Páginas

segunda-feira, 14 de abril de 2025

EDITORIAL | por Battista Soarez

E D I T O R I A L

___________________

Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)

A opção pela criminocracia
O Brasil trocou o certo pelo errado e agora sofre nas mãos de políticos corruptos e violentos.

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Reprodução.

________________________
A GENTE TENTA, mas não consegue se calar diante do cenário de injustiça que governa o Brasil e determina decisões arbitrárias sobre o povo brasileiro que trabalha todos os dias para pagar impostos que bancam salários absurdos de espertalhões que encontram na política meios de enriquecimento fácil e se estabelecer numa vida de luxo e regalias hercúleas. E o povo sofrido é quem paga a conta.

P U B L I C I D A D E

O Brasil, politicamente, fez a opção pela criminocracia. O país tem enfrentado uma série de desafios políticos e sociais nos últimos anos. A corrupção, a violência e a impunidade têm sido temas constantes na agenda nacional. Neste contexto, surge a pergunta: o Brasil está se tornando uma criminocracia?

Mas o que é criminocracia? Veja: a criminocracia é um termo utilizado para descrever um sistema político em que o crime e a corrupção são tolerados, incentivados e praticados pelo poder público. Nesse sistema, os criminosos e corruptos têm influência significativa sobre as decisões políticas e econômicas do país.

A situação do Brasil é grave neste sentido. No país, a corrupção e a violência têm sido problemas crônicos. A Operação Lava Jato, que começou em 2014, revelou uma rede de corrupção que envolvia políticos, empresários e funcionários públicos. A operação resultou na prisão de dezenas de pessoas, incluindo políticos e empresários importantes.

No entanto, apesar dos esforços para combater a corrupção, o Brasil ainda enfrenta muitos desafios. E agora piorou porque a corrupção tomou o poder no país e tem feito estragos absurdos na administração pública. A impunidade é um problema grave, e muitos criminosos e corruptos ainda não foram punidos.

P U B L I C I D A D E

Quais as consequências da criminocracia? A resposta é simples. A criminocracia tem consequências irreparáveis para o país. A corrupção e a violência desestimulam o investimento, prejudicam a economia e afetam a qualidade de vida dos cidadãos. Além disso, a criminocracia também pode levar a uma perda de confiança nas instituições públicas e na democracia.

E o que pode ser feito? Para combater a criminocracia, é necessário que o Brasil adote uma série de medidas. Algumas delas incluem: fortalecimento das instituições públicas, como a Justiça e a Polícia Federal, que estão desgastadas; implementação de reformas políticas e econômicas que possam reduzir a corrupção e a impunidade; promoção da transparência e a accountability nos gastos públicos; investimento em educação e conscientização sobre a importância da ética e da moralidade. Seria este o caminho.

O Brasil, finalmente, está enfrentando um desafio severo: a opção pela criminocracia tem sido uma realidade cada vez mais crescente. A corrupção e a violência têm sido problemas crônicos no país, e é necessário que sejam tomadas medidas para combatê-los. Com um esforço conjunto da sociedade e do governo, é possível construir um país mais justo e mais seguro. Mas, para isso, o povo precisa eleger políticos de vergonha para o Senado Federal, para a Câmara dos Deputados e para o executivo.

________________________ 

P U B L I C I D A D E





sábado, 12 de abril de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE 

___________________

Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)

O Brasil visto por dentro e por fora
Imagens e narrativas (des)construídas de um país cuja riqueza é roubada e estraçalhada por ladrões e salteadores de terno e gravata.

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação 

________________________ 
O QUE TEMOS VISTO ACONTECER no Brasil é produto de uma cultura que, acima de tudo, tem a ver com incompetência e má formação de caráter. Parte dos brasileiros é gente de bem, mas outras partes caminham pelos corredores de uma cultura criminosa e malevolente.

PUBLICIDADE 

A imagem do Brasil vista do exterior é complexa e contrasta com as dificuldades enfrentadas por muitos brasileiros. Internamente, o país é visto como uma nação com contraste e desafios.

