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quarta-feira, 7 de junho de 2023

PRINCIPAIS MONTADORAS DO BRASIL AMEAÇAM PARAR SUA PRODUÇÃO


Principais montadoras do Brasil ameaçam parar sua produção 


Após as fábricas acelerarem a produção no mês de maio, quando aumentaram seus estoques em antecipação aos descontos subsidiados pelo governo, as companhias beneficiadas pela medida voltaram a interromper suas linhas de montagem.

A avaliação é que o melhor a ser feito é manter o estoque atual, estimado entre 100 mil e 110 mil carros. Esses veículos compõem o grupo de contemplados pelos bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil. No início deste mês, no entanto, o setor automotivo contava com 251,7 mil veículos estocados em pátios de fábricas e concessionárias, dos quais 115 mil unidades eram elegíveis para receber os créditos tributários autorizados pelo Ministério da Fazenda.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima que os descontos governamentais não deverão durar mais do que um mês. É dito que o incentivo será encerrado quando os créditos tributários, responsáveis pela redução de preços, atingirem o montante de R$ 500 milhões.

Na terça-feira, 6, a Hyundai interrompeu a produção do HB20 em sua fábrica em Piracicaba, interior de São Paulo. Todos os turnos de trabalho, assim como os departamentos administrativos, tiveram suas atividades suspensas por três dias, a fim de adequar a produção à demanda futura. A produção na Hyundai só será retomada na semana seguinte.

No estado do Paraná, a Renault também suspenderá a produção de carros de passeio em São José dos Pinhais durante toda a semana seguinte, apesar do preço da versão de entrada do modelo Kwid, um dos veículos fabricados na planta, ter sido reduzido para R$ 58.990 após um desconto de R$ 10 mil anunciado pela montadora francesa.

Durante essa semana de paralisação, aproximadamente 3.800 carros deixarão de ser produzidos, enquanto os trabalhadores aproveitarão suas férias coletivas.

A baixa também atinge a  a fábrica da General Motors (GM) em Gravataí (RS). A partir de segunda-feira, 12, a empresa também vai parar por dez dias. A fábrica responsável pela produção do Onix, o carro mais popular do País será atingida pela paralisação.

Já em São José dos Campos (SP), a GM desativará as linhas nas próximas duas semanas.

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terça-feira, 6 de junho de 2023

Alcântara | SEMANA DE MEIO AMBIENTE EM ALCÂNTARA DISCUTE POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE | Por BATTISTA SOAREZ | Do Jornal Itaqui-Bacanga


ALCÂNTARA

Semana municipal de meio ambiente discute políticas de preservação e sustentabilidade

Prefeito de Alcântara, Nivaldo Araújo, está buscando recursos e parcerias para desenvolver projetos e sensibilizar a população.


Por Battista Soarez

(De Alcantara – MA)


Prefeito Nivaldo Araújo (2° da esq.. para a dir.) participou da cerimônia de abertura da Semana de Meio Ambiente| FOTOS: Battista Soarez 


ACONTECEU NESTA SEGUNDA-FEIRA (5), no Museu Casa Histórica de Alcântara, a cerimônia de abertura da Semana Municipal de Meio Ambiente do ano de 2023. O evento teve início às 16 horas com a presença do prefeito municipal, Nivaldo Araújo, do vereador Nilson Pereira, representando a câmara municipal, dos secretários municipais Jefferson Serejo (do Meio Ambiente), Cleonice Lisboa (da Educação), Gleide Daniela (da Assistência Social) e Joacy Castro (de Governo). Além disso, várias autoridades públicas, civis e militares se fizeram presentes.


Jefferson Carvalho, secretário do Meio Ambiente.

Depois de composta a mesa de honra e entoado o Hino Nacional, a Escola de Música Josias Ribeiro Tavares entoou o Hino de Alcântara e, em seguida, algumas apresentações sobre meio ambiente foram encenadas por crianças estudantes da rede pública, que pronunciaram palavras de ordem como: “vamos salvar o meio ambiente”.

