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quarta-feira, 15 de maio de 2013

POLÍTICA


Após jornada de 18 horas, Henrique admite que pode faltar tempo para aprovar a MP dos Portos
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Josias de Souza
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), não conseguia disfarçar o desapontamento ao constatar que, após um esforço de 18 horas, faltava-lhe quórum para concluir a votação das últimas 14 emendas à medida provisória dos portos. Alcançado pelo celular após encerrar a sessão, o deputado disse ao blog o seguinte:
“Vamos continuar o esforço nesta quarta-feira. Marquei nova sessão extraordinária para as 11h. Passaremos a tarde votando. Mas o Senado talvez não possa fazer muita coisa em 24 horas. Será muito difícil para o Senado receber essa MP na quarta à noite e votá-la na quinta.”
Na noite passada, o Senado esboçou a intenção de esticar a sessão até a meia-noite para esperar pela chegada da MP dos Portos. Desistiu depois que ficou claro que o trabalho da Câmara iria varar a madrugada. Agendou uma sessão, igualmente extraordinária, para o meio-dia desta quarta.
O incômodo dos senadores, que já era grande, será ainda maior na hora em que eles forem acordados pela notícia de que o esforço da Câmara foi em vão. Num instante em que ainda se imaginava que a MP amanheceria o dia no Senado, o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), exalava preocupação.
“Estão transformando o Senado numa sucursal de quinta categoria do Poder Executivo”, disse Agripino. “Votar essa medida provisória assim, desrespeitando os interstícios, é o mesmo que estuprar os procedimentos.” Em condições normais, os senadores só admitem apreciar medidas provisórias 48 horas depois que elas chegam ao Senado.
Quer dizer: supondo-se que a Câmara consiga completar o serviço nesta quarta, a encrenca só poderia ganhar o plenário do Senado, com boa vontade, de sexta-feira em diante. O diabo é que a MP dos Portos perde a validade na quinta. Para evitar que caduque, os senadores teriam de referendá-la sem modificar o texto.
“É um absurdo o que estão fazendo com o Senado”, disse Pedro Taques (PDT-MT). “Os senadores viraram meros carimbadores de medidas provisórias.” O mais inquietante é que Agripino e Taques concordam com a espinha dorsal da medida provisória de Dilma. Mas acham que os meios conspurcam os fins.
Para Henrique Alves, a guerra começou a ser perdida na Comissão Especial que destrinchou a MP dos portos antes que ela chegasse ao plenário da Câmara. Relator da matéria, Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado, produziu um primeiro acordo. Foi, por assim dizer, desautorizado pelo Planalto.
Braga teve de refazer os entendimentos. Afora a prejuízo da demora, a negociação resultou numa transferência de 28 emendas da comissão para o plenário da Câmara. “Fizemos um grande esforço”, disse Henrique Alves. “Mas o número excessivo de emendas e destaques criou dificuldades de ordem prática. Essas dificuldades cresceram com a obstrução da oposição.”
Henrique concluiu: “A Câmara deu uma demonstração de vitalidade ao sustentar a votação até, quase, cinco horas da manhã. É uma pena que, em termos práticos, por todas essas circunstâncias, seja muito difícil chegar ao final feliz.”
Fonte: Portal UOL

ECONOMIA


Lucro do Banco do Brasil tem alta de 2,2% no 1º tri, para R$ 2,56 bilhões



O Banco do Brasil (BBAS3) teve lucro líquido de R$ 2,56 bilhões no primeiro trimestre, crescimento de 2,2% sobre o mesmo período do ano passado, apesar da expansão de 25,7% da carteira de crédito ampliada no país.
Em termos recorrentes (que excluem ganhos e perdas extraordinários), a maior instituição financeira da América Latina obteve lucro líquido de R$ 2,685 bilhões entre janeiro e março, leve recuo de 0,7% na comparação anual.
Economistas esperavam lucro de R$ 2,7 bilhões, estável em relação ao mesmo período de 2012. A expectativa era de que, apesar de apresentar uma expansão do crédito bastante superior aos pares privados, resultados do fundo de pensão de seus funcionários (Previ) poderiam trazer um impacto negativo.

Desconsiderando a Previ, o lucro líquido contábil do banco cresceu 7,8% e alcançou R$ 2,445 bilhões de janeiro a março.
A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 592,7 bilhões, após crescer 25,6% em 12 meses e 2,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O destaque foi o portfólio para empresas, com expansão de 32,7% em 12 meses, enquanto para as famílias o aumento foi de 26,3%, desconsiderando as operações provenientes do Banco Votorantim e de carteiras adquiridas.
A taxa de inadimplência acima de 90 dias caiu para 2% no primeiro trimestre, ante 2,2% no mesmo período do ano passado.
Os três grandes bancos privados já divulgaram seus balanços e mostraram, entre outros destaques, queda dos spreads. Esse foi o fator que mais impediu uma expansão vigorosa do lucro de Itaú Unibanco (1,3%) e Bradesco (4,5%), na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, ao lado de mudanças no mix de crédito para linhas de empréstimos menos arriscadas e Selic mais baixa que no início de 2012. No caso do Santander, houve uma queda de 29,6%.

domingo, 12 de maio de 2013

FUTEBOL


Neymar joga praticamente sozinho pelo Santos


O torcedor que foi ao Estádio do Pacaembu para assistir ao jogo entre Santos e Corinthians, neste domingo, poderia ter deixado o palco da final do Paulista após o primeiro tempo fazendo essa pergunta. No segundo tempo, no entanto, o camisa 11 santista reapareceu, deu suas arrancadas, dribles e chutes, mas jogou praticamente sozinho e não pôde evitar a derrota por 2 a 1.
Para se ter uma ideia, as estatísticas do Datafolha mostravam um jogador apagado no primeiro tempo. Em 45 minutos, ele recebeu cinco faltas, perdeu três e finalizou apenas uma vez. E o time seguia no mesmo ritmo. Ficou claro que a equipe da Vila Belmiro sabe pouco o que fazer em dia que o atacante estava apagado.
Na etapa final, precisando correr atrás do placar que já estava 1 a 0, com gol de Paulinho, Muricy Ramalho resolveu mudar o jogo e colocar Felipe Anderson e André, nos lugares de Marcos Assunção e Miralles. E deu certo. Mas funcionou muito mais porque Neymar acordou.
Com o cronometro apontando 40 minutos do 2º tempo, o santista já tinha feito mais do que quatro vezes do que fez no 1º. Só neste período, ele recebeu 19 bolas, finalizou três, e deu outros seis dribles pela esquerda, atrapalhando bastante a vida de Alessandro, Paulo André e Gil.
Minutos antes do Santos descontar, Neymar havia cabeceado e viu Cássio fazer excelente defesa. Depois, finalmente pôde comemorar uma ação dos companheiros.
Ele observou Felipe Anderson bater falta pela esquerda e achar Durval. O zagueiro subiu mais alto que a zaga corintiana e conseguiu dar mais esperança aos santistas, que, agora, precisam de uma vitória de dois gols de vantagem na Vila Belmiro para conseguirem o tetracampeonato inédito. Um triunfo com um gol de diferença leva a decisão para os pênaltis.