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quinta-feira, 30 de março de 2023

ESQUERDISMO E CORRUPÇÃO GLOBAL | Por Battista Soarez | Coluna Leitura Livre | Jornal Itaqui-Bacanga

 Esquerdismo e corrupção global

Battista Soarez

(Jornalista, escritor, sociólogo, psicanalista, consultor e professor universitário).


QUEM LER O LIVRO O velho jogo do imperialismo, organizado pelo escritor Steven Hiatt, presidente da Editcetera — uma cooperativa de profissionais do campo editorial — vai entender por que políticos de esquerda estão sendo eleitos em todo o mundo a qualquer custo. O livro diz que “a globalização política é uma maneira mais elegante de dizer imperialismo”. Hiatt faz um questionamento curioso que desperta um olhar investigativo para o campo da realidade global, em que a palavra “política” tem conotação intensamente corruptível.

“Será que o mundo do pós-guerra — a nova ordem que emergiu desde a queda do muro de Berlin, em 1989 — havia dado uma guinada de 180º, tornando-se uma nova era do imperialismo?” Ao citar Hannah Arendt, Steven Hiatt assevera que “o acúmulo de propriedades necessariamente tem como base um acúmulo infinito de poder”.

Olhando os fatos pelas lentes da geopolítica (onde campeia o cenário dos dominantes da corrupção global), a França promoveu e perdeu guerras controversas na Indochina e na Argélia para preservar seu rosto de gloire imperial. Apesar disso, no mundo inteiro a maré da história estava claramente a favor da soberania das colônias. O dilema das elites ocidentais, inclusive no Brasil, era como administrar esse processo.

Agora, todos estamos na pior. A eleição de Lula da Silva para presidente, em 2022, é um segredo assustador em relação ao plano global maligno dos dominantes. Foi um passo-a-passo sombrio com uma matemática sociológica envolvendo política, religião, poder e um plano secreto de corrupção para dominar o mundo. Até o papa Francisco é uma peça-chave muito importante nessa engrenagem apocalíptica. Com as campanhas nacionalistas, as elites da corrupção dariam margem à tomada do poder por partidos comunistas.

É o que está acontecendo agora, inclusive no Brasil. Há uma realidade secreta orquestrando a tomada do poder global por via de uma rede mundial de corrupção. A esquerda, segundo especialistas em organizações e políticas internacionais, é uma rede mundial de corrupção, pensada e orientada por corporações e sociedades secretas protagonistas de ideias luciferianas, como a maçonaria e os iluminati.

Os que servem aos interesses do império global desempenham diferentes papéis, segundo Steven Hiatt. Jonh Perkins, que já pertenceu a essa rede de corrupção a qual ele chama de organização de assassinos econômicos, diz que “cada uma das pessoas de minha equipe também ostentava um título — analista financeiro, sociólogo, economista [...] — ainda que nenhum desses títulos indicasse que cada um deles era, à sua própria maneira, um assassino econômico”.

Como tudo isso funciona? Segundo Hiatt, um banco de Londres — controlado pelos Rothschilds — abre uma subsidiária num paraíso fiscal, com funcionários e funcionárias portadores de respeitáveis diplomas universitários e vestidos com as mesmas roupas de grife que você veria na cidade ou em Wall Street. Porém, seu trabalho diário consiste em ocultar desfalques e apropriações fraudulentas de fundos, lavando os lucros do tráfico de drogas e afundando corporações multinacionais a sonegar impostos. “Eles são assassinos econômicos”, diz Hiatt.

Uma equipe de técnicos do FMI (Fundo Monetário Internacional) vai a uma capital africana com carta branca para prorrogar o pagamento de empréstimos vitais, com a condição de que o país reduza o orçamento para a educação e abra sua economia para a desova de uma avalanche de produtos de exportadores norte-americanos e europeus. E eles também são assassinos econômicos. Tudo está interligado.

