias de contribuição para o desenvolvimento do Maranhão estão guardadas na minha caixa craniana, esperando apenas uma oportunidade de diálogo para que tudo aconteça da maneira como penso e acredito, na condição de técnico, para o meu estado.

Tenho ouvido pessoas falarem mal do governador, mas eu, particularmente, vejo nele boa vontade política que, se for trabalhada como Brandão expressa na sua fala, e, também, conforme está escrito no seu plano de governo, certamente as coisas estarão seguindo no rumo mais ou menos certo e o estado, com certeza, será agraciado com grande impacto de desenvolvimento.

Lembro de que, na nossa conversa, uma das coisas que tratamos foi sobre o potencial produtivo e econômico de Alcântara, por muitas razões sobre as quais, no momento, vou dispensar maiores comentários neste artigo.

Mas quero pontuar, pelo menos, algumas questões sobre o município de Alcântara que, em sendo implementadas algumas políticas de desenvolvimento, o município voltará a ser o grande centro econômico do Maranhão e do Brasil como já foi no passado. Os poucos gastos do consumidor doméstico, por exemplo, que tornam o crescimento de Alcântara dependente do escoamento da sua produção, refletem o nível de riqueza elevado que poderá emplacar na vida econômica da família alcantarense média, e esses pontos refletem, principalmente, o status particular do município em relação à sua economia diante de outros municípios da baixada maranhense em que a maioria das pessoas não conta com cobertura garantida de assistência financeira em relação ao seu trabalho produtivo e geração de renda.

Essa anomalia — criada deliberadamente por decisões mal sucedidas de governos anteriores, em função, talvez, de políticas escusas e arranjos eleitoreiros — atrapalha a organização da comunidade produtiva, isto é, das suas cooperativas e associações agrícolas em relação às estratégias de modernização do trabalho no campo. Diante dessa inércia da gestão governamental, a população de Alcântara cruza os braços, levando a vida como pode e esperando envelhecer ou ficar doente para se aposentar e sobreviver das migalhas previdenciárias do Estado. Centenas de advogados não querem mais atuar noutras áreas, senão na do direito previdenciário. Isso gera um problema de subdesenvolvimento sem tamanho. O governo não ajuda investindo nos produtores e, com isso, deixa de explorar o diamante alcantarense que é o seu potencial agrícola.

Ao longo dos próximos anos, o município de Alcântara apresentará algumas situações que pesarão sobre seu progresso econômico. Conversando, recentemente, sobre política de desenvolvimento com o prefeito Nivaldo Araújo — que, conforme tenho observado, não está brincando de fazer política e, sim, tentando corrigir uma gama enorme de problemas que ele encontrou na estrutura administrativa — ventilamos o fato de que é praticamente inevitável que as pressões causadas pela visão holística (ou globalizada), em nível de município, continuem a perturbar o sistema da administração pública que está fazendo o seu papel baseada numa política visionária de crescimento e tecnicamente relevante.

Nivaldo entende que os trabalhadores alcantarenses — que sempre estão ansiosos por ocupação e renda — só precisam de apoio técnico, condições de investimento e de uma gestão pública que os apoie no que diz respeito à conexão com a fonte de recursos, até que eles alcancem um ponto político limite e produza uma completa política de produção rural enriquecedora. Boa parte dessas pressões de custo e outras coisas vem da crescente e implacável disponibilidade de novas tecnologias de produção campestre em que — conforme informações colhidas por mim para uma tese de doutorado que estou escrevendo sobre desenvolvimento local sustentável — as relações políticas da comunidade campesina alcantarense com o poder público dependem de medidas seguras estabelecidas pelo plano de governo para esse fim.

Quanto a isso, Nivaldo Araújo reconhece que, com todos os problemas que existem na esfera política do Maranhão, e inevitavelmente mais outros, Alcântara ainda tem poderosas vantagens econômicas que devem solidificar sua preeminência entre as economias avançadas ao longo dos próximos dez a 15 anos.

Percebi essa visão claramente do prefeito, isto é, que ele tem absoluta razão, quando entrevistei, na última semana, duas secretárias do município totalmente afinadas quanto à política de execução das atividades administrativas do poder público municipal. As ações das secretarias municipais dialogam entre si, clarividenciando o fato de que a gestão atual está pronta — e trabalhando — no sentido de atrair milhões em investimento para o crescimento do município e enriquecimento do seu povo.

