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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

EDUCAÇÃO: CESTE - FORMATURA 2022 - MARANHÃOZINHO

Maranhãozinho tem primeira cerimônia de formatura do curso de pedagogia
O CESTE, em parceria com outras instituições universitárias, oferece cursos de graduação na modalidade EAD.

 

Da Redação
(São Luís – MA)



Turma de formandos em pedagogia da Faculdade CESTE, polo de Maranhãozinho | FOTOS: Divulgação/Organização

O CESTE (Centro de Ensino Sistemas e Tecnologias) formou, no último sábado (15/01), uma turma de Pedagogia do ano de 2021 na cidade de Maranhãozinho, na BR 316. O evento foi um momento histórico porque foi o primeiro na cidade. Cerca de 24 formandos receberam seus canudos.


A formatura contou com a presença de várias autoridades civis, políticas, militares e religiosas. O CESTE foi representado pelas professoras Rafaela, Crislene, Rosângela Almeira e Débora. O professor Battista Soarez representou, no ato da formatura, o Diretor-Geral da Faculdade, professor Isaack Ferreira.


Segundo a coordenadora do polo de Maranhãozinho, Mariana Bitencourt, “foi uma experiência desafiadora, porque tive receio de tudo por se tratar de algo muito novo. Já teve outras instituições aqui na sede e nos povoados, mas só fizeram se aproveitar dos alunos. Muitos desses alunos hoje estão se formando nesta turma”, asseverou ela, destacando que foram quatro anos de desafios, mas ela faz questão de lembrar que todos foram superados.

Mariana Bitencourt, coordenadora

Mariana explica, ainda, que a comissão de organização, formada por seis alunos, passou seis meses trabalhando a organização do evento. Segundo ela, foram feitas rifas, pix premiado, bingos, festas e venda de lanches.

— Tudo isso com patrocínio dos próprios acadêmicos, comerciantes e empresários da cidade. O apoio financeiro principal para realização do evento foi do deputado Josimar Maranhãozinho, da deputada Detinha e da prefeita Deusinha, que contribuíram com 15 mil reais — relata Mariana.

Mariana (coordenadora do curso) com a prefeita Deusinha

Fizeram-se presentes no evento o presidente da Câmara Municipal de Maranhãozinho e a prefeita Deusinha. No seu discurso, Deusinha destacou sua satisfação pela formatura dos alunos de curso superior dentro do próprio município e o apoio do casal de deputados Josimar Maranhãozinho (federal) e sua esposa Detinha (estadual), que ajudaram na realização do evento.

— O casal de deputados não pôde estar aqui presente neste momento porque os dois estão em outro município recebendo uma homenagem. Mas o deputado Josimar mandou abraço para cada um dos formandos — disse Deusinha, também manifestando o seu apoio aos formandos e à instituição.

Prefeita Deusinha, de Maranhãozinho

Deusinha permaneceu no local durante todo o evento, numa demonstração de humildade e respeito pela educação e pelos formandos, os quais, na sua maioria, são funcionários do município.

— Toda instituição de ensino superior que vier para Maranhãozinho será bem vinda, porque está contribuindo com o desenvolvimento do nosso município — concluiu a prefeita, destacando o fato de ser esta a primeira vez que acontece uma formatura de ensino superior no município.

Na ocasião, o professor, assistente social e jornalista Battista Soarez representou o diretor da instituição, Isaack Ferreira. Soarez, que também é pastor, declarou a abertura da solenidade e discursou em nome da instituição. No seu discurso, ele destacou o papel do pedagogo e a responsabilidade do professor em, por meio da educação, transformar a sociedade.

Prof. Battista Soarez fazendo seu discurso

— O momento da formatura de graduação não é um ponto final na carreira acadêmica. Na verdade é apenas um ponto, muito importante, por sinal, na trajetória de vocês. Outras etapas estarão logo aí na frente, aguardando para serem superadas — disse o professor Battista Soarez.

