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sexta-feira, 19 de junho de 2020

VIDA CRISTÃ PÓS-PANDEMIA - Artigo - PR. ANDRÉ SOUZA


VIDA CRISTÃ PÓS-PANDEMIA





PR. ANDRÉ SOUZA
Presidente da COMADEMA/CADB no estado do Maranhão.




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EM APOCALIPSE 3.11 lemos: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa”.
Como pastor, me preocupo com as novas formas de vida cristã após um período de pandemia como este. O impacto da pandemia na vida da igreja — com a vinda do coronavírus sobre a humanidade — pode ser visto com outro olhar a partir do afastamento da comunhão dos crentes uns com os outros.
O momento atual é de profunda reflexão, haja vista que todos nós ficamos preocupados. Até aqui parece ser um momento único. Igrejas fecharam suas portas. Polícia na rua controlando a vida e o direito de ir e vir das pessoas. O medo instalado no coração e na mente daqueles de ideias mais fixas. Pastores doentes. E nós, de fato, perdendo muitos amigos e parentes.
Mas, por outro lado, vemos muita gente mais preocupada com a impossibilidade de poder ir ao culto e adorar a Deus do que com a doença da COVID-19. Muitos buscaram alternativas e formas diferentes de fazer viver a fé. Os cultos on-line vieram como uma luva. O distanciamento entre seres humanos imprimiu na mente da humanidade uma nova cultura. Inclusive na mente da igreja.
A fé, de repente, passou a ser transmitida por computador, numa perspectiva diferenciada, suscitando perguntas e respostas sobre a vida cristã atual. Viver a espiritualidade de forma intensa passou ser um desafio para homens e mulheres em busca de sentido para suas vidas. Aliás, é um desafio que nos coloca frente a frente com o sofrimento e a morte em que a situação nos joga.
Todavia, em Mateus 28.20, Jesus disse: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. Isto nos garante que, em qualquer situação, nunca estamos sozinhos. Em meio a problemas, desilusões, sofrimentos, crises, pandemias, etc... o Senhor sempre estará conosco. Estamos vivendo em tempos difíceis. Tempos em que, por vezes, temos a sensação de que Deus se distanciou. Parece que, por um momento, o Senhor deixou a humanidade sofrer um pouco as consequências do seu pecado.
No mínimo, as trevas do isolamento social, das ruas vazias, lojas fechadas e funerárias abertas 24 horas por dia mostram um espelho nada animador. O quatro é de incertezas, medo, dúvidas, silêncio mórbido e tristeza. Sempre que nos deparamos com pessoas na rua, seus olhares nos dão a impressão de um vazio desolador, que paralisa tudo no transitar do cotidiano. A verdade é que, nesse prisma sociológico, nos vemos temerosos e perdidos.
Mas a narrativa bíblica dos discípulos a caminho de Emaús nos dá a certeza de que, nas noites escuras da vida e da história, o nosso Senhor Jesus Cristo caminha conosco nos servindo com sombra e proteção. É certo que quando mantemos comunhão com Ele, temos a certeza de sua presença: ou nos livrando do leito da doença ou nos agraciando com o paraíso maravilhoso da vida eterna. Mas a verdade é que nunca estamos sozinhos. Ele só nos tira deste plano terreno quando nossa tarefa, aqui, terminou. Quando não faz mais sentido estarmos aqui neste mundo, Ele nos promove para uma vida superior ao lado dEle na eternidade.
Se você tem convicção da sua fé em Cristo, este tempo grave de pandemia pode até fechar as portas do templo para você assistir ao culto de forma física, mas não poderá fechar a porta do seu coração para orar, buscar a Deus, pregar a palavra e ler a Bíblia. Não poderá privá-lo de assistir aos necessitados com a justiça do evangelho: criando redes de solidariedade e levando pão e água a quem tem fome e sede de justiça. Esta e outras práticas cristãs da igreja invisível, de fato, nos enchem de espiritualidade em Deus.
Mesmo com os desmandos dos governos estaduais e municipais — tirando proveito financeiro da situação de crise e praticando suas injustiças contra a sociedade que já sofre com tantas mazelas da realidade social — a vida cristã segue seu plano de crescimento espiritual naqueles crentes que realmente nasceram de novo em Cristo.
Não se pode prevê até quando esta crise vai durar. Mas podemos intensificar o nosso compromisso com Cristo e nossa responsabilidade de vivermos este momento sem titubeio. Como pastor, tenho a responsabilidade de incentivar a minha igreja a cuidar da sua própria vida e da vida do próximo dentro da lógica do sentido bíblico.
É importante pensar na vida espiritual [e também social] da igreja de Jesus após a pandemia. Certamente nossa inteligência espiritual continuará se esforçando para descobrir uma nova forma de se fazer presente nas casas, nas famílias e na vida das pessoas sem quebrar a comunhão no aspecto físico. O corpo de Cristo é uma comunidade de fé, comunhão e, portanto, relacionamento. Um aperto de mão, um abraço afetuoso, uma conversa olho-no-olho e um sorriso gracioso são coisas que nunca devem ser trocadas por distanciamentos e/ou isolamentos.
Nossas celebrações na Assembleia de Deus Missão (ADM) voltaram e continuarão sendo presenciais. Jesus Cristo está presente em nós e, por isso, somos um corpo de verdade nEle. Por isso nos reunimos para orar, louvar, ouvir a palavra, pregar, celebrar a Santa Ceia e, assim, ter vida abundante em Jesus. Afinal de contas, a igreja reunida fisicamente é sinal da presença real do Cristo ressuscitado (Mt 18.20). É isso que faz os nossos corações se manterem aquecidos no amor do Senhor, de forma ardente e não fingida (1Pe 1.22-25). É este nível de espiritualidade que faz a igreja ser bênção na vida das pessoas no âmbito da comunidade. Há absoluta primazia no culto presencial.
Portanto, em vez de se alimentar o medo de visitar alguém e ficar vendo o que algumas televisões propagam para causar pânico nas pessoas, é momento de a igreja se voltar para a palavra de Deus. Devemos alimentar nossa esperança no Cristo de Deus, crescer nEle porque, pelos sinais que vemos acontecendo, uma nova ordem econômica mundial, no após-pandemia, poderá estar se organizando, em que o anticristo estará pronto para assumir e governar o mundo. Todavia, sabemos que Cristo está perto de voltar para levar a sua igreja para o céu de glória quando, então, estaremos com Ele para sempre.
Afinal, Ele nos garantiu: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).


