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quinta-feira, 27 de março de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE 

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Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)

Julgado pela maldade
Primeira Turma do STF torna réus o ex-presidente Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe. Tudo combinado. Uma "arquitetagem" cheia de manobras.


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O JULGAMENTO DA DENÚNCIA da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa oito pessoas de tentativa de golpe de Estado em 2022 e aconteceu na última terça-feira (25), no Supremo Tribunal Federal (STF), ocorre sob a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, que foi sancionada, com vetos, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2021.


Em 2 de setembro daquele ano, Jair Bolsonaro, enquanto presidente da República, sancionou a Lei 14.197/21, que revoga a Lei de Segurança Nacional (LSN) e define crimes contra o Estado Democrático de Direito.

A legislação foi aprovada pelo Senado Federal em agosto daquele ano e, pela Câmara dos Deputados, em maio. A lei é oriunda do Projeto de Lei 2462/91, de autoria do ex-deputado e jurista Hélio Bicudo.

A lei acrescenta, no Código Penal, um novo título, tipificando crimes contra o Estado Democrático, como: crimes contra a soberania nacional (atentado à soberania e à integridade nacional), e espionagem; crimes contra as instituições democráticas (abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado); crimes contra o funcionamento das instituições democráticas no processo eleitoral (interrupção do processo eleitoral e violência política); crimes contra o funcionamento dos serviços essenciais (sabotagem).


Na verdade, essa primeira turma do STF, que julgou o ex-presidente Bolsonaro, não deveria ser composta pelos indivíduos que a compuseram. O ordenamento jurídico brasileiro não permite que juízes que têm algum tipo de problema pessoal com o acusado julguem casos a ele referente. No caso Bolsonaro, tudo é uma questão política carregada de intencionalidade, partidarismo e perseguição.

Tudo está muito claro. Todas as motivações são políticas e a intenção, cheia de malignidade, é impedir que Bolsonaro seja candidato em 2026. O pior é que Bolsonaro está sendo julgado com base numa lei federal que ele mesmo sancionou em 2021, como já mencionei acima. A 14.197/21 — que revoga a Lei de Segurança Nacional (LSN) — define crimes contra o Estado Democrático de Direito.

A injustiça praticada pelo STF é tirana e coloca o judiciário brasileiro em descrédito. Tipos psicológicos como Alexandre de Moraes e Flávio Dino jamais eram para estarem ocupando um tribunal tão importante como esse da suprema corte. Deixou de ser uma coisa séria.


Alexandre de Moraes tem uma mente insana e Flávio Dino, igualmente, carrega, em si, pensamentos leninistas  que são altamente subversivos. E isso, portanto, torna o ministro inadequado para julgar casos como esse que envolve Bolsonaro e os demais acusados por crimes que não cometeram.

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terça-feira, 25 de março de 2025

P O L Í T I C A
Deputada Mical Damasceno defende anistia a manifestantes de 8 de janeiro e apresenta moção de aplausos na Alema
A parlamentar diz que a liberdade de expressão é um pilar essencial da democracia no Brasil

Deputada Mical Damasceno defende anistia ao 8 de janeiro de 2023 | Foto: Divulgação.
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A DEPUTADA ESTADUAL Mical Damasceno (PSD) apresentou, nesta terça-feira (25), na Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), uma Moção de Aplausos ao Projeto de Lei Federal nº 5064/2023, de autoria do senador Hamilton Mourão, que propõe anistia para acusados e condenados pelos crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

P U B L I C I D A D E

O Projeto de Lei (PL), em tramitação no Congresso Nacional, tem dividido opiniões. A parlamentar maranhense argumenta que a medida busca "equidade processual" e proteção de direitos fundamentais.

“Nosso país é democrático, e a liberdade de expressão é um pilar essencial. Muitos brasileiros participaram das manifestações de forma pacífica, sem envolvimento em atos violentos ou criminosos. Não podemos permitir que a criminalização generalizada retire o direito legítimo de se manifestar”, afirmou a deputada.

A Moção de Aplausos apresentada na Assembleia Legislativa do Maranhão reforça o apoio ao PL 5064/2023 e busca sensibilizar parlamentares e a sociedade sobre a importância da anistia para evitar injustiças e pacificar o cenário político nacional.

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P U B L I C I D A D E





quinta-feira, 20 de março de 2025

POLÍTICA | por Battista Soarez

P O L Í T I C A
Mical Damasceno entra em defesa do deputado Dalton Arruda, que agrediu ex-esposa
A parlamentar, em sua fala, recorre aos princípios bíblicos e diz que é preciso considerar o fato de que todos são pecadores.

Deputada Mical Damasceno entra em defesa do deputado Dalton Arruda | Foto: Divulgação.