Em nome do professor Isaack Ferreira e do CESTE, Soarez também agradeceu o apoio do casal de deputados Josimar e Detinha, pelo apoio e pela contribuição durante os quatro anos de estudo dos alunos de pedagogia em Maranhãozinho.

— Eu não os conheço pessoalmente, mas os admiro pelo trabalho que Josimar e Detinha vêm desenvolvendo no Maranhão. Por onde eu ando neste estado, ouço todo mundo falando que o deputado Josimar é um homem de palavra e que sempre luta para promover o bem da população — pontuou Soarez.

Homenagem ao prof. Isaack Ferreira.

Segundo a professora Rafaela, todos os polos do CESTE são credenciados tanto junto ao Centro Universitário UniBTA e ao Centro Universitário ETEP, na modalidade EAD. Mas devido a dificuldade com internet na área rural do Maranhão, o CESTE combinou com suas instituições parceiras que os cursos ministrados não fossem totalmente online. Por isso os alunos, no regime semipresencial, têm encontros duas vezes ao mês com o professor para ministração de aulas presenciais, orientação de pesquisas e elaboração de artigos acadêmicos.

— Por isso os nossos alunos têm tido resultados impressionantes como, por exemplo, aprovação em concursos públicos em expressiva quantidade — afirma o professor Isaack Ferreira.

 

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ENTREVISTA: Isaack Ferreira

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Leitura LivreComo é servir a comunidade estudantil e contribuir com a transformação da sociedade por meio da educação, mesmo em tempos de grandes dificuldades como este?

Isaack Ferreira — É uma missão difícil. Mas muito significativa. Por isso prazerosa. Difícil porque, como você sabe, têm vários entraves, perseguições e barreiras. E nesse contexto estão as burocracias das instituições, a situação financeira da sociedade e a cultura da falta de motivação para estudar. Ao mesmo tempo, é uma missão prazerosa porque a gente se sente contribuindo para mudar a realidade social da nossa época que cada vez mais se emaranha em problemas da evolução moderna.

L. LivreQue tipo de burocracia o senhor observa como fator que atravanca o desenvolvimento da educação brasileira?

I. Ferreira — Estamos longe do ideal. Os investimentos públicos ainda são poucos. A procura ainda está muito distante do volume de oferta que existe no mercado. A inadimplência e a evasão escolar são alguns que podemos citar. Ainda há uma burocracia muito grande para se fazer mestrado e doutorado neste país. O mercado exige muito e oferece pouco. E quem se levanta para fazer educação por dom e boa vontade, por vezes é perseguido, em vez de orientado e ajudado. Somos, ainda, uma sociedade de baixa inteligência civilizatória. Exigente e competitivamente desleal.

L. Livre — Tem-se informação de que o número de aprovados em concursos públicos que se formaram no CESTE é muito grande em quase todos os municípios onde a instituição atua. Como o senhor avalia isto? A que se atribui esse bom êxito?

I. Ferreira — A Deus acima de tudo. Depois, nós procuramos selecionar professores que realmente trabalhem conteúdos conforme a necessidade do mercado. Orientamos nossos mestres a não perder tempo em sala de aula. A gente pode até parecer exigente, mas nós pensamos na capacidade do profissional que nós estamos formando para enfrentar o mercado de trabalho, que cada vez mais se torna competitivo. Pensamos no sucesso desse profissional. Muitos de nossos professores são pesquisadores, autodidatas, leitores assíduos e profissionais experientes. Isso realmente faz a diferença na vida do aluno.

L. LivreSe um município quiser abrir um polo de EAD junto ao CESTE, o que deve fazer?

I. Ferreira — Primeiramente, é importante esclarecer que trabalhamos sempre dentro da lei. Nossos parceiros são credenciados junto ao Ministério da Educação (MEC) na modalidade Educação a Distância (EAD) e o CESTE é um polo de apoio presencial junto à instituição para operacionalizar os serviços prestados ao publicado. Os interessados devem ligar para a nossa Central nos telefones (98) 98871-1111 ou (98) 98800-1111. Aí daremos todas as orientações necessárias.

