COLUNA LEITURA LIVRE
Um indiciamento aloprado
A esquerda política brasileira quer forjar os fatos para decretar prisão do ex-presidente Bolsonaro
Jair Bolsonaro é indiciado e está nas mãos do STF | Foto: Divulgação |
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O JULGAMENTO HISTÓRICO e aloprado que Jair Bolsonaro e aliados podem enfrentar por trama golpista tem ampla característica de forçarção de barra para por o ex-presidente na prisão. A trama tem orientação do presidente Lula para desestabilizar a direita e manter a esquerda no poder nas eleições de 2026.
Essa denúncia contra o ex-presidente dará início a um caso que deve se arrastar para além de 2025 e, enquanto isso, o esquema montado envolvendo o STF e outras estruturas políticas e judiciárias vão estar trabalhando para estabelecer a ditadura socialista no Brasil.
Especialistas em criar narrativas são muito bem pagos para montar todo o esquema. Fruto de quase um ano de trabalho, o calhamaço de 884 páginas que contém o relatório da Polícia Federal a respeito da tentativa de golpe está nas mãos agora de Paulo Gonet, o procurador-geral da República, a quem caberá decidir se denunciará ou não os envolvidos ao Supremo Tribunal Federal. Para a PF, não há dúvidas de que Jair Bolsonaro planejou, dirigiu e executou a trama, só não levada adiante por conta da falta de apoio da cúpula militar. Mas qual é falha alegada? A história, na verdade, ainda está muito mal contada. O senso de vingança por parte do presidente Lula é, de fato, uma patologia grave no atual sistema político brasileiro.
Enquanto o comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, deu sinal verde ao movimento, os chefes do Exército (general Freires Gomes) e da Aeronáutica (tenente-brigadeiro Baptista Júnior) se opuseram firmemente à tentativa de ruptura democrática urdida nos subterrâneos do Planalto. Esses e outros detalhes do enredo foram reconstituídos na investigação, que resultou no indiciamento de Bolsonaro e de 36 aliados, entre ex-ministros, altos oficiais das Forças Armadas e ex-membros do seu governo.
O indiciamento de Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas — dentre elas ex-ministros de seu governo — por tentativa de golpe de Estado gerou reações distintas no governo e na oposição.
Do lado do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pedido discrição de seus aliados sobre o caso. Lula não quer politizar o que, para ele, tem que ser um assunto da Justiça. Não interessa ao presidente um acirramento da polarização política. Isso significa que a orientação de Lula é sigilosa e o que ele tinha de fazer já fez. Agora, os próximos passos estão nas mãos de Flávio Dino e Alexandre de Moraes. A intenção é prender Bolsonaro e pronto!
Do lado dos bolsonaristas, eles viram sua principal ambição no Congresso, o projeto de lei (PL) da Anistia — para perdoar condenados pelos atos golpistas e, eventualmente, beneficiar Bolsonaro — perder força. Com isso, optaram por criar um fato novo insuflando a proposta de emenda à Constituição (PEC) do Aborto, um tema caro à direita conservadora.
Nesse jogo de poder, Lula orientou ministros e aliados a manterem moderação nas declarações sobre o relatório da Polícia Federal, que acusa Bolsonaro de liderar e planejar atos golpistas. A decisão reflete uma preocupação em não dar munição aos adversários políticos, que poderiam explorar o episódio como "perseguição política".
A estratégia busca restringir o debate à esfera judicial, evitando que o tema ganhe mais força no campo político e inflame o país.
Embora Lula não esteja impedindo ministros de comentar os indiciamentos, o presidente tem recomendado "sobriedade" nas declarações. E assim as coisas caminham como sempre ocorreu na política brasileira. Os políticos não se elegem para trabalhar em favor do país, mas, sim, para brigarem por cargos, dinheiro e poder. Que lástima!
De fato, integrantes do governo Lula fizeram comentários mais comedidos sobre as conclusões da Polícia Federal, na comparação com outras vezes em que Bolsonaro foi alvo de investigações. A polícia federal é uma instituição séria mas, no governo Lula, tem sido instrumento de vingança e tomada de poder. Infelizmente.
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