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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

ARTIGO: NOVA ORDEM MUNDIAL — Pr. Battista Soarez



OPINIÃO 

Projeto NOM: para onde estamos sendo conduzidos?

 

Por Pr. Battista Soarez
(Escritor, jornalista e teólogo)

 

Foto: Divulgação / Internet

RECENTEMENTE, gravei um áudio — uma pregação de cunho espiritual — sobre a Nova Ordem Mundial (NOM), um contexto político, econômico e militar que, do ponto de vista geopolítico, envolve os Estados no plano internacional. A Nova Ordem Mundial surgiu depois da queda do Muro de Berlin, fato por demais conhecido que ocorreu em 1989. Termina, com isso, a Guerra Fria, um período de tensão política que ocorreu logo após a Segunda Guerra Mundial. Isto durou de 1945 a 1991. A partir de então, novas configurações começaram a se processar, num contexto geopolítico, como uma dialógica sofisticada no âmbito de forças secretas globalistas, com tons bíblico-escatológicos.

No meu áudio, tudo o que fiz foi mostrar, sem muitas delongas, simplesmente os fatos geopolíticos que estão descortinando o horizonte para o qual a humanidade está sendo conduzida sem percepção do que isso significa. Inclusive, houve um rapaz, dizendo-se acadêmico de ciências sociais (com certo amadorismo simplista), que está totalmente embevecido pelas “vantagens” da evolução moderna.

Um professor da área de física quântica fez um longo comentário querendo ser convincente sobre o estado mental da pessoa que está possuída ou sob influência do diabo.

— Demônio é uma questão de estado mental da pessoa — disse ele, dando entender que o demônio não existe.

De fato, ele quis dizer que a possessão demoníaca é explicada de acordo com o estado metafísico da mente humana, no que concerne à existência ou inexistência do diabo e das forças do mal. Outro mestre, dizendo-se PhD, me fez entender que ele não crê mais em nada, demonstrando um grau de impaciência intelectual sem precedente, a ponto de admitir que não ouviu o meu áudio todo. Mesmo assim, começou a me detonar, emitindo “opinião” sobre mim totalmente fora do contexto.

E ainda outro, com sérios sintomas de fixação de ideias — fraqueza intelectual que impede a pessoa de mudar de opinião, em razão de determinada incapacidade de flexibilidade — disse claramente que não acredita em pastor, em palestrante, nem em escritor. E que o único palestrante em quem ele acredita é o Dr. Lair Ribeiro. Logo, está clarividente que esse cidadão não ouve mais nada, não lê mais nada e, portanto, ficou totalmente incapaz de aprender mais alguma coisa na vida. Ou seja, sua mente parou no tempo. Cansou. Estagnou. Cauterizou-se na soberba das letras.

Minha mensagem, portanto, não serve para esse tipo de mentalidade. Não perco meu tempo falando, escrevendo ou pregando para tal tipologia intelectual. Aliás, quando a intelectualidade chega a esse nível de maturidade, morre. É como uma fruta que passou de madura e apodreceu. Não tem mais sabor degustável. É como o sal, citado por Jesus em Mateus 5.13, que se tornou insípido. E para nada mais serve, a não ser para, lançado fora, ser pisado pelos homens.

No meu áudio, apenas situei que as forças do globalismo estão levando a humanidade para uma unificação absolutista politicoeconômica mundial, e que isso já não é mais uma questão de crença religiosa e, sim, de fatos. Apenas trabalhei informações jornalísticas, mas que têm fundamentos bíblicos, principalmente pela ótica ou lógica de Apocalípse 13. Mas, quanto a isto, não vou entrar no mérito escatológico. Somente no aspecto geopolítico que, numa visão apocalíptica, diz respeito ao espaço estabelecido para o domínio dos Estados Unidos como potência política e militar. E tudo começa por aí. A bipolaridade capitalismo X socialismo deixou de existir.

Por conseguinte, por conta da globalização, expandiram-se as transações econômicas, surgindo novos blocos. Aí, então, alguns países se destacaram nesse cenário como, por exemplo, Japão e Alemanha. O que devemos entender é que, do ponto de vista geopolítico-apocalíptico, a lógica do mundo moderno atual vislumbra que a Nova Ordem Mundial é caracterizada pela unipolaridade nas áreas política e militar e pela multipolaridade na economia.

