COLUNA LEITURA LIVRE
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Por Battista Soarez
(Jornalista e escritor)
Os custos do crescimento econômico do Maranhão
Por que o estado não cresce, não estabiliza e sempre está na pobreza
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OS CUSTOS SOCIAIS do crescimento econômico no Maranhão, para não falar de todo o Brasil, vêm aumentando paulatinamente à medida que o aumento de preços acelera como, por exemplo, o recente disparo dos preços da gasolina e do gás no Brasil. A natureza deste tipo de custo pode estar situada nos princípios da velha economia capitalista — desde quando ela surgiu na época da Revolução Industrial — em que o tema que se coloca na atualidade é muito diferente de outras questões registradas na nossa história.
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Observa-se que, nos países desenvolvidos, o aperfeiçoamento das forças produtivas foi tão espetacular que se pode pensar numa sensível diminuição dos custos sociais.
No Maranhão de agora, o governo Brandão parece estar somando esforços para colocar a nossa economia num patamar de sociedade próspera e economicamente avançada. Mas pode ser menor a atração por uma maior quantidade de bens de consumo e, em contrapartida, aumentar a que se sente por esse conjunto a que se chama qualidade de vida.
Vejamos bem: a defesa da natureza, a renovação dos subúrbios das cidades — que não se realiza devido ao livre jogo do mercado de competitividade e ganância — e o desenvolvimento cultural dos cidadãos, são temas que terão de penetrar nos programas políticos. De fato, as sugestões neste campo já são múltiplas, sendo a mais atrativa a dos que querem substituir o produto nacional bruto pelo bem-estar nacional líquido. Nos estudos que tenho feito, esta linha de raciocínio nos posiciona numa compreensão de fato dinâmica.
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Por falar nisso, um certo economista realizou classificações de países segundo a assistência a concertos e ao teatro, julgou a eficácia estatal — neste particular, o Maranhão, indubitavelmente, tem potencial com fartura para produzir e crescer — em função dos subsídios concedidos a estas atividades.
Os deputados estaduais, federais e senadores maranhenses nunca conseguem orquestrar uma política de diálogo, no sentido de construir e protagonizar projetos de crescimento econômico que possam colocar o Maranhão no andar superior do desenvolvimento.
Na Câmara Federal, os parlamentares maranhenses sentam a "bunda" na cadeira do parlamento e ficam esperando, apenas, chegar o fim do mês para cair, na sua conta bancária, o gordo salário que sustenta o seu conforto e o seu patrimônio pessoal. O mesmo acontece no Senado Federal. Enfim, passam-se quatro anos, e dinheiro não é problema para comprar votos e se reelegerem, para poderem continuar praticando o mesmo vício político de sempre.
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Vou evitar citar nomes para não ser justo demais. Mas o leitor sabe cada deputado e senador que foram colocados no Congresso Nacional pelo voto do povo. Durante quatro anos, depois de eleitos, eles somem e só voltam a aparecer no período de eleição.
Ao que parece, eles não sabem fazer políticas públicas. Não têm inteligência social para isso. Além do mais, brigam o tempo todo: direita contra esquerda, esquerda contra direita. E não páram. Não percebem que embate político só deve existir em período eleitoral. E que, após o pleito, candidatos eleitos viram governantes e candidatos não-eleitos voltam à condição de cidadãos comuns.
Se os nossos políticos se unissem em prol do desenvolvimento do Maranhão, estaríamos protagonizando outra realidade em termo de economia e crescimento. Aliás, a capacidade produtiva que o Maranhão, na sua conjuntura, possui, pode evitar os efeitos negativos provocados por um processo tal de industrialização.
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Nestes casos, a luta contra os efeitos desfavoráveis do crescimento econômico — desde a poluição até a dilapidação dos recursos — deverá ser um objetivo cada vez mais prioritário.
Fica, aqui, pois, uma dica para os nossos políticos maranhenses: únam-se em favor do desenvolvimento do Maranhão; façam políticas públicas pelo bem da coletividade, e não política pessoal para o enriquecimento individual.
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