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A DEPUTADA ESTADUAL Mical Damasceno (PSD) usou, nesta quarta-feira (19), a tribuna da Assembleia Legislativa para defender o deputado Dalton Arruda, que é acusado de violência doméstica, descumprimento de medidas protetivas e ameaças de morte contra sua ex-esposa, além de ofensas direcionadas a uma juíza de direito.

P U B L I C I D A D E

Em sua fala, Mical fez referência às palavras do apóstolo João sobre o pecado, ressaltando que a sociedade muitas vezes condena sem lembrar que todos são pecadores.

“Estamos em um mundo onde o julgamento humano muitas vezes é implacável. A sociedade em toda a história, aponta o dedo, condena sem dar espaço para o arrependimento e a transformação”, disse a parlamentar.

Mical disse que seu posicionamento se baseia em princípios cristãos e no respeito ao devido processo legal. "O deputado Dalton Arruda tem sido alvo de julgamentos públicos por erros do passado, mas até o momento não há uma condenação judicial contra ele", asseverou.

A deputada ainda disse defender o fato de que, enquanto há vida, há esperança para a transformação, e "acredito que ninguém pode ser reduzido aos seus erros, especialmente quando há reconhecimento e mudança", esclareceu a parlamentar.

P U B L I C I D A D E

Para Mical, que foi criada em berço evangélico, "o Evangelho nos ensina sobre justiça, mas também sobre perdão e restauração". Isso, segundo ela, não significa passar por cima da lei, mas sim lembrar que todos merecem a oportunidade de recomeçar.

Mical Damasceno tem sido a política da maior confiança ligada à igreja evangélica. Antes dela, nenhum político evangélico teve a integridade que ela tem perante a instituição cristã da qual faz parte. Muitos pastores, inclusive da Assembleia de Deus, dizem estarem satisfeitos com o desempenho da parlamentar.

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P U B L I C I D A D E





quarta-feira, 19 de março de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)

Os infernos da Sapucaí e os demônios da religião
O Rio de Janeiro consagrou-se o centro de provocação à fé cristã e certamente sofrerá as consequências espirituais


As imagens do carnaval carioca são fortes e dá margem para uma interpretação depreciativa sobre a fé cristã, pelo fato de o diabo sair vencedor | Foto: Divulgação.

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O CARNAVAL DO RIO DE JANEIRO vem se projetando, a cada ano, como um forte cenário de depreciação da fé cristã, em que o diabo tem aparecido como vencedor contra Cristo nos desfiles das escolas de samba, como a Unidos de Vila Isabel e a Gaviões da Fiel. Essas representações provocam reações de conservadores e processos judiciais. Processos judiciais que geralmente dão em nada, haja vista que o sistema mundano odeia tudo o que se refere a Deus, o Criador dos céus e da terra e de tudo quanto neles há.

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A coisa está num nível tão satânico que até pastores desfilaram no Carnaval do Rio de Janeiro e um deles disse até que estava emocionado em estar participando da festa junto com a sua esposa. Sem dúvida, um escândalo para a fé evangélica.

Na Unidos de Vila Isabel, em 2025, o ator José Loreto desfilou como o diabo na comissão de frente. O enredo era "Quanto Mais Eu Rezo, Mais Assombração Me Aparece". A comissão de frente foi intitulada "O homem que enganou o Diabo... virou assombração!".

Na Gaviões da Fiel, em 2019, a comissão de frente representou a luta contra o pecado e a traição. A encenação mostrou um Lúcifer vencendo Jesus Cristo. Isso atinge diretamente a igreja cristã — sal da terra e luz do mundo — e provoca uma aversão sentimental naqueles que se santificam para salvar as pessoas da perdição eterna, orando pela vida de todos que precisam de salvação. A representação, em 2019, foi considerada desrespeitosa por entidades cristãs e virou até processo na Justiça.

A Justiça paulista, no entanto, decidiu que a escola de samba Gaviões da Fiel não cometeu abuso, no desfile do carnaval de 2019, ao exibir uma coreografia na qual um ator, representando Jesus Cristo, foi arrastado, empurrado e pisoteado por um outro caracterizado como o diabo. O processo foi aberto pela Liga Cristã Mundial, uma entidade católica, que acusou a Gaviões de cometer "blasfêmia" e de "vilipendiar" a imagem de Jesus. As imagens chocaram o povo brasileiro, conforme afirmou a associação, que chamou os passistas e o coreógrafo da escola de "bárbaros" e exigiu o pagamento de uma indenização de R$ 5 milhões. Mas essa indenização foi negada pela justiça. E, assim, o diabo sempre ganha no enredo carnavalesco e no judiciário, de acordo com a mentalidade do mundo que odeia a Deus.