Steven Hiatt diz, ainda, que um consultor se estabelece na Zona Verde de Bagdá, onde, protegido pelo exército dos Estados Unidos, redige novas leis para regulamentar a exploração das reservas de petróleo do Iraque. Ele é um assassino econômico. E esta é a rede mundial de corrupção, financiadora da esquerda no mundo inteiro. Foi exatamente essa organização que financiou a eleição de Lula em 2022 para presidente do Brasil.

Hiatt explica, finalmente, que os métodos da esquerda, isto é, da rede mundial de corrupção, vão desde os locais — em que fazem e aplicam leis que favorecem a corrupção, a violência e a criminalidade — até os que violam constituições inteiras, tendo no meio uma série de áreas cinzentas.

Os beneficiários são aqueles cujo poder é tanto que raramente são chamados a prestar contas, uma elite centrada em capitais do Primeiro Mundo que, juntamente com seus clientes do Terceiro Mundo, toma as providências para deixar o mundo do jeito que eles querem. E em seu mundo só os dólares, e não as pessoas — muito menos os bilhões de pessoas comuns da terra — são cidadãos. Isso significa que metade da população do planeta subsiste com menos de 2 dólares por dia.

Para entender isso de uma vez por todas, basta dizer que os países do Terceiro Mundo estão presos numa rede de controle — financeiro, político e militar — da qual é extremamente difícil escapar, num sistema que se tornou cada vez mais extensivo, complexo e invasor. É uma rede mundial de corrupção operando no controle do mundo.

Funciona assim: o capital flui para os países subdesenvolvidos por meio de empréstimos e outros financiamentos, mas — como disse John Perkins — há um preço. E o preço é o estrangulamento por dívidas que dão aos governos, instituições e corporações do Primeiro Mundo controle absoluto sobre as economias do Terceiro Mundo. Todo esse controle é feito por meio do FMI e do Banco Mundial, em que a corrupção e a exploração encontram-se no centro dessas relações de poder geopolítico e analisa o sortimento de opções de fiscalização do cumprimento usado quando os dominados — oprimidos pelos dominantes — decidem que já basta. Mas nada é fácil. O futuro da humanidade está nas mãos do poder dominante da corrupção global.


sábado, 25 de março de 2023

BESTIALIDADE SEM LIMITE | Por Battista Soarez | Coluna Leitura Livre | Jornal Itaqui-Bacanga

 Bestialidade sem limite


BATTISTA SOAREZ

(Jornalista, escritor, sociólogo, psicanalista, consultor e professor universitário).



TEM COISA QUE nem a razão explica. Outras são tão ridículas, tão bestiais e tão insanas que extrapolam todos os limites do animalismo humano. É o caso do promotor de justiça Darlan Dalton Marques, da cidade de Taubaté, São Paulo.

No dia 17 de março de 2023, Darlan assinou uma recomendação endereçada à prefeitura municipal de Taubaté que, por sua vez, através da Secretaria da Educação, expediu uma circular orientando aos professores que expressões de cunho religioso estão proibidas dentro das escolas.

A arbitrariedade saiu em nome do Ministério Público — que emitiu o alerta — mas, na verdade, quem assinou a decisão foi o promotor Darlan Dalton Marques. De acordo com o tal documento, puramente unilateral (porque representa apenas a vontade de uma só pessoa), os professores da rede municipal de Taubaté não podem mais usar frases como “Deus te abençoe” em relação aos alunos. Nem a oração universal do “Pai-Nosso” pode ser mais executada em sala de aula. Nem mesmo músicas infantis, com conotações religiosas, podem ser mais entoadas.

De acordo com várias fontes, amplamente divulgadas nos meios de comunicação, todos os professores da rede municipal tiveram que assinar um termo de ciência. E, assim, se comprometeram a atender a recomendação. Dessa forma, o profissional que descumprir a tal decisão poderá receber advertência.

