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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

ARTHUR LIRA É O NOVO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

 Com apoio do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Arthur Lira (PP-AL) foi eleito o novo presidente da Câmara dos Deputados.

A nova Mesa Diretora vai comandar a Câmara Federal em 2021 e 2022. O resultado foi divulgado às 23h desta nesta segunda-feira (1º de janeiro), após uma noite de votação e uma tarde de polêmica sobre a inscrição do bloco partidário de Baleia Rossi (MDB-SP), principal concorrente de Lira, que teria atrasado o envio dos dados e estourado o prazo de inscrição.

Nove deputados federais concorreram à candidatura da presidência da Casa.

Com a eleição de Arthur Lira, espera-se que as coisas andem mais rápido e que o governo deixe de ficar a mercê de acordos mercenários e corruptos. A população brasileira espera que a justiça, no âmbito da política, funcione com lisura democrática, beneficiando o povo acima de tudo.

sábado, 14 de novembro de 2020

UM FUTURO BEM PRÓXIMO DE NÓS — Pr. Battista Soarez

 

UM FUTURO BEM PRÓXIMO DE NÓS

Pr. Battista Soarez

 

Líderes mundiais discutem a nova ordem que governará o mundo e suas políticas globais
Foto:/ Internet

Num futuro bem próximo, o nível de intolerância se elevará. Novas forças hiper-políticas [altruístas e universalistas] tomarão o poder mundialmente, em razão de uma premência ecológica, ética, econômica, cultural, societária e política. Essas forças — transdemônicas e manipuladoras da razão humana (em nome de uma pseudodemocracia dissimulada e coercitiva) — se rebelarão contra as exigências da vigilância, do narcisismo e das normas. Conduzirão os rumos da sociedade a um progressivo novo equilíbrio, agora planetário, entre o mercado e a democracia.

Tive um sonho e nesse sonho ficou evidente que uma hiperdemocracia estranha e obscura unificará as instituições mundiais e continentais em torno de uma organização cosmológica da vida coletiva. Para isso, as novas tecnologias entrarão em cena. Controle descomunal. Comentei isso com alguns amigos, mas eles esboçaram um silêncio um tanto cético, mudando o rumo da conversa para assuntos fáceis de assimilar. Mas tenho sonhado repetidamente.

A grande pergunta é: por que um intelectual que professa a fé em Cristo, como é o meu caso, que tende ser sempre racional, vive agora sonhando com esses cenários apocalípticos?

Fico analisando e percebo que essas forças planetárias fixarão limites ao artefato comercial, à modificação da vida e à valorização da natureza. Irão favorecer coisas complexas como a gratuidade, a responsabilidade, o acesso ao poder e outras coisas mais que governarão novos sentidos da existência. Vão lutar com unhas e dentes para originar o nascimento de uma inteligência humana universal.

Aí, parece que o mundo caminhará para uma espécie de unificação das capacidades inteligenciais e criadoras de todos os seres humanos.

A inteligência humana ultrapassará a própria inteligência humana numa espécie de “passarela absurda”.

Aos poucos, mas numa velocidade crescente, o mercado e a democracia da maneira como os entendemos hoje, se tornarão conceitos estranhamente ultrapassados. A mente coletiva não compreenderá essas novas complexidades de mercado mundial. Apenas acreditarão em tudo e seguirão aos “comandos” normalmente. Sacrifícios humanos irão acontecer, assim como um canibalismo incompreensivo.

Enquanto alguns não acreditam, eu prossigo buscando mais a DEUS em CRISTO JESUS. E aconselho a todos a fazem o mesmo para não serem pegos de surpresas. Abandonem as INJUSTIÇAS, DOUTRINAS religiosas denominacionais e divisivas, os ENGODOS e as DIVISÕES. Nos sonhos que tenho tido, são essas coisas que repugnam o coração do DEUS da justiça.

Quem não acreditar, continue sem acreditar (talvez você não seja um dos poucos escolhidos), mas quem acreditar busque a Deus verdadeiramente, de todo o entendimento e de todo o coração.

"Ame a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo".

 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

A FÉ EVANGÉLICA EM RITMO DE BAILE

 A CURVA E OS VENTOS DO BAILE PROTESTANTE

Por que Marco Feliciano e outros pregoeiros religiosos conseguem apoio da fé evangélica.