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O carnaval carioca, por sua vez, é uma festa mundialmente conhecida que é celebrada por diversas manifestações como, por exemplo, desfiles de escola de samba, bailes, blocos e bandas. Tudo é uma questão cultural que, por tradição, o carnaval dos dias atuais é inspirado em tradições que vêm desde as festas sincréticas do antigos gregos e romanos com suas manifestações da carne na época da helenização de Roma.

Orixás, atabaques, ancestralidade e outros ingredientes da cultura africana foram amplamente celebrados pelas escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo no Carnaval de 2025. Pelo menos três agremiações de São Paulo e oito do Rio cantaram na avenida temas diretamente ligados à África ou a religiões de matriz africana. De fato, a africanização do Brasil, vendo a coisa pelo lado satânico, se consuma em cultos aos orixás e com eles. Mas o que são orixás? Literalmente, são espíritos ocultos prontos para escravizar as almas dos seres humanos que se mantêm distante de Deus.

A temática africanidade também já foi abordada na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”, a prova promoveu a reflexão sobre a importância de reconhecer e valorizar a contribuição africana na formação da identidade cultural do Brasil. A África tem tanta coisa boa noutros aspectos da sua cultura, como na literatura, no artesanato e na música, por que que o Brasil promove somente a cultura de louvor ao diabo? Por que grande parte dos brasileiros prefere se entregar ao demônio do que a Deus, Criador e Senhor do Céu e da Terra?

A revista Veja divulgou que, para o assessor de História do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento (CIPP) dos colégios da Rede Positivo, André Marcos, a profusão de sambas-enredo que falam sobre a africanidade é uma característica do carnaval brasileiro desde seus primórdios. “Esses temas estão sempre presentes nas escolas de samba, pelo próprio samba ter raízes na cultura dos negros africanos que foram trazidos à força para o Brasil. É relevante que as agremiações estejam sempre falando sobre essas raízes e reverenciando o passado que permitiu que o Carnaval se tornasse o que ele é hoje em nosso país”, ressaltou ele.

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Escolas como a Acadêmicos do Salgueiro têm desfilado na Sapucaí e sempre dão show de horrorização e louvor ao mundo do malígno. Em 2023, o enredo escolhido pela Acadêmicos do Salgueiro foi Delírios de um paraíso vermelho. Chamou a atenção do público e dividiu opiniões nas redes sociais.

A figura do diabo estava presente nos carros alegóricos e em fantasias, o que, obviamente, sempre desagrada católicos e evangélicos. A verdade é que os que promovem essas escolas de samba não têm noção do mundo espiritual que estão evocando. Depois, quando as forças da natureza vêm e destroem bairros e casas, as pessoas não entendem por que está acontecendo. Os homens brincam com Deus sem compreenderem as complicações catastróficas que isso gera em torno das cidades que, como Sodoma e Gomorra, protagonizam injustiças e zombaria contra Deus. Nos shows de mediocridade que essas escolas promovem, as pessoas não percebem o tamanho de sua pequenez. É trista. Simplesmente triste.

A Bíblia, em Gálatas 6.7, diz: "Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois aquilo que o homem semear isso também ceifará". E a história tem mostrado que todos que intentaram contra Deus colheram severas consequências, inclusive os imperadores romanos que perseguiram a igreja.

Festa pagã no palácio do Imperador Nero | Foto: Desenho de Ulbiano Checa, em 1920.

O Carnaval, enfim, veio evoluindo das festas tradicionais antigas, tanto da Grécia quanto de Roma. As festas da Roma antiga, por exemplo, eram grandiosas, com um peru enorme, recheio de duas maneiras, presunto, os acompanhamentos necessários e pelo menos meia dúzia de tortas e bolos. Tudo isso era muito grandioso ante as exibições extravagantes do antigo banquete romano.

Os membros das classes altas romanas participavam regularmente daquelas festas suntuosas, que duravam horas, e que serviam para divulgar a sua riqueza e estatuto de uma forma que eclipsava as nossas noções de uma refeição resplandecente. Comer era o ato supremo de civilização e celebração da vida. Mas tinham também os rituais. Mas essa é uma longa história que, inclusive, já escrevi na revista Geração JC (Editora CPAD, RJ).

Para resumir tudo, a origem do Carnaval é tradicionalmente ligada ao catolicismo. Celebração tradicional na cultura popular brasileira, o Carnaval foi trazido ao Brasil pelos portugueses durante o período da colonização, sendo um costume tradicional na Europa. Lá, o carnaval era uma festa que antecedia a Quaresma, sendo um momento de zombaria e de devassidão. Festa da carne, como acontecia na Roma Antiga.