Logo após as apresentações, a mesa de honra foi desfeita brevemente para que a professora e oceanógrafa Kerlem Carvalho, da ONG Greenpeace Brasil, fizesse uma breve palestra abordando várias questões voltadas para o meio ambiente como poluição e a degradação da natureza que ocorrem por meio de alterações químicas ou físicas devido a ação irresponsável e violenta do ser humano como, por exemplo, o lançamento de substâncias danosas no solo, no ar e nas águas de rios, riachos, igarapés, lagoas, lagos e mares.


Kerlem Carvalho, palestrante.


— Esse processo de degradação do meio ambiente pode desencadear graves prejuízos a todos os seres vivos, à saúde humana, ao bem-estar e também à economia. Se cada um de nós fizer a sua parte, a gente pode evitar muitas tragédias no futuro do planeta — leciona Kerlem Carvalho.

Em seguida, a oportunidade foi dada para a secretária da Educação, Cleonice Lisboa, que destacou a importância de pequenas atitudes do dia-a-dia que podem contribuir para diminuir os problemas ambientais como, por exemplo, reciclar e reutilizar os resíduos sólidos e evitar os desmatamentos.


Cleonice Lisboa (em pé falando ao microfone), secretária da educação de Alcântara.


— A responsabilidade de preservação do meio ambiente é de cada um. É de todos nós. É fácil falar de meio ambiente porque vemos, no dia-a-dia, as pessoas jogando lixo em qualquer lugar sem ter a consciência de que isso que elas estão fazendo hoje, vai afetar a vida dos seus filhos, netos e bisnetos lá no futuro. Por isso, é necessário que tenhamos consciência e atentemos para os problemas da poluição e da contaminação ambiental e da escassez de recursos naturais — diz Cleonice.

O vereador Nilson Pereira, por sua vez, pontuou acerca do aquecimento global e do lixo jogado nas ruas que, consequentemente, vão parar em locais que afetarão diretamente a saúde humana.


Vereador Nilson Pereira representou a Câmara Municipal de Alcântara.


— Todos nós sofremos com esses problemas. Por isso, é necessário que tenhamos consciência e mudemos de comportamento em relação ao cuidado com o meio ambiente. A Câmara de Vereadores de Alcântara está disponível para contribuir com o poder executivo — frisou o vereador, dando entender de que o que está ocorrendo com o planeta está diretamente ligado à responsabilidade do homem cujos males recaem sobre ele mesmo, num processo de causa e efeito.

Já o prefeito Nivaldo Araújo ponderou o fato de que as questões relacionadas aos problemas ambientais em Alcântara não têm sido fáceis, uma vez que, segundo ele, as pessoas não estão agindo corretamente. Ele ressalta, inclusive, o fato de que o lixo não está sendo separado como é correto que se faça e reclama que o lixão de Alcântara tem sido uma situação muito séria porque está faltando as pessoas terem mais educação e disciplina sobre como proceder com o lixo que elas mesmas geram.


Prefeito Nivaldo Araújo: "É preciso dar um jeito no lixo de Alcântara".


— Apesar de tudo, estamos nos esforçando para mudar essa situação. Inclusive, nunca vi a Secretaria de Meio Ambiente trabalhando tanto como atualmente. Parabenizo ao secretário Jefferson Serejo, que tem feito um trabalho excelente. E peço que se trabalhe mais com palestras e oficinas nas escolas, com abordagem sobre as temáticas ambientais relacionadas aos problemas que nos afligem — enfatiza o prefeito.

O secretário do meio ambiente, Jefferson Serejo, ao fazer uso da palavra, disse que o que a secretaria vem fazendo só é possível porque o prefeito Nivaldo Araújo tem dado o devido suporte administrativo necessário. De acordo com Jefferson, a questão do meio ambiente depende de todos, pois se trata de um consenso coletivo em que todos os moradores do município precisam ter a consciência de fazer a sua parte em matéria de ´reservação.


Jefferson Serejo apresenta à plateia os fantoches "Flora" e "Pingo" para alegria da garotada.