 Por BATTISTA SOAREZ

Baile funk gospel é prova de como anda a mentalidade evangélica brasileira.



Imagine que a igreja evangélica fosse um cenário de festas e banquetes, em que o centro das atenções fossem o Marco Feliciano e o Silas Malafaia. Imagine a iluminação tênue, feita com velas sobre as mesas e luminárias coloridas, já sinalizada pelo território de um bar evangélico. O cenário — patrocinado por dízimos e ofertas de fiéis à igreja e ao pastor, mas infiéis ao Cristo do Evangelho — está absurdamente aconchegante. O ambiente está pomposo e requintado, onde tudo favorece encontros românticos e conversas ao pé do ouvido — conversas infrutíferas, mas cheias de detalhes e efeitos talvez um tanto sociais.

Sem prejuízo para o clima da espiritualidade intimista, de pouca racionalidade, “clientes” adeptos do felicianismo e do malafaianismo optam entre uma mesa no aconchegante jardim do protestantismo brasileiro. Na entrada do cenário, há um espaçoso conforto. Há lugares de sobra dentro do salão. Nos fundos da “propriedade” da fé evangélica, os “proprietários” são agressivamente falantes, embora pouco pensantes. Lá, é fácil ver e ouvir o Marco Feliciano — vestido de pregador evangélico e tangendo um mandato de deputado — soltar pérolas nada sensatas bem com como responsabilizando Deus pela morte de John Lennon e dos integrantes do grupo Mamonas Assassinas.

Nas mesas, rodeadas de adeptos, cegamente adeptos, o papo dos crentes tem a trilha sonora de músicas no estilo de vozes gospel’s, enquanto as tochas do “fogo” pentecostal se acedem. Em alto e bom som, predominam vozes agressivas como a do Silas Malafaia e de outros pregadores do tipo.

Do lado de fora, há expectadores cheios de necessidades espirituais, com sede de salvação, “doidos” para ouvirem mensagens que reflitam o Evangelho genuíno. Mas os pregadores ficam cada vez mais distantes da verdade de Deus e até mesmo do Deus da verdade. Mas não se importam. Querem mesmo é bradar o ego humano e se sentirem eufóricos num genuíno orgasmo religioso. O importante é fazer o baile continuar.

Para petiscar, uma das especialidades do bar evangélico é a batata frita do pastor deputado. No meio da platéia, estão os expectadores da putada. Gentes que, em nome do ativismo gay, viram antipáticos de plantão. Fazem arruaças. São provocativos e chatos. A exemplo dos recheios que levam “angu-de-caroço”, os pratos da mesa estão cheios de abacaxis. Há “pizzas” por todos os lados, que também fazem parte do cardápio.

Alguém pergunta se JESUS pode entrar para mudar o cardápio e dar sentido ao que não tem sentido, dar significado ao que não tem significado, mas os donos do baile não dão nenhuma atenção. Nenhuma chance. Nenhuma oportunidade de mudança. Continuam rindo, tirando dízimos, ofertas e chamando a atenção para si. Constroem monumentos igrejeiros e filmam tudo para, depois, aparecerem na mídia. Uns buscam títulos extravagantes para ostentarem a síndrome do poder eclesiomaníaco. Outros se ariscam a fumar o cachimbo da religião entorpecente e, por conta disso, falam asneiras, brigam, xingam e vociferizam a fé “evangélica”, espalhando medo, pavor e terror apocalípticos. Falam contra o pecado, mas praticam pecados. Fazem seleção de alguns para condenarem e de outros para com eles se casarem.

Todo esse cardápio da fé protestante contém cobertura de mussarela comportamental e polvo espertalhão.

Montada com lagosta refogada no forno da religião protestantemente evangélica — temperada em manteiga da terra denominacionalista, mais tomate e azeitona do emocionalismo espiritual — a mesa, finalmente, chama a atenção pela sua rebeldia inusitada e pitoresca.

No rol de bebidas, há algumas em garrafa de preguiça intelectual e outras bem originais da fé discriminatória. Há outras ainda do preconceito religioso e da falta de hermenêutica bíblica. Os drinques não podem conter álcool, mas há outros ingredientes que embriagam mais do que a maconha, a cocaína e o craque. Trata-se do espiritualismo emocional, do fanatismo orgásmico e do fundamentalismo legalista. Estes ingredientes causam lesão no cérebro da inteligência espiritual, cegam a visão de humanidade e colocam uma trave nos olhos da consciência reflexiva, levando o indivíduo a uma profunda incapacidade de aprender as coisas referentes à graça de Deus.