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O carnaval, na verdade, remonta a costumes da Idade Antiga, sobretudo, às festas de Dioniso na Grécia e à Saturnália e à Lupercália, em Roma. Essas celebrações eram muito populares, sendo alvo de iniciativas da Igreja Católica para cristianizar e moralizar as celebrações. Um sinal disso foi a inclusão do carnaval no calendário litúrgico.

A origem do Carnaval, nesse caso, é tradicionalmente ligada ao catolicismo, sendo uma festa que faz do calendário litúrgico católico, além de ser uma celebração que marca a aproximação da Quaresma. Os pesquisadores desse assunto apontam, contudo, que, apesar disso, os costumes estabelecidos durante o Carnaval possuem origens históricas anteriores ao cristianismo.

Entendido como uma festa da carne, na qual as obrigações morais desaparecem, o caos se estabelece e o mundo se inverte, o Carnaval pode remontar às festas de diferentes povos da Idade Antiga. Na Mesopotâmia mesmo, haviam as sáceas, celebrações nas quais um preso era vestido de rei e homenageado antes de ser executado. Os mesopotâmicos ainda tinham um ritual de humilhação do rei diante da estátua do deus Marduk.

Tanto as sáceas quanto a humilhação do rei demonstram um sentido presente no Carnaval: a inversão da ordem das coisas. O prisioneiro é homenageado na celebração, enquanto que o rei é humilhado na outra.

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Além disso, muitos pesquisadores apontam que o Carnaval também pode ter algumas de suas origens na cultura greco-romana. As celebrações a Baco (Dioniso, para os gregos) eram marcadas pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas e também pelos prazeres carnais. Havia também a Saturnália e a Lupercália, como já colocado.

Nas duas festas, as normas sociais eram suspensas, tornando-se momentos de diversão e de devassidão para as pessoas que participavam. O consumo de comidas e de bebidas alcoólicas era elevado nas duas festividades, sendo que a Saturnália era celebrada em dezembro e a Lupercália era celebrada em fevereiro.

Muitos pesquisadores também atribuem a essas celebrações o fato de que eram festividades que celebravam o fim do inverno e a chegada de dias mais ensolarados. Sendo assim, eram festas que tinham como objetivo “expulsar” o inverno e celebrar a chegada da primavera e de dias mais férteis.

Com o estabelecimento do cristianismo no continente europeu, a prática de celebrar tais festividades, sobretudo as de origem greco-romanas, desagradavam a Igreja Católica, uma vez que essas celebrações aconteciam em homenagem a deuses pagãos. Além disso, os exageros cometidos durante essas celebrações foram vistos como problemáticos.

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Então, a Igreja Católica deu início a um processo de cristianização dessas festividades, permitindo que elas ocorressem, mas tentando conter os excessos. Essas celebrações, em muitos locais, se estendiam do Natal até a Páscoa, e acredita-se que passaram a ser conhecidas como “carnis levale”, algo como uma festa de “adeus à carne.

O Carnaval foi colocado no calendário litúrgico católico como parte desse esforço para “cristianizar” a festa, sendo, posteriormente, acompanhado da Quaresma, o período de quarenta dias que se estabeleceram como um espaço de penitência e de devoção. Assim, o Carnaval dava adeus à carne para que o momento de devoção na Quaresma se iniciasse.

O Carnaval, em regra, surgiu a partir de celebrações pagãs que eram realizadas em diferentes locais. No caso da Europa, de onde a festa foi trazida para o Brasil, haviam celebrações marcadas pela zombaria, pela glutonaria e pela devassidão espalhadas por diversos locais, como entre os gregos, os romanos e os diversos povos de origem germânica. Essas celebrações podem ser a raiz histórica do costume de celebrar o Carnaval.

Além disso, as celebrações incomodavam a Igreja Católica por conta dos excessos que eram cometidos pelas pessoas e porque eram heranças de religiões pagãs que a Igreja Católica queria eliminar. Assim, as celebrações pagãs foram cristianizadas e se transformaram em uma festa cristã conhecida como “carnis levale”, que trazia a ideia de ser uma celebração que se estabelecia como um “adeus à carne".

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Com o surgimento da Quaresma, no século IV, o Carnaval se tornou uma festa que estabelece o último momento de celebração e de festividade antes que se inicie a rigidez da Quaresma e a preparação para a Páscoa.

No século XXI, no Rio de Janeiro e São Paulo, as alegorias vêm, cada vez mais, se tornando um ataque à fé cristã. Isso estabelece um caos de antipatia entre o movimento carnavalesco e a igreja cristã de modo geral. Embora seus promotores dizem que o objetivo dos exageros é apenas suscitar uma reflexão, a lógica não convence, dado à forma como acontece: mostra um Cristo fragilizado, e o diabo sempre vencedor. As consequências dessa provocação e desse escárnio são catástrofes, violência e criminalidade cada vez crescentes tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo. O mundo espiritual é real. E, como dizem as Escrituras Sagradas, de Deus não se zomba. O homem planta, provoca e, no fim de tudo, sempre colherá.