Em face disso, o animalismo de Darlan Dalton Marques — que se vale do posto de promotor público para praticar perseguição religiosa e arbitrariedade contra princípios universais da civilização humana — é tão descomunal que praticamente não há adjetivo na lexicografia da língua portuguesa que possa classificá-lo ou defini-lo no âmbito da natureza de sua insensatez e arrogância. Em sua completude ilógica e antirracional, revela-se, aí, um analfabeto jurídico, religioso, intelectual e filosófico.

Analfabeto jurídico porque ele ignora, dentre outros pressupostos legais, o Artigo 5º da Constituição Federal, no seu inciso VIII, que assegura que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou convicção filosófica ou política”. Portanto, diz a CF, o Estado deve prestar proteção e garantia ao livre exercício de todas as religiões. E, para piorar, Darlan baseou-se apenas em “uma” única denúncia anônima (sabe-se lá de quem), sem qualquer averiguação dos fatos.

É um analfabeto religioso porque parece não respeitar as tradições da civilização universal, revelando sua estupidez e seu orgulho, inchando o peito para afrontar a fé do próximo e desrespeitar princípios espirituais que são milenar e universalmente proclamados. Assim, ele ousa atropelar a ética social e corromper o bom senso na prática dos princípios jurídicos, dos direitos e da justiça nas relações humanas, revelando, com isso, sua imbecilidade em termo de fraternidade social.

É um analfabeto intelectual porque simplesmente demonstrou não “saber ser” gente numa sociedade que evolui na perspectiva de um aprendizado relacional que o mundo exige cada vez mais, em matéria de respeito, fraternidade, consideração, sensatez, conquistabilidade, empatia social e inteligência profissional.

Darlan é, ainda, um analfabeto filosófico, sem racionalidade, porque desconhece os princípios da existência que, desde sempre — e a partir da antiguidade — servem de base para todas as áreas do conhecimento humano, dando a elas inspiração, racionalidade e materialidade.

Os antigos estudiosos gregos — pais das grandes evoluções da cultura universal entre as civilizações e das literaturas sapienciais — classificaram o ser humano de acordo com uma tricotomia existencial que define a espiritualidade numa tríplice relação de corpo (soma), alma (psiquê) e espírito (pneuma).

Isso, nos dias de hoje, é comprovado pela neurociência que, ao estudar o mapa do cérebro humano, mostra que as estruturas neuropsicobiológicas contêm os componentes neurais numa rede complexa de comunicação entre memória biológica, memória emocional, memória psicológica, memória cognitiva e memória espiritual. Tudo isso se inter-relaciona por meio do sistema nervoso central (SNC) e do sistema nervoso autônomo (SNA), segundo explica a ciência. E mais: cientistas do mundo inteiro estão impactados com uma grande descoberta: o DNA humano tem o código genético 10-5-6-5. Até aí, tudo bem. Ocorre que esse número é o nome de Deus no hebraico primitivo, que era número e não códigos gráficos.

Quando foram criados os códigos gráficos, enfim, o alfabeto hebraico foi estabelecido sem vogais. Contendo apenas letras consoantes. Assim, o nome de Deus, em hebraico, passou a ser Y-H-W-H, sendo que Y=10 – H=5 – W=6 – H=5. Logo, o nome “DEUS” está escrito no DNA de cada um de nós, seres humanos. Nas línguas ocidentais, por causa das vogais, foi adaptado para YAWÉ, JAVÉ, JEOVÁ ou simplesmente DEUS.

A ciência provou, finalmente, que somos seres espirituais por natureza e, portanto, não temos como negar a Deus. Não é um garoto desinformado, ignorante e insensato que vai impedir, unilateralmente, pessoas de se relacionar com o Criador de todas as coisas, principalmente num país onde 97% da população são cristãos. E, ainda assim, parte dos 3% da população que não é cristã crê na existência de um ser superior. Inclusive alguns ateus.

Como diria Jorge Miranda: “Sem plena liberdade religiosa, não há plena liberdade política”. Além disso, a religião ou a espiritualidade nos inspira a pensar e, assim, promove a nossa existencialidade.