Visto por fora, o Brasil é um país alegre, diverso e festivo, onde se gosta de futebol e Carnaval. Mas também é um país de pequenez civilizatória, em que se sofre com a bandidagem, a violência e o crime, fruto de uma cultura tosca e educação aquém do que é necessário para se ter um país civilizado. A ponto de ter gente de má índole que instala até escritório e passa o dia inteiro aplicando golpes financeiros em cidadãos de bem.

Na esteira da política, o Brasil é visto como um país com problemas estruturais, como a violência e a corrupção, especialmente em grandes eventos como Copa do Mundo e outros.

Mas também é visto como um país com preocupações com a infraestrutura e os serviços públicos. Visto por dentro, é tido  como um país com contrastes e desafios que merecem estudo clínico. É observado como um país com uma economia média e oscilante e, também, é visto como um país emergente.

PUBLICIDADE 

Em linhas gerais, o Brasil é visto como um país com uma relação complexa entre a hospitalidade e as realidades duras enfrentadas por muitos brasileiros. 

Um país de dimensões continentais como o Brasil não pode prescindir de investimentos no setor espacial, conforme defende a Agência Espacial Brasileira (AEB). O país tem aptidão para a conquista do espaço e pode pagar caro no futuro se não aumentar os investimentos.

Para melhor analisar um país de dimensões continentais como o Brasil e promover o seu desenvolvimento, é imprescindível acessar informações que somente podem ser obtidas a partir do espaço. Os benefícios perpassam diferentes áreas, indo muito além das comunicações que nos permitem falar ao telefone ou assistir a um jogo da Copa do Mundo na África do Sul, por exemplo. Há questões de soberania envolvidas que vão desde a fiscalização de fronteiras e do litoral, passando pelo controle do desmatamento na Amazônia, pelo monitoramento de áreas agrícolas e dos recursos naturais do país, pela oferta de educação a distância, até o desenvolvimento de produtos industriais de maior valor agregado.

Décadas atrás havia quem captasse crédito rural (verba que é subsidiada pelo governo) e meses depois alegasse a impossibilidade de pagar a dívida porque a safra teria sido totalmente perdida. Na verdade, a pessoa sequer havia plantado alguma coisa, mas não era possível provar. Esse golpe hoje é impossível de ocorrer. Os satélites não deixam mentir. Além de saber se a pessoa plantou ou não, pode-se checar se houve alguma anormalidade climática na região, como uma tremenda chuva de granizo, capaz de exterminar mesmo uma safra inteira.

PUBLICIDADE 

Por falar em agricultura, hoje o satélite meteorológico que proporciona as melhores imagens do território brasileiro é o norte-americano Goes. Ele faz uma varredura do disco terrestre e disponibiliza os dados entre cada 15 e 30 minutos. Porém seu proprietário – o governo dos Estados Unidos – cancela a varredura do hemisfério sul caso sinta necessidade de reforçar o monitoramente da parte Norte. E isso de fato já aconteceu. O Goes foi deslocado por questões de segurança após o 11 de Setembro e, durante a passagem do furacão Katrina, causando enormes prejuízos ao agronegócio brasileiro, que foi privado de informações detalhadas sobre o tempo.

Portanto, de acordo com especialistas, um país pode comprar dados estratégicos de sistemas espaciais estrangeiros ou promover o seu próprio conhecimento. O Brasil escolheu a segunda opção, capaz de levar à autonomia da nação no futuro, ainda que por enquanto os recursos sejam escassos para recuperar décadas de atraso. Neste período, países que até então estavam aquém em conhecimento espacial deram uma guinada e ultrapassaram o Brasil. A Índia começou seu programa mais ou menos na mesma época do Brasil. Não passou por altos e baixos e desde de 2010 investe alto no setor. A Argentina também avançou em alguns aspectos, como em subsistemas de satélites.

