OPINIÃO
Projeto NOM: para onde
estamos sendo conduzidos?
Por Pr. Battista
Soarez
(Escritor, jornalista e teólogo)
Foto: Divulgação / Internet |
RECENTEMENTE, gravei um áudio — uma pregação de cunho espiritual — sobre a Nova Ordem Mundial (NOM), um contexto político, econômico e militar que, do ponto de vista geopolítico, envolve os Estados no plano internacional. A Nova Ordem Mundial surgiu depois da queda do Muro de Berlin, fato por demais conhecido que ocorreu em 1989. Termina, com isso, a Guerra Fria, um período de tensão política que ocorreu logo após a Segunda Guerra Mundial. Isto durou de 1945 a 1991. A partir de então, novas configurações começaram a se processar, num contexto geopolítico, como uma dialógica sofisticada no âmbito de forças secretas globalistas, com tons bíblico-escatológicos.
No meu áudio,
tudo o que fiz foi mostrar, sem muitas delongas, simplesmente os fatos geopolíticos que estão descortinando o horizonte para o qual a humanidade está
sendo conduzida sem percepção do que isso significa. Inclusive, houve um rapaz,
dizendo-se acadêmico de ciências sociais (com certo amadorismo simplista), que
está totalmente embevecido pelas “vantagens” da evolução moderna.
Um professor da
área de física quântica fez um longo comentário querendo ser convincente sobre
o estado mental da pessoa que está possuída ou sob influência do diabo.
— Demônio é uma
questão de estado mental da pessoa — disse ele, dando entender que o demônio
não existe.
De fato, ele
quis dizer que a possessão demoníaca é explicada de acordo com o estado
metafísico da mente humana, no que concerne à existência ou inexistência do
diabo e das forças do mal. Outro mestre, dizendo-se PhD, me fez entender que
ele não crê mais em nada, demonstrando um grau de impaciência intelectual sem
precedente, a ponto de admitir que não ouviu o meu áudio todo. Mesmo assim,
começou a me detonar, emitindo “opinião” sobre mim totalmente fora do contexto.
E ainda outro,
com sérios sintomas de fixação de ideias — fraqueza intelectual que impede a
pessoa de mudar de opinião, em razão de determinada incapacidade de
flexibilidade — disse claramente que não acredita em pastor, em palestrante,
nem em escritor. E que o único palestrante em quem ele acredita é o Dr. Lair
Ribeiro. Logo, está clarividente que esse cidadão não ouve mais nada, não lê
mais nada e, portanto, ficou totalmente incapaz de aprender mais alguma coisa
na vida. Ou seja, sua mente parou no tempo. Cansou. Estagnou. Cauterizou-se na
soberba das letras.
Minha mensagem,
portanto, não serve para esse tipo de mentalidade. Não perco meu tempo falando,
escrevendo ou pregando para tal tipologia intelectual. Aliás, quando a
intelectualidade chega a esse nível de maturidade, morre. É como uma fruta que
passou de madura e apodreceu. Não tem mais sabor degustável. É como o sal,
citado por Jesus em Mateus 5.13, que se tornou insípido. E para nada mais
serve, a não ser para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
No meu áudio, apenas
situei que as forças do globalismo estão levando a humanidade para uma
unificação absolutista politicoeconômica mundial, e que isso já não é mais uma
questão de crença religiosa e, sim, de fatos. Apenas trabalhei informações
jornalísticas, mas que têm fundamentos bíblicos, principalmente pela ótica ou
lógica de Apocalípse 13. Mas, quanto a isto, não vou entrar no mérito
escatológico. Somente no aspecto geopolítico que, numa visão apocalíptica, diz
respeito ao espaço estabelecido para o domínio dos Estados Unidos como potência
política e militar. E tudo começa por aí. A bipolaridade capitalismo X
socialismo deixou de existir.
Por conseguinte,
por conta da globalização, expandiram-se as transações econômicas, surgindo
novos blocos. Aí, então, alguns países se destacaram nesse cenário como, por
exemplo, Japão e Alemanha. O que devemos entender é que, do ponto de vista
geopolítico-apocalíptico, a lógica do mundo moderno atual vislumbra que a Nova
Ordem Mundial é caracterizada pela unipolaridade nas áreas política e militar e
pela multipolaridade na economia.
Seguindo essa
lógica, a NOM descortinou uma necessidade de reclassificar a hierarquia entre
os Estados Nacionais. Portanto, os que se classificavam como países de primeiro,
segundo e terceiro mundo, conforme o desenvolvimento socioeconômico, passaram a
ser chamados de países do norte (os países desenvolvidos) e os países do sul
(os países subdesenvolvidos).