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sexta-feira, 14 de março de 2025

PARLAMENTO | por Battista Soarez

P A R L A M E N T O

Proposta por Mical Damasceno, sessão solene na Alema celebra o Dia do Círculo de Oração

A solenidade contou com a participação de pastores, membros e mulheres de oração da AD no Maranhão.

Deputada Mical Damasceno é autora da Lei que criou o Dia do Círculo de Oração | Foto: Divulgação.

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NA TARDE DESTA QUINTA-FEIRA (13), a Assembleia Legislativa do Maranhão realizou uma Sessão Solene em homenagem ao Dia do Círculo de Oração, comemorado em 6 de março. A solenidade, proposta pela deputada Mical Damasceno (PSD), autora da Lei nº 11.043/2019, que reconhece o Círculo de Oração como patrimônio cultural imaterial do Estado, reuniu evangélicos de diversas denominações religiosas. O evento contou com pregações, louvores e orações, além da presença de pastores, missionários e fiéis, sendo a maioria mulheres vestidas de branco.

P U B L I C I D A D E


A celebração destacou a importância do Círculo de Oração nas comunidades evangélicas, especialmente entre os assembleianos. O primeiro Círculo de Oração foi realizado em 6 de março de 1942, quando a irmã Albertina Bezerra Barreto, membro da Assembleia de Deus em Recife (PE), convidou algumas irmãs da congregação no bairro Casa Amarela para orar pela cura de sua filha Zuleide, que estava enferma. Daí por diante, as Assembleias de Deus noutros estados do Brasil foram organizando grupos de oração com o mesmo nome. Os círculos de oração se fortaleceram e se tornaram um dos mais importantes departamentos da AD brasileira.

Várias mulheres integrantes do Círculo de Oração participaram da sessão solene na Alema | Foto: Divulgação.


Para os assembleianos, o Círculo de Oração representa, em primeiro lugar, a graça de Deus na vida dos crentes. Seu principal propósito é manter uma unidade espiritual de evangelização, visitação, intercessão, clamor e louvor dentro da igreja. Através da oração, o trono da graça é alcançado, e muitas bênçãos são derramadas. É a oração que mantém viva a chama do fogo pentecostal dentro da igreja.

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P U B L I C I D A D E



quarta-feira, 12 de março de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)

E por se multiplicar a iniquidade, o amor esfriou
O que Jesus disse nos evangelhos, os últimos tempos estão confirmando.

A multiplicação da iniquidade esfriou o amor da humanidade. Isso afetou a igreja e, agora, a obra do evangelho foi golpeada com graves prejuízos | Foto: Divulgação.

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BEM QUE JESUS AVISOU que isso iria acontecer. Em Mateus 24.12, o Senhor Jesus Cristo afirmou categoricamente: "E por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará". Algumas traduções dizem que o amor de quase todos esfriará, como de fato expressa o pensamento grego original.

P U B L I C I D A D E

Esse versículo bíblico é um alerta de Jesus sobre os tempos de desordem que antecederem o fim dos tempos. De maneira clara, significa que o aumento da iniquidade é o aumento de pecados como egoísmo, traição, desrespeito, menosprezo e falta de compromisso para com o próximo e a obra magnífica de Jesus.

O amor esfriar não significa apenas a falta de sentimento, mas também a ausência de dedicação, respeito e sacrifício mútuo. O desprezo pelo outro e a ausência de importância pela pessoa do outro são um pecado grave, e tão grave que Jesus afirmou que amar o próximo como a si mesmo está no mesmo nível de valor e importância que o amar a Deus sobre todas as coisas. Claro, só se pode demonstrar o amor a Deus Pai, amando o próximo nosso irmão. Se eu digo que  amo a Deus, mas menosprezo o outro meu irmão, estou sendo simplesmente um mentiroso. E nenhum mentiroso, diz a Bíblia Sagrada, tem parte no Reino dos céus.

Nos últimos tempos, tenho percebido que esse pecado mortal está dentro da igreja. Há 42 anos, quando eu me converti, tinha, por exemplo, alguns amigos os quais eu aprendi a amá-los e ter muito apreço por eles. Meu sentimento por eles era de família, da mesma forma como o Senhor nos ensinou. Hoje, estranhamente, percebo que alguns deles me evitam quando os procuro para tomar um café, vivenciar momentos de comunhão e, assim, retroalimentar a confraternidade e as relações de amizade. Outros, até mesmo pastores, se fazem omissos e rejeitam minha contribuição para o reino de Deus, naquilo que o Senhor me chamou para fazer a sua obra, que é ensinar, treinar e capacitar pessoas para a obra missionária e evangelística. Os que não ficam caladões, inventam desculpas claramente rejeitativas. São frios, indiferentes, soberbos e esquisitos.