A sobremesa, finalmente, é a completa ignorância teológica e o obscurecimento da história e das culturas humanas. Nesse ambiente, predominam os aperitivos do medo do demônio e das assombrações do pecado. Pecado que, na mentalidade evangélica, a graça de JESUS não basta para resolver.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

ELEIÇÕES 2020: APÓSTOLO SÍLVIO ANTÔNIO É CANDIDATO A PREFEITO DE SÃO LUÍS

 

Apóstolo Sílvio Antônio é candidato à prefeitura de São Luís

Em entrevista ao blog Leitura Livre, o candidato do PRTB resume sua candidatura numa frase: “Boas novas para São Luís”.

Por Battista Soarez

(De São Luís - MA)

 

Apóstolo Sílvio Antônio é candidato a prefeito pelo PRTB


O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), mesmo partido de Hamilton Mourão, vice-presidente da República, lança o Apóstolo Sílvio Antônio, da Igreja Batista Shalon do Cohatrac, como candidato a prefeito de São Luís.

Representante legítimo da direita, Sílvio Antônio Guimarães Machado é formado em administrador de empresa, fundador e ex-coordenador da União de Pastores do Cohatrac. Natural de São Luís, Sílvio Antônio foi candidato na eleição passada a deputado federal. Como representante convicto da direito e defensor ferrenho do governo Bolsonaro, o candidato conseguiu quase 30 mil votos em todo o Estado para o legislativo federal. Não foi eleito, mas obteve mais de 3% dos votos válidos somente em São Luís. Foram mais de 15 mil votos. Isso o convenceu de que sua candidatura nas eleições de 2020 para prefeito é viável.

Em entrevista ao blog Leitura Livre, Sílvio Antônio dispara: “Pode escrever aí: boas novas para São Luís”. Como líder evangélico, integrante do Ministério Apostólico Internacional Shalom, o ‘Mais 12’, o candidato é popularmente conhecido entre os evangélicos, chegando até ser lembrado e ao mesmo tempo ignorado como candidato a vice-prefeito na chapa de Eduardo Braide. Braide, porém, a exemplo do que fez em relação ao nome do pastor Fábio Leite, demonstrou claramente não querer nem conversa com a igreja evangélica. O que Sílvio Antônio lamenta.

“Se ele tivesse me convidado, eu teria aceitado na hora. E certamente ganharíamos as eleições”, pondera o apóstolo.

Só para ter uma ideia, o Movimento Apostólico Internacional Shalom congrega uma massa muito grande de evangélicos em toda a Ilha de Upaon-Açú, incluindo São Luís. E como filiado ao PRTB, o apóstolo é o único candidato representante da direita na capital do Maranhão. Com isso, o nome de Sílvio Antônio vem se fortalecendo e as articulações políticas parecem estar se arregimentando em torno do nome do apóstolo, que com certeza receberá apoio da parte do presidente Bolsonaro e do seu vice Hamilton Mourão.

Em São Luís, cerca de quarenta por cento da população é evangélica. Diante da atitude de Eduardo Braide, em relação aos evangélicos, muitos pastores deixaram de apoiar o candidato do PODEMOS para focar na candidatura de Sílvio Antônio. Dentre eles, muitos presidentes de convenções. Essa, inclusive, é a posição da União de Pastores. “Nós, pastores e pastoras de São Luís, decidimos apoiar o apóstolo Sílvio Antônio como candidato a prefeito de São Luís, porque o conhecemos há 25 anos, sabemos de sua reputação e é um nome excelente”, disse em um vídeo o pastor Joás Albuquerque, atual coordenador da União de Pastores.

.A candidatura de Sílvio Antonio, na visão do próprio candidato e na de alguns pastores, está incomodando. Um dos pontos altos é o número de evangélicos em São Luís. Além disso, a vice na sua chapa, a exemplo da de Eduardo Braide, também é militar e, na visão de muitos, tem até mais expressão do que a do candidato do PODEMOS. Nosso projeto é diferente do projeto da esquerda. Nós valorizamos os princípios cristãos como a família e outros. Que são os mesmos princípios católicos. Vou cuidar das crianças e das famílias, destacou o candidato, acrescentando que, além disso, sua candidatura não tem conchavos políticos. É um fato novo, diz ele. Sílvio Antonio explica que, em São Luís, o PRTB e o Aliança estão unidos em razão de um novo projeto de governo para o município. Acreditamos que, no período da campanha, nosso nome vai crescer muito, finaliza o candidato.


