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domingo, 7 de janeiro de 2024

COLUNA LEITURA LIVRE

Por Battista Soarez
(Jornalista e escritor)
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Esquerdismo, corrupção e desmocratização do Brasil
Como a trama criminosa se proliferou na política do país, tanto na esquerda quanto na direita

O espírito esquerdista é uma questão ideológica que define o comportamento político quer na esquerda quer na direita | Foto: Divulgação/Internet 

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SEGUNDO OLAVO DE CARVALHO, "o pioneiro inconteste na investigação do fenômeno 'Foro de São Paulo' foi o advogado paulista José Carlos Graça Wagner" (Digesto Econômico, set./out./nov./dez. de 2007).

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Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão 

Mas o que ele falou? O que ele disse sobre essa rede de corrupção que assumiu, com toda força, o poder de governança sobre nossas cabeças e, com relação a isso, nos sentimos cada vez mais impotentes e sem direção? Olavo disse que José Wagner, em 1995, já falava do assunto com aguda compreensão da sua importância histórica e estratégica.

Por volta de 1999, a documentação que Wagner vinha coletando sobre a origem e as ações da entidade lotava um cômodo inteiro da sua casa, e uma prova da criteriosidade intelectual do pesquisador foi que só a partir de então ele se sentiu em condições de começar a escrever um livro a respeito. Mas, infelizmente, segundo Olavo, a obra não foi concluída, por uma série de razões, inclusive por motivos de saúde e batalhas judiciais.

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A perigosa investigação em que o Dr. Wagner se metera teve algo a ver com a repentina liguidação de uma carreira profissional até então marcada pelo sucesso e pela prosperidade. O advogado tinha negócios nos Estados Unidos e matinha nas bibliotecas de Miami e de Washington D.C. que ele coligia a maior parte do material sobre o Foro de São Paulo.

Nos últimos tempos, o Dr. Wagner buscava encontrar provas de uma ligação íntima entre o Foro e uma prestigiosa entidade da esquerda poderosa norte-americana, que é o chamado "Diálogo Interamericano". Mas essas provas parecem desnecessárias diante de tudo que metade da América e parte do mundo já conhecem por outros e abundantes sinais, ou seja, que os líderes mais barulhentos do Partido Democrata são notórios protetores de movimentos revolucionários e terroristas.

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Os personagens da esquerda, em geral, são vampirescos e isso parece justificar o começo da ruína pessoal do Dr. Wagner depois de uma entrevista que ele concedeu ao "Diário Las Américas". O jornal é uma importante publicação de língua espanhola em Miami. E, na entrevista, José Wagner falava do Foro de São Paulo e de suas relações perigosas com o "Diálogo Interamericano".

Isto envolve muita coisa. Os juristas, os jornalistas, os políticos experientes, os consultores nacionais e internacionais sabem --- por questões de suas relações profissionais e diplomáticas --- que essa matéria inspira uma lógica investigativa pelo viés de determinado aspecto enigmático do problema. Todos nós jornalistas políticos, com conhecimento em geopolítica e razoável noção de apocalíptica, sabemos que o esquerdismo político é o grande protagonista de uma tomada de poder para dominar o mundo de uma maneira obscurum per obscurius, para fazer referência ao que dizia Olavo de Carvalho.

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O Foro de São Paulo e outros grupos de ideologia universalista estão trabalhando dia e noite, noite e dia, para, exatamente, dominarem o mundo com a crença de que Sataniel --- a figura sagrada das irmandades secretas --- é o filho primogênito de Deus, o qual perdeu a posição original no plano divino por ter se rebelado contra o Criador Deus. No final dos tempos, segundo tal crença, Sataniel lutará com Cristo, o segundo filho de Deus que assumiu o lugar do primeiro, e conquistará sua posição de volta. Os principais líderes da esquerda trabalham com tal crença religiosa e acham que esse tempo chegou. Esse é o segredo das irmandades secretas que controlam, por meio das ideologias de esquerda, os poderes políticos e econômicos no mundo.

Olavo disse que será possível colocar em bases mais sólidas a questão do "dialogo" (o grande enigma). Mas, antes disso, será preciso resolver outro enigma bem mais urgente e bem mais próximo de nós. Para ele, esse enigma pode ser formulado mediante o contraste entre duas ordens de fato.

