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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista, teólogo e professor universitário)

Por que muita gente ignora a Deus?
Há um abismo de crença e uma lacuna de realidade nas relações entre a quântica do Sagrado e a lógica da humanidade

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação

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MUITA GENTE FAZ QUESTÃO DE IGNORAR A DEUS. No dia-a-dia, por onde tenho andado, percebo que muitas pessoas deixam de crer no Senhor porque, olhando pelo ângulo da teologia bíblica, são propensas a seguirem uma crença que lhes possa projetar a uma fé em algo literalmente visível. Por isso, como Deus não é visível no formato como os homens exigem que Ele seja, resolvem ignorá-lo em razão de algo mais concreto. O abstrato é mais viável para eles, embora Deus seja visível de muitas maneiras que os homens não percebem porque não entendem o mistério do Sagrado.

P U B L I C I D A D E

À nossa volta, o mundo real é, logo de pronto, uma coisa que desmistifica as relações dos seres humanos com a metafísica da alma e do espírito e suas complexidades no âmbito de uma psicologia cósmica pouco observada pela igreja mas que, pela teologia da ciência quântica, nos é provável uma grandeza que está para além das crenças humanas, que são meramente religiosas. Essa teologia quântica nos remete a um sentido bibliológico que vai nos provar que a vida com Deus, em Cristo Jesus, é uma dimensão pouco decifrável pelos homens. Por isso os homens não conseguem ver a Deus se não for pelas lentes da religião.

Como humanos, somos remetidos à ideia de um Deus Criador, mas logo tomamos assento na crença das limitações espirituais. Toda beleza, riqueza de cores e perfumes que existem na natureza dificilmente poderiam ser obra do acaso, resultado de uma explosão ou coisa assim. Poucos, depois de estudar muito, conseguem ver a Deus por outra forma que não seja religiosa e além dela.

Este mistério está qualificado e escondido em Romanos 11.33-36 que destaca o seguinte: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos".

P U B L I C I D A D E

Esse texto bíblico nos faz ver que a estrutura da organização do pensamento humano é muito insignificante diante do Deus em que os homens possam crer e conhecer sua dimensionalidade no âmbito da natureza eternal. Ela é Una. E os humanos não conseguem ver as coisas por este ângulo chamado nas Escrituras de unidade perfeita (João 17.21). Os homens só conseguem ver a diversidade e a divisão e, desta forma, dificultam a explicação de uma origem que não envolva sabedoria e inteligência.  E, por cima de tudo isso, temos o homem, uma criatura de extrema complexidade, que possui um mundo em si mesmo. Diferente de tudo que envolve a ciência de Deus da qual fala o apóstolo Paulo.

A grande diferença abismática existe entre o Deus Criador  dotado de incomensurável energia cósmica  e o homem  carregado de emoções múltiplas e dotado de capacidades exclusivas.  Mas o interessante é que o encontro entre essas duas realidades resulta numa clareza de fé e concretude. O homem, nessa posição, está limitado a sonhar, planejar, criar e desenvolver a si mesmo na redoma do mundo em que vive. Tudo, a partir daí, o homem pode sonhar, planejar, criar e desenvolver por meio do Criador, mas esse mesmo homem insiste em ignorar o Sagrado, como se Deus não existisse. Mas um dia, na eternidade, ele vai prestar contas com Deus e receber o seu devido castigo, porque já será tarde demais.

Ao pensar nisso, a pergunta crucial que podemos fazer é, logicamente, se os homens acreditam facilmente em Deus (quando creem) porque rejeitam a ideia de viver e relacionar-se com Ele ou porque outras insígnias estão à frente no caminho. Então, conclui-se: por que muitos homens fogem de Deus?