segunda-feira, 8 de junho de 2020

DOR E SOFRIMENTO - Artigo - PR. BATTISTA SOAREZ

ONDE ESTÁ DEUS 
QUANDO A DOR 
NOS ATORMENTA?





PR. BATTISTA SOAREZ
Escritor, jornalista, professor universitário, psicoterapeuta e teólogo. Autor do livro A igreja cidadã (AD Santos Editora).





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MORO NUMA CIDADE cercada de praias por todos os lados. Quem conhece São Luís, capital do Maranhão, sabe que para qualquer direção que a gente caminhe vai se deparar com maravilhosas águas do oceano atlântico. Quando quero pegar um mergulho nas ondas do mar, relaxar e higienizar a mente, não preciso percorrer muitos quilômetros e nem me preocupar com a distância.
A casa onde hoje moro, localizada na parte central da “ilha do amor” — como São Luís é conhecida pelos maranhenses, principalmente escritores, poetas e artistas da terra — é rodeada de algumas árvores frondosas e frutíferas. Isso atrai pássaros de várias espécies que, logo de manhã cedo, por volta das cinco horas, me acordam todos os dias. Então, num cantarolar festivo de passarinhos, me acostumei levantar nessas horas da manhã para fazer meu café, preparar cuscuz de milho e, assim, fazer a primeira refeição do dia. Depois de comer algumas frutas frescas, me debruço nos livros para estudar, orar. preparar aulas ou escrever. E olha que até pouco tempo atrás, eu morava no bairro do Turú, o que me aproximava ainda mais da praia, possibilitando-me descer a pé e, em poucos minutos, estava pegando ondas, depois de um breve exercício físico.
Quem ler este relato de parte da minha vida cotidiana poderá imaginar que, por vezes, a felicidade não se afasta, dando lugar ao sofrimento e à dor. Mas é fato. Nesse período de pandemia, eu fui infectado. Passei quase dois meses na fossa, tentando superar a dor de estar doente e a dor da preocupação com o meu filho, de apenas sete anos, que ainda depende muito de Deus me manter vivo para criá-lo. “Deus, eu não tenho medo de ir para junto te ti, mas ainda tenho algumas missões que tu me deste, e elas ainda não estão concluídas”, era a minha oração diária. Depois de quase dois meses, orando, recuperei com ajuda de remédios e uma alimentação balanceada.
Alguns amigos meus não tiveram a mesma sorte. Partiram para a eternidade após serem infectados pela Covid-19. Um amigo muito chegado morava numa casa de luxo a poucos metros da praia do Calhau, na avenida Litorânea, uma das mais bonitas da capital. Recebendo mensalmente uma generosa quantia como desembargador aposentado, ele praticamente não sabia o que era sofrimento. Sua vida podia ser definida numa palavra: conforto. Mas um dia a dor da doença causada pelo coronavírus chegou. Mesmo sendo internado no melhor hospital particular da cidade — que a sua generosa condição financeira lhe permitia — não resistiu às complicações respiratórias implicadas pelo vírus. Ele foi a óbito. E o pior de tudo é que a família não pôde fazer um velório digno para celebrar o último adeus. Do hospital, o corpo foi direto para o cemitério.
Você de fato sente o peso da dor quando pega uma doença grave, quando é desprezado, jogado à solidão ou quando perde um ente muito amado. É nessa hora que a sua alma grita a Deus com toda força da pressão psicológica e emocional: “Deus, onde tu estás?”. Na dor, o amor e o sofrimento parecem se convergir. No holocausto, Hitler não sentia dor alguma quando estava matando os judeus com toda frieza do ódio etnocêntrico. Ele não tinha amor humano. Por isso não sentia dor, nem remorso. Mas, e os familiares que ficaram vivos sentindo a dor da perda dos seus parentes? E a dor psicológica daqueles que estavam na fila esperando a hora de morrer, sentindo desesperadamente o tic-tac das batidas do relógio de seu coração que contavam até o último segundo? Dizem que, no sofrimento, as sensações de vida e de amor se misturam.