ECONOMIA: A ICÓGNITA DO "RENDA CIDADÃ"

 

A ICÓGNITA DO “RENDA CIDADÔ

 

O governo de Jair Bolsonaro anunciou ontem, 28/09/2020, a criação do programa “Renda Cidadã” que vai substituir o Bolsa Família, criado no governo Lula. Sem informar qual será o valor do novo benefício e o custo total do programa, o governo federal diz que novo programa vai beneficiar também o auxílio emergencial, que termina em dezembro.

O anúncio traz poucos detalhes e veio após meses de expectativa em torno da criação de um novo programa de transferência de renda para a população carente. Isso é visto dentro do governo como um importante trunfo. Por que? Porque  acende a perspectiva de manter o ganho de popularidade do presidente Bolsonaro, obtido depois da adoção do auxílio emergencial para proteger os brasileiros mais pobres do impacto da pandemia de coronavírus na economia.

Os tempos são de alerta. E já começa pela demora para criação do novo benefício — que originalmente seria chamado de Renda Brasil — que decorre da dificuldade de garantir recursos para um programa de elevado custo. Principalmente num momento de crise fiscal e despesas limitadas pelo Teto dos Gastos, regra que restringe o crescimento das despesas à inflação.

Bolsonaro, na sua fala, explica que o governo está buscando recursos com responsabilidade fiscal e respeitando a lei do teto. Segundo ele, a intenção é mostrar à sociedade, ao investidor, que o Brasil é um país confiável. Ele falou isso após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, com os líderes do governo no Congresso e com outros parlamentares para discutir o novo programa.

Apesar da explicação do presidente, logo após o anúncio já surgiram críticas entre economistas. A crítica gira em torno da proposta do governo de retirar recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e do pagamento de precatórios. O tom da crítica gira em torno dos valores que a União tem de pagar por decisão judicial para financiar o Renda Cidadã.

O senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC Emergencial, explicou que a proposta do governo é o Renda Cidadã incorporar os R$ 34,8 bilhões previstos para o Bolsa Família em 2021. Além disso, a ideia é usar até 5% do aumento dos recursos do Fundeb, recentemente aprovado no Congresso, para o novo programa.

Em síntese, a terceira fonte de recursos virá da criação de um limite anual para os gastos com precatórios equivalente a 2% da Receita Corrente Líquida da União, o que liberaria parte dos R$ 55 bilhões previstos para essa despesa na proposta de Orçamento do governo para 2021.

A PEC Emergencial, da qual o senador Bittar é o relator, é uma proposta de emenda à Constituição que busca criar gatilhos para redução de despesas da União, inclusive com corte de salários dos servidores. A intenção do governo federal é criar o Renda Brasil também por meio dessa PEC.

Resta saber é o que vem por aí, a parir de 2021. Se o governo não criar políticas de crédito para produção e desenvolvimento para a população carente, com acompanhamento técnico e fiscalização regionalizada, vamos enfrentar uma crise de tamanho hercúleo com precedentes inexplicáveis. O povo tem que trabalhar, produzir e fazer a economia girar em torno do desenvolvimento social e econômico.

 

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Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

ELEIÇÕES 2020 — Artigo: O SILÊNCIO DO FENÔMENO — PR. BATTISTA SOAREZ

 

O silêncio do fenômeno


 


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PR. BATTISTA SOAREZ
Escritor, jornalista, teólogo, sociólogo e professor universitário
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A PALAVRA FENÔMENO tem uma explicação em especial. Alguns lexicógrafos a definem como, dentre outros significados, “pessoa que se distingue por algum talento extraordinário”. Quero me ater a este ponto para falar das eleições de 2020, em particular do pastor Fábio Leite.

Mas, antes de falar diretamente do pastor candidato, quero dizer algo sobre minha experiência em análise política como jornalista e escritor.

Nunca fui candidato, embora tenha recebido convite por algumas vezes. Todavia, minha experiência com política tem a mesma idade da minha vida jornalística: 35 anos. Comecei em 1985 no jornalismo, e sempre transitando no meio político e, portanto, escrevendo sobre política. Fui assessor de comunicação em duas casas legislativas e dei consultoria de gestão em algumas prefeituras no estado. Com isso, aprendi muita coisa sobre política. Aprendi, inclusive, com as decepções e mentiras que existem no meio. Não há escola de mentira maior do que na política.