Em 2009, o governo federal brasileiro investiu R$ 282,3 milhões no Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae). Pouco. Seriam R$ 350 milhões, se o Congresso Nacional não tivesse cortado uma parte do previsto. Até a pequenina Holanda gasta mais do que o Brasil (US$ 160 milhões, em 2006, ante os US$ 100 milhões do Brasil naquele mesmo ano). Não obstante, “para entrar no rol dos países mais influentes do planeta, o Brasil não pode prescindir de investimentos em espaço, se não estaríamos nas mãos dos principais países opositores”, disse, na época, Carlos Ganem, então presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, responsável pelo ordenamento da política do setor e pelo acompanhamento das ações do Pnae.

PUBLICIDADE 

Se a opinião soa um exagero, vale lembrar que a União Europeia e a Rússia tratam de buscar autonomia em várias vertentes espaciais, até mesmo com o desenvolvimento de sistemas próprios de navegação por satélite. Para não depender do GPS, que é formado por satélites norte-americanos, a União Europeia lançou o Galileo, e a Rússia, o Glonass, ao qual o Brasil firmou cooperação em 2009, por considerar este segmento estratégico.

O Brasil tem aptidão espacial. Tem vantagens geográficas e recursos humanos suficientes para apostar na indústria espacial, inclusive comercialmente, por meio de instituições públicas e empresas privadas, o que retroalimentaria o setor. Seria conquistar seu espaço num dos segmentos tecnológicos de maior valor agregado do planeta. Em 2008, o mundo movimentou US$ 1,97 bilhão somente com lançamento de satélites, uma área em que o Brasil apresenta uma vantagem comparativa invejável, devido à sua posição geográfica. Ao todo, apenas nove países apresentam capacidade de lançamento de satélite, e o Brasil é um deles.

Com a entrada em operação regular da base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão, calcula-se que o país tem ganhado de 5% a 10% deste mercado, desde 2010. Ou seja, são milhões de dólares mais do que o programa espacial brasileiro tem hoje. Isso pode gerar um quadro importantíssimo de receitas que estimulariam as novas etapas do programa.

É importante reconhecer que o Brasil tem aptidão nesta área. E deve lutar por verbas para este setor.

PUBLICIDADE 

De acordo com a Agência Espacial Brasileira, o país precisa ter uma atividade espacial forte, compatível com a excelente mão-de-obra que, há anos, é formada em institutos como ITA, IME, INPE, nas universidades federais e nos centros especializados nacionais. Mas, em função dos escassos investimentos internos, boa parte desta mão-de-obra faz doutorado no exterior, onde acaba servindo aos programas espaciais de terceiros.

O Brasil, então, não pode ser apenas exportador de commodities. Temos competência na área espacial para suprir as nossas necessidades e exportar. Entre os ganhos prometidos está, além da autonomia, a geração de empregos de alta capacitação.

A lógica é que se o Brasil não investir no setor espacial, pode vir a enfrentar perdas econômicas e sociais muito grandes. Pelo menos, este é o concenso entre especialistas.

Cientistas ligados ao Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e à Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), entidade que reúne efetivamente os cientistas da área, acreditam que as perdas viriam da dependência do país, que ficaria à mercê da disponibilidade de satélites estrangeiros para prover informações estratégicas à sociedade. Além disso, a compra dessas imagens do exterior pode se dar a custos altos demais para o país.

Noutras áreas, o Brasil decola preguiçosamente com perdas gigantescas e permanece adormecido diante de um potencial de riqueza que, não fosse a pérfida administração pública, estaria com os pés fincados no chão firme do primeiro mundo. O Brasil, finalmente, visto por dentro e por fora, é um diminuto volume de aproveitamento do imenso potencial que temos em todos os setores do universo de desenvolvimento.