P U B L I C I D A D E

Diante dessa questão de natureza existencial, alguém mais ousado poderia responder que a causa desta fuga é a mesma que fez Adão esconder-se no Éden. Isso mesmo: o pecado seria a resposta mais imediata. Ele envergonha e diminui o homem, levando-o ao desacreditamento da sua própria natureza, mesmo que ele não perceba isso, e o afasta de Deus tanto quanto o norte dista do sul.  O pecado é como uma mancha que o homem tenta esconder, mas da qual não se pode limpar a si próprio.

O pecado transformou o homem criado por Deus em uma sombra dele mesmo. E, porque se sente nesta condição, esse mesmo homem procura evitar todo e qualquer contato com o seu Criador. Tem gente que deixa de ir à Igreja ou simplesmente de ler a Bíblia e orar. Não consegue mais olhar os céus com senso inteligente de adoração e nem reconhecer mais o som da voz de Deus. São como a luz do sol que declina ao final do dia. Mas quem é o homem, para ignorar a Deus?

Libertar-se desta situação é uma árdua tarefa espiritual que os homens empreendem, quase sempre sem muito sucesso. E a razão é simples. Deus é quem se responsabiliza pela tarefa de levantar o homem caído. Assim como o homem é criação de Deus, tendo caído, é por Deus que ele será restaurado à sua condição original. O homem não pode a si mesmo se levantar, mas precisa ser levantado pelo Deus que o criou.

P U B L I C I D A D E

Pelo que vejo e sinto, os homens fogem de Deus porque possuem uma ideia errada do que seja Deus. E, aí, eles buscam a Deus, erradamente, nas religiões. Mas Deus não está nas religiões. Nem as religiões estão em Deus. Eles buscam reconhecer a Deus não como o Criador e Controlador do mundo, mas como um pajé que alimenta suas crenças numa realidade putativa, que de fato não existe. Os homens confundem Deus com a maioria dos donos de propriedades e de pessoas que há por aí e que quase sempre são tão exigentes, querendo tudo para ontem sem nada dar para o amanhã. Os homens pensam em Deus como uma "coisa" objeto de suas crenças descabíveis e não como o Supremo Magnífico, o Grande EU-SOU.

Por conseguinte, os homens fogem de Deus porque não sabem como é adorável e amorosa a sua companhia. Ignoram quão revigorantes são os seus cuidados e as suas palavras. Desconhecem que seus mandamentos são para a vida e não para a servidão, expressando todo o amor e compaixão que Ele possui para com os homens. Os homens fogem de Deus porque não amam e acham que Deus não deve amar também. Os humanos são escravos do ódio e, como Caim, fogem do Senhor. Muitos dão a mesma resposta que Caim deu para Deus diante da pergunta: "onde está o teu próximo e o teu semelhante?"... "Não sei. Por acaso sou tutor do meu semelhante?"... E aí decidem caminhar na escuridão. Porque quem não sabe do seu semelhante e para ele se recusa olhar, ignora a Deus e, como Caim, caminha nas trevas da escuridão.

Mesmo no âmbito da igreja a gente observa que os homens desconhecem que, em Jesus, está a resposta de Deus para o pecado do mundo. Nele e na sua cruz está a fonte de liberdade (a partir da libertação do pecado) e dos efeitos destruidores que o pecado causa. Na ressurreição de Jesus Cristo está a resposta para a redenção e restauração do homem, mas este desconhece o que isto significa. Se os homens pudessem perceber o amor que Deus demonstra ao entregar seu Filho à morte por nós, sendo nós ainda pecadores, dificilmente eles fugiriam do Senhor.

P U B L I C I D A D E

Em última análise, o Senhor Jesus Cristo tentou mudar a ideia que os homens possuem de Deus, ensinando que Ele é o Pai amoroso que aguarda a volta do seu filho pródigo para festejar seu retorno à casa do pai que nunca o esqueceu. Ele é o Pastor de ovelhas que sai em busca da desgarrada, perdida, e se alegra quando ela é encontrada. É a mulher que varre a casa toda em busca de uma pequena moeda sumida e que comemora ao encontrá-la novamente.