Em síntese, meu primeiro contanto com um ensaio sobre política se deu ainda no final da década de 1980, quando li Wolfgand Leo Maar o qual escreveu o livro O que é política?, publicado pelo antigo Círculo do Livro. No seu texto, Maar escreve o seguinte: “A política é uma referência permanente em todas as dimensões do nosso cotidiano na medida em que este se desenvolve como vida em sociedade”.

Portanto, uma vez que a política é parte da nossa vida diária, me tornei no mínimo um observador da política. Aprendi, ao longo da minha carreira jornalística, que política serve para se atingir o poder. E daí por diante, política é simplesmente a própria atividade exercida no plano desse poder. Na maioria das vezes, é um jogo sujo e injusto. Logo fica claro que a lógica das eleições descortina o sentido de que elas, as eleições, são armas que servem para confirmar ou para transformar realidades. O grande problema é quem vai operacionalizar essas armas.

Durante as entrevistas que fiz com o pastor Fábio Leite, vi um homem visionário. Um cidadão que nutre respeito pela vida e que tem uma visão acima de tudo planetária: centrada na “pessoa” e em “pessoas”. Quando recebeu o convite de um grupo para ser candidato, Leite silenciou, olhou seguidamente para os lados e asseverou: “me deem um tempo para eu orar”. Alguns dias se passaram, nova reunião. Fábio Leite, mais uma vez, foi ponderado nas palavras: “Eu só entro na política, se Deus for junto comigo. Se Ele não for comigo, pois saibam que eu não irei”.

Dias mais tarde, depois de entender a confirmação de Deus, Leite aceitou o convite. Renunciou a capelania militar e mais recentemente ficou sem igreja para pastorear. O pastor José Guimarães Coutinho, presidente da Assembleia de Deus em São Luís, não aceitou o pastor Fábio ser candidato e pastorar ao mesmo tempo. Teve de entregar a área onde pastoreava. As renúncias do pastor em prol da sua candidatura, portanto, demonstram um ato de fé e coragem, diante daquilo em que ele acredita.

De conduta ilibada e pai de família exemplar, pastor Fábio Leite é benquisto no meio evangélico, nas comunidades e nas instituições por onde trabalhou, inclusive na Polícia Militar do Maranhão. Seu nome chegou a ser cogitado para ser candidato a vice-prefeito ao lado de Eduardo Braide. Mas Braide rejeitou nomes ligados à igreja evangélica, optando por uma escolha de natureza ideológica. Escolheu a professora e policial militar Esmênia Miranda. Segundo Braide, a escolha se deu “pela sua história, competência, capacidade, trabalho na educação e história de vida”. Com isso, subestimou o insubestimável.

Como tudo na vida tem uma lógica, a escolha do candidato Eduardo Braide não parece agregar muita coisa que venha contribuir para sua vitória rumo à prefeitura. A menos que haja um milagre. Ele teria que escolher um nome que pudesse ser peso na sua eleição logo no primeiro turno. Agora, por conta do erro estratégico, vai ter de enfrentar uma coesa união de grupos com muito dinheiro no segundo turno. Braide esqueceu que o peso da soberba só puxa para baixo, levando à queda  já dizia Salomão, o grande sábio da Bíblia. E soberba parece que tem sido o problema do candidato do PODEMOS.

Depois de uma reunião de grupo favorável a Braide, conversei pessoalmente com o então pré-candidato informando que iria lhe ligar para uma entrevista. No dia seguinte, liguei dezenas de vezes, mas fui ignorado por ele. Mandei mensagem via whatsapp, mas Braide leu e mais uma vez me ignorou, o que prova um certo tom de soberba e menosprezo. Não sei se pelo jornalista ou pelo pastor evangélico. De qualquer forma, foi um menosprezo a um eleitor de São Luís. E para ser bem claro, não costumo votar em político metido a besta.

No geral, é pura ingenuidade de quem quer que seja ignorar ou subestimar, nos dias de hoje, a igreja evangélica como grupo social. As igrejas evangélicas, juntas, somam mais de 30 por cento da população de São Luís. É um grande público capaz de definir qualquer eleição. Se Braide perder as eleições 2020 para prefeito, será por conta da sua escolha mal orientada. Caso ocorra, ficarão a lição e o exemplo para futuras situações políticas.