_________________________

PUBLICIDADE 



sexta-feira, 11 de abril de 2025

POLÍTICA | por Battista Soarez

P O L Í T I C A

Iracema Vale recebe representantes do setor turístico e da SEPE para tratar da Pré-COP 30
Integrantes do Maranhão Destination e secretários adjuntos de Estado de Programas Estratégicos participaram do encontro, que debateu fortalecimento do turismo
________________________
Por:
Battista Soarez | Agência Assembleia 

Dep. Iracema Vale (ao centro) reunida com representantes do Maranhão Destination | Foto: J. Cardoso

________________________
A PRESIDENTE da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB) recebeu, nesta quinta-feira (10), representantes do Maranhão Destination, entidade empresarial voltada para a promoção do turismo e atração de investimentos ao estado. A comitiva foi liderada por Paulo Montanha, presidente da instituição e também do sindicato do setor, e contou com a presença de secretários adjuntos da Secretaria de Estado de Programas Estratégicos (SEPE), entre eles José Domingues Neto, assessor especial de Articulação Institucional do órgão.

PUBLICIDADE

Durante o encontro, foram discutidas estratégias para fortalecer o turismo maranhense a partir de iniciativas sustentáveis e inovadoras. O Maranhão Destination tem como missão atrair negócios e desenvolver ações que valorizem as potencialidades naturais e culturais do estado, alinhando o setor às tendências globais de sustentabilidade.

Iracema Vale destacou a importância do Maranhão estar inserido nas discussões nacionais e internacionais sobre turismo sustentável, especialmente com a realização da Pré-COP Turismo 30, marcada para novembro, em Barreirinhas.

“A participação ativa do nosso estado em fóruns como a Pré-COP Turismo 30 é fundamental para consolidarmos políticas que alavanquem o turismo de forma responsável e inovadora, respeitando nossas riquezas naturais e culturais”, afirmou.

PUBLICIDADE

A reunião reforçou o compromisso da Assembleia Legislativa em atuar de forma colaborativa com o setor empresarial e o Governo do Estado na construção de políticas públicas que posicionem o Maranhão como referência em turismo sustentável e de impacto positivo.

Para Paulo Montanha, o apoio institucional é peça-chave no fortalecimento das iniciativas voltadas ao desenvolvimento do setor.

“A colaboração entre o setor público e privado é essencial para implementarmos estratégias eficazes que atraiam investimentos e promovam o Maranhão como um destino turístico sustentável e competitivo no cenário nacional e internacional”, concluiu.

________________________ 

PUBLICIDADE



terça-feira, 8 de abril de 2025

POLÍTICA | por Battista Soarez

P O L Í T I C A

“Seguiremos clamando por justiça e liberdade”, diz Mical Damasceno sobre ato na Paulista
A deputada destacou a importância do movimento e reafirmou seu compromisso com a causa do 8 de janeiro.
________________________
Por Battista Soarez | Tarcísio Brandão
(De São Luís - MA)

Dep. Mical Damasceno diz que vai lutar até que os presos do 8 de janeiro sejam soltos | Foto: Divulgação.

________________________
A DEPUTADA ESTADUAL MICAL DAMASCENO (PSD) repercutiu, na ALEMA, o ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa da anistia dos presos políticos do 8 de janeiro.

PUBLICIDADE 

O evento reuniu milhares de pessoas que pedem liberdade e justiça para os que foram detidos após os protestos em Brasília.

Mical destacou a importância do movimento e reafirmou seu compromisso com a causa. Para ela, é necessário lutar por justiça e liberdade em favor dos que estão presos sem terem cometidos crime algum.

“Reafirmo o meu compromisso de continuar clamando por justiça e liberdade para os que clamam por socorro”, declarou.

A deputada também comentou a necessidade de soltura de Eliene Amorim, presa desde março de 2023 por suposta participação nos atos. Vale lembrar que Eliene foi a Brasília simplesmente como pesquisadora para escrever um livro sobre a participação das mulheres na política brasileira.

PUBLICIDADE 

Segundo Mical, a missionária foi vítima de perseguição política e nunca deveria ter sido presa.