Darlan Dalton, então, que parece demonstrar odiar a Deus por não estudar a cultura universal, não deveria estar sentado numa cadeira de promotor público, num país de gente que acredita em Deus e ama o seu Criador. Não deveria comer os frutos do mar, pois estes foram criados por Deus. Não deveria ir ao mercado comprar nenhum tipo de carne animal, porque os animais foram criação divina para sustento da criatura humana. Não deveria consumir frutos, verduras e legumes, porque são produtos da natureza criada por Deus.

Ele deveria ser expulso do planeta terra e criar um mundo só para ele. Ou, então, deveria ir morar no lugar onde habita aquele no qual ele acredita. Não deveria utilizar de um mundo que ele já achou criado por Deus, a quem ele nega e ainda proíbe as pessoas de falar em seu nome.

Deus abençoe a todos os seus filhos e os mantenha longe de um indivíduo incrédulo, totalmente desprotegido da espiritualidade divina como o é esse tal.

quinta-feira, 16 de março de 2023

UM POUCO DE MAQUIAVEL PARA ENTENDER O MARANHÃO | Por Battista Soarez | Coluna Leitura Livre | Jornal Itaqui-Bacanga

 

Um pouco de Maquiavel para entender o Maranhão

Battista Soarez (Jornalista, escritor, sociólogo, psicanalista, consultor e professor universitário).

DE SARNEY A FLÁVIO DINO, o Maranhão trilhou por caminhos áridos de uma cultura política determinada por inteligências maquiavelianas e pontuadas em componentes de tradições institucionais que, com o passar do tempo, se caracterizaram como cultura política nos ares de uma democracia estranha e traiçoeira.

A partir disso, o discurso político-eleitoreiro no estado passou a estabelecer uma pauta persuasiva de extremo efeito psicológico na cabeça do eleitor que, por sua vez, fica hipnotizado com promessas utópicas “picantes” (maliciosas) e intencionais que nunca são cumpridas. Somando-se a isso, a prática de liberar alguns trocados para compra de votos consuma uma cultura de vício político epidêmica que afeta a sociedade de maneira negativa e destrutivamente.

Virou mesmo cultura política. Uma cultura que alimenta a corrupção da mesma forma que o uso de drogas alimenta a cultura da violência e da criminalidade em todas as camadas sociais.

A história do Maranhão, nos períodos de Sarney a Flávio Dino, bem como as suas instituições, afetam diretamente a cultura política no estado. Aliás, o Maranhão, nesse espaço histórico, vem passando por momentos autoritários silenciosos, disfarçados de democracia, em que se torna difícil de construir uma cultura política democrática de verdade.

Nesse jogo de pseudodemocracia, a primeira coisa que os homens públicos aprendem é a cultura da traição política. Logo tendem a usar os amigos para chegarem ao topo e, assim, costumam a tomar o poder sem escrúpulo. Sarney e Dino leram e releram o grande ideólogo e intelectual da política Nicolau Maquiavel e, com isso, aprenderam a manipular pessoas para fins políticos pessoais. Aprenderam, então, a promover discursos cheios de crenças e ideologias disseminadas por representantes e partidos políticos que influenciam largamente a cultura política no Maranhão. Dino aprendeu com Sarney a utilizar a intelectualidade maquiaveliana para tomar o poder e se estabelecer no poder, sem importar como ou a linha partidária.

Nessa perspectiva, o contexto regional e os grupos que se encontram no poder — ou na oposição em determinado momento — podem motivar uma cultura mais democrática ou mais autoritária. Dino, por exemplo, tornou-se um político autoritário. Mas o seu autoritarismo não faz alarde. Trabalha em silêncio. Como fez Sarney, durante mais de cinco décadas, instruído pelo pensamento literário de Maquiavel.