Minha intenção,
nesta matéria, é esclarecer — não é meu objetivo convencer ninguém — que a NOM
é uma realidade, crendo a pessoa ou não. Portanto, a Nova Ordem Mundial, o
espaço geopolítico e o fenômeno da globalização estão interligados. Em função
disso, devemos buscar a compreensão dos fatos que giram em torno desse assunto.
Os meus críticos precisam observar as mudanças na hierarquia internacional e,
então, conhecer mais sobre a “guerra ao terror” e ver o que isso tem a ver com
a sequenciação a partir do mundo atual.
Depois dos dois
fatores históricos mencionados acima — a queda do Muro de Berlin e o fim da Guerra
Fria — o mundo passou a formatar nova configuração política e, com isso, os cenários
mundiais ganharam proporções complexas que, para quem é teólogo e
escatologista, vão sendo decodificadas conforme a hermenêutica da visão que o
apóstolo João teve na Ilha de Patmos ao escrever o livro de Apocalipse. Não
adianta querer entender isso pelo olhar da ciência quântica. Mas a ciência
quântica ajuda quando ela reconhece os parâmetros bíblicos no âmbito de suas
análises. Mas vou deixar esta questão escatológica para outro momento.
Pois bem, se
antes o mundo tinha uma ordem bipolar
(capitalismo versus socialismo),
depois da guerra fria passou a ser unipolar,
uma vez que os Estados Unidos mantinham a soberania do poder militar. Sabe o
que isso significa? Significa que havia baixa possibilidade de outro país ter qualquer
tipo de rivalidade com eles, vendo as coisas pela lógica militar.
Por conseguinte,
a Nova Ordem Mundial traz, agora, mais uma nomenclatura: a multipolaridade. Aqui se diz que o poderio militar deixou de ser o
principal critério para estabelecer a potencialidade de um país. Agora, o que
prevalece é o poderio econômico. E, nesse prisma, surgiram novas frentes geopolíticas
para rivalizar com os Estados Unidos como, por exemplo, Japão, União Europeia e
China.
Finalmente, um
novo conceito surge no contexto da Nova Ordem Mundial: unimultipolaridade. O que é isso? Este conceito engloba a
supremacia militar e política norte-americana e os múltiplos centros de poder
econômico. Neste caso, enfim, a Nova Ordem Mundial caracteriza-se pela unipolaridade nas éreas militar e política
e pela multipolaridade na economia.
Logo, fica evidente que a nova ordem mundial estabelece o contexto das relações
políticas e econômicas internacionais de poder. A divisão do mundo entre “norte”
e “sul” chama a atenção para uma configuração globalista de fenômenos
internacionais, que culminará com a implantação de um governo mundial
autoritário. E aqui entram várias questões, inclusive a questão da corrupção da
visão espiritual.
Segundo autoridades
em consultoria no campo da geopolítica e da geoeconomia, os líderes da NOM
governarão o mundo — forças elitistas secretas estarão em cena — mediante
brutal corrupção e escravização de pessoas. Será um controle total. O sistema
corrupto convencerá as pessoas de que elas serão mais felizes se abrirem mão de
sua própria liberdade e de sua responsabilidade. Nas palavras de Nicholas
Hagger, um escritor investigativo experiente que testemunhou a revolução cultural na China, um
ditador autoritário transformará “pedras em pão para alimentá-los, os escraviza
com milagres e governa todos os reinos da Terra...” (Nicholas Ragger. A Corporação: a história
secreta do século XX e o início do governo mundial do futuro. São Paulo:
Cultrix, 2009, p. 314). Mas, sobre este assunto, falarei no próximo artigo. Até
lá.
Importante e esclarecedor. Muitíssimo obrigado mesmo.
ResponderExcluirObrigado, meu pastor. Deus o abençoe.
ExcluirGostei muito dessas explicaçoes, li o texto todo, é muito agradável e exclarecedor. traz muitas informaçoes históricas, numa abordagem atraente sobre a guerra fria.
ResponderExcluirquantos aos ouvintes que criticaram o audio é devido ao ceticismo, outros porém, é apenas egocentrismo que estudaram apenas para jogar pedra na lua.
Kkkkk. Muito interessante seu comentário, querido. Obrigado.
ExcluirKkkk. Obrigado, meu irmão. Muito interessante seu comentário.
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