Sem a presença de Lugo no Senado,
impeachment começa a ser julgado
Sem a presença do presidente paraguaio, Fernando Lugo, o Senado deu início por volta das 12h30 locais (13h30 de Brasília) desta sexta-feira, 22, ao julgamento político que decide se ele permanece no cargo. Para representá-lo, cinco advogados compareceram perante os parlamentares.
Com país em crise, paraguaios esperam decisão do Senado |
O processo contra Lugo foi aprovado ontem pela Câmara dos Deputados, que o acusa de "mau desempenho" de suas funções. Cinco deputados atuaram como promotores e, em apenas meia hora, definiram os cinco motivos para destituir o presidente, entre eles o mais recente, e estopim para a abertura do processo de impeachment, é o conflito agrário sangrento em Curuguaty, que resultou em 17 mortos na última semana.
Mais cedo nesta sexta-feira, Lugo havia apresentado uma ação de inconstitucionalidade à Suprema Corte de Justiça para suspender o julgamento político. A ação apresentada ao principal tribunal do país alegava que o Parlamento "não respeita o devido processo", anunciou o advogado do presidente, Adolfo Ferreiro.
Do lado de fora do Senado, uma multidão de partidários acompanha a movimentação. Policiais da Tropa de Choque fazem um cordão de isolamento no entorno do Senado. As ruas da região estão fechadas para o tráfego de veículos, assim como boa parte do comércio na área. No entanto, no restante da cidade, a vida aparentemente segue normal.
Lugo terá duas horas para apresentar a sua defesa. Em seguida, acontecem outras duas sessões de uma hora cada. A primeira será destinada à apresentação de provas contra o presidente e a segunda, para as considerações finais da acusação e da defesa. Às 16h30 (17h30 de Brasília), o Senado deve votar se Lugo permanece ou não no cargo.
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