P U B L I C I D A D E

Embora o amor de muitos possa esfriar, isso não significa que todos irão se apagar. Aquele que perseverar até o fim será salvo, disse o Senhor Jesus. Isto quer dizer que têm crentes que fazem tudo "certinho", mas se perderão exatamente nesse quesito. Igreja corpo de Cristo é relacionamento. Se não há relacionamento, não há espiritualidade verdadeira. E, portanto, a salvação desse crente estará na incerteza.

Mas  quero ir mais a fundo no que o versículo nos ensina. Vejamos que a multiplicação da iniquidade corrompe os relacionamentos e o amor genuíno entre as pessoas. A busca por santidade em nossa vida é a única forma de termos relacionamentos que refletem o amor de Deus.

Cristo disse que seríamos conhecidos pelo amor. Ou seja, o que distingue um verdadeiro discípulo de Cristo é o amor, as relações fraternais. Mas parece que isso não funciona na igreja atual. A gente estuda a Bíblia e não consegue ver os cristãos praticando o que está escrito.

O texto de Mateus 24.12 é um alerta direto de Jesus sobre os tempos de desordem que antecederão o fim. A multiplicação da iniquidade — pecados como egoísmo, traição, desrespeito, menosprezo e falta de compromisso com o próximo — corrompe os relacionamentos e o amor genuíno entre as pessoas, quebrando o princípio bíblico do amor e levando muitos cristãos para a perdição.

P U B L I C I D A D E

Jesus predisse que o amor de muitos esfriaria como parte de Sua resposta à pergunta dos discípulos: "Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo". Em Mateus 24, no Sermão do Monte, Jesus descreve os sinais do fim dos tempos que precederão a Sua segunda vinda. Ele diz que haverá falsos cristos (Mateus 24.5), guerras (Mateus 24.6), contendas e desastres naturais (Mateus 24.7).

Por conseguinte, Jesus predisse, portanto, que o amor de muitos esfriaria como parte de Sua resposta à pergunta dos discípulos: "Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo". Jesus também alertou sobre a perseguição dos crentes, alguns dos quais provariam ser falsos discípulos que se voltariam uns contra os outros (Mateus 24.9–10). “E”, disse Jesus, “por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mateus 24.12). Quer seja por causa da influência ilusória dos falsos mestres, da perseguição ou do medo da morte, o zelo de muitos falsos mestres diminuirá. Seu amor para com Deus e para com a igreja "esfriará". Os verdadeiros cristãos, mesmo aqueles cuja fé é fraca, perseverarão até o fim (Mateus 24.13). Deles é o amor verdadeiro, que é fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22). E esse amor não pode falhar (1 Coríntios 13.7). O amor verdadeiro não pode esfriar porque é sustentado por Cristo, o qual é capaz de nos impedir de cair (Judas 1.24).

Para aqueles sem o Espírito, no entanto, o amor que têm ficará cada vez mais frio nos últimos dias. Paulo expande essa ideia em 2 Timóteo (3.1–4) quando descreve os últimos dias. O amor que essas pessoas têm não é um amor caloroso e vivo por Deus, Sua verdade e Seu povo. Em vez disso, é um amor egótico, a si mesmo e ao dinheiro (versículo 2). Paulo descreve aqueles cujo amor por Deus, Cristo e os santos é apenas fingido, não é realidade. Eles fazem tudo o que fazem de maneira religiosa e motivados por amor próprio e fins egoístas. Seu objetivo é obter glória e aplausos dos homens ou usar a religião para ganhar algo para si. Eles não fazem nada para a glória de Deus, a honra de Cristo ou o bem dos outros.

P U B L I C I D A D E

Como podemos ter certeza de que o amor que temos por Cristo nunca esfriará? Começamos nos examinando para termos certeza de que estamos realmente na fé (2 Coríntios 13.5). Se realmente pertencemos a Cristo, podemos ter certeza de que possuímos o amor do Espírito que nunca esfria. Então, devemos fazer todos os esforços para aumentar o nosso amor: “E isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes, a fim de que sejais sinceros, e sem ofensa até o dia de Cristo. Cheios do fruto de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus” (Filipenses 1.9-11).

Quando a Bíblia diz que, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará, isso significa que o esfriamento do amor está diretamente relacionado ao crescimento do pecado em suas mais variadas formas.

Foi o Senhor Jesus quem falou que o amor de muitos se esfriará com o aumento da iniquidade (Mateus 24.12). Ele fez essa exortação durante seu sermão profético que tratou de forma geral acerca dos eventos que haveriam de ocorrer até o fim dos tempos.

