Um autor de muitas ideias (parte I)
O
escritor, jornalista e pastor maranhense Battista
Soarez tem escrito livros e artigos de impacto social. Sua obra A Igreja Cidadã já foi finalista em
prêmio nacional de literatura, citada em dissertação de mestrado e até em
pesquisas estrangeiras.
Por Marina
Sousa
(Jornalista da Assembleia Legislativa do MA)
Pr. Battista Soarez, escritor e jornalista | Fonto: Roney Costa |
AOS 54 ANOS DE IDADE, o escritor,
jornalista, teólogo e pastor maranhense Battista
Soarez tem contribuído com o desenvolvimento da igreja cristã brasileira
através de suas ideias impressas em livros, artigos e ministrações de aulas
universitárias e pregações na igreja evangélica, principalmente para pastores e
líderes. Nascido em Mirinzal, município da baixada maranhense, o autor tem
influenciado pessoas e igrejas na área de missões e evangelismo de impacto. Seu
livro A Igreja Cidadã tem percorrido vitrines e prateleiras do Brasil
e do mundo. Muitos projetos missionários, evangelísticos, sociais e trabalhos
acadêmicos têm sido inspirados na obra de Battista
Soarez. Nesta primeira entrevista, ele começa falando da sua carreira e da
sua obra mais conhecida. E deixa patente que não escreve pensando em dinheiro.
Mas na qualidade da escrita para alcançar pessoas e contribuir com a construção
de “um mundo mais justo e melhor”. Vamos à entrevista.
LEITURA LIVRE —
Todo mundo tem uma ideia de si próprio. O senhor é escritor, jornalista,
professor, pastor e dono de uma inteligência admirável. Como o senhor se autodefine?
BATTISTA SOAREZ — Olha, eu me acho um sujeito normal
como qualquer outro. Apenas sou um indivíduo inquieto com o mundo e as pessoas
que protagonizam os cenários dos caminhos por onde ando. Na igreja, nas
empresas por onde trabalhei, entre grupos de amigos... enfim, sempre vejo
alguém se comportando ou fazendo algo que me surpreende. Queria viver num mundo
mais justo. Conviver com pessoas mais equilibradas e mais existencialmente
normais. Mas, a cada dia, me surpreendo com atitudes e comportamentos de indivíduos que deveriam agir diferente e, assim, contribuir para se ter um mundo
melhor. Sobre a inteligência, não vejo que sou dono de nada. Por trás de tudo,
há um Deus Criador. Se Ele é o Criador, então Ele, sim, é o dono de tudo. Somos
apenas veículos dos dons e da vontade dEle.
Livro A Igreja Cidadã, publicado pela AD Santos Editora |
L. LIVRE — Em 2009, fizemos uma entrevista publicada no Jornal Pequeno, de São Luís, quando da publicação do seu livro A Igreja Cidadã, publicado pela editora Arte Editorial, de São Paulo. Já faz bastante tempo. O que mudou de lá para cá?
B. SOAREZ — É! Faz tempo. Já se foram 13 anos. Mudou muita coisa nesse espaço de lá para cá. Hoje, principalmente com o advento da pandemia da COVD-19, a configuração do mundo mudou. Na política, na educação, na economia. E até na igreja.
L. LIVRE —
O senhor se dedicou ao jornalismo desde quando era ainda muito jovem. Eu me
lembro disso, porque trabalhamos juntos no Jornal de Hoje. Quem nasceu
primeiro? O escritor ou o jornalista?
B. SOAREZ — (Risos...). Os dois começaram numa
idade muito tenra. Mas acho que o escritor foi mais precoce porque desde os meus
12, 13 anos de idade eu já procurava burilar bem as palavras no rabiscar das
primeiras letras nos meus cadernos escolares. Inclusive, as cartas feitas às
namoradinhas da época já eram verdadeiras peças literárias. Caprichava nas
palavras. Procurava conquistá-las de alguma maneira, assim como hoje faço com
meus leitores. Já no jornalismo eu comecei aos 17 anos. Só que jamais imaginava
que nalgum dia iria tomar a dimensão que tomei como escritor e jornalista.
