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sábado, 12 de outubro de 2024

PARLAMENTO-MA | por Battista Soarez

P A R L A M E N T O
Florêncio Neto destaca vitórias nas eleições municipais e exalta Carlos Brandão e Iracema Vale
Na oportunidade, o deputado também comentou sobre Bacabal, sua cidade natal, que enfrentou clima de violência durante a eleição e onde Roberto Costa saiu vitorioso
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Por Battista Soarez | Agência Assembleia 

Florêncio Neto em discurso no plenário da ALEMA | Foto: Biaman Prado
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NA SESSÃO PLENÁRIA desta quinta-feira (10), na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, o deputado Florêncio Neto (PSB) se pronunciou sobre os resultados das eleições municipais, ressaltando as vitórias do governador Carlos Brandão (PSB) e da presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB).

P U B L I C I D A D E

“O grande vencedor desta eleição é o governador Carlos Brandão, líder do nosso grupo, que colecionou inúmeras vitórias decisivas para o futuro político do Maranhão. Parabenizo também a presidente Iracema Vale por suas conquistas, especialmente em Barreirinhas”, afirmou Florêncio Neto.

O parlamentar destacou a importância da participação de Iracema Vale na eleição, mencionando que a “vitória esmagadora” em Barreirinhas foi uma resposta às provocações que a presidente enfrentou na cidade. “Depois de todo o desrespeito que sofreu, o resultado das urnas mostrou o lado certo da história”, declarou.

Eleições em Bacabal

O deputado também comentou sobre o município de Bacabal, sua cidade natal, que enfrentou um clima de violência durante a eleição. “Infelizmente, lá se transformou em um cenário de batalha e de terror. Mas a população é pacífica e não tolera a truculência que se tentou impor. Portanto, mais de 30 mil votos elegeram Roberto Costa (MDB) como prefeito da cidade”.

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Florêncio Neto parabenizou, ainda, os vereadores e candidatos do seu grupo político, elogiando a atuação do prefeito Edvan Brandão e do deputado Davi Brandão (PSB), que coordenou a campanha.

“Agora, fica a nossa responsabilidade de entregar à população aquilo com que nos comprometemos”, disse o parlamentar, destacando a questão da água como prioridade na cidade.

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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez

(Jornalista e escritor) 


Um olhar sociológico sobre a fé cristã na hodiernidade

O processo mistagógico de transformação da igreja de Jesus em nossos dias e como estamos perdendo a batalha para o Estado e suas instituições

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação

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RARAMENTE USO MEUS CONHECIMENTOS sociológicos para falar da fé cristã. Embora sociologia seja uma das minhas formações, pouco exploro este campo do conhecimento humano. Mas, ultimamente, tenho olhado para a igreja cristã dos nossos dias e, no âmbito de suas relações sociais, vislumbro uma realidade sociológica que se mostra digna de análise e debate.

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Quando se fala de fé cristã, principalmente do ponto de vista sociológico, reporta-se a uma certa mistagogia, isto é, à ação de guiar e conduzir a pessoa alcançada pelo evangelho para dentro do mistério da fé ou da espiritualidade. Então, não podemos compreender a mistagogia sem mergulhar no mistério do Deus vivo, ou seja, uma relação que é o sentido e a razão do nosso existir. A mistagogia sociológica nos remete a uma profunda experiência de relações sociais, no sentido de se deixar conduzir para dentro da natureza e do mistério da fé na relação Deus-homem-Deus. Iniciar-se na vida cristã é ir construindo um itinerário que vai nos formando como discípulos (aprendentes e educadores da fé), evangelistas (alcançadores de pessoas pela prática do evangelho) e missionários (transformadores sociais pelo método da justiça de Deus). Isto nos faz mensageiros de Cristo Jesus, o Senhor.