A parlamentar reforçou que vai seguir lutando pelos brasileiros que, segundo ela, estão sofrendo injustamente nas mãos do Judiciário.

“Não vamos descansar enquanto todos os patriotas não forem libertos. Seguiremos firmes em oração e em ação”, concluiu a parlamentar.

________________________

PUBLICIDADE 



sexta-feira, 4 de abril de 2025

POLÍTICA | por Battista Soarez

P O L Í T I C A

Deputada Mical Damasceno denuncia perseguição política e defende patriotas presos

A parlamentar destacou o caso Eliene Amorim, detida após o 8 de janeiro de 2023.


Dep. Mical Damasceno denuncia abuso do judiciário no caso do 8 de janeiro | Foto: Divulgação.
_________________________

A DEPUTADA ESTADUAL MICAL DAMASCENO (PSD) publicou um vídeo nas redes sociais em defesa dos patriotas presos e perseguidos pelo Judiciário. No vídeo, ela cita um versículo bíblico que ensina a lembrar dos presos como se estivéssemos presos com eles.

P U B L I C I D A D E


A parlamentar destacou que, há um ano e oito meses, tem sido a voz de Eliene Amorim, uma das pessoas detidas após o 8 de janeiro de 2023.

“Tivemos a oportunidade, na semana passada, de visitar uma patriota que está presa há cinco meses na Penitenciária Feminina de Pedrinhas. Ela foi presa injustamente, acusada de um suposto crime contra a democracia, sem nunca ter sequer empunhado uma arma”, declarou.

Mical relatou que, ao saber da prisão, tomou medidas imediatas para ajudar Eliene.

“Fizemos tudo ao nosso alcance. Descobrimos que ela estava entre detentas de alta periculosidade e buscamos uma solução. Estive pessoalmente com Eliene, oferecemos assessoria jurídica e lutamos para garantir seus direitos”, afirmou.

Segundo a deputada, Eliene não é a única vítima. Outros cinco patriotas seguem presos na Penitenciária de Pedrinhas por crimes que, segundo ela, jamais cometeram.

P U B L I C I D A D E


Mical também celebrou o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, que trouxe visibilidade para a causa.

“Agora não sou mais uma só voz. O presidente Bolsonaro trouxe atenção para essa injustiça. Hoje, milhares de brasileiros estão unidos nesse clamor por liberdade”, disse a parlamentar.

A deputada garantiu que seguirá na luta pela liberdade dos presos.

“Não vamos parar! Vamos continuar firmes, orando e lutando por Eliene e por todos que estão sofrendo com o autoritarismo do Judiciário. A Deus seja a glória!”, finalizou.


________________________

P U B L I C I D A D E






terça-feira, 1 de abril de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE 

___________________

Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)

O Rei Jesus e a geopolítica globalista
Os dias atuais são de reflexão e lamento, mas o aumento da iniquidade tem impedido os seres humanos de terem um encontro com Deus, fora do engodo da política e das religiões.

A geopolítica global caminha para um governo mundial único | Foto: Divulgação. 

________________________
GEORGE KENNAN DISSE, certa vez, que "povo nenhum é suficientemente poderoso para estabelecer uma hegemonia mundial”. Mas até que ponto isso pode ser verdade a ponto de as pessoas acreditarem que uma nova ordem mundial estará impedida de ser estabelecida? A velha ordem mundial é o cristianismo e seus princípios de justa justiça. A nova ordem mundial é, por sua vez, o luciferianismo e seus engodos ideológicos vendidos politicamente como democracia. Só que é uma democracia falsária, corrupta, fria e violenta.

P U B L I C I D A D E

Minha visão sociológica a respeito desta temática vem sendo, desde os anos de 1990, a de focar o tema da geopolítica global conforme o conceito clássico e a linha de sentido que a sociologia emprega nos bastidores da política internacional, desde os antecedentes da 2ª Guerra Mundial até o clímax da Guerra Fria. A narrativa dos fatos, pela ótica perspicaz de muitos autores e protagonistas políticos da história mundial, permite a compreensão das raízes do cenário atual em que vivemos. Por isso o ministro do STF, Alexandre de Moraes, age como age. Por isso o Brasil está caminhando em revez, desde que o presidente Lula da Silva assumiu o comando do país.