O escritor cristão Philip Yancey traz à lembrança o fato de que os estudiosos da medicina falam que, numa ferida profunda, há dois tipos de tecido que precisam de cirurgia. Há o tecido conjuntivo — sob a superfície — e a camada externa que protege a pele. Em situação de rompimento profundo, ambas precisam ser curadas. Num comparativo com a dor do sofrimento, as camadas física e emocional da pessoa precisam ser tratadas. Não adianta só orar ou tratar a dor física. É preciso um processo de cura interior, em que entram em ação as sessões psicológicas nas relações com a pessoa ferida. Nossas feridas emocionais precisam ser cicatrizadas. Recentemente, vi na televisão sobre um caso em que um homem deu vários golpes de faca na própria esposa. Ela foi para o hospital, recebeu tratamento médico e ficou bem. As feridas no seu corpo físico foram cicatrizadas. Mas e as emocionais? As pessoas precisam entender que feridas emocionais são profundas e matam até mesmo o prazer de viver. Matam a alegria da alma.
Como cristãos, almejamos seguir um homem que veio de Deus, enviado por Ele, há dois mil anos. A gente lê os evangelhos e encontra uma única cena em que alguém se dirige a Jesus diretamente como Deus, dizendo: “Senhor meu e Deus meu!”. Quem falou isto foi Tomé. Aquele que todo mundo chama de incrédulo, mas eu o vejo com outro olhar. Tomé estava mergulhado na dor da tristeza de ter perdido recentemente o amigo e Senhor, a quem aprendeu a amar com dedicação e admiração. Jesus, para os discípulos, não só era amável, mas também admirável. Quando Ele morreu na cruz, aos olhos de todos, os discípulos mergulharam em profunda dor e tristeza, haja vista a forma cruel do sofrimento e morte que eles presenciaram. Aquelas imagens pincharam a sua mente e certamente lhes deixaram profundamente perturbados. Imagine! Portanto, Tomé ficou impactado com a surpresa gerada pela notícia da incrível ressurreição. Ele viu Jesus morrer e ser lançado numa tumba. E como é que, de repente, alguém chega e diz “eu sou o Senhor”? Além disso, Jesus havia orientado os discípulos dizendo que se alguém lhes dissesse “eu sou o Cristo”, era pra eles não acreditarem. E parece que Tomé foi o único que guardou essa orientação do Mestre. Por isso duvidou, e exigiu provas de que aquela figura era mesmo o Cristo. Claro, Tomé não queria ser enganado. Qualquer crente cuidadoso e vigilante faria o mesmo. Inclusive eu.
Jesus, então, compreendeu a dúvida de Tomé e fez questão de aparecer ao discípulo tristonho em seu novo corpo transformado para apagar todas as dúvidas. Todavia, o que parece ter motivado aquela explosão de fé em Tomé — que se alegrou dizendo “Senhor meu e Deus meu!” — foi exatamente a presença das cicatrizes. Jesus disse a ele: “Vê as minhas mãos”. “Chega também a mão e põe-na ao meu lado”. Numa revelação surpreendente, depois de verificar as devidas evidências, Tomé viu a maravilha de Deus, o Senhor, sendo condescendente e assumindo nossa dor, completando a união com a raça humana.
Na hora da dor — em que, por vezes, somos levados a perguntar “onde está Deus que não vê o meu sofrimento” — imaginemos que nem mesmo Deus ficou isento dela. E quando perguntamos “onde está Deus agora em que estou sofrendo?”, a resposta da verdade absoluta é: Ele está junto a nós participando plenamente da nossa condição humana. Ele está sentindo conosco a nossa aflição. Naquele momento, Tomé reconheceu a verdade mais fundamental do universo. A verdade de que Deus é amor. Por isso Ele nos ama. E amar significa sentir a dor do outro. Por isso Ele sente a nossa dor. E a dor manifesta a vida. Foi o que Jesus fez. Ele levou sobre si nossas dores e enfermidades, e nos deu vida em Deus.
Agora, tudo o que devemos fazer é seguir Jesus de perto e observar como Ele respondeu às tragédias do seu tempo. É só você olhar para os milagres que Ele fez e logo verá onde está Deus quando estamos em situação de dor. Ele está exatamente no mesmo lugar e situação em que você se encontra em sofrimento. Normalmente, as pessoas que se aproximavam de Jesus clamando por socorro estavam em situação de dor. Como, por exemplo, uma viúva que perdeu seu único filho. Um homem por nome Jairo cuja filha falecera. Ou até mesmo um soldado romano cujo servo contraiu uma enfermidade. Em momento como esses, Jesus nunca fazia sermões de julgamentos. Em vez disso, Ele respondia com compaixão, palavras de conforto e cura. Em latim, a palavra “compaixão” significa “sofrer com...”. Portanto, Deus sempre está ao lado de quem está sofrendo. Você está sofrendo dor e decepção? Lembre-se: Ele está exatamente aí, junto a você.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