A mistagogia sociológica, compreendida como experiência de Deus em seu mistério amoroso e libertador social, quando esta mistagogia é levada a sério, pode nos conduzir a um novo estilo de vida assemelhado ao modo de vida de Jesus. Ela nos conduz para dentro do mistério sacrificial de Jesus que é celebrado na nossa prática cristã. Uma celebração espiritual, tecida de sinais e de símbolos.

Pelo olhar da sociologia, usando um tom pedagógico divino da salvação, o significado dos sinais e dos símbolos — que fazem parte da nossa vida de fé — tem raízes na obra da criação e na cultura social humana e, através do cuidado de Deus para sempre presente na história de seu povo, chega até nós através da plena revelação em Jesus Cristo.

Nas relações de comunhão social, nós cristãos celebramos a vida de Cristo. Celebramos sua encarnação no meio de nós ("o verbo se fez carne e habitou entre nós", João 1.14). Celebramos sua vida que nos dedicou para falar de Deus Pai. Celebramos, enfim, sua paixão, morte e ressurreição. E esta é a expressão sociológica da nossa fé. Ao retornar ao Pai, Jesus nos enviou o Espírito Santo e nos convida, sempre, a viver segundo suas obras e ensinamentos.

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Nesse sentido, crer em Jesus Cristo e viver segundo sua obra e seu ensinamento (sua Palavra) é viver a fé cristã. E isto se aplica às relações sociais. Aliás, sem relacionamento não há espiritualidade verdadeira. Isto porque sem relacionamento não há corpo de Cristo, somente por meio do qual podemos vivenciar a experiência da salvação.

Por uma análise sociológica, compreendendo a mistagogia na relevância da fé genuinamente cristã, enxergamos com profundidade as experiências do encontro com Jesus na vida cotidiana como oportunidades transformadoras e salvíficas que devem levar as pessoas às mesmas convicções a que chegou o Apóstolo Paulo, quando ele foi iniciado no discipulado de Jesus. Ele disse: “Para mim o viver é Cristo” (Filipenses 1.21); “Em Cristo todos receberão a vida” (1 Coríntios 15.22); “Já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20); E a vida que vivo agora na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2.20).

Todas essas citações expressam a alegria do Apóstolo Paulo quando ele encontrou Jesus. Quando, enfim, ele foi batizado e passou a ajudar as outras pessoas a também fazerem essa mesma experiência de encontro com o ressuscitado.

E nós? Também podemos, pela perspectiva da espiritualidade cristã, trilhar esse mesmo caminho olhando para nossa realidade?

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Entendo que, para que todos nós possamos trilhar o caminho do Cristo ressuscitado, a exemplo do Apóstolo Paulo e de todos os outros Apóstolos de Jesus, viver essa mistagogia sociológica  que é ir se conduzindo para dentro do mistério da vida do Senhor Jesus Cristo  significa que necessitamos de fazer a nossa adesão pessoal à vida do Cristo, pedindo à Igreja a vivência da fé em coletividade na sacralidade da iniciação cristã, isto é, batismo, busca da santidade, comunhão, relacionamento e evangelização. Desta maneira, podemos entender o Cristo e  à luz das Escrituras na comunhão do Espírito Santo  compreender a celebração espiritual com seus símbolos e sinais enraizados na obra do Criador.

Olhemos, por exemplo, para a celebração do corpo de Cristo. Que símbolos podemos ver que nos revelam a vida desde a criação? Que sinais nos apontam para nos conduzir para a vida em Cristo?

A celebração da fé comporta sinais e símbolos que se referem à criação (luz, água, fogo, terra e ar). À vida humana (ações e gestos como, por exemplo, lavar, ungir, ajoelhar, orar, abraçar, acolher, partir o pão e partilhar). E à história da salvação (na pessoa do Cristo com todos os eventos em torno do seu Senhorio).