Assista ao vídeo da formatura:

https://www.facebook.com/100003505525934/videos/656424649126975/

 GALERIA DE FOTOS


















domingo, 16 de janeiro de 2022

EDUCAÇÃO: CESTE, formatura Maranhãozinho, 2022

CESTE realiza solenidade de formatura em pedagogia na cidade de Maranhãozinho

Prof. Battista Soarez e prefeita Deusinha da cidade de Maranhãozinho

O CESTE (Centro de Ensino Sistemas e Tecnologias) formou, neste sábado (15/01), uma turma de Pedagogia do ano de 2021 na cidade de Maranhãozinho, na BR 316.


A formatura contou com a presença de várias autoridades civis, políticas, militares e religiosas. Dentre elas, estava presente a prefeita Deusinha, do município de Maranhãozinho. No seu discurso, Deusinha destacou o apoio do casal de deputados Josimar Maranhãozinho (federal) e sua esposa Detinha (estadual).

“O casal de deputados não pode estar aqui porque os dois estão em outro município recebendo uma homenagem. Mas o deputado Josimar mandou abraço para cada um dos formandos”, disse Deusinha, manifestando o seu apoio aos formandos e à instituição.

“Toda instituição de ensino superior que vier para Maranhãozinho será bem vinda, porque está contribuindo com o desenvolvimento do nosso município”, concluiu a prefeita, destacando o fato de ser esta a primeira vez que acontece uma formatura no município.

Na ocasião, o professor, assistente social e jornalista Battista Soarez representou o diretor da instituição, Isaack Ferreira. Soarez, que também é pastor, declarou a abertura da solenidade e discursou em nome da instituição. No seu discurso, ele destacou o papel do pedagogo e a responsabilidade do professor em, por meio da educação, transformar a sociedade.

“O momento da formatura de graduação não é um ponto final na carreira acadêmica. Na verdade é apenas um ponto, muito importante, por sinal, na trajetória de vocês. Outras etapas estão logo aí na frente, aguardando serem superadas”, disse o professor Battista Soarez.

Soarez agradeceu o apoio do casal de deputados Josimar e Detinha em nome do CESTE, pelo apoio e contribuição durante os quatro anos de estudo dos alunos de pedagogia em Maranhãozinho.

“Eu não os conheço pessoalmente, mas os admiro pelo trabalho que Josimar e Detinha vêm desenvolvendo no Maranhão. Por onde eu ando neste estado, ouço todo mundo falando que o deputado Josimar é um homem de palavra", pontuou Soarez.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

POLÍTICA: MICAL DAMASCENO ASSUME PRESIDÊNCIA NACIONAL DO PTB MULHER

Mical Damasceno assume presidência nacional do PTB Mulher
Com mais esse passo na sua carreira política, a deputada ganha projeção nacional e mais respeito da sociedade

 

Por Battista Soarez
(De São Luís – MA)

 

Graciela Nienov e Mical Damasceno | Foto: Divulgação/Internet

A DEPUTADA ESTADUAL Mical Damasceno (PTB) é a nova presidente nacional do PTB Mulher. A parlamentar recebeu e aceitou o convite da presidente nacional do partido, Graciela Nienov. Nesta quarta-feira (12/01), Graciela Nienov anunciou publicamente que “a deputada estadual Mical Damasceno, do Maranhão, assume a presidência nacional do PTB Mulher”, conforme destaca o site do partido (http://ptb.org.br/deputada-mical-damasceno-assume-presidencia-nacional-do-ptb-mulher/).