Nesse contexto, Jesus colocou o esfriamento do amor em decorrência da multiplicação da iniquidade entre os sinais que caracterizam um período que Ele chamou de “o princípio das dores”. Os sinais citados por Jesus foram: surgimento de falsos profetas e falsos cristos. Guerras e rumores de guerras em conflitos internacionais. Miséria e fome. Catástrofes naturais. Ferozes perseguições contra a Igreja. Esfriamento do amor por causa da multiplicação da iniquidade. E a expansão mundial da pregação do Evangelho (Mateus 24.4-14).

P U B L I C I D A D E

Jesus disse que após essas coisas o fim virá (Mateus 24.14). Isso significa que esses sinais servem para apontar para a aproximação do fim dos tempos. Isto porque o principio das dores é o período que se estende desde Cristo até os nossos dias, e precede imediatamente a grande tribulação (Mateus 24.15-28).

Hoje podemos dizer que, por se multiplicar a iniquidade, o amor esfriou. A iniquidade é a transgressão da Lei de Deus. É a rebelião e a impureza do homem contra Deus. Aqueles que têm uma vida caracterizada pela prática da iniquidade não têm nenhum relacionamento com Cristo. Ainda que reivindiquem profetizar e fazer prodígios em Seu nome (Mateus 7.22,23; cf. Mateus 13.41-43).

O comportamento iníquo está presente na história da humanidade desde a queda de Adão. Mas ele não está estático. Pelo contrário, vem crescendo e se intensificando. A multiplicação da iniquidade pode ser facilmente percebida por todos os lados. E, nas palavras de Jesus, isto é um sinal de que o fim se aproxima.

Saiba quais são os sinais do fim dos tempos. Cada vez mais, os valores estão sendo invertidos. Cada vez mais, a moralidade está sendo considerada inadequada. Cada vez mais, a mentira tem se tornado verdade nos ouvidos dos homens.

P U B L I C I D A D E

O pecado já é visto como o novo padrão a ser exaltado e seguido, enquanto que a santidade já é identificada como algo a ser reprovado e combatido. A iniquidade está se multiplicando. Mas chegará o dia em que Deus dará um basta e responderá à medida do pecado da humanidade com o derramamento de Sua santa ira sem mais mistura de misericórdia.

O amor de muitos se esfriará. Inversamente proporcional à multiplicação da iniquidade está o esfriamento do amor. Então, quanto mais iniquidade, menos amor. Alguns comentaristas preferem interpretar essa declaração de que “por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará” como sendo um aviso de algo que aconteceria dentro da Igreja visível. Assim, o foco estaria justamente na questão da apostasia e na crise entre a cristandade.

Mas todo o contexto do sermão do qual essa declaração de Jesus faz parte parece indicar algo mais abrangente. John Gill diz que pode muito bem estar incluída nessa declaração a maldade dos perseguidores da Igreja. Bem como o ódio e a traição dos apóstatas. Também as consequências dos erros e heresias dos falsos mestres. Ou ainda a maldade que caracteriza as vidas e as conversas de alguns que se dizem cristãos.

Então, o resultado de tudo isso é o esfriamento do amor de muitos, tanto para com Deus quanto para com o próximo. E o alerta de Jesus é sobre algo muito grave: “o amor de muitos esfriará”. Essa frase também pode ser literalmente traduzida como: “o amor se esfriará de quase todos”. Mas aqui há algo importante: definitivamente o amor não se esfriará de todos.

P U B L I C I D A D E

Isso significa que, apesar de a iniquidade se multiplicar e o amor de muitos se esfriar, há ainda aqueles que em cuja vida arde o genuíno amor. A chama do amor ao Senhor, ao Evangelho e ao próximo continua queimando na vida dessas pessoas. Estes não são meros cristãos professos comprometidos com o mundo, mas são cristãos que verdadeiramente experimentaram uma conversão genuína a Cristo.

Sim, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas há os relativamente poucos que não são propagandistas do pecado e cujo amor não se esfria. Os poucos que não se conformam com o padrão deste mundo. Estes são também aqueles que, pelo poder de Deus, perseveram até o fim, até que possam desfrutar da salvação em toda sua plenitude (Mateus 24.13; cf. 1 Coríntios 1.l-8). Finalmente, não permita que esse pecado mortal, a frieza do amor, atinja você e o conduza para a perdição eterna.

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P U B L I C I D A D E



domingo, 9 de março de 2025

Política | iRACEMA VALE DESTACA DIA INTERNACIONAL DA MULHER

P O L Í T I C A 
Iracema Vale destaca Dia Internacional da Mulher
A parlamentar afirmou que continuará lutando por um futuro de igualdade.
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Por Battista Soarez
(De São Luís - MA)

Deputada Iracema Vale destaca Dia Internacional da Mulher | Foto: Divulgação.