Seguindo essa lógica, a NOM descortinou uma necessidade de reclassificar a hierarquia entre os Estados Nacionais. Portanto, os que se classificavam como países de primeiro, segundo e terceiro mundo, conforme o desenvolvimento socioeconômico, passaram a ser chamados de países do norte (os países desenvolvidos) e os países do sul (os países subdesenvolvidos).

Minha intenção, nesta matéria, é esclarecer — não é meu objetivo convencer ninguém — que a NOM é uma realidade, crendo a pessoa ou não. Portanto, a Nova Ordem Mundial, o espaço geopolítico e o fenômeno da globalização estão interligados. Em função disso, devemos buscar a compreensão dos fatos que giram em torno desse assunto. Os meus críticos precisam observar as mudanças na hierarquia internacional e, então, conhecer mais sobre a “guerra ao terror” e ver o que isso tem a ver com a sequenciação a partir do mundo atual.

Depois dos dois fatores históricos mencionados acima — a queda do Muro de Berlin e o fim da Guerra Fria — o mundo passou a formatar nova configuração política e, com isso, os cenários mundiais ganharam proporções complexas que, para quem é teólogo e escatologista, vão sendo decodificadas conforme a hermenêutica da visão que o apóstolo João teve na Ilha de Patmos ao escrever o livro de Apocalipse. Não adianta querer entender isso pelo olhar da ciência quântica. Mas a ciência quântica ajuda quando ela reconhece os parâmetros bíblicos no âmbito de suas análises. Mas vou deixar esta questão escatológica para outro momento.

Pois bem, se antes o mundo tinha uma ordem bipolar (capitalismo versus socialismo), depois da guerra fria passou a ser unipolar, uma vez que os Estados Unidos mantinham a soberania do poder militar. Sabe o que isso significa? Significa que havia baixa possibilidade de outro país ter qualquer tipo de rivalidade com eles, vendo as coisas pela lógica militar.

Por conseguinte, a Nova Ordem Mundial traz, agora, mais uma nomenclatura: a multipolaridade. Aqui se diz que o poderio militar deixou de ser o principal critério para estabelecer a potencialidade de um país. Agora, o que prevalece é o poderio econômico. E, nesse prisma, surgiram novas frentes geopolíticas para rivalizar com os Estados Unidos como, por exemplo, Japão, União Europeia e China.

Finalmente, um novo conceito surge no contexto da Nova Ordem Mundial: unimultipolaridade. O que é isso? Este conceito engloba a supremacia militar e política norte-americana e os múltiplos centros de poder econômico. Neste caso, enfim, a Nova Ordem Mundial caracteriza-se pela unipolaridade nas éreas militar e política e pela multipolaridade na economia. Logo, fica evidente que a nova ordem mundial estabelece o contexto das relações políticas e econômicas internacionais de poder. A divisão do mundo entre “norte” e “sul” chama a atenção para uma configuração globalista de fenômenos internacionais, que culminará com a implantação de um governo mundial autoritário. E aqui entram várias questões, inclusive a questão da corrupção da visão espiritual.

Segundo autoridades em consultoria no campo da geopolítica e da geoeconomia, os líderes da NOM governarão o mundo — forças elitistas secretas estarão em cena — mediante brutal corrupção e escravização de pessoas. Será um controle total. O sistema corrupto convencerá as pessoas de que elas serão mais felizes se abrirem mão de sua própria liberdade e de sua responsabilidade. Nas palavras de Nicholas Hagger, um escritor investigativo experiente que testemunhou a revolução cultural na China, um ditador autoritário transformará “pedras em pão para alimentá-los, os escraviza com milagres e governa todos os reinos da Terra...” (Nicholas Ragger. A Corporação: a história secreta do século XX e o início do governo mundial do futuro. São Paulo: Cultrix, 2009, p. 314). Mas, sobre este assunto, falarei no próximo artigo. Até lá.

5 comentários:

  1. Importante e esclarecedor. Muitíssimo obrigado mesmo.

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  2. Gostei muito dessas explicaçoes, li o texto todo, é muito agradável e exclarecedor. traz muitas informaçoes históricas, numa abordagem atraente sobre a guerra fria.
    quantos aos ouvintes que criticaram o audio é devido ao ceticismo, outros porém, é apenas egocentrismo que estudaram apenas para jogar pedra na lua.

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    1. Kkkkk. Muito interessante seu comentário, querido. Obrigado.

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    2. Kkkk. Obrigado, meu irmão. Muito interessante seu comentário.

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