D E S T A Q U E
Exploração de petróleo promete gerar mais de 326 mil empregos na região Norte/Nordeste
Atividades de produção da Petrobras, na Margem Equatorial, pode acrescentar mais de R$ 65 bilhões ao BIB nacional. Norte e Nordeste são destaque
Por Battista Soarez
(Em trânsito)
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A EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO na Margem Equatorial brasileira tem o potencial de gerar 326.049 novos empregos formais na região que compreende estados do Norte e do Nordeste, incluindo o Maranhão.
Dados levantados pelo Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), dão conta de que a extração de petróleo na região citada acima pode adicionar R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional e acrescentar R$ 3,87 bilhões à arrecadação indireta. E esta é uma excelente notícia tanto para o Maranhão quanto para o Pará e outros estados da região Norte/Nordeste. Todavia, a licença permanece negada pelo IBAMA.
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Somente no estado do Pará, por exemplo, os estudos estimam a geração de 52 mil empregos e um acréscimo de 6,2% ao PIB, que equivale a 10,7 bilhões de reais. Em maio de 2023, o presidente do IBAMA, Rodrigo Agostinho, seguiu pareceres técnicos do órgão e negou a concessão de licença para a perfuração do bloco 59, que fica localizado próximo à Foz do Amazonas. Por sua vez, a Petrobras recorreu e botou pressão pela liberação de uma licença ainda em 2024. O processo está em andamento, mas ainda não se tem informação a respeito.
Enquanto não há resposta desse processo, a Petrobras busca obter licenciamento em relação a outra área, também na margem equatorial, na bacia Potiguar. Segundo a estatal, a nova operação não tem relação com o bloco FZA-M-59, localizado na bacia da Foz do Amazonas, que vem sendo disputada entre a Petrobras, o Ministério de Minas e Energia e o IBAMA. O órgão ambiental ainda não liberou a licença para essa nova fase de pesquisa na margem equatorial. A Petrobras, no entanto, aguarda a licença para iniciar as pesquisas na área.
Sem obter novas licenças para fazer teste em novos poços, a Petrobras pode ter que retirar da região a sonda de perfuração da bacia Potiguar. Esta informação foi detalhada pelo diretor de Exploração e Produção, Joelson Mendes. A Petrobras perfurou um poço em Potiguar e está em processo de perfuração de um segundo poço, mas precisa de licenças ambientais para ter um estudo completo sobre o potencial na região.
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O Leitura Livre apurou que o estudo sobre a extração de petróleo na região em pauta comprova os impactos positivos da atividade, que pode gerar oportunidades de avanço econômico e social para os estados da região, inclusive para o estado do Maranhão. O governador Carlos Brandão está por dentro das informações e vem acompanhando o andamento do referido processo. Sem dúvida, ele está mobilizando suas equipes para, na hora exata, anunciar o que estará sendo feito.
No Norte e Nordeste, essa operação industrial deverá movimentar toda a economia, em diversos setores, com estímulo para a criação de novos negócios, geração de emprego e renda e, ainda, fortalecimento de fornecedores locais com a internacionalização das compras dentro dos próprios estados. E isso é bom.
O levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria mostra que a produção de petróleo da Margem Equatorial pode contribuir para reduzir as desigualdades socioeconômicas crônicas das regiões Norte e Nordeste, que contam o maior volume de pessoas em situações de pobreza e extrema pobreza.
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Em resumo, as reservas da Margem Equatorial são a principal aposta da Petrobras para manter o nível de produção de petróleo a partir da década de 2030 e para a descarbonização e também para a segurança energética durante a transição para a economia verde. O plano de negócios para o período de 2024 a 2028 estabelece 3,1 bilhões de dólares em investimentos na região.
Para Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, a produção de petróleo na margem equatorial tem o potencial de viabilizar recursos para melhorar a segurança energética do Brasil, abrir caminhos de transição para a economia verde e a descarbonização, "além de promover avanços sociais e na infraestrutura dos estados que compõem a margem". Segundo ele, "é importante dizer que isso dependerá da capacidade de o país construir uma governança dos recursos que garanta transparência, metas e fiscalização da aplicação da riqueza obtida a partir da exploração", conclui Lucchesi.
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