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terça-feira, 6 de abril de 2010

HOMOSSEXUALIDADE: DESAFIO PARA A IGREJA 2



Pois é. Ninguém deve duvidar da vida. E nem tentar ignorar os princípios (ou segredos) que a ela convêm. A homossexualidade é fato e, de igual modo, é fato a ignorância de todos.

Eu sou heterossexual e plenamente definido quanto a isto. Mas não molesto os que seguem outra tendência. Afinal de contas, entendo que os homossexuais também são pessoas igualzinho a qualquer outra. Sentem fome e sede igual a todo mundo. Têm sentimento e sensibilidade também. E isto é o que importa para que eu os amem e os inclua no meu programa de cuidado humanitário.


Ao longo da história, no que se lê, os homossexuais passaram por situações extremamente diversificadas. Em certos momentos da antiguidade chegaram a ser valorizados de formas muito díspares. Entre os gregos, por exemplo, a homossexualidade era tida com grande apreço. Era, inclusive, aceita como superior à relação inter-sexual, e era muito disseminada naquela cultura.

Entre muitos povos antigos, os homossexuais, por serem diferentes, eram considerados bruxos, xamãs ou videntes do clã ou da tribo. Em outras culturas, eram considerados sacerdotes do templo ou, em certa instância, tinham a seu cargo o cuidado do harém do rei ou das sacerdotisas. Nos dias de Jesus, bem como em outras épocas que antecederam a era cristã, eram denominados de “eunucos”.

Mesmo Jesus Cristo, quando questionado, se limitou a tratar deste assunto com cautela, apenas dizendo:

“Porque há eunuco que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba” (Mateus 19:12 RC).

Vale lembrar que Jesus, em sua eterna sabedoria, não se aprofundou, em nenhum momento, sobre a questão da homossexualidade, embora na sua época fosse evidente o problema em questão. A propósito: por que Cristo não tratou este problema com clareza? Mas apenas ordenou a seus discípulos dizendo “ide a todo mundo e pregai o evangelho do reino a toda criatura...”?

Talvez a melhor resposta esteja no fato de que o “evangelho do reino” veio exatamente para “toda criatura”. Será que o homossexual não é criatura? Para muitos “evangélicos” homofóbicos não. O homossexual não é criatura. Mas, para o Senhor Jesus, o homossexual tanto é criatura como também pode ser excelente cidadão do reino de Deus.

Aliás, Jesus sempre se preocupava, em suas falas, a mencionar o “evangelho do Reino”. Por que? Porque o evangelho do Reino é diferente do evangelho dos homens. Senão vejamos: para o evangelho do Reino, todo mundo é criatura, e todos são alcançados pela graça, simplesmente pela graça, ninguém merece nada; para o evangelho dos homens, porém, apenas alguns na prática (embora teoricamente seja o contrário) são criaturas e somente alguns alcançam a misericórdia, se assim merecerem. 

Na Idade Medieval, os homens do poder (inclusive do poder clerical) se baseavam na história de Sodoma e Gomorra para considerarem os homossexuais abomináveis. E assim a sua prática era punida com morte cruel. Muitos eram queimados, depois de torturados e maltratados da forma mais hedionda. (Aguarde a parte 3).

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