Essas experiências nos transportam para os ritos das relações sociais, para as experiências de Jesus e seus discípulos, nas celebrações do seu tempo. Tudo isso, também, nós experimentamos quando celebramos a fé cristã e cumprimos a ordem de Jesus de ir e anunciar a todas as criaturas as Boas-Novas que Ele nos traz. Esta, por conseguinte, é uma sociologia diferente. Diferente porque ela nos transporta para uma dimensão espiritual superior e profunda, que nos salva e nos cura de todas as mazelas físicas, sociais e espirituais. E este é o mistério que nos enche de Deus e nos esconde nEle. Esta experiência nos faz mergulhar no nome dEle para experimentarmos vida abundante frutífera e cheia do amor divino.

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O que podemos aprender com Jesus hoje, olhando para a nossa realidade? A experiência do batismo foi instituída por Jesus com o objetivo de santificar a vida da humanidade, conforme podemos ler no Novo Testamento, no Evangelho escrito por Mateus, que reproduz as palavras do Senhor: “Toda autoridade me foi dada no Céu e na Terra. Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho ordenado. E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 28.18-20).

Para viver esta experiência, a Igreja recebe de Cristo os princípios do Sermão do Monte (Mateus 5, 6 e 7). Ali estão todos os princípios da vida cristã. Todos eles são sociológicos. Quem os observa, portanto, está no caminho certo para a vida eterna.

Nos primórdios da Igreja, as pessoas eram instruídas nestes princípios e, por eles, eram preparadas para viverem a abundância da fé. Mais tarde, com o desenvolvimento da Igreja, passaram a acontecer coisas que poluíram a fé cristã. Perdeu-se a dinâmica da unidade e os problemas foram cada vez mais se agravando. Na verdade, os princípios pregados no Sermão do Monte são reconhecidos como fundamentos indispensáveis na caminhada necessária para se ingressar no mistério da espiritualidade cristã.

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Assim, os princípios sociológicos e coletivizados do Sermão do Monte introduzem a pessoa corretamente na comunidade eclesial. Não vou mencioná-los neste artigo porque eu teria que fazer um longo comentário. Mas o leitor pode estudar os capítulos 5, 6 e 7 de Mateus. Um desses princípios é o princípio da paz ("Bem aventurados os pacificadores"). Você verá que o olhar sociológico de Jesus estende-se sobre uma ética social relevante. Portanto, ali está uma sociologia mistagógica que nos envolve na verdadeira comunidade espiritual. Depois, a ação do Espírito Santo faz a Igreja cumprir sua missão em coletividade, por meio de relacionamentos sociais e organização de grupos sociais. E, assim, a comunidade da fé se fez "corpo de Cristo", isto é, corpo social em Jesus Cristo.

Há, aí, uma relevância participativa que nos chama à realidade matural do corpo de Cristo, permitindo que ela, a igreja do Senhor, receba aquilo que se fez concretude pelo batismo. A celebração do sagrado em nós nos torna, agora, seres espirituais, nascidos de novo. "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito" (João 3.6). Pois a transformação que Deus opera na pessoa, por meio da ação da Igreja, Corpo de Cristo, é de extrema relevância social.

Finalizo este artigo dizendo que, hoje (trazendo para a nossa vivência de fé as experiências dos primeiros discípulos), a Igreja  ao acolher jovens e adultos que ainda não foram batizados mas que desejam receber o Evangelho de Jesus  tem a tarefa de instruir os alcançados a buscarem conhecer profundamente a Cristo e o caminho que se deve trilhar após a experiência do novo nascimento. Isto ocorre por meio do ensino da Palavra de Deus. E, assim, a formação do corpo de Cristo acontece na profundidade do mistério que está fundamentado no Senhor, Criador do Universo e de tudo o que nele há.

Então, finalmente, o olhar sociológico sobre a fé cristã na nossa hodiernidade é uma forma de enxergar o mundo cristão a partir de uma perspectiva crítica e reflexiva, em que se busca compreender as relações sociais da igreja, a relevância de suas estruturas e as suas dinâmicas que permeiam a sua missão no âmbito da sociedade no cumprimento de sua tarefa instrucional  fazer discípulos  a partir do ide de Jesus (Mateus 28.18-20).

