OPINIÃO
A valsa da cabra doida
Falta de unidade entre os grupos de
direita no Maranhão coloca em risco as eleições de 2022
Battista
Soarez
(Jornalista, escritor e consultor)
FOTO: Divulgação/Internet |
NOS ÚLTIMOS DIAS DE MARCHA rumo às
eleições de 2022, a política da direita no Maranhão vem dando sinais de
desequilíbrio. Os defensores do bolsonarismo, entre si, não se entendem de
jeito nenhum. E isso é tudo que a esquerda precisa para vencer as eleições em
2022 no estado. Liberais e conservadores encenam uma valsa de autodestruição
política. Com isso, abrem espaço e portões para que a esquerda se articule e
avance triunfante se aproveitando das brechas deixadas pelos grupos de direita.
É aquela velha
história: uma corporação dividida não terá êxito. O retalhamento já começa
pelos corredores do Planalto e, por lance e tabela, afeta o âmbito de todo o
Executivo. O primeiro problema está no fato de que o presidente Bolsonaro tem a
cabeça no desenvolvimentalismo e a sua estrutura de governo, porém, é toda
montada na ideologia neoliberal. E aí está a explicação do travamento do seu
governo.
Um certo
abstracionismo dogmático paira sobre pontos estratégicos no centro do poder de
decisões do governo Bolsonaro e isso delimita o fato de até aonde deve se meter
o dedo do Estado. Isso põe um ponto de interrogação enorme no cenário político
acerca de quem ganhará as eleições. E parece que, se o jogo continuar nesse
passo de bêbado, a bandeja será entregue nas mãos do esquerdismo com muita
facilidade.
Aliás, diga-se
de passagem, a esquerda tem exatamente o discurso que a grande massa pobre
gosta de ouvir e pela qual se sente atraída: a linguagem dos programas sociais
(o mínimo do mínimo econômico, que mal dá para se manter vivo). Quase a metade
da população brasileira se contenta com os valores dos programas de
transferência de renda mínima e não quer nem pensar em trabalhar. Ao passo que
o discurso da direita é desenvolvimento, ou seja, todos têm de trabalhar para
ter dignidade no exercício de sua cidadania. Sem trabalhar, não há
desenvolvimento, a pobreza domina e a miséria impera. Portanto, para o país
desenvolver, o povo tem de trabalhar.
No Maranhão, uma
verdadeira “valsa da cabra doida”, que está acontecendo nos grupos de direita,
deixa a clara impressão de oposição interna, processada por um certo viés de fetichismo intelectual. Nesse ritmo, a
falta de entendimento entre Lahésio Bonfim, o grupo de Coronel Monteiro, o
grupo da deputada Mical Damasceno e, de quebra, o grupo de Josimar
Maranhãozinho, dentre outros, encurrala a direita num gueto de total falta de sintonia e
esfacelamento. Seria bem diferente se todas estas lideranças de direita entrassem num só
barco e todos os navegantes remassem no mesmo sentido. As ondas, certamente,
seriam vencidas com maior facilidade. E a vitória garantida.
Enquanto a
direita não se entende e se divide, a esquerda se articula com absoluta destreza
em cima das falhas desarmoniosas da direita. A esquerda, enfim, sabe muito bem
o que fazer numa eleição e em comparação com a direita, dando uma aula
magnífica de estratégia eleitoral. Enquanto a direita fica de birra entre si
mesma — e por coisinhas insignificantes — a esquerda se fortalece
silenciosamente. Bolsonaro perde aliados “patriotas”, e Lula ganha “companheiros”
idiotas que, em troca de políticas públicas assistencialistas e paternalistas,
votam na esquerda e vendem até a alma para reconduzir Lula ao comando do país.
Mas há uma coisa
que o pobre ignorante e necessitado precisa saber. A esquerda é financiada por
aquilo que John Perkins chama de “assassinos econômicos”. São profissionais
altamente remunerados cujo trabalho é lesar países ao redor do mundo em golpes
que se contam aos trilhões de dólares. São manipuladores de recursos
financeiros do Banco Mundial, da Agência Americana para o Desenvolvimento
Mundial (USAID), além de outras agências americanas de “ajuda” internacional.
Isto é fato por demais conhecido entre os poderes econômicos mundiais de elite.
Algo meio que diabólico. Ou totalmente.
Na verdade, eles
se canalizam para os cofres de enormes corporações e para os bolsos de algumas
famílias abastadas que controlam os recursos naturais do planeta. E são eles,
os assassinos econômicos, que financiam a esquerda corrupta no mundo. Segundo
Perkins, entre os seus instrumentos de trabalho incluem-se relatórios
financeiros adulterados, pleitos eleitorais fraudulentos (são capazes de
fraudar qualquer eleição, comprando juízes e altos funcionários dos tribunais),
extorsão, sexo e assassinato.
Esse, aliás, é o
jogo obscuro do PT e de demais partidos de esquerda. Foi esse jogo sujo que
matou Eduardo Campos, Teori Zavascki, Toninho do PT e Celso Daniel. E, aí, o
detalhamento disso seria outra longa matéria porque, para o leitor entender
direito como tudo isso funciona, ter-se-ia que explicar as coisas com minúcias. Como jornalista
investigativo, sei exatamente o caminho das pedras a ser percorrido e como deve
ser feito.
Mas basta dizer
que os assassinos econômicos praticam o velho jogo do imperialismo, mas
trata-se de um tipo de jogo que assumiu novas e aterradoras dimensões nestes
tempos de globalização. O esquerdismo transnacional — num contexto geoeconômico
e geopolítico — tem o poder de comprar a imprensa mundial. E eles têm dinheiro para
isso, de sobra. Lula é o personagem ideal para “presidenciar” o Brasil tão cobiçado
por dominadores estrangeiros e jogar o jogo sujo que o esquema internacional
quer e sabe fazer. O esquema do poder corrupto é global. Eles preferem ter tudo
em suas mãos porque, no fim dos horizontes, eles sabem exatamente como conduzir
o processo. E um dos instrumentos para isso é a burocracia. Ela é a principal
arma da corrupção. Quem estuda a ciência política sabe do que estou falando.
Minha opinião, enfim, é: ou a direita se une para vencer as eleições de 2022 ou
ficará sem mandato e, o que é pior, humilhada pelo poder da governança corrupta
da esquerda.
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