COLUNA LEITURA LIVRE
NESTA SEMANA, a Coluna Leitura Livre resolveu levantar uma questão extremamente preocupante: o desaparecimento de crianças e adolescentes em São Luís. As periferias, principalmente as invasões na região de Araçagy-Raposa, são as mais afetadas. Outro problema: a imprensa pouco divulga esse fato social. A intenção do nosso jornalismo é levantar um debate público em torno da questão e fazer com que as autoridades fomentem políticas públicas para combater esse tipo de crime e desvendar cada caso que ocorra e punir os envolvidos com o rigor da lei.
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As causas maus comuns são os conflitos familiares que resultam em desentendimentos, violência doméstica e abandono, que podem levar crianças e adolescentes a fugir de casa.
Outra questão é a exploração em vários aspectos. Trabalho infantil, prostituição e tráfico de pessoas são graves problemas que podem levar ao desaparecimento desse público.
Acidentes também podem ser um problema a ser considerado. Em casos menos comuns, acidentes em locais públicos, como praias ou áreas de risco, podem resultar no desaparecimento de crianças e adolescentes.
Abuso, por outro lado, é outro problema bastante comum. Maus tratos, abuso sexual e outros tipos de abuso podem levar ao desaparecimento de crianças e adolescentes como forma de fuga ou consequência da violência.
Não se pode descartar também problemas de saúde mental. Depressão, ansiedade e outras condições podem levar ao desaparecimento de crianças e adolescentes.
Educação e conscientização são outra coisa importante. Informar crianças e adolescentes sobre seus direitos e como se proteger de situações de risco é essencial.
Por outro lado, o acompanhamento psicológico é bastante eficaz nessa questão. Oferecer apoio psicológico para crianças e adolescentes que estejam enfrentando dificuldades emocionais pode evitar o desaparecimento.
Além diaaso, denunciar é mais uma medida fundamental contra o desaparecimento de crianças e adolescentes. É fundamental que a população denuncie casos de desaparecimento e colabore com as autoridades na busca pelas crianças e adolescentes desaparecidos.
É importante lembrar que o desaparecimento de crianças e adolescentes é um problema sério que requer atenção e ação de toda a sociedade.
Estima-se que cerca de 50 mil crianças e adolescentes desaparecem todos os anos no Brasil, deixando famílias devastadas e sonhos interrompidos. Trata-se de uma ameaça real que bate à porta da sociedade e que deve ser entendida como prioridade por todos.
Motivados a transformar este cenário, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) tem buscado estimular o debate para a criação de políticas públicas que tratem dessa questão. Campanhas, reuniões e atos públicos foram desenvolvidos a fim de chamar atenção da população e das autoridades para esse drama que afeta milhares.
Recomendações aos pediatras e às famílias
Estima-se que cerca de 10% das crianças e adolescentes desaparecidos jamais serão encontrados. Muitos deles enredados na teia de possibilidades criada pelo tráfico de pessoas – adoções irregulares, trabalhos forçados, redes de pornografia e prostituição, violência intrafamiliar e filicídio, narcotráfico ou mesmo comércio de órgãos. O caso brasileiro ainda é mais grave em razão da falta de políticas públicas e sociais que tratem essa distorção na perspectiva de defesa dos direitos humanos.
Para direcionar pediatras e famílias, a SBP, em parceria com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), oferece em documento específico, uma série de recomendações que podem ajudar a reduzir as estatísticas e evitar que outros casos ocorram. O objetivo é engajar toda a sociedade na busca dessas crianças e adolescentes, já que, por algum momento, estas devem passar por atendimentos em postos de saúde ou consultórios.
Com o apoio e a participação de todos nessa cruzada contra os abusos e os descasos que afetam vítimas e familiares, as organizações acreditam que uma nova realidade poderá surgir. As organizações convidam ao envolvimento nessa causa grupos organizados da sociedade, além de escolas e estabelecimentos de saúde, segurança e justiça entre outros.
Recomendações aos pediatras
Os pediatras devem sensibilizar a administração dos serviços de saúde, sobretudo na rede pública, para que exijam, na admissão do paciente, a documentação do acompanhante e da criança ou adolescente, a fim de identificar o vínculo existente.
Na ausência de documentação que confirme que a criança ou adolescente está acompanhada dos pais, avós, irmãos, parentes próximos ou pessoas que têm a guarda legal, o acompanhante deve apresentar autorização por escrito para acompanhá-la.
Sem prejuízo ao atendimento médico, casos suspeitos devem ser levados pela administração dos serviços de saúde às autoridades competentes – Polícia, Conselho Tutelar, Corpo de Bombeiros.
É importante analisar as atitudes do paciente e observar como ele se comporta com o acompanhante; se demonstra medo, choro aparentemente desmotivado ou expressão de ansiedade, angústia ou estado de alerta (aparência assustada).
Deve-se observe a existência de marcas físicas, como cortes, hematomas e outros sinais de violência física, sexual ou psíquica.
É importante desconfiar se o acompanhante fornecer informações desencontradas, contraditórias ou não souber responder as perguntas básicas sobre rotinas diárias, local e nível de estudo, preferências, características comportamentais e relações sociais da criança.
Atente para possíveis situações de violência intrafamiliar e doméstica e avalie seu nível de gravidade, pois o desaparecimento da criança pode estar relacionado a fuga da criança ou ocultação de sua morte.
Observe que histórico de fugas da criança ou adolescente sempre deve determinar a investigação de violência intrafamiliar ou doméstica.
Recomendações às famílias
Faça a carteira de identidade (RG ou Passaporte) ainda na infância. Um documento com foto da criança e nome dos genitores ou responsáveis pode dificultar ações de subtração, facilitar a busca, a localização e a identificação.
Mantenha as crianças sob supervisão constante de um adulto responsável. Jamais deixe-as se afastar, muito menos perder o contato visual com elas.
Não atribua a outra criança ou adolescente a responsabilidade de olhar a criança. Esse cuidado e proteção devem sempre partir dos adultos, principalmente dos pais.
Não espere transcorrer 24 horas para comunicar o desaparecimento. A Lei assegura que as buscas por crianças se iniciem imediatamente após o recebimento da notícia, assegurando maior chance de encontrá-la.
Ao verificar que uma criança está perdida, sozinha, ajude-a levando à presença da autoridade policial mais próxima, do Conselho Tutelar, de um agente da guarda municipal, ou mesmo do Corpo de Bombeiros.
Ensine-as a não aceitar objetos, dinheiro, balas ou qualquer presente ou vantagem, bem como caronas de desconhecidos ou pessoas que se fizerem conhecidas apenas dela.
Oriente seu filho ou sua filha a nunca colocar nomes, endereços ou telefones, dados pessoais, como escola que estuda, clubes que frequenta em páginas da internet, ou qualquer outra informação que se possível localizar os locais que frequenta.
Oriente seus filhos e crianças sob sua responsabilidade a evitar jogos interativos com outras pessoas que não conheça no mundo real, na rede digital em qualquer idade, especialmente se não tiver idade ou maturidade para diferenciar as diversas situações de aliciamento.
Toda vez que levar seu filho à escola, festas ou casa de amigos, espere ele entrar no local, e verifique se ele realmente chegou a seu destino e está em segurança.
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