L. LIVRE —
Hoje, aos 54 anos de idade, o senhor se sente realizado como escritor e
jornalista?
B. SOAREZ — É o que eu amo fazer. Foi a maneira
pela qual Deus me escolheu para alcançar as pessoas que precisam de mudança de
mente e transformação de vida. Portanto, se estou sendo útil para as pessoas,
estou realizado.
L. LIVRE —
O senhor ganha muito dinheiro com o ofício de escritor?
B. SOAREZ — Essa é a pergunta que mais eu ouço
das pessoas na rua, inclusive dos amigos. Mas, olha, não escrevo pensando em
dinheiro. Quando estou escrevendo, me dedico a pensar nos meus personagens,
quando a atividade do momento é um romance ou um conto. Concentro-me na
realidade do tempo presente, passado e futuro quando, por exemplo, estou
escrevendo um ensaio. Penso na combinação harmoniosa de frases e palavras,
quando escrevo um poema. Portanto, o dinheiro, para mim, é uma consequência
natural daquilo que faço com amor, por prazer, dedicação e com muita responsabilidade.
Mas nunca ganhei dinheiro com livros. Se em algum dia tiver que ganhar dinheiro
com livro, será consequência natural daquilo que faço por amor e qualidade.
L. LIVRE —
Além de escritor, jornalista e professor universitário, o senhor tem outras
aptidões, profissões e formações acadêmicas como, por exemplo, assistente
social, sociólogo, teólogo e pedagogo. Como é administrar essa versatilidade de
conhecimento em uma pessoa só?
B. SOAREZ — Eu coloco tudo no mesmo bojo. No
mesmo pacote, para ser bem claro. Como assistente social, procuro estudar,
analisar, interpretar e entender as expressões multifacetadas da questão social
para intervir na realidade social que, com suas mazelas, atormenta, oprime e
destrói a vida dos indivíduos em situação de vulnerabilidade social. O serviço
social me completa porque me leva a dialogar com outras áreas como sociologia,
psicologia, história, economia, ciência política, antropologia, filosofia,
direito, ética e estatística. Portanto, como assistente social, me sinto um
cidadão sociopolítico capaz de criticar e intervir nas muitas retrações desse
conjunto de desigualdades existente no antagonismo entre a socialização da
produção e o poderio privado nesse injusto universo de capital e trabalho. E,
para isso, a minha ferramenta é o instrumento científico multidisciplinar das
ciências humanas e sociais. Para mim, tudo isso me realiza e me faz feliz intelectual
e profissionalmente.
L. LIVRE —
E as outras profissões?
B. SOAREZ — Como disse, ponho tudo num bojo só.
Como pedagogo, estudo a educação, o processo de ensino e a aprendizagem humana
tanto individual como coletivamente. Como sociólogo, procuro compreender a
sociedade, seus padrões de relações sociais, a interação social dos grupos e a
cultura da vida cotidiana. E também a ordem social e sua evolução. Como
psicoterapeuta (pois sou psicopedagogo e psicanalista), percorro os caminhos do
processo dialético para ajudar os indivíduos no âmbito dos problemas de saúde
mental. Como teólogo, mergulho na existência e na espiritualidade humanas para
explicar os atributos de Deus e suas relações com os seres humanos, sempre
levando em conta as implicações no âmbito das cinco inteligências humanas que
são a inteligência biológica, a inteligência emocional, a inteligência
psicológica, a inteligência cognitiva e a inteligência espiritual. E como
jornalista, eu investigo os fatos, coleto e analiso as informações, levando em
consideração a interação de eventos, fatos, ideias e pessoas que afetam a
sociedade em seus mais diversos graus. Então, tudo isso se aplica à ocupação,
aos métodos de coleta de dados e à organização de estilos literários a que me
dedico. Já como escritor, eu pego tudo isso, nas palavras escritas com inspiração,
técnicas e estilos para pensar e comunicar minhas ideias de acordo com a
hermenêutica pedagógica, social e literária do tempo presente para contribuir com
o desenvolvimento da cultura da sociedade que presenciamos no seu transcorrer
cotidiano. Há uma história que acontece todos os dias e precisamos acompanhar e
observar os fatos e, assim, registrá-los para as gerações futuras.