— Qualquer pessoa deve cuidar e preservar o meio ambiente — disse o secretário. — Se cada um cuidar do seu espaço, das ações locais, tudo será diferente. Pois são as ações locais é que contribuem para um futuro global com menos problemas.

Jefferson acrescentou que a Secretaria do Meio Ambiente está de portas abertas para quem quiser contribuir, fiscalizar, fazer projetos e participar socialmente apoiando e contribuindo com a gestão pública. O secretário também explicou que serão criados, em Alcântara, o Código Municipal do Meio Ambiente, o Conselho Municipal do Meio Ambiente e, finalmente, o Fundo Municipal do Meio Ambiente a fim de que a Secretaria de Meio Ambiente possa trabalhar as políticas públicas de sua competência para esse setor.


Alunos da rede municipal fazem representação sobre o projeto "Alcântara Mais Verde".


— Com os instrumentos legais adequados, nós podemos fazer tudo o que é de nosso alcance, trabalhando pelo desenvolvimento do nosso município. Nós, enquanto poder público, temos, inclusive, poder de polícia administrativa para fazer os procedimentos legais, inclusive autuar e punir os que infringirem as normas — lembra o secretário.

Jefferson explica, ainda, que vários projetos e campanhas estão em andamento como, por exemplo, em relação ao reflorestamento e à preservação dos recursos naturais, projeto gestão sustentável, projeto Alcântara Mais Verde, instalação de eco pontos, projeto Agente Jovem Ambiental, projeto de reciclagem com óleo e pilhas, dentre outras ações.


As secretárias Cleonice Lisboa (da Educação) e Gleide Daniela (da Assistência Social) seguram amostra de um lindo cesto produzido com papel de revista reciclado.


— Um dos objetivos da semana municipal do meio ambiente é justamente conscientizar as pessoas e mostrar o que a secretaria tem feito e apresentar os projetos e campanhas que estão em andamento e, também, os projetos futuros. Como servidores municipais, precisamos dar à população as informações da administração pública para que elas fiquem sabendo o que está acontecendo e o que estamos fazendo em relação a projetos e ações que estão sendo executados. E a gente espera, também, que as pessoas cobrem de nós os resultados que elas esperam. Eu falo não só em nível da sede, mas em nível de todo o município — destaca o secretário, acrescentando que Alcântara é um município grande, com mais de mil quilômetros quadrados e que, portanto, não é tão simples administrar tudo ao mesmo tempo, sem que a população participe dando sua devida contribuição.



(Matéria em construção... Acompanhe as próximas atualizações)

domingo, 4 de junho de 2023

OPINIÃO | PARA FALAR DE VIDA ABUNDANTE E ESPIRITUALIDADE ENVOLVENTE | Por BATTISTA SOAREZ | Coluna Leitura Livre | Jornal Itaqui-Bacanga


O P I N I Ã O

Para falar de vida abundante e espiritualidade envolvente


Por Battista Soarez

(Escritor, teólogo, jornalista, sociólogo e professor universitário)




MEU NOVO LIVRO, Espiritualidade envolvente e missão planetária: perspectivas e práticas para uma evangelização humanitária com visão holística (que está sendo publicado pela Editora Reflexão, de São Paulo, uma das maiores editoras teológicas do Brasil), fala daquilo que penso sobre a igreja que, de fato, se comporta e age como corpo de Cristo.


Livro "Espiritualidade envolvente e missão planetária", de minha autoria, pela Editora Reflexão, São Paulo, 2023.

Minha visão de reino de Deus, abordada nesta obra, esclarece ao público em geral (não escrevo apenas para cristãos) a respeito de uma espiritualidade envolvente, qualificada na graça de Jesus Cristo, para praticar a obra missionária planetária comissionada por ele em Mateus 28-18-20 e Marcos 16-15-16.


Desde a minha juventude, venho estudando, refletindo, pesquisando e escrevendo sobre o sentido e significado da igreja e o seu papel no mundo. Um mundo classificado em duas categorias de sociedades: sociedades simples e sociedades complexas. Isto requer dela, a igreja, uma postura de maturidade que a qualifica perante o mundo e seus problemas.