Jesus, nosso Mestre e Senhor, tentou ensinar uma única verdade: que Deus está em busca do homem. Mas o homem, ignorando todo o amor de Deus, continua a fugir dele. O Diabo, inimigo de Deus e do homem, entra na vida e na mente dos que fogem de Deus e causa um estrago terrível no mundo por meio de instrumentos de transformação social como a política, a educação, a cultura, a arte, a justiça humana e outros. Dá para perceber porque o Brasil atual está do jeito que está?

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

NACIONAL | por Battista Soarez

N A C I O N A L 

Câmara aprova texto que cria cadastro para monitorar facções após acordo englobar também as milícias 

A proposta original não incluía as milícias, mas uma emenda do deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) incluiu os grupos criminosos no escopo do projeto

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) um projeto que cria um cadastro nacional de monitoramento de facções criminosas e inclui as milícias no rol de organizações fiscalizadas. O texto segue para o Senado.

P U B L I C I D A D E

A proposta original não englobava as milícias, mas uma emenda do deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) incluiu os grupos criminosos no escopo do projeto.

Um acordo costurado pelo PSOL junto ao relator, deputado Da Cunha (PP-SP), incluiu a palavra na proposta e ajudou na votação simbólica do texto, quando a aprovação é feita por acordo, sem registro de votos.

“Milícias e facções criminosas violam a lei e subjugam os moradores das comunidades onde operam de forma brutal. É importante que qualquer ação do Estado que vise o combate às facções criminosas também se destine às milícias, pelo fato de se tratarem ambas de organizações criminosas que desafiam o poder do Estado”, afirmou Vieira.

Estima-se que mais de 23 milhões de brasileiros vivem em áreas dominadas por milícias ou facções do tráfico. O Brasil, na verdade, é um país dominado pelo crime. Tanto pela política do crime, quanto pelo crime da política.

A proposta define facção criminosa e milícia como sendo a organização criminosa que tem nome, regras e hierarquia próprias e são especializadas no tráfico de drogas ou de outros crimes que envolvam violência ou grave ameaça para domínio territorial ou enfrentamento aos órgãos ou agentes de Estado.

Conforme o texto, poderão fazer parte do cadastro pessoas que tenham sido condenadas --- já sem a possibilidade de recurso --- por ser integrante de organização criminosa.


domingo, 8 de dezembro de 2024

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista e teólogo)

O fenômeno da ingratidão
Quando as pessoas a quem mais ajudamos são as mais indiferentes e as que mais nos desprezam

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação
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AO LONGO DA MINHA CAMINHADA como homem simples, observador e correto, inclusive nas minhas relações, tenho aprendido duas coisas que, honestamente, são a base de quase todos os parâmetros da nossa cotidianidade. Primeira, nunca devemos fazer o bem a uma pessoa pensando que nalgum dia ela irá retornar para manifestar sua gratidão pelo bem que recebeu. Segunda, a ingratidão, normalmente, é um instrumento de autodestruição para o ingrato que se mantém resistente em não reconhecer o que se fez por ele. Cedo ou tarde, um dia a conta chegará.

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No decurso da ingratidão, as pessoas ingratas acham que têm direito a coisas e favores por merecimento e até parece que o fato de você ser benevolente para com elas é uma questão de favor em relação ao que elas recebem e ao que você fez em relação a elas.

Antes de mais nada, a gratidão é uma virtude moral. Um aspecto relevante, saudável e positivo do desenvolvimento humano. Comprovada pela ciência, ela é valorizada por todos os povos e em todas as culturas. A gratidão existe quando reconhecemos que alguém prestou um benefício, um auxílio ou um favor ou que provocou alguma situação positiva em relação a nós, sendo também uma forma de reconhecer e valorizar alguém.