L. LIVRE —
E o senhor ainda cursou direito, não é isso?
B. SOAREZ — Sim. Estudei as ciências jurídicas e
ainda estudo. Aliás, eu estudo todos os dias as áreas em que me formei e
pratico minha atuação. E acho que ainda não atingi 0,1% da minha capacidade de
aprender.
L. LIVRE —
Sério?
B. SOAREZ — Verdade! O mundo é muito complexo. Eu
gostaria de ter nascido numa época em que as editoras, o governo ou alguma
instituição me pagassem só para eu estudar, palestrar, ministrar aulas e
escrever ideias de desenvolvimento e, assim, contribuir com as mudanças
sociais, a justiça e as estruturas da sociedade. Mas vivo em um país de cultura
mental medíocre em que a gente não depende só de inteligência e de ter competência
para ser valorizado. É preciso sorte, saber se livrar dos falsos amigos, se
proteger dos invejosos e ter estômago forte para suportar “puxar saco” de políticos e
poderosos. Um dia desses alguém do alto escalão do governo Flávio Dino me
perguntou o porquê da injustiça de eu, ao longo da minha carreira, não ter sido
chamado por nenhum governo para compor a estrutura político-administrativa do
estado, já que minhas ideias têm sido utilizadas. E eu, então, respondi que não
depende de mim. Depende daqueles que me conhecem e sabem do que eu sou capaz.
Eu não sei “puxar saco”, não sei bajular ninguém e muito menos sair por aí me
oferecendo para trabalhar e ajudar o estado a se desenvolver.
L. LIVRE — Inclusive,
lembro que, em 2008, fiz uma entrevista com o senhor na Rádio Esperança FM e o
senhor falou que os presídios, as penitenciárias, deveriam ser utilizados como
espaço de reeducação e aprendizagem para, de fato, ressocialização dos
detentos. A SECOM do estado estava gravando nossa entrevista. No dia seguinte,
a superintendência do governo ligou para a rádio pedindo seu telefone para
pegar mais informações sobre suas sugestões. Como foi isso?
B. SOAREZ — Sim. Ligou. E eu lembro
perfeitamente. A superintendente da SECOM do estado me ligou dizendo que a
minha entrevista tinha sido gravada e se eu concordaria em lhe repassar mais
informações sobre as minhas ideias. Perguntou se eu cobrava para isso. Eu disse
que não cobrava nada. Ela perguntou se eu, então, concordaria em participar do
projeto, remunerado pelo estado. Eu disse que concordaria e que, para mim,
seria uma honra. E aí ela perguntou, também, se eu poderia lhe adiantar algumas
ideias. Passamos mais de duas horas no telefone. Eu dando ideias e ela anotando
tudo. Na verdade, o estado já tinha algumas atividades nesse sentido, mas muito
remotas. A partir daquele momento, foi que nasceu a ideia de fazer o Plano de
Educação nas Prisões para todo o Estado, concluído em 2015. Como você disse,
nossa entrevista e o telefonema do estado foram em 2008.
L. LIVRE —
E aí? O senhor foi chamado pelo governo do estado para participar do projeto?
B. SOAREZ – Em nenhum momento. Até hoje espero.
L. LIVRE —
O senhor nasceu na baixada maranhense? É isso?
B. SOAREZ — Sim. Nasci em Mirinzal, num lugarejo
chamado Venturosa. Que, aliás, será tema de um romance meu no futuro. Mas me
criei em Santa Helena. Porque, quando eu tinha dois anos de idade, meus pais se
mudaram para Santa Helena. Na verdade, meu pai era de Pinheiro, terra do meu
avô Francisco Soares, que era filho de um jurista português, Antônio Marcolino
Soares. Formado em Direito, Antônio Marcolino, meu bisavô, veio de Portugal
para ser operador do direito no Brasil colônia. Ele foi o primeiro promotor de
justiça da cidade de Pinheiro e, neste município, teve muitos filhos com mulheres
diferentes. Meu pai me contou que todos os filhos que ele tinha colocava o
sobrenome “Soares”. E, assim, ele povoou a cidade e aquela região com a família
Soares. Era um homem namorador, mas muito justo. (Risos...).