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A primeira ordem diz respeito ao fato de que o Foro de São Paulo é a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dele, em regra, participam todos os governantes esquerdistas do continente sul-americano. Mas o Foro não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as FARC e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas.

Olavo chegou a dizer que nunca se viu, no mundo, em escala gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime. Eu já disse muitas vezes que a esquerda é uma rede mundial de corrupção e violência secreta. Sua cúpula é especialista em assassinatos de pessoas que configuram ameaças como fontes de informação a respeito de suas práticas criminosas. Seus assassinatos nunca são desvendados por especialistas em investigação policial.

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A segunda ordem é  um absoluto uso e controle da imprensa. A esquerda mundial financia os principais meios de comunicação do mundo --- os mais influentes --- e filtra o que eles devem ou não divulgar. Desta forma, eles constroem os discursos midiáticos por meio de narrativas agressivas e persuasivas para "ganhar" a admiração da sociedade e inculcar na cabeça das pessoas suas falsas verdades.

Durante dezesseis anos, por exemplo, todos os jornais, canais de TV e estações de rádio do Brasil --- todos, sem exceção, inclusive aqueles que mais se gabavam de primar pelo jornalismo investigativo e pelas denúncias corajosas --- se recusaram obstinadamente a noticiar a existência e as atividades do Foro de São Paulo em todos os tons possíveis e imagináveis.

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A grande verdade é que os esquerdistas conseguem hipnotizar, estupidamente, as pessoas de maneira que elas ficam hipnotizadas diante das hipóteses e narrativas mais temíveis que poluem seus cérebros e desorganizam suas estruturas mentais de tal maneira que essas pessoas ficam como doentes mentais e cegas que nada mais conseguem entender e enxergar.

Tudo isso tem um objetivo: a conquista dos governos do mundo para fazer reinar a política do mal --- corrupção, violência, desmocratização da sociedade, ditadura governativa, manipulação e domínio de poderes políticos e econômicos.

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sábado, 30 de dezembro de 2023

P O L Í T I C A 
Retrospectiva 2023: Atuação de Mical Damasceno tem enfoque em educação e valores cristãos

Por Battista Soarez
(Com Assessoria de Comunicação)


EM UM ANO MARCADO POR DESAFIOS, a deputada estadual Mical Damasceno (PSD) consolidou sua atuação na Assembleia Legislativa do Maranhão com iniciativas voltadas para a educação de qualidade e a defesa dos valores cristãos. Em retrospectiva, destacam-se propostas legislativas, momentos emblemáticos e significativas destinações de emendas parlamentares.


A indicação 3030/2023 foi um dos marcos do ano, visando a ampliação da Rede de Escolas Cívico-Militares no estado. "Queremos uma base sólida e valores cívicos para nossas crianças", afirmou a deputada, reiterando seu compromisso com uma educação robusta e fundamentada em princípios.


Mical Damasceno também se empenhou na proteção da liberdade religiosa com a indicação 3717/2023, que deu origem ao Programa Igreja Livre. Além disso, uma alteração na Lei nº 11.462 buscou assegurar um ambiente educacional mais inclusivo, retirando a obrigatoriedade da participação de professores em festas religiosas nas escolas.


A aprovação da Lei nº 11.945/2023 marcou o compromisso da deputada com a defesa da família, revogando legislações anteriores que impunham determinadas sinalizações sobre identidade de gênero em estabelecimentos comerciais.


O ano também foi pontuado por momentos de celebração e reconhecimento. A realização do 1º Círculo de Oração no Parlamento simbolizou a importância da fé na trajetória política da deputada. Além disso, sessões solenes dedicadas à família, ao capelão, às crianças e à Reforma Protestante evidenciaram o comprometimento de Mical com os valores cristãos e sociais.


No que tange às emendas parlamentares, a deputada destinou 500 mil reais para retiros espirituais em diversas cidades maranhenses, reforçando a importância da cultura evangélica. Outros 500 mil reais foram direcionados ao Hospital Aldenora Bello, evidenciando sua preocupação com a saúde da população. Em parceria com o Governo do Estado, uma ambulância foi enviada para Santa Inês, demonstrando ação conjunta em prol do bem-estar da comunidade.