POR QUE PESSOAS BOAS SOFREM?

POR QUE PESSOAS BOAS SOFREM?

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Pr. Battista Soarez
Escritor, jornalista, teólogo, psicoterapeuta e professor universitário.
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Anos atrás, lá por volta de 1986, eu estava numa antiga livraria na rua Grande, centro comercial de São Luís, como era de costume fazê-lo todos os dias no intervalo do expediente do Jornal de Hoje, onde trabalhava como revisor de texto. Percorrendo prateleira por prateleira, procurando curiosamente os novos títulos do mercado editorial, quando, de repente, meus olhos se depararam com a obra “Por que sofrem os escritores”. Não lembro mais o nome do autor, mas parece-me que era um psicanalista. Lembro também de ter comentado, sobre o livro, com a minha namorada da época, chamada Tânia. Ela também gostava muito de ler e me deu vários livros de presente. Então, tudo o que eu via de novidade literária, comentava com ela, obviamente.
O livro falava da história de vida de grandes nomes da literatura mundial, dentre eles Leon Tolstói e Thomas Mann, considerados entre os maiores escritores de todos os tempos. Tanto Tolstói quanto Mann sofreram perseguição e descasos nas suas próprias famílias. Tolstói, inclusive, teve tantos problemas com familiares que, em vida, doou toda a sua riqueza — adquirida com o ofício de escritor, claro — aos trabalhadores camponeses aos quais dedicou sua vida fazendo obras sociais. Aos 82 anos de idade, após uma briga familiar, Tolstói saiu de casa com apenas uma maleta. Dias depois, o famoso escritor foi reconhecido pelo diretor da estação ferroviária de Astapovo, na província de Riaz, na Rússia. Ao vê-lo doente, com febre e tossindo muito, o diretor se aproximou e exclamou: “Doutor Tolstói!”. Então, o generoso diretor da estação levou o escritor para sua própria casa dando-lhe os devidos cuidados. Ali, Tolstói morreu dias depois de pneumonia.
Bem, uma das questões abordadas no livro “Por que sofrem os escritores” é a espiritualidade. O ofício de escritor tem a ver com inspiração. E inspiração envolve a espiritualidade. Há um jogo de energias cósmicas propulsoras: positivas e negativas. As energias cósmicas positivas são do bem, enquanto as negativas são do mal. Na positiva está Deus e os princípios da sua justiça. Na energia cósmica negativa estão as forças demoníacas que lutam contra o bem. Portanto, qualquer pessoa que promove o bem é perseguida.
Outra questão é que o escritor trabalha para transformar o mundo com suas ideias de ética e moralidade na construção do bem, e as forças demoníacas lutam para que isso não aconteça. De fato, os escritores sofrem porque há uma retaliação das forças do mal contra eles. E não só contra os escritores, mas contra qualquer uma pessoa de coração bom e que trabalha para o bem da sociedade.
Isso não acontece só com os escritores clássicos. Aliás, a gente imagina que por serem ricos e famosos, isso não pudesse acontecer com eles. Mas aconteceu com eles e pode acontecer com escritores que não são clássicos, ainda nos dias de hoje. Normalmente, os escritores são pessoas sérias, responsáveis e éticas. Porque acabam limando o seu caráter na educação que recebem baseada naquilo que leem. E o primeiro impacto no coração de um escritor ou de uma pessoa boa, é o não-reconhecimento e o não-respeito da própria família. Nisso, o nosso Senhor Jesus Cristo sabia muito bem o que estava dizendo quando asseverou: “Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa” (Mt 13.57). Também em Mateus 10.36, ele diz: “Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa”.
E este pensamento bíblico não era novo nos dias de Jesus. O profeta Miquéias, sete séculos antes de Cristo (séc. VIII a.C.), já alertava: “Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa” (Mq 7.6). Esses males fazem parte do amplo conjunto de males do nosso tempo. Nossa sociedade está exatamente assim, impregnada dessas mazelas na família e nas relações sociais.