Maquiavel descreveu como o governante deve agir e quais virtudes deve ter a fim de se manter no poder e aumentar suas conquistas. Com isso influenciou o pensamento político moderno. Autor da famosa obra “O príncipe”, Maquiavel ensina como instabilizar a política e a sociedade. Uma vez a sociedade estando instabilizada e conturbada, o político, então, investe nas disputas políticas em busca, sem escrúpulo, da tomada do poder para controle e manutenção dos domínios territoriais das cidades e do estado. Isto lembra alguma coisa? Como Dino estudou profundamente Maquiavel, fica difícil combatê-lo. A menos que o seu opositor também estude Maquiavel, haja vista que veneno só pode ser combatido com o próprio veneno.

A obra de Maquiavel, enfim, é uma espécie de manual político para governantes que almejam não apenas a se manter no poder, mas ampliar suas conquistas. Questionando o poder teocêntrico — protagonizado pela igreja da época, em nome de Deus — Maquiavel pontuava que a forma como a virtú (capacidade do príncipe para ser flexível às circunstâncias, mudando com elas para agarrar e dominar a fortuna) seria colocada em prática em nome do bom governante, que deve passar a largo dos valores cristãos, da moral social vigente, dada a incompatibilidade entre esses valores e a política. Para ele, não cabe na imagem do bom governante a ideia da virtude cristã que, por sua vez, prega uma bondade angelical alçada pela libertação das tentações terrenas, sempre à espera de recompensas no céu.

De modo contrário, o poder, a honra e a glória — típicas tentações mundanas — são bens perseguidos e valorizados. O homem de virtú pode consegui-los e por eles lutar. Para Maquiavel, há vícios que são virtudes, em que o governante que deseja se manter no poder não deve temer, nem esconder seus defeitos, se isso for necessário para salvar o Estado.

Logo, segundo ele, um governante não deve se importar por ser considerado cruel se isso for preciso para manter os seus aliados unidos e com fé. Maquiavel traz uma outra visão de exercício do poder outrora sacralizado por valores defendidos pela igreja. Dino e Sarney, então, aprenderam com Maquiavel a legitimar o poder, principalmente em se tratando de características do solo arenoso que é a política. Assim, não importam os meios. O importante são os fins. O importante é, sem escrúpulo, tomar o poder e nele se manter. E isso explica o Maranhão de hoje.

domingo, 12 de março de 2023

O MARANHÃO DO AGORA E DO AMANHÃ | Por Battista Soarez | Jornal Itaqui-Bacanga

O Maranhão do agora e do amanhã

Battista Soarez (Jornalista, escritor, sociólogo, psicanalista, consultor e professor universitário).

O GOVERNADOR Carlos Brandão fez uma sequência de promessas para serem cumpridas depois das eleições de 2022. Ele, na condição de vice do governador Flávio Dino, candidatou-se e foi reconduzido ao executivo estadual.

Dentre tantas promessas, como, por exemplo, a implantação de nova unidade do espaço do servidor da Região Tocantina, criação de aplicativo de celular para acesso a serviços oferecidos pelo estado, ampliação do programa “adote um casarão”, ampliação da rede de restaurantes populares, etc., há muitas bastante significativas para o desenvolvimento do estado.

Algumas delas me chamaram à atenção pela natureza da sua importância como o Agente Jovem de Desenvolvimento Social e a implantação do Banco do Povo Maranhense (BPM). O programa agente jovem do desenvolvimento social, caso seja implantado, será uma política de coerência extremamente lógica porque prepara uma geração do futuro bastante madura para produzir e colocar o Estado no trilho do crescimento.

O banco do povo maranhense, por sua vez, dará concessão de crédito e capacitação gerencial para microempreendedores formais e informais, uma vez associado ao Fundo Aval para o desenvolvimento de micro e pequenas empresas. Afora isso, a parceria com os municípios para implantação de câmaras e fábricas de gelo para produtores locais e a atualização da legislação estadual para assegurar a implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) são medidas de fundamental importância para a economia maranhense.

Outra importante política que faz parte da agenda do governo Brandão é a efetivação do Sistema Estadual de Economia Solidária e microcrédito com orçamento para programas de fomento a projetos econômicos geridos por mulheres nos empreendimentos e grupos produtivos, e criar centros regionalizados de capacitação com foco no empreendedorismo e inserção no mercado de trabalho.