Ao finalizar o ano legislativo de 2023, Mical Damasceno reafirma seu compromisso com o povo do Maranhão, reforçando sua atuação para uma sociedade mais justa, educada e fundamentada no valores cristãos.




quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Entre Natal e Ano-Novo | Coluna Leitura Livre | Por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE
Por Battista Soarez
(Jornalista e escritor)
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Entre Natal e Ano-Novo
Sentido e significado das datas históricas em que se celebra o paganismo cristão, se comemora o consumismo econômico e embriagam-se de engodos religiosos

Natal e Ano-Novo são datas de origem pagã em que o consumismo é celebrado com extremo exagero | Foto: Divulgação/Internet.
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O NATAL, para início de conversa, é uma das datas mais importantes para os cristãos. Assim como a Páscoa, a celebração natalina tem a pessoa de Jesus como ponto central. Na Páscoa é celebrada a ressurreição de Cristo. Já o Natal se volta para o seu nascimento. Mas será mesmo que essas datas festivas têm alguma coisa que ver com o Cristo do Evangelho da verdade?

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Uma das minhas formações é teologia, da qual, também, sou professor. Por isso devo dizer que, do ponto de vista bíblico, o Cristo que é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14.6) é bem diferente do Cristo das festividades natalinas. Como Filho Unigênito de Deus, o Cristo do evangelho do Reino é a Porta de entrada de Deus Pai, Criador dos céus e da terra, na essência humana. Ele é o Verbo que se fez carne, significando, assim, a manifestação de Deus em carne humana para que os homens pudessem compreendê-lo essencialmente melhor. E esta verdade está totalmente distante do Natal celebrado pelos homens meramente religiosos, pelos que buscam interesses econômicos, pelos que aproveitam o momento festivo para celebrarem sua vida de pecado e luxúria, pelos beberrões, pelos feiticeiros e adúlteros — apenas para citar algumas diferenças e razões.

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O manual da fé cristã é a Bíblia Sagrada, na qual está contida a história da relação divina com a humanidade e a qual é, portanto, a fonte de todo conhecimento a respeito de toda a verdade sobre arrependimento, perdão de pecados, salvação e vida eterna. No livro sagrado não diz que o Natal celebrado pelos homens é isso. Pelo contrário, a Bíblia afirma que o Senhor Jesus Cristo, nascido de Deus Pai, veio ao mundo como caminho para salvação de todo aquele que nEle crê. E crer significa aceitar a verdade do evangelho de poder, santo e verdadeiro como orientação para a vida eterna.

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Para a fé cristã, Deus veio — por meio do Cristo da história sagrada (não confundir com o Jesus histórico) — habitar entre os homens, tornando-se igual a nós, humanos, para ser o “Cordeiro de Deus” e, desta maneira, tirar o pecado do mundo (João 1.29b). Portanto, se o Natal é a celebração a respeito do nascimento de Jesus, por que os mesmos homens que o celebram são os mesmos que rejeitam o Senhor Jesus? Por que não o buscam, ao invés de escarnecerem da data comemorativa do seu nascimento com suas festas pagãs, suas bebidas, seus adultérios e, o que é pior, seus distanciamentos? Por que não param tudo para ouvirem a sua Palavra de sabedoria e graça salvadora?

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Não há nenhum registro histórico de que Jesus tenha nascido no 25 de dezembro. A única coisa que a Bíblia relata com clareza é que Jesus nasceu em Belém da Judeia. Mas quando? Não se sabe. De onde, então, surgiu a relação entre Natal e 25 de dezembro? A origem, na verdade, está relacionada a uma festa pagã que foi cristianizada pelo mundo romano. Esta data diz respeito ao solstício de inverno que é celebrado na Europa. Logo, a ideia é ocidental. Os romanos celebravam essa festa ao deus Sol desde o mundo antigo. No novo mundo, com a propagação do cristianismo como religião oficial do Império Romano, a data foi cristianizada.