A secretária da educação, Cleonice Lisboa, esboçou para mim a respeito da parceria do município com o CLA (Centro de Lançamento de Alcântara). Só isso já acena para um ponto alto na questão do desenvolvimento em matéria de tecnologia espacial. Do meu ponto de vista, já cabe aí, inclusive, uma parceria com grandes universidades brasileiras como USP, UNICAMP ou mesmo com a ULBRA que é privada mas que tem curso e laboratório na área de engenharia aérea e espacial. Alcântara pode se tornar — se os governantes tiverem essa visão — uma grande cidade universitária.

A força de trabalho alcantarense, isolada à margem de outros municípios do Maranhão, é crescente e, atualmente, incluindo milhares de jovens com aptidões para estudar e atingirem altos níveis acadêmicos. Isso ficou provado quando o Projeto Nova Alcântara (PNA), no povoado Tiquara, conseguiu formar mais de mil técnicos agrícolas apenas com a força, a competência e a sabedoria dos seus missionários voluntários. Além disso, à medida que a crescente preeminência de Alcântara se tornar uma economia evoluída, mais dependente será da capacidade de inovação de sua organização comunitária e da habilidade de seus trabalhadores. Estes devem operar de forma eficiente em ambientes de trabalho tecnicamente avançados. Com o tempo, a vantagem de Alcântara nessas áreas deve tornar-se ainda maior.

Por último, conforme falei recentemente com o pastor Edilson Lins — um homem extraordinário em administrar qualquer negócio — do Projeto Nova Alcântara, as condições políticas do município de Alcântara produzem algumas vantagens e desvantagens em relação à visão geral em nível municipal que parecem estar asseguradas no futuro previsto. Com o espírito hospitaleiro generalizado do povo da região, Alcântara poderá utilizar seu status de cidade histórica, cultural e bem posicionada no globo terrestre para lançamento de foguetes espaciais, sem rivais, a fim de extrair considerações especiais para investimento por parte do governo do estado e outros municípios no que tange a seus interesses específicos em vários mercados externos.

Mesmo que a pressão sobre empregos e salários gere uma tendência para uma política desordenada de esquerda, em nível local e regional, Alcântara continuará a adotar uma abordagem mais conservadora e inteligente do que alguns grupos de moradores locais. Neste sentido, o povo deveria contribuir melhor em relação ao debate das políticas públicas municipais. Jogar pedra no vento — utilizando grupos de whatsapp — em nada ajuda, a não ser gerar ódio e inimigos.

O resultado econômico — para o pastor Edilson — praticamente é inevitável. Mas, em matéria de unidade de gestão, a economia de Alcântara pode continuar sempre mais eficiente.  Essas questões e diferenças têm levado a comunidade alcantarense mais fora do prumo de igualdade e socialmente menos compassiva em matéria de contribuição para as políticas de desenvolvimento.

Todavia, o que se quer é que a economia de Alcântara seja forte e criativa. Sim, cada vez mais forte e que o povo, em vez de fazer oposição tola por coisas complexas que ele não entende, contribua participativamente com sua opinião e informação.

2 comentários:

  1. Eu nunca li tanta asneira e bajulação. Tá explicado pq Brandao não retornou conversa , e o porque Nivaldo Araújo na sua régua moral está ótimo. São anacronismos produzidos pela Incompetência. Voce e ele. Vem aqui olhar o acesso a povoados ...tanto contrato e não resolve? O sr apoiar este prefeito que é péssimo político e gestor marca a sua matiz intelectual e ideológica. Melhore e vá pregar saia da politica, o púlpito não é pra isso. A obra de Deus é mais importante que bajular político. Tome tendência e bom senso

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  2. Cara, procura um terapeuta. Essa tua síndrome de ódio sem causa, pelo menos em relação à minha pessoa (nem te conheço), pode te adoecer gravemente. Pelo visto, nem ler tu sabes. Muito menos interpretar texto. Outra coisa, não precisa vomitar esse veneno de inveja e insatisfação pelo que ainda não conseguiu realizar como ser humano. Deus deu dons a todos os homens. E certamente a você também. Procura e achará. Eu estudei e estudo todos os dias como profissional da comunicação. Não estou usando o púlpito. Estou apenas utilizando de meu espaço como jornalista, formador de opinião, para emitir minha contribuição em favor de um município em que acredito no que diz respeito ao seu desenvolvimento.

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