COLUNA LEITURA LIVRE 

Por Battista Soarez 
(Jornalista e escritor)

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Reportagem do Fantástico confunde "educação integral" com "educação em tempo integral"

O alvo da matéria globista no Maranhão foram prefeituras administradas por gestores que não são do grupo político da esquerda

Dr. Julinho, prefeito de São José de Ribamar, sendo entrevistado pelo Fantástico, da TV Globo | Foto: Divulgação/Internet.

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UMA REPORTAGEM DO FANTÁSTICO (da Rede Globo), exibida no último domingo, 7 de janeiro, denunciou prefeituras do Maranhão sobre suposta fraude na educação. A reportagem investigou, inclusive, a Prefeitura Municipal de São José de Ribamar, que é administrada pelo Dr. Julinho, do PL. Ao ser interrogado pelo jornalista sobre o paradeiro do dinheiro da educação integral, o chefe do executivo municipal respondeu prontamente que o dinheiro foi investido na "educação integral". O repórter rebateu, erroneamente, questionando a resposta do prefeito, que sabiamente respondeu:

--- Qualquer escola de São José de Ribamar trabalha com educação integral.

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Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão 

Entenda a questão. O Dr. Julinho respondeu com segurança porque, como gestor experiente, entende corretamente que há diferença entre "educação integral" e "educação em tempo integral". A primeira é uma concepção de educação que vem crescendo no espaço escolar entre educadores e, assim, despertando o interesse das famílias e da comunidade escolar em geral. A segunda se refere ao tempo que o aluno permanece na unidade escolar. Portanto, diante da pergunta do repórter do Fantástico, que usava o tempo todo as duas terminologias como se fosse a mesma coisa, o Dr. Julinho logo percebeu a falta de conhecimento do jornalista globista com relação à matéria e, portanto, deu a resposta certa ao repórter desinformado.

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Se "educação integral" é uma concepção educacional que abrange uma visão holística sobre a formação do indivíduo e/ou sujeito, a "educação em tempo integral", por sua vez, diz respeito ao modelo educacional em que o aluno permanece os dois turnos do dia dentro da escola. A prefeitura de São José de Ribamar trabalha as duas modalidades educacionais, sendo que o número de escolas que trabalham a educação integral é maior.  Sendo assim, na formação integral o objetivo é formar o estudante em diversas dimensões e com conteúdo ensinado em sala de aula. Nesse modelo, o investimento é maior porque abrange toda a população estudantil do município.

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Na educação integral, há um certo esforço, por parte da escola, em trabalhar as dimensões social, psicológica, pedagógica e afetivo-emocional dos alunos. Já na educação em tempo integral a preocupação maior é com o número de horas que a criança ou o adolescente passa dentro da instituição de ensino, independentemente de receber ou não uma formação integral. A prefeitura de São José de Ribamar, logicamente, investe mais dinheiro na educação integral porque benefia todos os estudantes do município. E aí se estabelece a confusão em que o repórter da TV Globo se embaralhou.

Diante disso, o Leitura Livre e o Jornal Itaqui-Bacanga se interessaram em esclarecer na mente do leitor toda essa questão, apurando dados reais para elaboração de uma matéria que será veiculada na próxima edição. Será abordado, inclusive, o fato de que as prefeituras alvo da matéria tendenciosa do Fantástico são apenas aquelas em que os gestores não fazem parte do grupo político da esquerda, ligado ao novo ministro do STF, Flávio Dino.

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Ao que parece, enfim, a intenção do atual sistema é desarticular todos os políticos da direita para solidificar, de maneira generalizada, a esquerda no Maranhão. Entre os mecanismos utilizados estão, é claro, os meios de comunicação, como sempre ocorreu. A TV Globo, certamente, está recebendo altos valores financeiros para construir um forte discurso midiático nesse sentido. Não é por acaso que a emissora da família Marinho --- que sempre foi favorecida com milhões e milhões de reais pelo governo federal --- se empenhou desesperadamente para eleger Luiz Inácio Lula da Silva a presidente do Brasil, nas eleições de 2022. Chegou até ao ponto de cunhar no seu discurso midiático a palavra "golpista" para, intencionalmente, criminalizar as ações da população que lutou contra a volta do grupo político que roubou o país durante o período em que o PT esteve no poder com Lula e Dilma. Este será o tema da nossa próxima matéria. Aguarde.

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