Vários homens de Deus, hoje em dia, trabalham para o bem da igreja, trabalham para o bem da família e depois descobrem que a sua família os odeia, é a sua primeira inimiga. Muitos pais de família sacrificam suas vidas dia e noite, trabalhando para ver os da sua casa vivendo confortavelmente. Todavia, nem sabiam que, ao fazer isto, estavam construindo inimigos debaixo do seu próprio teto. Na época de Jesus, ele mesmo previu esses desencontros no meio das instituições familiares. Em nossos dias, a estabilidade familiar deixou de existir. E o respeito dos filhos pelos pais sucumbiu-se no lamaçal de pecados e injustiças humanas de toda sorte. Por isso e com isso, as pessoas boas sofrem. Elas lutam pelo bem de todos, e recebem como paga o ódio, a perseguição, a falta de respeito e a ingratidão por parte da própria família.
Face a isto, Jesus ensinou, em Mateus 10.34-36, que não devemos ser coniventes com patifarias de gente ingrata e rebelde da nossa família. Eles são os nossos verdadeiros inimigos. E não só nosso, mas também de Deus. Porque, ao serem ingratos e rebeldes, estão se levantando como inimigos de Deus e da sua justiça. Por isso não devemos passar mão na cabeça de familiares rebeldes e ingratos. Eles não merecem nosso carinho. Eles são a causa da nossa vergonha e do nosso sofrimento. Isso não quer dizer que não devemos amá-los e orar por eles. Mas amar e orar não significa ser conivente com o pecado deles.
No livro de Samuel, a Bíblia relata a triste história do profeta Eli. Ele era o tempo todo conivente com o pecado intencional dos filhos. E pagou caro por isso. Meu pai sempre dizia: “Meu filho, se você fizer alguma coisa errada por aí e for preso, não conte comigo para nada. Não vou gastar um centavo, não vou mover um dedo para tirar você da cadeia”.
Em 2013, após dar uma entrevista na Rádio 92, de São Luís, sobre o lançamento do meu livro "E assim o amor acontece" (Arte Editorial, SP, 2013), uma jovem mulher me ligou. Ela disse que o seu marido acabara de deixá-la e estava vivendo com uma moça de dezoito anos. A coisa mais difícil de entender é que ela não tinha feito nada. Segundo ela, foram 13 anos de casamento equilibrado e feliz. O casal teve uma filha, que ficou com a mãe. Ela me disse que, ao perguntar ao marido o porquê da decisão, ele respondeu: “É que essa menina era virgem”.
O que eu aprendi com esse casal de jovens é que não há mais compromisso em nossas instituições modernas. Além de inimigos familiares, são irresponsáveis. Não têm a quem responder por seus atos. Não se importam.
Dizem que o credo do narcisista é: “Não tenho nada a ver com você. Nem você comigo. Eu cuido de mim e você cuida de você. Cada um por si”. O problema é que esse credo não é novo. É tão antigo quanto a história de Caim e seu irmão. Na história da humanidade, foi Caim o primeiro a dizer para Deus com desdém: “Não sei. Acaso sou guardião do meu irmão?”.
Caim não disse isso para justificar o assassinato de seu irmão Abel, mas sim para justificar sua falta de interesse pelo bem-estar do seu irmão. “Eu cuido dos meus interesses, e ele que cuide dos seus”. E qual foi a punição de Caim por isso? Por não se importar? Caim foi condenado a vagar sozinho pela face da terra, sem nenhum lugar que pudesse chamar de: "este é o meu lar". Sem nenhuma comunidade de pessoas que pudesse dizer: “estes são meus irmãos”. Caim foi condenado a caminhar na escuridão, isolado do mundo. Porque quem não se importa, quem é estúpido, quem é rebelde e ingrato e faz os outros sofrer com as suas injustiças, caminha na escuridão.
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Pr. Battista Soarez
 