Essas e outras políticas que estão no programa do governo maranhense elevam a autoestima da população, gerando uma perspectiva animadora do ponto de vista econômico. O Maranhão tem um potencial efetivamente significativo em matéria de desenvolvimento e isso tem fundamento básico para que o estado possa evoluir em escala galopante e acabe com a pobreza definitivamente.

Se o atual governador bater pé firme nessa direção, o Maranhão de amanhã será modelo para o mundo. O fortalecimento do protagonismo juvenil, por exemplo, não só gera renda para os jovens como também gera outras atividades de absoluto significado para a população.

Dentre os aspectos relevantes da política de desenvolvimento social e econômico do estado, está a sua capacidade de fomentar instrumentos às comunidades que produzem, sempre buscando a eficiência e a equidade. Aliás, eficiência e equidade são dois conceitos fundamentais para a promoção do crescimento e do desenvolvimento econômico.

De certo, para o governador Carlos Brandão, a eficiência está ligada à questão da otimização da produção. O caminho das políticas públicas do governador está correto, mas o uso e a alocação de recursos — sejam eles matéria-prima ou capital — são imprescindíveis. Isto coloca sobre a mesa do debate o aprimoramento da capacidade produtiva em termos de desenvolvimento tecnológico. Enquanto isso, a equidade vislumbra a distribuição de renda e a criação de condições para uma formidável qualidade de vida.

Neste aspecto, é importante que o governo maranhense busque condições para que todos os indivíduos maranhenses tenham acesso às condições básicas necessárias ao bem-estar social. A criação do banco do povo maranhense é uma ideia importante porque dá suporte aos empreendedores quanto à prática do livre comércio, que é condição fundamental para o crescimento. O equilíbrio do mercado — entre oferta e demanda — garantirá o potencial da economia e fará com que, consequentemente, a saúde financeira da população seja garantida.

sábado, 4 de março de 2023

VACINAS, VACINADOS E INTENCIONALIDADE | Por Battista Soarez | Jornal Itaqui-Bacanga

 

Vacinas, vacinados e intencionalidade

Battista Soarez (Jornalista, escritor, sociólogo, psicanalista, consultor e professor universitário).

QUANDO SE FALA sobre vacinas contra Covid-19, vem à tona uma enxurrada de badalação. Se, de um lado, morre gente não-vacinada, de outro, milhares de pessoas estão morrendo depois de tomar uma sequência de doses, inclusive amigos meus bem próximos. Alguns deles tinham pressa em se vacinar e chegaram mais cedo ao cemitério. Que lástima! Perdi muitos amigos após tomarem a terceira, quarta e quinta doses.

Mas o sistema — que é global e comandado por dominantes poderosos do mundo político, econômico e intelectual — continua fazendo campanha para que a população continue se vacinando. Todavia, a opinião médica vem se dividindo quanto à eficácia das vacinas. Uns dão explicação bem plausível acerca dos danos causados. Outros preferem expor argumentos meramente políticos, dizendo apenas que o fato de se vacinar não garante nenhuma imunidade contra a Covid-19, mas dizem que é preciso vacinar. E, em matéria de poder político, a vacinação torna-se obrigatória.

Ora, se as vacinas não garantem nenhuma eficácia, que sentido faz vacinar? Qual o objetivo do sistema em manter tal inconveniência? Estudiosos alertam para o fato de que as vacinas têm um papel fundamental. A redução da população mundial em cerca de 50%. Esse é um dos objetivos da ONU (Organização das Nações Unidas), que é quem comanda o sistema global.

Recentemente, a equipe da Pfizer declarou que foi estabelecida uma meta para reduzir a população mundial e que essa meta, praticamente, foi alcançada em 2023. Bill Gates, o gênio da Microsoft, vem afirmando — desde 2011 (em suas palestras) e 2019 (um pouco antes de começar a pandemia por Covid-19) — que a diminuição do crescimento populacional com vacinas reduz a poluição. Gates financiou programas de esterilização em massa e impulsionou programas de vacinação generalizada que causaram grandes danos à sociedade.