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POLÍTICA | por Battista Soarez

P O L Í T I C A
Assembleia Legislativa do Maranhão derruba veto à lei que dá a pais de alunos o direito de proibir seus filhos de participar em atividades de gênero
De autoria da Deputada Mical Damasceno, o PL teria sido vetado pelo então governador em exercício, Felipe Camarão

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Por Battista Soarez
(Com informações da ASCOM)

Deputada Mical Damasceno (PSD) | Foto: Divulgação 

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FOI DERRUBADO O VETO do Projeto de Lei 441/2023, de autoria da deputada Mical Damasceno (PSD), imposto pelo então governador em exercício, Felipe Camarão. O projeto visa assegurar aos pais o direito de impedir que seus filhos participem de atividades pedagógicas relacionadas a identidade de gênero, orientação sexual, diversidade sexual, igualdade de gênero e outros assuntos similares nas escolas públicas e privadas do Maranhão.

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O cerne do PL 441/2023 é garantir que os pais tenham autonomia sobre a educação religiosa e moral de seus filhos, uma prerrogativa protegida pela Constituição Federal e por tratados internacionais, como a Convenção Americana de Direitos humanos. O art. 12 da referida Convenção, no inciso 4, assegura o direito dos pais de que seus filhos recebam educação religiosa e moral conforme suas próprias convicções. Além disso, o Código Civil Brasileiro (CCB), no art. 1.634, reforça o fato de que os pais têm o direito e a responsabilidade de dirigir a criação e educação dos filhos menores, o que inclui a escolha de conteúdos que não entrem em conflito com suas crenças religiosas e valores morais, conforme a ética social que rege a sociedade e suas relações.

A derrubada do veto representa uma vitória para aqueles que defendem a
liberdade de crença, pois permite que pais e alunos sejam respeitados em suas convicções religiosas no ambiente escolar. 

A constituição brasileira assegura no artigo 5º, inciso VI, a liberdade de crença, e o artigo 229 garante aos pais o direito de educar os filhos de acordo com suas convicções. 

Desta forma, o PL 441/2023 não pretende impedir a discussão de gênero nas escolas, mas sim resguardar o direito à objeção de consciência, evitando que estudantes sejam obrigados a participar de atividades que vão contra suas crenças.

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A deputada Mical Damasceno tem sido a única parlamentar evangélica que, de fato, defende os princípios e valores sociais conservados pela comunidade cristã. "Nosso compromisso como cristã é, acima de tudo, com princípios e valores que honram a Deus. Nós defendemos uma sociedade justa e livre de qualquer coisa que venha causar conflitos ou desequilíbrio nas relações sociais", conclui a deputada.

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terça-feira, 8 de outubro de 2024

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez
(Jornalista e escritor)

As eleições de 2024 e a justiça de Deus
O que está por trás das definições políticas? Por que determinados candidatos são eleitos mesmo sem expressão, sem voto e sem a vontade do povo?


Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação

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AS ELEIÇÕES DE 2024, como as de 2022, nos causaram estranhezas. A primeira delas é o fato de candidatos sem voto e sem popularidade se elegerem. O povo reclama, esperneia, sofre… Mas o sistema não tem piedade, não tem ética e nem senso de justiça. Faz o que o seu intento manda para manter no poder aqueles que, com o próprio dinheiro público, operacionalizam a democracia da corrupção.

