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sábado, 29 de janeiro de 2022

ARTIGO DE OPINIÃO: DIREITA DIVIDIDA

 OPINIÃO

A valsa da cabra doida
Falta de unidade entre os grupos de direita no Maranhão coloca em risco as eleições de 2022

 

Battista Soarez
(Jornalista, escritor e consultor)

 

FOTO: Divulgação/Internet

NOS ÚLTIMOS DIAS DE MARCHA rumo às eleições de 2022, a política da direita no Maranhão vem dando sinais de desequilíbrio. Os defensores do bolsonarismo, entre si, não se entendem de jeito nenhum. E isso é tudo que a esquerda precisa para vencer as eleições em 2022 no estado. Liberais e conservadores encenam uma valsa de autodestruição política. Com isso, abrem espaço e portões para que a esquerda se articule e avance triunfante se aproveitando das brechas deixadas pelos grupos de direita.

É aquela velha história: uma corporação dividida não terá êxito. O retalhamento já começa pelos corredores do Planalto e, por lance e tabela, afeta o âmbito de todo o Executivo. O primeiro problema está no fato de que o presidente Bolsonaro tem a cabeça no desenvolvimentalismo e a sua estrutura de governo, porém, é toda montada na ideologia neoliberal. E aí está a explicação do travamento do seu governo.

Um certo abstracionismo dogmático paira sobre pontos estratégicos no centro do poder de decisões do governo Bolsonaro e isso delimita o fato de até aonde deve se meter o dedo do Estado. Isso põe um ponto de interrogação enorme no cenário político acerca de quem ganhará as eleições. E parece que, se o jogo continuar nesse passo de bêbado, a bandeja será entregue nas mãos do esquerdismo com muita facilidade.

Aliás, diga-se de passagem, a esquerda tem exatamente o discurso que a grande massa pobre gosta de ouvir e pela qual se sente atraída: a linguagem dos programas sociais (o mínimo do mínimo econômico, que mal dá para se manter vivo). Quase a metade da população brasileira se contenta com os valores dos programas de transferência de renda mínima e não quer nem pensar em trabalhar. Ao passo que o discurso da direita é desenvolvimento, ou seja, todos têm de trabalhar para ter dignidade no exercício de sua cidadania. Sem trabalhar, não há desenvolvimento, a pobreza domina e a miséria impera. Portanto, para o país desenvolver, o povo tem de trabalhar.

No Maranhão, uma verdadeira “valsa da cabra doida”, que está acontecendo nos grupos de direita, deixa a clara impressão de oposição interna, processada por um certo viés de fetichismo intelectual. Nesse ritmo, a falta de entendimento entre Lahésio Bonfim, o grupo de Coronel Monteiro, o grupo da deputada Mical Damasceno e, de quebra, o grupo de Josimar Maranhãozinho, dentre outros, encurrala a direita num gueto de total falta de sintonia e esfacelamento. Seria bem diferente se todas estas lideranças de direita entrassem num só barco e todos os navegantes remassem no mesmo sentido. As ondas, certamente, seriam vencidas com maior facilidade. E a vitória garantida.

Enquanto a direita não se entende e se divide, a esquerda se articula com absoluta destreza em cima das falhas desarmoniosas da direita. A esquerda, enfim, sabe muito bem o que fazer numa eleição e em comparação com a direita, dando uma aula magnífica de estratégia eleitoral. Enquanto a direita fica de birra entre si mesma — e por coisinhas insignificantes — a esquerda se fortalece silenciosamente. Bolsonaro perde aliados “patriotas”, e Lula ganha “companheiros” idiotas que, em troca de políticas públicas assistencialistas e paternalistas, votam na esquerda e vendem até a alma para reconduzir Lula ao comando do país.

Mas há uma coisa que o pobre ignorante e necessitado precisa saber. A esquerda é financiada por aquilo que John Perkins chama de “assassinos econômicos”. São profissionais altamente remunerados cujo trabalho é lesar países ao redor do mundo em golpes que se contam aos trilhões de dólares. São manipuladores de recursos financeiros do Banco Mundial, da Agência Americana para o Desenvolvimento Mundial (USAID), além de outras agências americanas de “ajuda” internacional. Isto é fato por demais conhecido entre os poderes econômicos mundiais de elite. Algo meio que diabólico. Ou totalmente.

Na verdade, eles se canalizam para os cofres de enormes corporações e para os bolsos de algumas famílias abastadas que controlam os recursos naturais do planeta. E são eles, os assassinos econômicos, que financiam a esquerda corrupta no mundo. Segundo Perkins, entre os seus instrumentos de trabalho incluem-se relatórios financeiros adulterados, pleitos eleitorais fraudulentos (são capazes de fraudar qualquer eleição, comprando juízes e altos funcionários dos tribunais), extorsão, sexo e assassinato.

Esse, aliás, é o jogo obscuro do PT e de demais partidos de esquerda. Foi esse jogo sujo que matou Eduardo Campos, Teori Zavascki, Toninho do PT e Celso Daniel. E, aí, o detalhamento disso seria outra longa matéria porque, para o leitor entender direito como tudo isso funciona, ter-se-ia que explicar as coisas com minúcias. Como jornalista investigativo, sei exatamente o caminho das pedras a ser percorrido e como deve ser feito.

Mas basta dizer que os assassinos econômicos praticam o velho jogo do imperialismo, mas trata-se de um tipo de jogo que assumiu novas e aterradoras dimensões nestes tempos de globalização. O esquerdismo transnacional — num contexto geoeconômico e geopolítico — tem o poder de comprar a imprensa mundial. E eles têm dinheiro para isso, de sobra. Lula é o personagem ideal para “presidenciar” o Brasil tão cobiçado por dominadores estrangeiros e jogar o jogo sujo que o esquema internacional quer e sabe fazer. O esquema do poder corrupto é global. Eles preferem ter tudo em suas mãos porque, no fim dos horizontes, eles sabem exatamente como conduzir o processo. E um dos instrumentos para isso é a burocracia. Ela é a principal arma da corrupção. Quem estuda a ciência política sabe do que estou falando. Minha opinião, enfim, é: ou a direita se une para vencer as eleições de 2022 ou ficará sem mandato e, o que é pior, humilhada pelo poder da governança corrupta da esquerda.

 

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