terça-feira, 24 de setembro de 2019

Artigo: O VERBO É MAIS QUE PALAVRAS - Pr. Fábio Leite


O VERBO É MAIS QUE PALAVRAS





Pr. Fábio Leite *[1]
Formado em letras e teologia, pastor Fábio Leite é capelão da PMMA na patente de capitão e pastor-auxiliar da Assembleia de Deus em São Luís-MA (área 26, Habitacional Turu), da CEADEMA (Convenção Estadual da Assembleia de Deus no Maranhão), ligada à CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil). É também coordenador do Conselho Fiscal da CEADEMA.
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No livro de Mateus (5.20), o Senhor Jesus Cristo disse, durante seu discurso no Sermão da Montanha, o seguinte: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”. Ou seja, o Verbo ― enquanto revelação da justiça de Deus aos homens ― é mais que palavras. Por isso a justiça dos discípulos de Jesus precisa exceder em muito a dos líderes religiosos cujas pregações são de censura e julgamentos. O Verbo, então, é liberdade. Só que é uma liberdade diferente. Trata-se de uma liberdade para manifestação da justiça que traz pão e água cuja finalidade é saciar a fome e a sede dos homens no mundo, os quais são oprimidos pelas injustiças nele existentes.
Em vários momentos do Novo Testamento, Jesus deixou claro que a justiça dos líderes religiosos da sua época, conhecidos como fariseus, era uma justiça apenas de palavras e de práticas autocontemplativas, algo não muito diferente dos nossos dias entre certos líderes de igreja. Os dias modernos têm sido difíceis para a Igreja de Jesus, uma vez que a ética e a moral dos cristãos têm merecido ser objeto de estudo.
Minha formação em letras e teologia me permite tecer um diálogo entre a palavra literária e a palavra da verdade do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo. Ele disse: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32). Neste aspecto, a verdade a que o Senhor se refere está relacionada ao Verbo e à justiça do reino dele que resultarão na liberdade do homem no âmbito da sua existência: espiritualidade e materialidade, isto é, a pregação e o serviço social da igreja.
No contexto do evangelho, a palavra liberdade tem a ver com a justiça divina e com a vontade espontânea de se fazer alguma coisa. A liberdade é uma propriedade da própria pessoa humana, isto é, propriedade de si mesmo. O Espírito de Deus se manifesta no nosso senso de liberdade para fazermos, com liberalidade, as coisas que Ele coloca no nosso entendimento e coração. Entendo que a manifestação do Verbo encarnado no mundo humano nos traz liberdade. Não uma liberdade qualquer, mas a libertação dos paradigmas tradicionais que nos aprisionavam a um passado antigo, caducado na mente humana e gerando todo tipo de injustiça. Quando caducada no labirinto de culturas e crenças tradicionais, a religiosidade nos aprisiona a um circuito de injustiças que dificultam as boas relações humanas. E isso quebra os princípios sagrados universais do corpo de Cristo. Em razão disto, o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Ou seja, ele se fez carne e habitou entre nós para nos resgatar das injustiças geradas pelas crenças tradicionais. Agora estamos diante da porta libertadora: Cristo, o Justo (1 João 1.9; Romanos 3.26; Atos 3.14; 1 João 2.1).
O Espírito Santo opera no nosso coração, nos libertando da servidão da lei para, uma vez livres, estarmos aptos para praticar a obra do Evangelho com justiça e amor no plano existencial-divino entre as relações sociais. Seguindo este raciocínio, Jesus disse que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. O que isto significa? Significa que o Verbo, que se fez carne, trouxe uma mensagem real de vida que se traduz em pão e água aos que têm fome e sede de justiça num mundo de injustiçados. Portanto, o Verbo se fez gente como a gente, habitou entre nós e trouxe libertação aos povos do mundo, independente de sua natureza antropológica, isto é, de suas culturas e tradições.
Nesse viés, o conhecimento cristão nos dá quatro espécies de liberdade trazidas pelo Verbo que se fez carne, tornando-se, portanto, gente como a gente: (1) liberdade natural; (2) liberdade civil; (3) liberdade política; (4) liberdade espiritual-existencial. Nestes quatro pilares, vemos a expressão do Verbo que se fez carne e habitou entre nós para operacionalizar o evangelho do reino por um viés acima de tudo fundamentado nos princípios da justiça de Deus. Vejamos, a seguir, como isso ocorre.
Em primeiro lugar, o Verbo se fez carne e revelou a liberdade natural entre os homens no mundo. Esta liberdade acontece no âmbito da liberdade do homem enquanto homem, do ser enquanto ser, no plano do autoconhecimento e da autoconsciência para a governabilidade de si mesmo e do ambiente onde ele habita. Deus criou o homem para viver exatamente essa liberdade natural no crescimento e na multiplicidade (Gênesis 1.28), e, por via dessa mesma liberdade natural, governar a terra com suas ações baseadas na racionalidade. O homem é um animal racional por natureza e por isso mesmo ele pensa naturalmente os planos da existência em defesa da vida.
Em segundo lugar, o Verbo se fez carne e se manifestou na liberdade civil de grupos sociais. Esta liberdade é a liberdade do sujeito enquanto cidadão, na qualidade de “ser” organizado e participativo nas atividades de transformação social. Aqui o homem é um ser inteligente inserido no processo cultural-civilizatório e, portanto, efetivamente responsável pelo desenvolvimento da sociedade no decorrer da história. A liberdade civil trabalha exata e efetivamente as relações dos cidadãos entre si, reguladas por normas sociais e levando em conta o indivíduo considerado em suas circunstâncias particulares dentro da sociedade organizada em forma de grupos constituídos de seres humanos pensantes.
Em terceiro lugar, o Verbo se fez carne e trouxe liberdade política que, por sua vez, é a liberdade do indivíduo enquanto povo responsável pela sua organização social e autogovernabilidade. Aqui se manifestam as autocracias, ou seja, os modelos de governo humano. Assim, a liberdade política é uma arte inata inerente à consciência e à inteligência social do homem para governar a família, a comunidade e os povos. Por este ponto, o homem desenvolve habilidade basicamente peculiar no trato das relações humanas, com vista à obtenção dos resultados desejados. Quando a Bíblia diz que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1.14), significa que a Palavra Viva de Deus se materializou em uma humanidade dinâmica cujas atividades vislumbram uma hierarquia de forças que se estabelecem no interior das civilizações da comunidade-mundo. Este é o Deus presente nas numerosas relações sociais constituídas entre indivíduos e grupos.