Mical é uma mulher conservadora, de direita, que luta com fé e coragem pelas nossas causas, pelas nossas bandeiras, pelas nossas crianças, pela pauta cristã. É uma mulher que luta, principalmente, pelo nosso Brasil. Portanto, é um privilégio e uma honra para o PTB ter a deputada Mical presente aqui, atuando pelo PTB Mulher e defendendo os valores nos quais acreditamos. Vamos construir políticas para as mulheres e em defesa das famílias brasileiras — disse a presidente nacional do PTB, Graciela Nienov.

Proativa, como sempre, Mical já está logo tratando, sem perda de tempo, de organizar o partido, convidando o deputado federal Josivaldo JP para assumir a presidência estadual do PTB-MA. O deputado aceito o convite e nesta quinta-feira (13/01), o site do PTB nacional já publicou matéria, anunciando novo presidente do PTB no estado. Ao assumir o cargo, Josivaldo afirmou que, em 2022, “o PTB vai se tornar o partido que mais vai crescer no estado do Maranhão”. Mical afirma que a escolha do parlamentar foi bem pensada para fortalecimento do partido no Maranhão.

Da esq. p/ dir.: Mical Damasceno, Graciela Nienov e Josivaldo JP | Foto: Divulgação/Internet

Representante fiel do segmento cristão, a deputada — evangélica da Assembleia de Deus — certamente terá muita cautela na escolha dos nomes que comporão a diretoria do partido.

— Sempre foi o meu ideal fazer o melhor pelo meu estado, pelos cristãos e, principalmente, pelos menos favorecidos. Procuro trabalhar com pessoas que tenham esse mesmo perfil. Que sejam, acima de tudo, honestas, transparentes e sensatas na qualidade de cidadãos de bem — pondera Mical, deixando evidente sua vontade política em fazer justiça à sociedade, sem discriminação de qualquer natureza.

Com a assunção de Mical Damasceno no cenário político, o estado do Maranhão ganha grande representatividade em nível nacional e fortalecimento da base do PTB no Estado. O partido está formando uma fortíssima conjuntura com previsão de lançar candidatos a deputado estadual e deputado federal.

Indagada pela imprensa a respeito do novo passo, Mical respondeu:

— Estamos construindo uma boa nominata. Temos possibilidade de eleger vários deputados estaduais e federais. O partido está de portas abertas. Quanto ao novo desafio de comandar o PTB Mulher Nacional, temos muito trabalho pela frente para aumentar a nossa bancada no Maranhão e em Brasília. Agradeço a Deus por mais essa oportunidade. A Deus seja a Glória!

Mical, mais uma vez, surpreende com o seu dinamismo político, seu carisma e seu temor a Deus. Desde o início do seu mandato, ela já vinha dando sinais de que iria fazer a diferença e, agora, estão aí as evidências.

 

 

 




sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

LITERATURA: DISCURSO DO ESCRITOR BATTISTA SOAREZ NA CÂMARA DE VEREADORES DE SÃO LUÍS EM 21/12/2020

Discurso do escritor e jornalista Battista Soarez por ocasião do recebimento do “Título de Cidadão Ludovicense” em 21/12/2020

 

Momento em que o escritor e jornalista Battista Soarez discursou na Câmara de Vereadores de São Luís | Foto: SECOM/SL.

Excelentíssimo Senhor Vereador Osmar Filho, que preside esta Casa Legislativa. Excelentíssimo Senhor Vereador Genival Alves, que teve a iniciativa de, por meio de Decreto Legislativo, conceder-me esta honraria. Excelentíssimo Senhor Vereador Pavão Filho, que muito me alegra por ser da mesma cidade onde eu cresci, Santa Helena, Maranhão, e por ser um homem que representa muito bem nossa região da Baixada Maranhense com sua vida exemplar e caráter. Excelentíssimo Senhor Vereador Marquinhos, a quem tive o privilégio de conhecer ainda muito jovem e ter acompanhado sua luta social e comunitária até chegar aonde chegou.

Em nome destes quatro vereadores ora mencionados, eu saúdo a todos os outros membros deste Parlamento Municipal.