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O Natal, uma vez cristianizado pelos romanos, passou a integrar o calendário romano no dia 25 de dezembro por volta do ano 350 d.C. Além disso, a data, assim como outra qualquer, passou a ser uma celebração majoritariamente comercial. Além de outras finalidades meramente religiosas — do ponto de vista do Evangelho do Reino, Jesus não é religião — e mundanas, o Natal tornou-se data de dar e receber presentes e, portando, de aumentar as vendas e as lucratividades. Virou calendário meramente festivo e comercial, assim como o Ano-Novo, que logo se torna velho e os homens continuam com suas velhas práticas de injustiça, violência e pecados, de todo tipo. É mera tradição do mundo moderno que não tem significado nenhum para Deus.

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É importante lembrar que existem religiões que não comemoram o Natal. Os mulçumanos, os judeus ortodoxos, os budistas e outros tipos de religiosos não comemoram o Natal, uma vez que Cristo não representa figura sagrada de suas religiões. Isso não significa que tais religiosos não aproveitam a data história como oportunidade para reunir a família e celebrar momentos de alegria. Afinal de contas, hoje as famílias estão bastante misturadas em termo de religiões.

No mundo atual, o Ano-Novo é comemorado no dia 1º de janeiro e corresponde a uma comemoração baseada no calendário gregoriano, que é o calendário cristão ou ocidental. Todavia, a história do ano-novo é antiga, já que algumas civilizações da antiguidade comemoravam a passagem de ano entre final de março e 1º de abril. Para os judeus, por exemplo, abril é o primeiro mês do ano, e não janeiro, tendo em vista o fim do inverno e a chegada da primavera.

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No império romano, esse dia era celebrado em homenagem ao deus Jano, que era o deus das mudanças e transições. No ano 46 a.C, o imperador Júlio César decretou que nesse dia seria comorado o ano-novo, baseado no calendário juliano. Mas somente no final do século XVI da era cristã, essa data foi oficializada, pela igreja católica, como a adoção do calendário gregoriano. E assim a história foi se passando e, hoje, a data ficou fixada no dia 1º de janeiro.

Historicamente, o significado do ano-novo é esperança, renovação e mudança. Assim como o Natal, a data virou período de festejo, consumismo e lucratividade, Todavia, nem todas as culturas comemoram a data como chegada de ano-novo.

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Para os chineses, o calendário é lunar e, portanto, a data não é fixa. Ela pode acontecer em janeiro ou fevereiro, a depender das fases da lua. Os judeus, por sua vez, chamam o ano-novo de Rosh Hashaná, A comemoração dura dois dias, entre final de setembro e início de outubro, o sétimo mês do calendário judaico. Na comemoração não há barulho, como ocorre no mundo ocidental. Ela é celebrada em família com muito silêncio, meditação e orações. Na cultura judaica, portanto, essa é uma data extremamente importante em que é celebrado o aniversário do universo, marcando, assim, o nascimento do mundo e da civilização.

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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

COLUNA LEITURA LIVRE

Por Battista Soarez
(Jornalista e escritor)
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Os céticos também têm alma
O que acontece após a morte com os que duvidam e desdenham da espiritualidade humana e da existência de Deus

Homens ricos e poderosos costumam desdenhar de Deus. Qual o destino das suas almas após a morte? | Foto: Divulgação 
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QUANDO VEJO HOMENS sorrindo entre os dentes como o ministro do STF, Alexandre de Moraes, ao ouvirem falar de Deus, a primeira coisa que vem à minha cabeça é um dizer de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, na sua obra Fenomenologia do Espírito, que destaca o fato de que “o Espírito rompeu com o mundo que até agora habitou e imaginou. Ele verdadeiramente nunca está em repouso, mas sempre empenhado em avançar”.

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Para Hegel, assim como para muitos pensadores que creem na espiritualidade, a frivolidade e o tédio que perturbam a ordem estabelecida, o pressentimento vago de algo desconhecido, estes são os arautos da mudança que se aproxima. Teve um momento na minha vida em que tentei apreender uma visão grandiosa do cosmo humano. Isso ocorreu durante a construção da minha intelectualidade, quando ainda muito jovem, lá pelos meus 15 e 16 anos de idade, e daí por diante até certo ponto.