Em quarto lugar, o Verbo se fez carne e revelou a sua glória como liberdade espiritual-existencial para dar sentido na vida dos que estavam perdidos no mundo. Esta liberdade é aquela liberdade que nos conecta a Deus por amor a Ele e não por obrigação religiosa. O reflexo desta liberdade alcança as relações fraternais e antropológicas na dimensionalidade do conselho divino. O Verbo é “Maravilhoso Conselheiro...” (Isaías 9.6) e o seu maravilhoso conselho veio ao mundo em forma de evangelho, sendo vida e luz aos homens que, por sua vez, viram a sua “glória como do unigênito do Pai” (João 1.3-14) e, portanto, trazendo verdadeira liberdade ao mundo (João 8.32). De fato, a liberdade espiritual-existencial é a liberdade de agir conforme a vontade do Espírito e não conforme a vontade da carne. Isto significa que podemos atuar em total concordância com a essência divina, a consciência e a vontade. Liberdade espiritual, então, é poder fazer tudo e ainda ter a sabedoria de não ser escravo das próprias vontades. Podemos fazer tudo, exercendo, inclusive, o poder da liberdade para governar nossas ações em Deus com alegria e paz no coração. Trata-se de uma autogovernabilidade no direcionamento do caminho da justiça do bem, nos livrando da escravidão do mal.
Quando o Senhor Jesus disse que “... o Verbo se fez carne e habitou entre nós...” (João 1.14), anunciou, aí, uma verdade verbalizada, mas que não era apenas palavras. Andrés Torres Queiruga, filósofo e teólogo autor de muitas obras teológicas e pastorais, disse que o Verbo manifestou-se em forma da “glória de Deus na vida humana num mundo de crucificados”.[2]
O autor fala da vida humana que sempre esteve assediada pelo mal. E a responsabilidade de quem segue o Verbo que se fez carne é resolver os problemas gerados por esse mal. Mal este que se tornou “mal social”, reproduzindo infinitas mazelas sociais como, por exemplo, fome, pobreza, miséria, violência e outras. Frente a isso, o Verbo que se fez carne gerou um corpo espiritual que, agora, está cercado de desafios. Neste ponto, o Verbo é mais que palavras, uma vez que Ele constituiu um corpo espiritual, a Igreja de Jesus, para se importar com a situação e a concretude feliz da vida humana.
Há, aqui, uma teodiceia que vocifera perante a humanidade a mensagem acerca do Deus que é justo, bom e que tudo pode diante da existência do mal no mundo. Face a isto, o Verbo que se fez carne nos leva a entender as necessidades daqueles que estão sendo crucificados por esse mal social que os deixa humilhados perante a vida.
No fundo da igreja pastoreada por mim, em São Luís do Maranhão, tinha uma famosa casa de prostituição. Naquela casa, homens e mulheres ganhavam a vida vendendo seu próprio corpo, perdendo sua própria alma e, portando, sendo humilhados pelo espírito do mal. Ali pessoas jovens e bonitas ganhavam a vida perdendo a sua alma para um mundo traiçoeiro e cruel degradador de vidas humanas. A prostituição é uma atividade aviltante e desonrosa, em que a pessoa se sujeita a expor a intimidade do seu corpo em troca de certa quantia de dinheiro que não representa muita coisa. E isso é uma situação humilhante, destruidora da honra humana. É preciso ser muito fraco da mente para acreditar que a prostituição não é uma “profissão” maculadora e vergonhosa.
Certo dia, orando a Deus, senti no coração que a igreja deveria comprar aquela casa.  Então, mobilizei a congregação, fizemos uma campanha arrecadatória e negociamos aquele imóvel por meio milhão de reais, com alguns pequenos acréscimos. Deus nos ajudou e, assim, conseguimos adquirir aquele ambiente de degradação da moral humana bem como da sua existencialidade. Com esforço e dedicação, conseguimos fazer com que um local onde era promovido culto à prostituição, agora é um ambiente de restauração de vidas humanas degradadas. Entendo que o Verbo se fez carne para realizar no mundo uma obra libertadora na mente e no coração de homens e mulheres que estejam dispostos a mudar de vida.
A justiça se manifestou no Verbo e o Verbo se manifestou em forma de justiça. Isto trouxe rupturas sociais de grandes complexidades envolvendo a cultura civilizacional dos seres históricos e gerando respostas para as grandes perguntas da humanidade. Nem mesmo a teologia explica isso com clarividência. O evangelho é processado nos quatro pilares da liberdade mencionados acima e até mesmo a igreja não consegue explicar essa equação existencial para os homens no mundo. Ela vivencia as boas novas do evangelho mas, infelizmente, não sabe discernir a sua essência perante os alcançáveis.
Enfim, o Verbo se fez carne para alcançar a todos num mundo que, agora, se encontra totalmente secularizado. Esta é uma lógica que coloca a igreja corpo de Cristo ― corpo social em Cristo ― em sintonia com os pressupostos da possibilidade de um mundo-sem-mal. A igreja não deve pregar um evangelho apenas de palavras, mas sim um evangelho de ações transformadoras. Seria o caso de se pensar em realizar um procedimento de atitudes “criaturais”, focadas em criaturas humanas com suas necessidades. Realizar ações de combate aos males do mundo traduz o Verbo que se fez carne em resultados concretos que atenuam as necessidades dos injustiçados.
O povo que crê em Deus ― e o serve ― precisa se fazer acreditar diante daqueles que já não têm esperança de um mundo melhor. Os quatro pilares da liberdade (natural, civil, política e espiritual-existencial) evidenciam o Verbo que se fez carne por meio de atitudes relevantes da igreja de Jesus Cristo perante um mundo que é massacrado por todo tipo de injustiça social-humana. Somente desta maneira o corpo de Cristo pode representar a manifestação da sua glória, com graça e verdade (João 1.14), no cumprimento da missão do Evangelho da vida (João 1.4). Vida, aqui, está na dimensão dos quatro pilares da liberdade: natural, civil, política e espiritual-existencial.