Por defender a utilização das vacinas como meio de reduzir a população mundial, Bill Gates passou a ser criticado por pessoas no mundo todo, inclusive em redes sociais. Só que o argumento oficial é outro. Diz que as famílias têm tendência a crescer menos se viverem numa sociedade com boas condições de vida, o que envolve o acesso facilitado à vacinação. Ou seja, o discurso oficial do sistema é sempre técnico, para que o cidadão comum não tenha clareza no entendimento acerca das reais intencionalidades do sistema dominante. Aliás, quem manda no poder são os dominantes: poder político (governos), poder econômico (grandes empresários) e poder intelectual (escritores, grandes jornalistas, grandes meios de comunicação e autoridades do mundo jurídico). Estes poderes representam apenas 1% da população mundial. Os dominados, população em geral, representam 99% da população no planeta.

Nas suas palestras, Gates expõe que há uma fórmula que permite calcular, segundo ele, as emissões de dióxido de carbono no planeta e passa a ter em conta quatro fatores: a população mundial, a média de serviço que cada pessoa utiliza, a média de energia que cada serviço consome e a emissão de dióxido de carbono que cada unidade de energia produz. Com isso, ele conclui que, para que essa emissão de dióxido de carbono se aproxime de zero, uma dessas parcelas também tem de se aproximar de zero.

Tal explicação, na opinião de Gates, justifica a criação de meios de conter o crescimento da população mundial, que é o maior problema para o meio ambiente. Essa é a mesma opinião da ONU e dos governos de esquerda no mundo inteiro. Por isso, um dos pontos fundamentais da Agenda 2030 da ONU é o meio ambiente. A ideia de que matando ou reduzindo a metade das pessoas no mundo — por meio de vacinação obrigatória, controle de natalidade (inclusive com a liberalização do abordo), casamento entre pessoas do mesmo sexo e destruição da instituição família — resolve os problemas ambientais e, consequentemente, outras situações.

Gates doou centenas de milhões de dólares para novos esforços de vacinação, apresentando como justificativa a questão das emissões de CO2 e seus efeitos nas mudanças climáticas. O bilionário, então, apresenta uma fórmula para rastrear emissões de CO2 da seguinte maneira: CO2 = P x S x E x C. Traduzindo de forma bem clara, “P” é igual ao número de pessoas, “S” é igual aos serviços, “E” equivale à energia consumida pelos serviços e “C” significa a quantidade de dióxido de carbono que essa energia gera no meio-ambiente.

Bill Gates afirma que o mundo tem um problema real. É que, hoje, são 6,8 bilhões de pessoas. E a população global está caminhando para cerca de nove bilhões. Todavia, diz ele, “se fizermos um trabalho bom de verdade, investindo em novas vacinas obrigatórias, cuidados de saúde, serviços de saúde reprodutiva (incluindo controle de natalidade), podemos diminuir isso em, talvez, 10% a 15%”. A experiência com a Covid-19 testou a possibilidade de que esse mecanismo dá certo.

É exatamente nesse ponto que começa o problema. Está claro que as vacinas são um método de redução populacional. Guerra biológica. Para Gates, enfim, esse é caminho. Reduzir a população global, por meio de vacinas, significa reduzir, também, as emissões de CO2, que é o gás poluente do planeta. Mas qual o interesse de Bill Gates nisso? Estarei explicando na próxima edição.

quarta-feira, 1 de março de 2023

A DANÇA DAS INCERTEZAS | Por Battista Soarez | Coluna Leitura Livre | Jornal Itaqui-Bacanga

 

A dança das incertezas

Battista Soarez (Jornalista, escritor, sociólogo, psicanalista, consultor e professor universitário).

