O P I N I Ã O
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Por Battista Soarez
(Jornalista e escritor)
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INCONGRUÊNCIAS DA GUERRA ISRAEL-HAMASOs fatos estão confusos e líderes mundiais não conseguem explicar o que está acontecendo. Agora, só resta perguntar: para onde a humanidade está caminhando?
NA MANHÃ DESTE SÁBADO (21), o Exército de Israel fez uma operação na Cisjordânia e prendeu membros da família de Saleh al-Arouri, que é o segundo homem no comando do Hamas, conforme foi divulgado pela imprensa internacional. Na oportunidade, dezenas de membros do Hamas foram detidos e interrogados por soldados israelenses.
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Mais de 20 pessoas foram presas, incluindo um irmão de Arouri e nove de seus sobrinhos. Durante a operação, a casa de Arouri foi utilizada pelo Shin Beth e pelo Exército de Israel como quartel-general para a detenção e interrogatório de ativistas. Arouri é acusado de ser o mentor de vários ataques. Ele passou quase 20 anos em prisões israelenses. Em 2010, o terrorista foi liberado com a condição de se exilar e permanecer no Líbano. Há duas semanas, Arouri é procurado em território israelense.
Neste sábado, o Hamas disse que o destino dos reféns militares israelenses não será discutido enquanto durar os ataques a Gaza. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva. Parece que os integrantes do grupo Hamas esqueceram que quem começou os ataques foram eles.
Até o fim deste sábado (21), forças israelenses continuam se preparando para uma invasão em Gaza por terra. As tropas estão treinando de acordo com planos operacionais aprovados recentemente, conforme anunciou o jornal Times of Israel.
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Até o momento (sábado, 21 de outubro), os IDF (Forças de Defesa de Israel) já enviaram dezenas de milhares de agentes para a fronteira com a faixa de Gaza, e afirmam que a incursão deve começar a qualquer momento.
Líderes mundiais estão divididos e confusos. O secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, afirmou, neste sábado, que o ataque a Israel não justifica "punição coletiva" de palestinos. Ele falou isso em seu discurso na cúpula de paz que ocorreu neste sábado no Egito. Guterres descreveu os ataques do Hamas a Israel como uma "agressão repreensivel", mas ventilou que "eles nunca podem ser usados como justificativa para uma punição coletiva do povo palestino. Ele pediu que os ataques israelenses poupem cidadãos e infraestruturas civis, como, por exemplo, hospitais, escolas e instalações da ONU na região do conflito.
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A moral da história é que os israelenses devem ter suas necessidades legítimas de segurança materializadas e os palestinos, por sua vez, devem ter as suas aspirações legítimas a um Estado independente concretizadas. As Nações Unidas trabalham para garantir a entrega de ajuda humanitária a Gaza. Na manhã deste sábado (21), o primeiro comboio, com vinte caminhões, cruzou a fronteira do território com o Egito.
Só que o povo de Gaza precisa de um compromisso para muito mais entrega contínua de ajuda, na escala necessária, segundo explicou Guterres.
Já o chanceler do Brasil, Mauro Vieira, descreveu os ataques do Hamas como "terroristas" e disse que Israel, como o poder ocupante, tem responsabilidades específicas em relação aos direitos humanos dos civis. Ele destacou os esforços do Brasil à frente da presidência do Conselho de Segurança da ONU, para chegar a uma solução.
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