Reverendíssimo Senhor Pastor André Santos Souza, presidente da Convenção de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Maranhão (COMADEMA), em nome de quem estendo o meu respeito e admiração ao Pastor Samuel Câmara, presidente da Convenção da Assembleia de Deus no Brasil (CADB), nossa Convenção Nacional, da qual faço parte. Reverendíssimo Senhor Pastor e Capelão Alex Martins, presidente da UNICAJE (União de Capelães e Juízes de Paz). Minha esposa Maria, filhos João Miguel e Naira, aqui presentes. Meus amigos convidados, Imprensa e Galeria.

Senhoras e senhores,

Acima de tudo, agradeço a Deus em Cristo Jesus nosso Senhor, sem o qual nada somos e nada podemos fazer. A Ele toda Honra, toda Glória e Majestade: Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Inicialmente, agradeço a presença de todas as autoridades já nominadas. Agradeço os que compõem a Mesa, e a todos vocês que me honram com a sua presença.

Quero fazer um agradecimento especial ao meu nobre amigo Vereador Genival Alves, responsável direto por este momento tão ímpar na minha vida, em que me honra com o título com que hoje estou sendo agraciado.

Genival Alves é um homem honrado, exemplar, um político sério, um cidadão de luta em prol da comunidade em geral, um parlamentar de muitos projetos e, portanto, um representante do povo que não mede esforços para promover o bem comum sem preconceito, sem exibicionismo e sem discriminação. Sua humildade e honestidade são uns dos principais brilhos da sua identidade de pessoa humana.

Meu muito obrigado, Vereador Genival Alves. Vossa Excelência sabe que quando nós nos conhecemos, logo fluiu uma relação de respeito e de pensamentos em comum em prol do bem humano.

Agradeço igualmente aos demais vereadores desta Casa de Leis, que votaram favoravelmente à aprovação desta honraria.

Quero agradecer profundamente a Felinto Estêvan Soares e Rozete Ribeiro Pestana Soares (in memoriam), meus pais que, com seus exemplos e conselhos, me educaram e fizeram de mim o que hoje sou.

Agradecimentos especiais também à minha querida esposa Maria, amiga e companheira de todos os momentos. Aos meus queridos filhos, aos meus irmãos e demais familiares. Agradeço à minha equipe da SEMADEMA (Secretaria de Missões do Estado do Maranhão), da qual estou secretário: Irmão Marcos, Márcio, Milson, Edson, Salenna, Sabrina, Davi que aqui estão presentes e aos demais que não puderam estar aqui.

Quero dizer a todos os senhores e senhoras que receber o título de “Cidadão de São Luís” é motivo de extrema alegria. Sinto-me imensamente honrado e bastante aprazido. Sou realmente um grande privilegiado.

Sem dúvida alguma, a razão de eu estar aqui, hoje, sendo honrado com este título honorífico deve-se à minha carreira de escritor e jornalista, à qual me dedico desde os meus 15 e 16 anos de idade, quando dei os primeiros passos como compositor e cronista, entrando para o jornalismo ainda muito jovem, apenas com 18 anos.

Nasci em Mirinzal, terra da minha mãe, fui registrado em Pinheiro, terra do meu pai, mas me criei em Santa Helena do Maranhão. Aos 16 anos de idade, mudei para São Luís, onde moro até hoje.

Tudo começou no ano de 1985, quando ingressei no Jornal de Hoje, do então Senador João Castelo, iniciando na função de Tituleiro. Tituleiro era o profissional que operava numa máquina industrializada (fabricação japonesa) de fazer títulos e manchetes de Jornal, revistas, livros e outras produções editoriais gráficas da época. Minha função, então, era fazer títulos e manchetes todos os dias. Naquela época, para muitos de vocês que nasceram depois da era mecanizada, a produção jornalística passava por uma grande jornada diária.