[1] *Colaboração: Pr. Battista Soarez. Escritor, jornalista, pedagogo, sociólogo, Assistente Social e professor universitário.
[2] Andrés Torres Queiruga. In Degislando N. de Lima & Jacques Trudel (orgs.). Teologia em Diálogo. São Paulo: Paulinas, 2002, p. 141.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

FÁBIO LEITE - PRÉ-CANDIDATURAS 2020 - SÃO LUÍS/MA

Assembleia de Deus anuncia nomes de pré-candidatos para 2020
Nome do pastor Fábio Leite é preferência não somente entre evangélicos, mas também fora da igreja
BATTISTA SOAREZ
De São Luís - MA

Pr. José Coutinho apresenta Pr. Fábio Leite em assembleia geral da AD em São Luís
Num grande culto de assembleia geral no templo central da igreja Assembleia de Deus em São Luís, realizado na segunda-feira, 26, o pastor José Guimarães Coutinho, presidente da denominação na capital maranhense, anunciou os nomes de Domingos Paes e pastor Fábio Leite para pré-candidatos ao legislativo municipal de São Luís nas eleições de 2020. Os dois futuros candidatos, segundo pastor Coutinho, terão apoio da Assembleia de Deus em São Luís.

O pastor Fábio Leite, de acordo com pesquisa recente encomendada por um grupo de apoiadores, é um dos nomes mais carismáticos no cenário político maranhense perante a opinião pública. Ele já foi candidato a vice-prefeito de São Luís e atualmente é capelão da Polícia Militar no Maranhão. “O irmão Domingos Paes e o pastor Fábio Leite serão candidatos com apoio da Assembleia de Deus em São Luís e nós temos a possibilidade de elegê-los com a graça de Deus”, disse pastor José Coutinho.
O Dr. Jomar Câmara, subprocurador geral do Estado do Maranhão, esteve presente no culto também dando apoio ao nome de Fábio Leite para o pleito eleitoral de 2020. “É um nome importante pela sua visão social, destacando-se principalmente por não ter uma compreensão religiosa fechada”, pondera o jurista. Fábio Leite é formado em Letras, bacharel em teologia, cantor e tem no currículo uma longa folha de serviços prestados à população evangélica maranhense, com 20 anos de ministério pastoral. É casado com a missionária e estudante de serviço social Eliane Leite com quem tem um casal de filhos, Fabiane e Helielson.
Antes de vir para São Luís, Fábio Leite passou pelo interior do estado desenvolvendo atividades eclesiásticas e sempre prestando serviços e ações sociais junto a comunidades e pessoas necessitadas. “O que está no meu coração não é simplesmente a política enquanto instituto partidário, mas pessoas. Cuidar de pessoas, da coletividade, da comunidade é o que me move para o cenário político”, destaca Fábio Leite durante conversa com a nossa reportagem.