Política é multiplicidade resultante de estratégias da ciência do marketing e das relações. As facetas, no bom sentido, não podem ser ignoradas. Existem “política” e “políticas”. Uma delas, como disse Maar, goza de indiscutível unanimidade. Então, nesse cenário de “política” e “políticas”, os personagens e/ou atores precisam estabelecer visão do “todo” e do “mínimo”. Do “mais” e do “menos”. E isto vai além da referência ao poder político, à esfera da política institucional.

Um deputado ou um órgão de administração pública são políticos para a totalidade das pessoas. “Política” é... relações com pessoas. “Políticas” são... relações com negócios, com a “coisa” adversante. Há um espaço onde tudo isso se realiza. Esse espaço é um ambiente formador de visão. Se o candidato ignorar isso ou cometer erros estratégicos porque não tem visão, como acaba de fazer o candidato Eduardo Braide, haverá perdas consideráveis e, portanto, redução de possibilidades. Será que Braide tem noção do que isso significa? Ficou claro que não. O Braide carismático não tem visão estratégica do espaço “político”. Ignorou o ignorável. E tomou decisões com base meramente em “políticas” e relações de “negócios” adversantes. E agora? É esperar pra ver.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

ELEIÇÕES 2020: PR. FÁBIO LEITE

 

Cresce apoio ao Pr. Fábio Leite

Candidato a vereador por São Luís, o pastor surpreende recebendo apoio maciço de lideranças evangélicas

Por Battista Soarez

(De São Luís-MA)

 


O pastor Fábio Leite (PODEMOS), candidato a vereador de São Luís, vem surpreendendo muita gente na última semana. Ele recebeu apoio considerável da Assembleia de Deus, campo do Tirirical-São Cristóvão, liderada pelo pastor Oziel Gomes, um dos líderes mais importantes da AD no Maranhão.

Depois de uma reunião do colegiado, na segunda-feira, 14, a liderança da igreja em todas as áreas lideradas pelo pastor Oziel Gomes se fez unânime em torno do nome de Fábio Leite.


No culto de terça-feira, 15, em que toda a liderança da igreja do campo do Tirirical-São Cristão — que compreende os bairros São Cristóvão, Tirirical e todos os outros bairros do entorno da BR 135 até Estiva — se reuniu em assembleia geral, o apoio a Fábio Leite foi consolidado. Leite falou à igreja e às lideranças de todas as áreas e, depois, se ajoelhou no púlpito para receber oração dos fiéis. Com isso, o candidato ampliou consideravelmente a sua base de apoio para a sua campanha eleitoral.

“Fiz uma articulação excelente no campo da Assembleia de Deus do Tirirical-São Cristóvão, que é o segundo maior campo da nossa denominação”, pondera Fábio Leite.

Ex-capelão da Polícia Militar do Maranhão e ex-candidato a vice-prefeito de São Luís, Fábio Leite é candidato apoiado pelo pastor José Guimarães Coutinho, pastor-presidente da Assembleia de Deus em São Luís, com mais de cem pastores de áreas sub sua liderança. Agora são dois grandes campos, São Luís e Tirirical-São Cristóvão, que se uniram em torno da candidatura de Fábio Leite. Além da Assembleia de Deus, outras denominações estão aderindo à candidatura do pastor Fábio.

Na zona rural, o candidato do PODEMOS também está recebendo apoio de várias lideranças comunitárias. Com isso, Fábio Leite vem crescendo politicamente e sua eleição dá sinais de certeza no dia 15 de novembro. “Como pastor e cidadão, só posso contar com Deus e com o povo”, observa Leite.

O nome de Fábio Leite chegou a ser ventilado como candidato a vice-prefeito na chapa de Eduardo Braide. Mas Braide ignorou o nome de alguém ligado à igreja evangélica e, possivelmente, reduziu a possibilidade de ser eleito logo no primeiro turno. Cometeu, finalmente, um grave erro estratégico na escolha do vice e, agora, vai ter de enfrentar um segundo turno arrojado com sério risco de não ser eleito. O nome do pastor Fábio Leite traria a igreja evangélica em peso para o candidato Braide e as eleições certamente seriam definidas no primeiro turno.