Primeiramente, com pautas nas mãos, os repórteres saiam para a rua, logo cedo, em busca de fatos e/ou acontecimentos que pudessem ser catalogados, redacionados e virar notícias. Enquanto isso, na Redação, chegavam notícias do Brasil e do Mundo por meio do antigo Telex.

Na época, não existia Internet, celular e nem computador. Tudo era manualmente produzido por meio de máquinas industrializadas.

As equipes de reportagem chegavam da rua e logo sentavam nas máquinas de datilografia eu ainda hoje tenho uma — e redigiam suas matérias. Depois, essas matérias passavam por uma revisão de luxo, chamada de Copidesque. No JH, esta função era desempenhada por uma colega chamada Clecina, que fazia o seu trabalho numa velocidade inacreditável.

Do Copidesque, as matérias eram encaminhadas para a Diagramação, que depois as reencaminhava para o setor de Composição, onde era feita a chamada “composição tipográfica” das matérias numa máquina IMB Selectric, conhecida como IBM de bola ou IBM a bochita, comumente chamada de esfera.

Da Composição, as matérias seguiam para o Setor de Revisão. Depois, voltavam para a Composição, para correção das matérias. Em seguida, voltavam para a Revisão, só para verificar se as correções foram feitas corretamente. Caso tivesse alguma coisa errada, era corrigida com estilete e fita durex.

Os títulos e manchetes, por sua vez, eram feitos no Setor de Titulação, onde eu trabalhava. Eram batidos na máquina Tituleira e revelados no Laboratório Fotográfico. Depois, eram levados para a Paginação.

Depois da Revisão, as matérias seguiam para a Paginação, feita com cola de papel conforme o projeto da Diagramação. Da Paginação, seguia para a Fotomecânica. Desta, seguia para a Impressão. Da Impressão, ia para a Encadernação. Daí, ia para o Setor de Distribuição. Depois, para as Bancas de Jornais e Revistas, espalhadas nos mais diversos lugares.

Ufa! Era uma longa e cansativa jornada. Aí as pessoas liam o jornal e jogavam fora no lixo sem saber o trabalho que dava para se produzir um veículo de informação como esse.

E neste particular não poderia deixar de mencionar figuras importantes na minha formação intelectual e jornalística, começando pelo Jornal de Hoje. Ali meu primeiro conto, intitulado Um Olhar Obscuro (de 1985) ambientado no Centro Histórico de São Luís foi publicado pela jornalista Sílvia Moscoso, que integrava a equipe de Redação do JH. Depois, passei a escrever regularmente e fui promovido ao Setor de Revisão. No Jornal de Hoje, tive como colegas de trabalho verdadeiros mestres do jornalismo maranhense, como os jornalistas Nonato Reis, Regis Marques (falecido recentemente), Ribamar Cardoso, Marinaldo Gonçalves, Jersan Araújo e outros.

Não deu noutra: me encantei pelo jornalismo e pela literatura. Passei a escrever artigos de Opinião e colaborar com os principais jornais de São Luís: O Estado do Maranhão, O Imparcial e Jornal Pequeno. Em O Imparcial, minha referência foi o jornalista José Gomes (o Gojoba), que publicava minhas crônicas jornalísticas com muita alegria e incentivo.

Passei a ler de tudo... E virei “rato” de livrarias. Todos os dias, nos intervalos de almoço, eu ia à livraria Literarte, na Rua Grande de São Luís, e também na livraria Baraquel, na rua do Sol, a fim de verificar as novidades do mercado editorial do país. Conheci livros de grandes autores, inclusive maranhenses. Tive a honra de conhecer e ser amigo da família do grande escritor Carlos Cunha. Da sua filha, jornalista e escritora Wanda Cristina da Cunha, tornei-me amigo pessoal, chegando a lecionar no Colégio Nina Rodrigues, empresa da família.

Conheci também autores cristãos internacionais como Josh McDowell, Charles Swindoll, Ted Engstrom e outros escritores que muito me inspiraram na definição da minha identidade intelectual, estilo e discurso literário.