Há uma poderosa força secreta do sistema global orientando tudo. Por isso existe um esforço descomunal para por nas instituições governamentais líderes que não acreditam em Deus, pessoas sem compromisso com a fé cristã. Na verdade, os grandes líderes dessas instituições governamentais no mundo inteiro são participantes das sociedades secretas, como a maçonaria e outras correntes que professam devoção oculta a Sataniel ou Satanael, conforme a filosofia de orientação dessas forças secretas.

Geopolítica é a aplicação da política aos espaços geográficos, sob a inspiração da História mundial. É a ciência que faz a interface entre a geografia, a política e a história. Logo, do ponto de vista pragmático, geopolítica é a geografia política aplicada nas instituições globais. Faz sentido lembrar que o mundo já foi paleolítico, neolítico e, enfim, político. E, por conseguinte, dentro do sistema político existiu, por um tempo, o teolítico, que era quando Deus escolhia os governantes em Israel e Judá, como foi com Davi e Salomão. A história correu e, nesse sentido, o mundo atual caminha para um controle político absolutamente totalitarista.

P U B L I C I D A D E

Nesse vislumbre, os fatos geopolíticos sempre ocorreram desde os antigos gregos e romanos, mas o termo "geopolítica" nasceu no século XX, herdando duas tendências sociológicas do século XIX, isto é, o nacionalismo e o imperialismo. Baseado nisso, os globalistas estão se organizando para tomar o poder governamental no mundo inteiro.

Nas últimas décadas, a ciência geopolítica foi relativizada no Brasil, ganhando um viés ideológico que lhe restringe a utilidade. O enfoque acadêmico passou a contemplar aspectos éticos e variáveis ambientais e sociais estranhas ao escopo científico original, colidindo com o pensamento predominante no restante do mundo. Neste sentido, a luta pela liberdade de ação é a essência da estratégia.

A velha ordem, fundamentada na cosmologia cristã, prega uma democracia justa pelo viés de que todo poder emana do povo. Enquanto a nova ordem apresenta, assustadoramente, uma democracia oculta nos institutos unilaterais e caminha para uma unificação de natureza autocrática absolutista. Isso é lastimoso e amedronta o mundo pelas suas formas de administração das políticas públicas e sociais enganosas e autoritaristas. Para a nova ordem, todo poder emana de uma autocracia unilateral absolutista, que o sistema dominante chama equivocadamente de "democracia".

Os globalistas mentem ao dizerem que a nova ordem mundial é o resultado do equilíbrio de poder. À lei internacional, no entanto, falta objetividade para substituir o poder como força indutora da estabilidade à luz da democracia. Vejamos que a estrutura legal tem validade, tão somente, como forma e referência moral. A segurança internacional ainda depende das realidades do poder. Isso norteou a política de segurança ocidental durante a Guerra Fria. A proposta visava a contenção política do bloco comunista, mas a repercussão na opinião pública americana terminou evoluindo o conceito para contenção militar, e levou à criação da OTAN e à consequente militarização da Alemanha, que era contraindicada com veemência pelas estruturas de poder da época.

P U B L I C I D A D E

Alguém já disse que a vida política internacional é algo orgânico e não mecânico. Sua essência é a mudança. São as sombras das coisas (e não a substância) que movem o coração e dirigem as ações dos estadistas. Lula, por exemplo, foi imbuído nesse esquema jogatinoso para organizar a América do Sul para receber a nova ordem e seu líder mundial.

Em sequência de análise, a teoria de Carl Jung ressalta que os povos do mundo desenvolvem a própria personalidade coletiva e agem de modo semelhante à da personalidade individual. O enfoque junguiano humaniza os atores coletivos e explica as suas tendências comportamentais no contexto das relações internacionais.