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Em boa parte dos municípios maranhenses, as eleições foram definidas por meio da compra de votos e outras falcatruas. Em Santa Helena, no Maranhão, descobrimos que os títulos de eleitor do meu pai e de um cunhado meu (ambos falecidos já há alguns anos) misteriosamente apareceram votando. E, pior, em candidatos que não tinham a menor chance de ser eleitos, mas que, no fim das contas, foram eleitos com 51% vírgula alguma coisa dos votos válidos. Sempre 51%. E ainda aparecem os senhores do poder dominante dizendo que, no Brasil, as eleições são seguras. E como poderão me explicar o fato de o meu pai e o pai de um amigo votarem depois de falecidos? Estão nos chamando de idiotas? É o que nós somos: idiotas. Ou, como disse um certo ministro, “manés”.

Aliás, toda vez que um candidato é eleito com 51 por cento de diferença, geralmente tem alguma coisa estranha por trás. No sistema eletrônico de apuração de votos parece haver uma certa programação já pronta para o sistema político dominante eleger a quem ele quer. E nós, jornalistas formados em ciências da comunicação, que, no dia da colação de grau, juramos combater as injustiças em defesa da sociedade investigando, apurando, escrevendo e publicando a verdade nos calamos ou, por vezes, nos vendemos para o sistema. Ou seja, ficamos com medo de aplicar os métodos comunicacionais que aprendemos na universidade. Há uma certa “democracia” ditatorial que nos tolhe e nos limita.

Mas, vale afirmar, a verdadeira justiça é o princípio ético crucial que define uma governabilidade justa e sapiente. A Bíblia nos ensina: “Amai a justiça, vós que governais a terra” (Sabedoria 1.1). A Palavra de Deus está cheia de conselhos sobre a justiça e sua aplicabilidade em todas as dimensões. Segundo os ensinamentos sagrados, um governante justo é sábio e Deus o ama e o abençoa. Em contraponto, um governante injusto é arrogante, imprudente, atraindo para si maldições e consequências arruinantes, uma vez que Deus não o abençoa.

A justiça divina trabalha em defesa do povo, principalmente dos menos favorecidos. Todo governante que trabalha com justiça é identificado por Deus como governante sábio. Portanto, justiça e sabedoria caminham juntas. São dois lados de uma só moeda. Essa dicotomia no método de governança mostra que teoria e ação estão de mãos dadas. E isso tem relação com a natureza divina. A Bíblia diz que “Justiça e Direito são os pilares do trono de Deus” (Salmos 89.15). Portanto, praticar a justiça é cumprir o direito e governar com sabedoria sob a luz do olhar do Criador e sob a admiração do coração de Deus.

O profeta Jeremias, por sua vez, mostra que ser justo é ser sábio. E ser justo e sábio é conhecer a Deus (Jeremias 22.16). Estudando a Bíblia, a gente compreende que “a justiça é imortal” (Sabedoria 1.15). O oposto disso é injustiça e a injustiça leva à morte, inclusive à morte espiritual. Todo político injusto é corrupto e, portanto, está morto espiritualmente. Se morrer sem confessar a Jesus como Senhor e Salvador (Romanos 10.8-10) não será salvo. Segundo a Bíblia, o inferno o espera. Pois “em alma perversa a sabedoria não entra” (Sabedoria 1.4) e, portanto, nela não há vida. Ou seja, todo governante tem as duas possibilidades de entrar para a história do seu povo: ou como governo sábio e justo, ou como governo estúpido e perverso.

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Santo Tomás de Aquino, o filósofo-teólogo cristão que criou a teologia social da igreja, ensinava que cumprir a justiça é o primeiro dever do poder público. A justiça, desta maneira, é o princípio que fundamenta o Estado em sua função de distribuir com equidade os bens comuns que garantem a sobrevivência do cidadão. Isto significa trabalho digno, educação de qualidade, alimentação para todos, habitação com dignidade, qualidade de vida coletiva, transporte, segurança, saúde e assistência. Em resumo, a gente pode compreender com clareza que o Estado é a mais imprescindível de todas as instituições humanas no cumprimento da justiça. Seus administrados, portanto, precisam ser pessoas de valor, conservadores de bons princípios e protagonistas de uma governabilidade acima de tudo promotora do bem comum. Homens perversos, ao contrário, devem ficar longe dos palácios e o povo, com senso de percepção, deve escolher muito bem seus governantes.

