I N T E R N A C I O N A L
Irã e Iraque fecham espaço aéreo após ataque israelense
Governo do Iraque disse que todos os voos seriam suspensos até segunda ordem por causa de 'tensões regionais' e pilotos são avisados de que espaço aéreo seria fechado no Irã.
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(Em trânsito)
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O IRÃ E O IRAQUE FECHARAM o espaço aéreo de ambos os países após o ataque israelense ao território iraniano na madrugada deste sábado (26), pelo horário local. As autoridades locais não forneceram mais detalhes sobre a medida até o fechamento desta matéria do Leitura Livre, à 01h03m, horário de Brasília.
As Forças de Defesa de Israel disseram que lançaram um ataque preciso contra alvos militares do Irã. Explosões foram ouvidas nos arredores de Teerã. Segundo a imprensa local, bases militares iranianas estavam entre os alvos.
A agência de notícias Associated Press informou que pilotos receberam um aviso de que o espaço aéreo de todo o Irã estava sendo fechado após o ataque israelense. Quatro explosões foram registradas em Teerã logo depois.
Além disso, a agência de notícias estatal do Iraque disse que todos os aeroportos do país iriam suspender seus voos até uma segunda ordem, devido a "tensões regionais". Irã e Iraque são países vizinhos.
Em um comunicado, Israel afirmou que está sendo atacado pelo Irã desde 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense. Naquele dia, centenas de pessoas foram mortas e mais de 200 foram sesequestradas. Vale informar que o Hamas e o Irã são aliados.
Ao anunciar que estava atacando o Irã, Israel disse que estava exercendo o direito de se defender.
"Como qualquer outro país soberano no mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas", afirmaram os militares israelenses. "Faremos o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel", concluíram
Há uma mistura desenfreada de ofensivas contra o Hezbollah, morte de lideranças e ataques com mísseis. É cada vez mais intensiva a escalada sem precedentes entre Irã e Israel. E é cada vez mais impressionante como os governos dos países exibem a ação dos seus poderes de ataque, com um egoísmo patético.
No dia 1º de outubro deste ano, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel. O ataque foi uma retaliação a mortes de aliados do governo iraniano, como Hassan Nasrallah, que era chefe do grupo extremista Hezbollah.
A mídia estatal iraniana afirmou que as autoridades de inteligência do país estão investigando o ataque. A imprensa local disse ainda que as explosões ouvidas podem ser resultado da atuação do sistema de defesa.
No dia 1º de outubro, mísseis lançados pelo Irã cruzaram os céus de cidades israelenses importantes, como Tel Aviv e Jerusalém. Boa parte do ataque foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel.
No fim de setembro, o Irã voltou a prometer uma resposta a Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
Após o ataque iraniano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a ação iraniana como um "grande erro" e afirmou que o Irã irá "pagar" pelo ataque.
O governo de Israel informou que duas pessoas foram feridas sem gravidade durante o ataque iraniano e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
O governo do Irã garantiu que qualquer contra-ataque de Israel resultaria em uma resposta "subsequente e esmagadora", além de uma "grande destruição" para infraestruturas israelenses. Além disso, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido.
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