DE UM LADO, a polêmica das vacinas contra Covid-19 divide a sociedade em grupos antagonistas, e sobre este assunto tratarei na edição da próxima semana. De outro, o impasse entre alas econômica e política leva o novo governo a avaliar reoneração da gasolina e do álcool. E marcou a desoneração para terça-feira, 28 de fevereiro. Logo, com a reoneração parcial, o litro da gasolina deixa de subir R$ 0,69, passando o aumento a ser de apenas R$ 0,49. O álcool, por sua vez, sobe apenas R$ 0,06 e não R$ 0,24, como previsto. É somente uma reoneração parcial e, então, uma solução de meio termo.

Portanto, a desoneração do PIS e da Confins, que incidem sobre a gasolina e o álcool, é reavaliada. A medida provisória, editada pelo governo federal no início do ano, estipulou que a desoneração duraria até o dia 28, terça-feira. Por isso, o Brasil tem dois ritmos no descompasso da dança político-econômica do momento.

O primeiro é que a ala política defende que a medida seja prorrogada, por razões diversas. Já o segundo evidencia que a ala econômica entende que, diante do impacto a ser gerado nas contas públicas, a cobrança dos impostos deve voltar integralmente.

E haja debate. Na sexta-feira, 24, a alternativa da reoneração foi discutida numa reunião entre a Casa Civil, a Petrobrás, o Ministério da Fazenda e o Ministério de Minas e Energia.

Nessa dança, no quesito sobre a gasolina, a possibilidade que está na mesa — e que será levada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva — acena com a previsibilidade de que a gasolina C, aquela que vai para o consumidor, seja reonerada em 71% do PIS e da Confins. Isto significa que, em vez de voltar a cobrar a totalidade do imposto, o que seria R$ 0,69 por litro de combustível, o governo se contenta com R$ 0,49 por litro do produto.

Já em matéria do álcool, a reoneração seria menor, com a margem de 25% somente. Isto é, dos R$ 0,24 por litro — que seria a totalidade do tributo federal — o governo voltaria a cobrar somente R$ 0,06 por litro. O objetivo é manter a competitividade do etanol no mercado.

Mas isso acendeu o sinal vermelho na Bolsa de Valores. A desoneração dos combustíveis provoca queda significativa, prevista por especialistas. Estava dependendo apenas da aprovação de Lula. Vamos ver em que vai dar.

A definição, então, ficou por conta de uma reunião (marcada para segunda-feira, 27) entre o presidente Lula e os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Fernando Haddad, da Fazenda, e o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates. A aprovação de Lula desencadeará uma nova medida provisória com as mudanças na cobrança dos impostos com assinatura do governo.

Nesse caso, para amenizar o efeito da reoneração parcial, o governo espera que a Petrobrás reduza o preço da gasolina nas refinarias nos próximos dias. Isto porque o valor cobrado hoje sobre a gasolina está 6% acima do valor internacional, conforme informação da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (ABICOM). Na avaliação do governo, oportunamente, haveria espaço para a redução respeitando a política de paridade de importação, a chamada PPI.

Ocorre que, nos embates, a discussão sobre a reoneração está dividindo o Ministério da Fazenda e a ala política do governo, uma vez que o ministro Fernando Haddad vinha defendendo que o subsídio não fosse renovado. Isso renderia aos cofres públicos uma recomposição de receita de cerca de 29 bilhões de reais neste ano de 2023. O próprio Lula manifestou preocupação do impacto que essa dança pode gerar para o bolso do consumidor e para a inflação.

Na sexta-feira, 24, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores, disse em rede social que voltar a taxar combustíveis agora é “descumprir compromisso de campanha”. Além disso, a petista explica que não é contra taxar combustíveis. Só que, segundo ela, fazer isso agora “é penalizar o consumidor e gerar mais inflação”.

Diante disso tudo, o presidente Lula precisa ter muita maturidade na definição de suas políticas e decisões. Qualquer inexatidão na estratégia de governabilidade colocará o país em desvantagem e a população, que é quem paga a conta de erros e acertos cometidos pelo governo, estará em crise sofrendo a dor das consequências.