Naquele momento, no início da minha vida jornalística, tive o inesquecível privilégio de conhecer e trabalhar ao lado do grande jornalista e escritor Bernardo Coelho de Almeida, autor do romance O Bequimão. Revisei seus textos com notável admiração e aprendizado. Além de crônicas jornalísticas, tive a honra de revisar seu livro de memórias Éramos Felizes e Não Sabíamos, último trabalho publicado antes da sua morte, salvo o engano.

Também, naquele momento, conheci o incrível escritor gaúcho Caio Fernando Abreu (falecido em 1996), autor de Morangos Mofados e Os Dragões não Conhecem o Paraíso. Um dia, numa reunião de escritores, Caio olhou fixo para mim e disse:

Cara, eu li teus textos. Você é incrível. Quantos anos você tem?

E eu respondi:

— Tenho 22 anos.

E então ele disse:

— Não pare nunca. Eu tinha a tua idade quando comecei a escrever. Hoje, a editora Companhia das Letras me paga 32 mil reais por mês só pra eu escrever. Continue escrevendo. Com o tempo, tu serás reconhecido.

Eu recebi aquela palavra como uma ordem vinda de Deus. Nunca me esqueci disso. E a partir daquele momento eu acreditei no meu potencial literário mais ainda.

Em 1992, saí do JH e fui trabalhar em O Debate, jornal pertencente ao jornalista Jacir Moraes. Em O Debate, apaixonado pelo jornalismo, entrava às 8 horas da manhã e saía, às vezes, meia-noite e, por vezes, até 1 e 2 horas da madrugada. Não que eu fosse obrigado a fazer aquilo. Mas porque eu via a necessidade do jornal e decidia colaborar para que o processo de produção não atrasasse. Eu sabia que dali eu iria prosseguir.

Em 1993, fui para Belém do Pará, onde trabalhei no Jornal Popular e não muito diferente da experiência daqui de São Luís, repetia a mesma abnegação ao trabalho jornalístico. Aprimorei-me em copidesque, revisão, redação, reportagem e jornalismo investigativo. Mas sempre escrevendo textos livrescos, romanescos, crônicas, ensaios e por vezes poesias.

Isso, mais tarde, me foi muito gratificante. Todo o conhecimento adquirido com esse esforço, me rendeu glória: em 1994, concorri com 330 profissionais de todo o país ao cargo de Revisor de Livros na Editora CPAD, no Rio de Janeiro. Só tinha uma vaga. Quem tirasse em primeiro lugar, iria para o Rio de Janeiro de “mala e cuia”. No final do concurso, quando menos esperava, recebi um telefonema do Rio dizendo que eu deveria mudar para a cidade maravilhosa. A única vaga que tinha, no momento, naquela Casa Editora, graças a Deus e à minha dedicação e aplicabilidade no ofício das letras, foi ocupada por mim.

No Rio de Janeiro, passei a não só copidescar e revisar livros, mas a escrever e publicar matérias em periódicos de circulação nacional e internacional. Meus textos passaram a ser traduzidos e distribuídos para 21 países, por meio da Editorial Patmus, em Miami, nos EUA.

Voltei para o Maranhão, mas continuei publicando matérias na imprensa nacional. Foi aí que os meus livros passaram a ser publicados e distribuídos no país inteiro e, depois, no exterior. Sempre levando o nome do Maranhão que, para mim, é o melhor lugar do mundo.

São 35 anos de carreira e uma paixão literária que me faz cada vez mais consciente de que se eu não fosse escritor e jornalista, seria escritor e jornalista. Ou seja, sem opção para fazer outra coisa na vida, a não ser escrever. Se voltasse ao tempo e se o tempo voltasse, faria tudo de novo. Com uma diferença: aproveitaria melhor as oportunidades. Seria menos tímido e mais ousado. Cometeria menos erros.