O cenário global caracteriza-se pela atuação dos Estados mais poderosos, hoje encarnados, principalmente, por americanos, chineses e russos. Fazendo uso das memórias citadas, podemos destacar as citações mais elucidativas sobre a psicologia social desses atores, levando em conta, principalmente, os Estados Unidos. George Kennan analisa o seguinte:

"Os mais consistentes traços da ação de estado americana são: egocentrismo e introversão neuróticos, uma tendência para tomar atitudes levando em conta não o efeito sobre a cena internacional, mas sim sobre a opinião pública americana, em especial a dos congressistas. Portanto, a pergunta sempre é: como fico no espelho da opinião interna americana, fazendo isso?”.

Kennan destaca, portanto, a aversão inata dos americanos em tomar decisões específicas sobre problemas diplomáticos, preferindo buscar fórmulas gerais ou doutrinas universais com que justificar ações particulares. Para ele, até hoje não há certeza quanto à origem dessa necessidade. Há uma certa suspeita de que seja um reflexo do quanto somos um povo dado a governar mais por leis do que segundo o discernimento do executivo. Trata-se de uma tendência desastrosa. Impede e distorce o processo decisório. Existe, aí, um tom concordante com esse raciocínio. Lembramos, por exemplo, a política de impor ao mundo a ideologia dos direitos humanos.

P U B L I C I D A D E

Quanto à Rússia, a interpretação é sugestiva. Trata-se de um país de diretores teatrais. E a mais profunda de suas convicções é de que as coisas não são o que são, mas o que parecem ser. O poder da autossugestão desempenha um enorme papel. Para a Rússia, não há critérios objetivos de certo e errado. Não há nem sequer critérios objetivos de realidade e irrealidade.

Por trás da obstinada expansão da Rússia, nada mais há que a ancestral insegurança de um povo sedentário, numa planície exposta, rodeada de povos nômades e violentos. A estratégia do comunismo ortodoxo nunca foi de um confronto aberto com o poder capitalista, mas sim evitar o confronto e conduzir o ataque mediante o que Lênin chamava de guerra parcial, uma maneira muito mais cautelosa.

A Cortina de Ferro foi criada pelo atraso básico da Rússia, por seu intrincado amor e ódio pelo Ocidente, pelo medo de que o Ocidente se revele superior.

No que concerne à China, ressalta-se a habilidade no uso de subterfúgios e artifícios sutis da sua cultura milenar. Os chineses eram extensamente versados em transformar visitantes e residentes, até mesmo diplomatas, em reféns. E extraíam o máximo por meio de chantagem. Nossa ingenuidade se deixava envaidecer e enganar pela subserviência de talentosos serviçais que nos detestavam por detrás dos seus biombos.

P U B L I C I D A D E

A força do cristianismo, enquanto religião global, foi diminuindo à medida em que o sistema político mundial foi protagonizando suas macroestruturas econômicas e geoterritoriais. As divisões geodenominacionais causaram um impacto drasticamente negativo na instituição cristã de maneira colossal. A igreja, principalmente a ala protestante, perdeu o poder social na unidade e passou a protagonizar uma espiritualidade verticalista ilusória. Carga emocional no lugar de poder. Mística religiosa no lugar de espiritualidade verdadeira. Decretação veemente de palavras positivistas vazias (barulho sem sentido) no lugar de convicção de fé. Show de mediocridade espiritualista no lugar de ensino genuino e sapiente da palavra de Deus.

O equilíbrio geopolítico, alcançado após a 2ª Guerra Mundial, rompeu-se com o colapso da União Soviética, depois de uma grande perseguição ao cristianismo. Os Estados Unidos, enquanto isso, passaram ao papel de “player” hegemônico, nas décadas de 1990 e 2000. Com ampla liberdade de ação e apoio da OTAN, promoveram duas intervenções militares no Iraque e uma no Afeganistão.