Mas não é apenas o Estado que deve estar nesta dimensionalidade. O povo, por via dos princípios democráticos, tem de entender que precisa participar da vida pública. A igreja, como agente de Deus na terra, deve ser participativa, transformadora social, inserida socialmente, fazendo sua parte enquanto grupo social. E, neste ínterim, para que “o Direito jorre como água abundante e a justiça seja uma torrente inextinguível” (Amós 5.24), todo cidadão e principalmente nós cristãos precisa promover e testemunhar a justiça. Em Jesus Cristo, graciosamente, “somos livres para a justiça” (Romanos 6.20) em consonância com o amor de Deus. Na verdade, a justiça está sempre a serviço do grande amor do Senhor.

O cristão que diz que a igreja não deve se meter em política, é um sujeito inerte, sem consciência social e sem noção da justiça do evangelho. As Santas Escrituras afirmam que “bem aventurado aquele que tem fome e sede de justiça (Mt 5,6). Por causa da justiça somos perseguidos, mas é ela que nos leva a sermos donos do reino dos céus (Mateus 5.10). A justiça é um conceito em torno do qual se estrutura o Cristianismo. Cristo é a Sabedoria de Deus para nós. A justiça, a santidade e a redenção” (1 Coríntios 1-30) nos compreendem na identificação com todos os que sofrem injustiça no mundo (Mateus 25.31-46). Diante disto, praticar a injustiça é ofender a Cristo, a Sabedoria de Deus.

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Nestes tempos de insensatez humana e absurda estupidez marca da injustiça o cristão é orientado a buscar, em primeiro lugar, o reino e a Justiça de Deus (Mateus 6.33). Isto quer dizer que devemos viver integralmente o Evangelho de Jesus e testemunhar a fé que se expressa no amor aos irmãos, principalmente aos últimos (Gálatas 5.6). Não evangelização de verdade se não há proclamação da justiça. A luta pela justiça e a participação na transformação do mundo aparecem como uma dimensão constitutiva na tarefa da evangelização, que é a missão da Igreja para a redenção da humanidade e sua libertação de toda situação opressora.

A justiça é tão central no mundo que o contrário dela (a injustiça) invalida as orações, o culto e a caminhada na fé: “De que serve a multidão de vossos sacrifícios?, diz o Senhor. Ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo” (Isaías 1.11,15-17).

Quanto mais eu estudo a Bíblia, mais entendo que a missão da Igreja não é criar uma nova geração de adoradores. Vigílias intermináveis, adorações e jejuns, mensagens bonitas, catedrais e templos faraônicos, eventos midiáticos... Nada disso tem grande significação diante da prática da justiça. As Escrituras Sagradas expressam que “quem não pratica a justiça não é de Deus” (1 João 3.10). Logo, os políticos injustos que compram voto, desviam o dinheiro público, usando-o para enriquecimento ilícito não são de Deus.

O cristianismo é uma religião essencialmente ética. Conhecer a Deus não significa praticar um pietismo privado ou saber comungar espiritualidade religiosa. O compromisso com a justiça é uma exigência que brota da fé. O Reino de Deus somente irrompe onde a justiça é restaurada aos pobres. O amor a Cristo se manifesta no compromisso com o faminto e o sedento, com o estrangeiro, com o maltrapilho, com os presos e com os doentes (Mt 25,31-46). Para encontrar-se com Cristo no culto, o cristão deve encontrá-lo também no pobre que sofre injustiça.