L. LIVRE —
Seu pai ainda é vivo?
B. SOAREZ — Não. Faleceu em 2002, em Santa
Helena, devido a problemas de diabetes e AVC.
L. LIVRE —
Há vários nomes talentosos na literatura e no mundo jurídico que vêm da baixada.
O senhor tem orgulho de ser um baixadeiro ilustre, que tem levado a imagem do
Maranhão, por meio dos seus livros, ao Brasil e ao mundo?
B. SOAREZ — Particularmente, não gosto muito da
palavra “orgulho”. Isto porque não tem muito a ver comigo. Mas tenho a maior
satisfação e felicidade de ser originário da baixada maranhense. Minha região é
linda. Verdejante. Tem flora e fauna de dar inveja. Tem muita fartura de água,
terra boa para se plantar de tudo. Tem muito peixe, animais silvestres,
pássaros e, portanto, uma biodiversidade incrível. Se eu pudesse, moraria lá o
resto da vida, escrevendo meus livros com muita felicidade. As regiões campestres
do Maranhão são inspiradoras. Penso que todo escritor e poeta por vocação
gostariam de morar na baixada maranhense, navegando de canoa, barco, andando a
cavalo, pescando de anzol e outros instrumentos em mares, lagos, lagoas, rios e
igarapés. Isso não tem preço. Muito linda a minha região. Vale lembrar que o
escritor e cineasta José Louzeiro, autor do romance Lúcio Flávio, o passageiro da
agonia, era de Cururupu, cidade vizinha da minha Mirinzal.
L. LIVRE —
Seu livro mais conhecido é o A Igreja
Cidadã? Foi até citado por empresas
estrangeiras ligadas à ONU em pesquisas sobre organização de comunidades sustentáveis
para produção de biocombustível. Aliás, em 2008, ele foi finalista no Premio Nacional de Literatura Areté, em São Paulo. Lembro que, à época, o senhor
ganhou de vários autores de peso nacionais e estrangeiros como, por exemplo, do
famoso escritor norte-americano Peter Wagner, autor de Estratégias
para o crescimento da Igreja. Como
nasceu a ideia de escrever um livro assim, associando o trabalho de
evangelização às atividades de desenvolvimento social?
B. SOAREZ — Vamos por
parte. Eu costumo dizer que a denominação cristã que não tem, pelo menos, uma
rede de ensino (escolas de qualidade) e um hospital de referência em saúde, não
é uma igreja missionária. A Igreja Cidadã (agora publicado
pela AD Santos Editora, de Curitiba,
Paraná) é um livro que escrevi praticamente de joelhos, orando e buscando
sabedoria em Deus para gestar uma ideia que viesse dar serviço para a igreja
evangélica brasileira que, do meu ponto de vista, estava e está muito inerte,
fazendo muito pouco por vidas humanas. Na época eu estava no Ceará, cursando a
faculdade na área de educação, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
Eu já era bacharel em Teologia e, agora, estava estudando pedagogia, a ciência
da educação, justamente para entender melhor a sociedade do meu tempo. Tinha acabado
de escrever um projeto publicado sob o título de “Momento de reflexão para uma
igreja planificada” (que não tem nada a ver com a ideologia socialista),
que foi a ideia que deu origem ao IPER (Instituto de Pesquisa Ensino e
Ressociabilização), que criou o Projeto Nova Alcântara (PNA), liderado pelo
pastor Edilson de Carvalho Lins. Lá no Ceará, na Universidade Estadual, morei
na casa do professor Petrus Johannes Von Ool, um padre holandês, casado, que
foi aluno de Jean-Paul Sartre e de Carl Jung.
L. LIVRE — Sartre, o filósofo? E Jung, o pai da
psicologia analítica?