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Lia muito. Pensava com razoável critério e escrevia textos caprichados, inclusive nas cartinhas para as namoradas da juventude. Procurava inserir essa visão intelectual nas minhas palestras nas igrejas por onde passava e sempre que tinha oportunidades de falar no púlpito. Até mesmo com as namoradas eu exercitava os meus discursos que futuramente passariam a compor as páginas literárias em jornais, revistas e livros. E assim, rapidamente, fui me tornando um pensador da espiritualidade e passei a construir ideias e opiniões muito autênticas. E foi assim que acabei me tornando um existencialista cristão, tornando-me um crente maduro. Não me deixo, portanto, ser levado pelo emocionalismo espiritual e nem me permito cair no abismo do ceticismo do pensamento secular.

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Quem lê meus livros percebe, com clareza, que a literatura que escrevo é uma sociologia filosófica e teológica que dá nítida importância à noção de responsabilidade pessoal e espiritual, sempre refletindo sobre o significado da escolha e das decisões pessoais, francamente individualista — se não também extrínseca — e enfática com relação à importância das paixões na existência humana. Isto inclui não só emoções admiráveis e compaixão, mas, também, disposições de ânimo e emoções sombrias como desespero, resignação, raiva e angústia.

Geralmente, tenho muito cuidado em minimizar a importância do indivíduo e enfatizar, em seu lugar, o primado social e sua compreensão abrangente do mundo espiritual. Homens céticos ou ateus são o contraste da existência espiritual e promovem a angústia na tomada do controle sobre nossas vidas. Quando reflito sobre “destino” e “fado” vejo a futilidade da tomada de decisão individual em face das forças assoberbantes dos homens que detêm o poder da governança.

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Poder e dinheiro afastam os homens da presença de Deus e apontam para as “vantagens” ludibriosas das paixões mundanas. Puro engodo. O poder constrói uma dialética suprapessoal e rouba a consciência espiritual das criaturas humanas. O poder e o dinheiro levam as pessoas a pensarem que não existe Deus ou que, se Ele existe, no mínimo deverá estar subordinado a elas. Que lástima! É exatamente esse engodo de crença que as levará para o lugar de tormento eterno. Infelizmente, só depois da morte é que homens como Alexandre de Moraes (se não se arrepender de suas injustiças), Flávio Dino (se não se arrepender das maldades do seu coração), Lula (se não reconhecer a Jesus como Senhor), Battista Soarez (se não permanecer em Cristo) e, enfim, todos aqueles que duvidam e desdenham do Criador iremos perceber que o inferno existe e que rejeitar a Deus e brincar com Ele é uma atitude ou decisão que custará o valor das nossas almas para toda a eternidade.

O contraste e a confrontação entre o idealismo dos céticos — dentre eles religiosos falsários, políticos, juristas, intelectuais, empresários, milionários e outras categorias de poder temporal — e a convicção de fé dos cristãos corretos permanecem emblemáticos no que concerne aos problemas filosóficos dominantes do nosso tempo. Os céticos também têm alma. Por isso, a despeito de todas as questões do pós-modernismo, do entusiasmo e do furor pela economia global, e de exortações sobre “a nova ordem mundial”, o que continua intratável é a nossa necessidade pessoal e coletiva de entender, com clareza, nosso lugar no mundo.

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As criaturas humanas são cegas e ingratas. E, diante delas, podemos lançar as seguintes perguntas: como devemos viver e como deveríamos enfrentar dificuldades e tragédias esmagadoras na vida?; como deveríamos pensar sobre a morte e lidar com ela? Estas não são indagações ocidentais em contraposição a indagações orientais ou do Terceiro Mundo. Estas, de fato, são questões universais que se apresentam às pessoas mais sofisticadas e afortunadas do mundo e, em geral, aos membros do STF, aos políticos, aos governantes do mundo, aos camponeses da China, aos intocáveis na Índia e, consequentemente, aos habitantes das menores aldeias da África, da bacia amazônica e das ilhas dos Mares do Sul. Vejamos: o tráfico quase instantâneo da informação global traz as opções e tragédias da vida humana à nossa própria soleira.

Os céticos também têm alma. Por isso pensam. Por isso têm sentimentos. Por isso sentem dores e tristezas. Por isso choram. Por isso amam. Por isso, inconscientemente, têm necessidade de refletir e falar sobre Deus, religião e espiritualidade. Afinal de contas, a alma é o centro da inteligência, das emoções, dos desejos e das vontades. Ela é o elo de comunicação entre o pneuma e o somático, isto é, entre o espírito e o corpo. Portanto, é ela que peca, é ela que se arrepende, é ela que, após a morte, leva o ser humano ao juízo eterno. Não queira morrer, enfim, mergulhado nas águas procelosas do ceticismo, sem Deus, sem perdão e sem salvação. E ponto final.