Os crentes, quando querem ver Jesus em pessoa e tocá-lo com a mão, sabem aonde dirigir-se: os pobres são o endereço de Jesus Cristo. Eles representam a pessoa do Senhor e apontam para Ele. Tudo o que conhecemos da sabedoria de Deus encontramos no homem Jesus Cristo. Deus se fez “carne” nEle (João 1.14) e toma a forma de todos os injustiçados pela estupidez e perversidade humana. Espiritualismos intimistas alienantes são superados somente com a volta ao espírito da sabedoria. Logo, “Praticar a justiça e o direito vale mais ao Senhor do que sacrifícios e ofertas’ (Provérbios 21.3).

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domingo, 6 de outubro de 2024

ELEIÇÕES 2024 | por Battista Soarez

ELEIÇÕES 2024
Eduardo Braide é reeleito prefeito de São Luís com mais de 70% dos votos válidos
Prefeito vence no 1° turno e promete trabalhar ainda melhor no segundo mandato
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Por Battista Soarez
(Em transito)


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EDUARDO BRAIDE (PSD), atual prefeito de São Luís (MA), foi reeleito, neste domingo (6), em primeiro turno, com 70,12% dos votos válidos, um total de 403.981 votos. O deputado federal Duarte Jr. (PSB) teve apenas 22,56% dos votos válidos, um total de 129.962 votos. Em seguida, aparecem Dr. Yglésio (PRTB), com 3,26%; Fábio Câmara (PDT), com 1,38%; Flávia Alves (Solidariedade), com 0,86%; Franklin (Psol), com 0,79%; Wellington do Curso (Novo), com 0,76%; ; e Saulo Arcangeli (PSTU), com 0,44%.

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Esta é a segunda vez que Braide e Duarte Júnior se enfrentam de modo direto. Nas eleições municipais de 2020, os dois disputaram o segundo turno. Braide com com 55,53% dos votos válidos, contra 44,47% para Duarte Jr.

Braide concorreu à reeleição pela coligação composta por Republicanos, MDB e PSD. Nascido em São Luís, Eduardo Braide tem 48 anos e é advogado formado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 

Antes de assumir cargos eletivos, Braide chegou a concorrer pelo PSB para deputado federal pelo Maranhão em 2006 e para vereador de São Luís em 2008, mas não obteve êxito nos dois pleitos. 

Em seguida, no entanto, foi eleito deputado estadual pelo PMN nas eleições de 2010 e de 2014. Em 2016, o advogado concorreu à prefeitura de São Luís, chegando ao segundo turno, mas perdendo com 46,06% dos votos, contra 53,94% de Edivaldo Holanda Júnior (PDT). 

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Em 2018 foi eleito deputado federal. Em 2020, obteve vitória para a prefeitura de São Luís, com 55,53% dos votos válidos no segundo turno. Em 2022, Braide migrou do Podemos para o PSD, partido ao qual é filiado até o momento.

Segundo colocado na disputa, Duarte Júnior tem 38 anos. É natural da cidade do Rio de Janeiro, mas mudou-se para São Luís com a família aos 5 anos. Advogado, doutor em direito e professor universitário, foi eleito deputado estadual pelo Maranhão em 2018 e deputado federal pelo mesmo estado em 2022. Hoje filiado ao PSB, Duarte já passou pelo PCdoB e pelo Republicanos.

Um dos casos mais polêmicos, envolvendo a família de Braide, foi o do "carro do milhão". Em agosto deste ano, o irmão do prefeito de São Luís, o médico Antônio Braide, foi preso no âmbito de uma operação da Polícia Civil que investiga a participação do médico no caso do carro encontrado abandonado com mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo.

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No dia em que o carro foi encontrado com o dinheiro, um funcionário da prefeitura disse que era dono do veículo. Mas quem dirigia era Guilherme Ferreira Teixeira, ex-assessor do deputado estadual Fernando Braide (PSC), outro irmão do prefeito. 

Ao abandonar o veículo, Guilherme teria pego carona em outro carro, em nome da mãe de Eduardo Braide, que morreu em 2010. À época da prisão, o prefeito de São Luís se manifestou, por meio de nota, na qual afirmou que "espero que as investigações sejam conduzidas com celeridade e imparcialidade. E, se houver qualquer irregularidade, que os culpados sejam punidos com o rigor da lei'', disse o prefeito.