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NA MANHÃ DESTA SEXTA-FEIRA, 8 de março (Dia Internacional da Mulher), a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada estadual Iracema Vale (PSB), concedeu entrevista ao programa Bom Dia Mirante, em que destacou o trabalho da maior bancada feminina na história do Parlamento e a importância da aprovação de leis voltadas para a mulher. Entre elas, uma lei de sua autoria e do deputado Roberto Costa (MDB), que libera o ingresso de mulheres na carreira militar no Estado sem a cota de 10%.

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“É uma proposição que busca, antes de tudo, equidade e justiça em nosso Estado. Existia uma cota fixada em 10% para o ingresso de mulheres na Polícia Militar e essa limitação, além de injusta, dificultava ainda mais a promoção dessas profissionais", ponderou a parlamentar. Segundo Iracema, essa questão já vem sendo quebrada no Brasil inteiro e o Maranhão não ficará para trás.

Na conversa com os jornalistas Clóvis Cabalau e Vanessa Fonseca, no quadro ‘Bastidores’, a parlamentar ressaltou que a lei originária do projeto nº 704/2023 irá assegurar que as mulheres aprovadas nas provas e no teste físico tenham o direito de ter a sua vaga garantida, além de fortalecer a representatividade feminina na Polícia Militar do Maranhão.

“Em 189 anos de existência da Assembleia, temos pela primeira vez uma mulher à frente do Parlamento Estadual, além da maior bancada feminina já vista. Nós temos voltado nossos olhares para acabar com os obstáculos que impedem o crescimento das mulheres em suas carreiras, assim como para pautas de violência de gênero”, ressaltou a parlamentar.

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Canal de denúncia. Na entrevista, Iracema Vale também enfatizou sobre a Lei 11.990/2023, também de sua autoria, que viabiliza formulário para denúncia de violência contra a mulher no ato da matrícula escolar nas unidades de ensino do Maranhão. O objetivo é obter mais um canal de denúncia e proteger mulheres em situação de violência e extrema vulnerabilidade.

“Todos os meios que nos ajudem a combater a qualquer forma de violência é importante para a garantia de direitos e para a diminuição do número de vítimas. Nossa bancada feminina é muito atuante nesse sentido e preocupada com essa pauta. Juntas, estamos sempre pensando em ações que possam combater esse problema”, acrescentou.

Neste ano, a presidente do Parlamento Estadual enfatizou que as deputadas estão focadas em trazer mais mulheres para a política. “Queremos representatividade e mais mulheres ocupando espaços de poder. Estamos trabalhando juntas em uma campanha para incentivar a participação feminina na política nestas próximas eleições”, concluiu Iracema.

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A deputada vem se destacando pela sua competência e comprometimento com as principais políticas públicas no Maranhão. Sua gestão tem sido exemplo no universo da política legislativa e no apoio efetivo ao executivo estadual. Iracema mantém uma postura de harmonia e diálogo tanto com a situação como com a oposição, o que caracteriza uma sábia arquitetura na política maranhense como nunca ocorrera na história do parlamento.

Em vídeo compartilhado nas redes sociais, a presidente da Alema fez um breve resgate da sua trajetória política, fazendo alusão ao Dia Internacional da Mulher.

“Ser mulher nunca foi fácil. Ser mulher na política ainda menos. Eu sei bem disso. São mais de três décadas servindo ao povo do Maranhão, enfrentando desafios, vencendo obstáculos, provando dia por dia que o lugar de mulher é onde ela quiser. Enfrentei oposições, perdi eleições, senti na pele a dureza de ter minha capacidade questionada, mas eu nunca recuei, nunca aceitei que me dissessem que eu não podia. E assim, com coragem, é que eu estou aqui hoje fazendo história. Sou a primeira mulher a presidir o poder legislativo do Maranhão e eu não estou sozinha”, disse a parlamentar.

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Outro fato destacado por Iracema foi sobre a atual bancada feminina da Assembleia, formada por 12 deputadas, a maior de toda a história da Casa. ”Nesta bancada tem 12 mulheres que, como tantas outras, enfrentam a violência política, os questionamentos, a resistência. Nosso espaço aqui não é concessão, é direito. Por isso, mulheres, precisamos nos apoiar sempre, uma levantando a outra”, disse ela.

Iracema Vale finalizou o vídeo frisando que continuará lutando em prol da igualdade. “Nossa luta não é só por nós, é por todas que vieram antes, por todas que virão depois. Por um futuro em que nenhuma mulher precise provar que ela é capaz. Por um futuro de igualdade”, finalizou.

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