Em 1996, quando trabalhava como revisor de livros e, logo depois, jornalista-correspondente na Editora CPAD, do Rio de Janeiro, escrevi um longo artigo, baseado nas minhas pesquisas, sobre "igreja planificada" para a revista Obreiro (CPAD). Nele revelei o meu entendimento prático sobre o Sermão da Montanha (Mateus 5, 6 e 7), que é o manual de espiritualidade cristã, pregado pelo próprio Senhor Jesus, para ser praticado pela igreja por ele instituída.


A partir daí, passei a dar, efetivamente, mais visibilidade ao que eu já vinha pregando, desde 1987 (então com vinte anos de idade), sobre igreja corpo-de-Cristo que, ao mesmo tempo, é igreja corpo-social. Foi daí que nasceu o meu livro "A igreja cidadã", hoje estudado nas universidades e seminários teológicos, e que, em 2008, foi finalista no Prêmio Nacional de Literatura Areté, em São Paulo.


Como jornalista e repórter investigativo, percorri muitos lugares do Brasil, quando, a cada reportagem, percebia, in loco, a dura realidade das pessoas e das famílias oprimidas não somente por problemas espirituais (que a antropologia chama de "tradição cultural") como, consequentemente, por cruéis situações da realidade social e econômica. Em tese, a partir da vida social das comunidades carentes, vi a possibilidade das pessoas se entregarem a Cristo por um método totalmente diferente daquele jeito convencional, meramente religioso, de propagar o evangelho. O método religioso é um método nada empático, carregado de "truques" doutrinários e que leva, na sua bagagem, um "evangelismo" intolerante, agressivo e excludente.


Já a espiritualidade envolvente é um método empático, que transforma a realidade de pessoas e comunidades pelo "cuidar" e pela pedagógica instrução dos princípios da justiça do reino de Deus. Diferente da espiritualidade religiosa, a espiritualidade envolvente, para ser mais claro, pratica o amor cristão, fraternal, e confia que é o Espírito Santo de Deus que convence e transforma o coração do pecador, sem agredi-lo. É o que a Bíblia chama, em todo o livro de Atos dos Apóstolos, de "carisma".


Foi com esta percepção que recebi do Senhor a visão de espiritualidade envolvente e que com ela se deve praticar a missão planetária. Minha intenção é sempre contribuir com a igreja de Jesus no sentido holístico e de bem-estar social integrativo.


Nesta perspectiva, a igreja não precisa abrir mão da sua espiritualidade para se envolver na sociedade e, assim, envolver  a sociedade no processo de vida abundante e alcançar seus objetivos e finalidades quanto a levar o evangelho às pessoas necessitadas de assistência nas áreas de saúde, educação, moradia digna, ocupação e geração de renda.


O livro Espiritualidade envolvente e missão planetária, que vem sendo um material de trabalho ao longo dos anos, agora estará disponível para todo o Brasil, por meio da Editora Reflexão. Compartilho, nesta obra, um debate em torno da pesquisa, da organização comunitária e do relacionamento social com os moradores da área de abrangência estabelecida por nós, missionários do Projeto Nova Alcântara, para assim alcançar as pessoas para Cristo.


O resultado da aplicabilidade da nossa visão e consciência missionária tem sido uma nova construção e novos estilos de praticar a evangelização como missão cristã planetária por via de uma visão holística. Neste nível de espiritualidade [envolvente] o evangelismo deixa de ser apenas verbalista (meramente religioso) e passa a ser socialmente relacional, com uma missão de fato funcional capaz de mudar o caráter das pessoas e a sua qualidade de vida.


Desta maneira, a gente assimila a constituição da missiologia como área teológica focalizada na atenção do grupo geracional e de atuação regional (a partir do local), incluindo instituições, povoados, vilas, aldeias e outros tipos de localidades onde a igreja pode atuar como agente de transformação social e, portanto, embaixadora do reino de Deus.