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ELEIÇÕES 2024 | por Battista Soarez

ELEIÇÕES 2024
Pesquisa de boca de urna mostra Josinaldo Moraes com mais de 92% de vantagem na frente de Joãozinho Pavão
Eleitores dizem que o candidato do União Brasil é o mais confiável
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Por Battista Soarez
(Em trânsito)

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EM RÁPIDA PESQUISA de boca de urna, o Leitura Livre constatou que mais de 92% dos eleitores de Santa Helena votaram em Josinaldo Moraes (União Brasil). Na Escola Marilene Duailibe Ferreira, no bairro São Braz, os eleitores responderam favoráveis ao candidato do 44. Todas as ruas do bairro estão enfeitadas com bandeiras 44 e os eleitores dizem que Josinaldo é mais confiável que o adversário.

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Noutras localidades, a mesma realidade se repete, com algumas diferenças. "A família Pavão a gente já conhece. Está aí há 50 anos e nunca fez nada por Santa Helena. Turilãndia, muito mais nova, está bem mais desenvolvida. Josinaldo tem muita vontade política", disse seu José Ferreira, morador da rua 48.

No bairro São Braz, de 10 eleitores ouvidos, apenas um disse votar em Joãozinho Pavão. Alguns eleitores, por outro lado, não acreditam no sistema de apuração de votos e temem que possa haver fraude nas urnas eletrônicas. O Leitura Livre está acompanhado as eleições e a qualquer momento esta matéria poderá ser atualizada à medida que novas informações forem divulgadas 


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sábado, 5 de outubro de 2024

ELEIÇÕES 2024 | por Battista Soarez

ELEICÕES 2024
Propaganda política de 2024 é poluída de esculhambação, violência verbal, deboche e bestialidade
Candidatos de Santa Helena, Alcântara e outros municípios fazem troca de ofensas, chingamentos e provocações
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Por Battista Soarez
(Jornalista e escritor)

Comício de Josinaldo Moraes, candidato a prefeito de Santa Helena-MA | Foto: Divulgação 

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"ISSO NÃO É POLÍTICA CIVILIZADA. É pura esculhambação. Por aí dá para a gente ver que esses políticos não são sérios e não têm nada a oferecer para a sociedade", disse uma eleitora ao Leitura Livre. Cerca de 35% dos eleitores não votam em candidatos que falam mal de outros candidatos.

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É o caso dos candidatos de Santa Helena e Alcântara. Em passagem por estas cidades, o Leitura Livre observou o euforismo nos carros de propaganda eleitoral e o jogo de palavreados nas letras das músicas de determinados candidatos. Em Santa Helena, as músicas do candidato Joãozinho Pavão são uma verdadeira provocação e ofensas ao candidato Josinaldo Moraes. "Já perdeu, já perdeu, já perdeu... É taca, é taca, é taca", diz a letra da música tocada no carro de som nas ruas da cidade.

A mesma situação ocorre entre os candidatos Anderson Wilker e Nivaldo Araújo, em Alcântara, região metropolitana de São Luís. Um atacando ao outro. "É pura falta de inteligência. Só isso já demonstra a falta de capacidade dos políticos para pensar coisas boas para o município", asseverou uma eleitora de Santa Helena.

São políticos de baixa cultura ideológica, sem projeto de gestão e vazios de conhecimento porque não têm inteligência social para planejar o desenvolvimento de uma cidade. Sua pequenez intelectual não permite que eles tenham sabedoria administrativa para governar um povo com suas complexidades politicas, econômicas e sociais. E o povo, por sua vez, já está percebendo isso e entende que não deve votar em políticos que, em vez de falar de seus projetos, ficam ofendendo seus adversários.
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