B. SOAREZ — Sim. Isso
mesmo. Morei na casa dele. E ele me dava aula das culturas universais, no jardim
da casa dele, até às duas, três horas da manhã... Bem, ali falei para o professor
Petrus que eu estava escrevendo um livro e, então, conversei com ele sobre o
tema e as características da obra. Ele, rapidamente, disse-me: “vamos aqui”.
Subiu comigo para o segundo piso do prédio e mostrou-me um quarto cuja janela
ficava de frente para o nascer do sol. E aí ele me disse: “Fique à vontade. A
partir de agora este ambiente é seu”. Ele falava 11 idiomas fluentemente,
dentre os quais o grego e o hebraico. E era tradutor de livros para a Editora Vozes. Instalei,
então, minha máquina de datilografia, meus livros de pesquisa e passei a escrever.
Mas, antes, eu dobrei os meus joelhos e orei ao Senhor Deus perguntando a Ele
qual o título que eu deveria dar àquela visão que estava sendo implantada em
Alcântara. Foi quando eu senti uma sensação de alegria que ligava meu coração à
minha mente e, como um sopro suave, senti sussurrar: “A igreja cidadã. Esta é a
mensagem, a visão que eu quero que tu escrevas a respeito do que vocês vão
desenvolver a partir daquele local. Cuidem das necessidades das pessoas”.
L. LIVRE — Nossa! Incrível isso.
B. SOAREZ — Foi por isso
que quando o pastor Edilson Lins, em 2002, perguntou-me como deveríamos começar,
o Espírito Santo respondeu imediatamente através da minha boca para ele: “Reúna
a comunidade e pergunte qual é a necessidade do povo. Vamos trabalhar a partir
das necessidades do povo”. E o pastor Edilson é muito ágil e prático. Diferente
de mim que passo mais tempo pensando, elaborando ideias que possam ser úteis à
justiça e ao desenvolvimento. Imediatamente ele reuniu o povo e fez a pergunta
que o Espírito Santo tinha me orientado e que eu havia passado para ele. Então,
uma menina de 11 anos respondeu: “queremos uma escola”. Sem perda de tempo, o
pastor Edilson Lins, juntamente com a comunidade local, passou a implantar a
visão missionária local por meio da educação. Hoje, o Projeto Nova Alcântara é
uma realidade, tem diversos parceiros e uma grande escola com várias atividades
de desenvolvimento local sustentável. Com o lançamento do livro A
Igreja Cidadã em nível nacional, no ano de 2007, muitas pessoas que o
leram implantaram esta visão missionária nas suas comunidades. Empresas cujos
proprietários são cristãos passaram a organizar atividades humanísticas,
cuidando de pessoas e orientando-as nos princípios do evangelho.
O livro Construindo Redes de Amizade é o manual prático da Igreja Cidadã. |
L. LIVRE — O senhor ministra cursos sobre estratégias de evangelismo e missões?
B. SOAREZ — Sim. Dou consultoria institucional também. Estudo e pesquiso muito sobre estas áreas.
L. LIVRE — Agora, são dois livros. Não é? A Igreja Cidadã, que fala dos princípios do evangelho da justiça e cidadania, e o Construindo Redes de Amizade, lançado recentemente, que orienta a
prática desses princípios. É isso mesmo?
B. SOAREZ — Exatamente. Construindo
Redes de Amizade trata efetivamente de como trabalhar a metodologia do
evangelismo envolvente, que é a implementação, na prática, da visão exposada no
livro A Igreja Cidadã. Na verdade, os dois, juntos, são um curso
completo de missões e evangelismo com suas devidas estratégias de alcance para
fora...
L. LIVRE — Espera aí... Então, vamos tratar disto numa
próxima entrevista, porque o leitor e eu queremos saber detalhes. O senhor tem
muita experiência que não cabe numa única entrevista. Inclusive, na nossa
entrevista de segunda-feira, 06/06, na rádio Esperança FM, o senhor falou de
vários pontos da sua carreira como jornalista, escritor e pastor que muito nos
interessam. Certo?
B. SOAREZ — Tudo bem.
Estou à sua disposição.
(Continua na próxima edição do Leitura Livre)