Neste momento oportuno, faço um pedido aos membros deste parlamento: pensem numa maneira de incentivar a cultura e a arte literária. Vejo, com tristeza, as pessoas lendo muito pouco ou quase nada, inclusive os jovens, que se debruçam horas a fio em “coisas” que não edificam as suas mentes.

É preciso que o poder público, em todas as instâncias em parcerias com as instituições sociais e a sociedade em geral — criem projetos, ações e políticas inteligentes para dar vida à literatura. Não deixemos a literatura morrer.

Por que que eu faço este apelo? Por uma razão muito simples:

Os escritores sempre pensam à sua frente. Quando um invento científico, um fato político, um contexto de desenvolvimento acontece na história, os escritores já tinham pensado isso cerca de trinta, quarenta ou cinquenta anos antes.

Além disso, a relação entre a literatura, a sociedade e a política pode ser percebida desde a literatura clássica, nas epopeias e nas tragédias gregas. As mais conhecidas são a “Ilíada” e a “Odisseia de Homero”. A “Ilíada” está carregada de ideias políticas, leis, códigos, tanto quanto de questões míticas e religiosas. Ou seja, Vereador Genival Alves, a literatura é a sabedoria da política e a política é aluna da literatura. As duas coisas têm que andar de mãos dadas. Em toda a história, é a literatura que inspira a política nas suas ações inteligentes e transformadoras.

Na verdade, a literatura inspira até mesmo a história no que concerne aos fatos sociais, inclusive a educação. Porque a política não funciona sem educação. E a educação não funciona sem a literatura. Pois é a literatura que sistematiza o pensamento social das instituições, suas estruturas e suas funcionalidades.

Sob vários aspectos, Vereador Osmar Filho, podemos pensar a literatura como “instrumento” da política. Um instrumento inteligente que utiliza os meios de comunicação para produzir resultados políticos e sociais.

Muitos escritores tiveram suas obras censuradas por terem sido usadas como instrumento de correção política. E, em épocas de proibição da liberdade de expressão, o artífice literário pôde ser usado para propagar certas mensagens e chamar os indivíduos à luta.

Se, contudo, a literatura é uma forma plausível de representação do real, esta se distingue da política pelo seu discurso e pela forma de abordagem e compreensão da realidade social e histórica.

Na literatura, Vereador Pavão Filho, a realidade é criada ou recriada. Inventada ou reinventada, imaginada e fantasiada, através de metáforas, alegorias e linguagem simbólica. Mas nem por isso a literatura, neste caso, deixa de contribuir para desvendar aspectos das relações sociais e de poder.

Por meio da literatura, senhoras e senhores, somos levados a nos relacionar imaginariamente com a realidade histórica.

Entretanto, enquanto a “política” ocupa-se do real, a “literatura” ocupa-se com o possível, com o imaginário, com a utopia e com o conteúdo palpável da ação política.

Por esta razão, como escritor, deixo aqui o meu apelo no sentido de que façamos leis de incentivo à literatura, à política do livro, à leitura e à formação de novos leitores e escritores.

Quero enfatizar que recebo esta homenagem com muita humildade, absolutamente consciente de que a conquista desta honraria não é apenas fruto dos meus esforços. É um conjunto de fatores, principalmente de relações sociais plausíveis.

Por isso é importe cultivarmos relações harmoniosas, inclusive no âmbito da política e da literatura, para que sempre haja uma dialética com sentido de se construir o que é de melhor para todos nós cidadãos e cidadãs de bem.

Muito obrigado a São Luís e a todos vocês.

Tenhamos todos um bom dia na paz de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor.

  

BATTISTA SOAREZ
Escritor e jornalista


Fotos da ocasião

O escritor Battista Soarez (ao centro) ladeado pelos vereadores Ivaldo Rodrigues e Bárbara Soeiro (à esq.), profª. Maria Elisa (homenageada) e o vereador Genival Alves (à dir.).

Vereador Genival Alves, autor da indicação.