Por conseguinte, a OTAN perdeu a finalidade. Para sobreviver, passou a buscar protagonismo. Com liberdade de ação e motivação imperial, atacou e fragmentou a Iugoslávia, avançou sobre o Leste Europeu e o Norte do Mediterrâneo. Os russos responderam com a imposição de uma área de influência na Ucrânia e a reincorporação da Crimeia.

O protagonismo russo retornou nos anos 2000 com o emprego do petróleo e do gás como arma energética. No Oriente Médio, a intervenção na Guerra da Síria paralisou a construção do gasoduto do Catar ao Mediterrâneo, contribuiu para o refluxo da Primavera Árabe e reverteu a influência ocidental.

P U B L I C I D A D E

A hegemonia da Alemanha na União Europeia pode ter sido a causa principal do BREXIT. A sobrevivência da OTAN pereniza a hegemonia americana na Europa e encontra justificativa como remédio preventivo do ressurgimento da ameaça alemã.

Li um artigo que diz que, no Extremo Oriente, a ascensão da China levou os Estados Unidos a apoiarem a militarização do Japão e a estabelecerem um cordão estratégico de países aliados no seu entorno, envolvendo a Índia, o Vietnã, o Japão e a Austrália.

De fato, há uma lógica que mostra o protagonismo do Ocidente em duas frentes que induziu a criação da OCX (Organização de Cooperação de Xangai), na década de 2000, unindo a Rússia, a China e os Estados do mar Cáspio em uma aliança estratégica.

Em questão do cenário global, o equilíbrio geopolítico da Ásia, por sua vez, permanece instável, com a ocupação remanescente do Japão, a divisão da península coreana e a autonomia de Taiwan.

Vale dizer que a expansão da China pode reacender o irredentismo sino-russo decorrente do garrote geopolítico de Vladivostok, que impede o acesso chinês ao Pacífico Norte. Pode, também, reaquecer a Questão Coreana. O mais triste é que as pessoas no mundo estão sendo conduzidas por forças estranhas sem saberem para onde estão indo. Há uma batalha espiritual por trás de tudo isso e as pessoas não sabem. Não sabem porque não leem e não querem ouvir.

P U B L I C I D A D E

Não me parece novidade a surpresa tecnológica produzida pela China com a tecnologia 5G e a sua digitalização financeira devem impactar a Economia Global e o Sistema Financeiro Internacional. Parece estranho, mas a tecnologia hoje é instrumento de batalha espiritual. Você não vê, mas as ondas eletromagnéticas são puras energias cósmicas. Umas são positivamente benéficas. Outras são negativamente maléficas. E aí está um poderoso complexo de batalha entre o bem e o mal.

Neste tom, o Oriente Médio tende a continuar alimentando a dialética geopolítica do petróleo, com erupções eventuais de conflitos nas áreas de influência sunita e xiita. A Palestina continua como foco de instabilidade política. E Israel é uma cabeça-de-ponte do Ocidente no mundo islâmico tida como um corpo estranho no organismo.

O impacto do Coronavírus, enfim, deve produzir efeitos imprevisíveis em âmbito político e econômico no mundo inteiro. Após a crise, o potencial de vantagens comparativas do Brasil, se devidamente aproveitado, pode ensejar a elevação do seu “status” geopolítico à condição de ator global.

Enquanto isso, o cenário global mostra uma humanidade cada vez mais longe do Sagrado e, cegamente, voltada para questões políticas totalmente vazias dos princípios da justiça de Deus. Entretanto, Jesus, o Rei que vai julgar o mundo juntamente com a igreja, está no controle de tudo, embora os líderes mundiais ignorem esta verdade absoluta. A humanidade, por fim, precisa entender que a geopolítica globalista é o campo de batalha no contexto da apocalíptica moderna em que tudo será revelado em matéria de fim dos tempos.

_________________________ 

P U B L I C I D A D E