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quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

COLUNA LEITURA LIVRE
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Por Battista Soarez
(Escritor e jornalista)
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Dino e o STF
O que significa a entrada do ex-governador do Maranhão para a Suprema Corte

Flávio Dino é sabatinado nesta quarta-feira por senadores | Foto: Divulgação 
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NESTA QUARTA-FEIRA (13/12), ocorreu a sabatina de Flávio Dino no Senado Federal, como indicado do presidente Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF). Dino sempre almejou o cargo que agora vai ocupar. Sua postura, como político de carreira, deixa claro um ar de ganância por poder e dinheiro, convém deixar isso bem claro. Agora, a partir daí, muitas águas vão rolar.

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Dino, antes de qualquer coisa, não mede esforço para atingir seus objetivos na escala do poder. Não respeita ninguém que atravessa no seu caminho e é extremamente sagaz, quando é para escolher aliados. Exemplo disso citam-se Márcio Jerry e Eliziane Gama que, mesmo sem competência política, chegaram onde estão graças ao apadrinhamento político com Dino. Em síntese, Flávio Dino não coloca ninguém no seu grupo político que ele não possa dominar.

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Jerry, na Câmara Federal, e Eliziane, no Senado, fazem somente o que Dino dita e ordena. O que ele pretende fazer, no passo a passo, todos nós, jornalistas, já imaginamos e sabemos: dominar o Maranhão e o Brasil, de alguma forma. Esta é a primeira análise que se pode fazer.

Aliás, Lula indicou Flávio Dino para o STF visando somar interesses com Alexandre de Moraes que, como vimos, demonstrou ser um instrumento da esquerda para um projeto global que envolve uma organização geopolítica que somente mais tarde será compreendida pelas pessoas no mundo.

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O Brasil é estratégico na preparação da América do Sul para a Nova Ordem Mundial. Por isso as viagens do Lula pelo mundo. Tem um fundamento geopolítico, geoeconômico, geossocial e, enfim, geo-historiológico em nível de organização mundial. Portanto, o jogo é político e geopolítico. Este é o primeiro ponto, por um lado.

Dino respondeu às perguntas com tranquilidade e sabatina não passa de mero protocolo institucional | Foto: Divulgação.

Por outro lado, tem um segundo ponto. Ninguém pode negar a experiência de Flávio Dino no campo jurídico. Foi excelente juiz federal e um competentíssimo professor de Direito na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Filho de um exímio escritor maranhense, Dino, desde criança, dedicou-se ao universo da leitura. E quem lê muito não tem como não ter sucesso na vida, a menos que seja alguém sem inteligência social e profissional.

No campo político, Dino acumulou mais experiência ainda. Foi deputado federal e governador do Maranhão por dois mandatos. Portanto, intelectualidade e experiência são o que não faltam ao novo ministro do STF.

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Sendo assim, pela ótica da crítica nacional, o perfil e a habilidade política de Dino poderão ser muito importantes na atual conjuntura em que o Supremo Tribunal Federal é questionado por diversos setores da sociedade, apresentando uma baixa aprovação popular, conforme vem sendo mostrado nas pesquisas.

Num recente discurso em Brasília, Dino mandou um recado para a nação brasileira: "No momento em que um político vira ministro do STF, ele deixa de ser político. Não tem mais preferência política nem para a esquerda, nem para a direita", disse ele.

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Isso pode significar que Dino, como ministro do STF, poderá assumir perfil articulador e pacificador. Isso mostra que ele poderá trabalhar no sentido de colocar ordem na interferência do STF sobre as soluções político-legislativas adotadas na esfera democrática, sejam elas de direita ou de esquerda. Isso seria estabelecer um posicionamento institucional menos engajado e ter ânimos para buscar o restabelecimento do desempenho institucional que é devido ao regime democrático. Enquanto isso, a justiça no Maranhão poderá estar sob absoluto controle do novo ministro. É o que os sinais da conjuntura política atual mostram. É só aguardar para ver.

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