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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

INTERNACIONAL | por Battista Soarez

Guerra: o começo do fim
Israel mata líder do Hamas e diz que a guerra não acabou, mas que é o começo do fim

Por Battista Soarez
(Em trânsito)

Yahya Sinwar, líder do Hamas, foi morto por forças israelenses| Foto: Divulgação 

O GOVERNO DE ISRAEL anunciou, nesta quinta-feira (17/10), a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, 61 anos, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Sinwar foi morto durante um confronto envolvendo mais dois militantes do Hamas e uma patrulha do Exército de Israel nas ruas da cidade. A identidade do corpo foi confirmada por testes de DNA realizados em Israel, onde Sinwar passou 22 anos preso.

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Sinwar era acusado por Israel de ser o principal arquiteto dos ataques do Hamas de outubro do ano passado, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos e fizeram 251 reféns. Chefe do Hamas na Faixa de Gaza, ele assumiu a liderança política do movimento de resistência palestino após o assassinato do líder anterior, Ismail Haniyeh, em Teerã.


'Começo do fim'

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a morte de Yahya Sinwar "embora não seja o fim da guerra em Gaza, é o começo do fim". A mensagem foi divulgada ontem à noite, horas depois de outra declaração de Netanyahu, afirmando apenas que a guerra continuaria. "A guerra ainda não terminou. É difícil e nos impõe um alto preço."

O presidente americano, Joe Biden, disse que conversou com Netanyahu e que enviaria o secretário de Estado, Antony Blinken, a Israel para retomar as negociações de cessar-fogo. "É hora de acabar com essa guerra e trazer os reféns de volta para casa."

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'Hamas não pode ser eliminado'

O Hamas admitiu hoje a morte de Sinwar e declarou que não libertará os reféns israelenses. Basem Naim, um integrante da cúpula política do Hamas, afirmou à agência de notícias France Presse que a morte de um líder não "elimina" o grupo. "O Hamas é um movimento liderado por pessoas que buscam a liberdade e a dignidade, e isso não pode ser eliminado", disse Naim.

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O Irã afirmou, por meio de sua representação na ONU, que o espírito de resistência se fortalecerá. "Sinwar será um modelo para jovens e crianças, que levarão adiante o seu legado pela libertação da Palestina". O grupo xiita libanês Hezbollah anunciou uma "fase escalatória" em sua guerra contra Israel.

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