A ingratidão, em geral, é um comportamento que afeta relacionamentos, comunidades e sociedades como um todo. Definida como a falta de conhecimento ou apreciação por fatores, ajuda ou benefícios recebidos, essa atitude pode ter consequências profundas.

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Tal sentimento passa pelo egoísmo e pelo individualismo. A busca por interesses pessoais pode levar à negligência dos esforços alheios. Neste caso, a falta de empatia se faz presente e entra em cena a dificuldade em entender e valorizar sentimentos e necessidades dos outros.

Nesse cenário, as expectativas não realistas se manifestam. E, de fato, esperar recompensas ou reconhecimento excessivos é uma situação fantasiosa. Traumas e experiências negativas podem estar relacionados a histórias de abuso ou negligência que podem gerar desconfiança e ingratidão. Tenho visto isto ao longo do meu trabalho como psicoterapeuta. Cultura e educação também têm a ver com ambientes que não valorizam gratidão e respeito.

Manifestações da ingratidão destroem relacionamentos afetivos. Geram desrespeito e falta de consideração em casamentos, amizades e famílias. No ambiente de trabalho, a falta de reconhecimento por contribuições e esforços geram demissão e indiferenças graves. Nas  comunidades, a ingratidão implica em desinteresse em causas sociais e voluntariado.

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Com relação à saúde mental, a ingratidão causa depressão, ansiedade e isolamento. Causa, ainda, conflitos sociais, protestos, violência e desordem.

A ingratidão tem consequências severas como, por exemplo, destruição de relacionamentos, perda de confiança e intimidade.

Estresse e ansiedade são impactos negativos na saúde mental das pessoas e desmotivação, falta de inspiração e propósito são problemas corriqueiros. Sem contar o isolamento social como, por exemplo, distanciamento de amigos, familiares e comunidade. A ingratidão também causa prejuízo à reputação, perda de credibilidade e respeito.

Para superar a ingratidão é necessário praticar a gratidão, é claro. Registre coisas positivas diariamente e desenvolva empatia. Também é necessário ouvir ativamente e entender perspectivas. Cultive humildade e reconheça limitações e sempre agradeça a ajuda recebida.

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Estabeleça limites, comunique necessidades e expectativas. Busque apoio, terapia, grupos de apoio ou mentorias.

A ingratidão, finalmente, é um desafio complexo que exige autoconhecimento, empatia e mudança de atitude. Entender suas causas e consequências é essencial para superá-la. Ao cultivar gratidão, respeito e humildade, podemos construir relacionamentos mais saudáveis e fortalecer comunidades, família e ambiente de trabalho.

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

PARLAMENTO | por Battista Soarez

P A R L A M E N T O
Assembleia Legislativa aprova novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos servidores
Reformulação do PCCV dos servidores foi um dos principais compromissos assumidos pela presidente Iracema Vale logo que passou a chefiar o Legislativo maranhense
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Por Battista Soarez | Agência Assembleia 
(De São Luís - MA)

Servidores da ALEMA agradecem aos parlamentares pela vitória | Foto: Biaman Prado 
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NESTA TERÇA-FEIRA (3/12), em um dia histórico, a Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) aprovou o novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos servidores efetivos do Legislativo estadual, uma demanda antiga, atendida na gestão da presidente Iracema Vale (PSB). Com faixas de agradecimento à chefe do Parlamento e aos deputados, os funcionários assistiram à sessão e aplaudiram muito a aprovação do Projeto de Lei nº 494/2024, que segue para a sanção do governador Carlos Brandão (PSB).

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Iracema Vale destacou a importância do diálogo para a atualização do PCCV. “Foi a presidente da Casa que convidou o sindicato para o diálogo. E a gente vem conversando com o servidor, vem avançando em pautas importantes para o servidor efetivo desta Casa, que culminou com o PCCV. A Presidência da Casa sempre foi aberta a todos e, principalmente, aos servidores”, afirmou a chefe do Legislativo estadual em seu discurso.

Com o novo plano, os trabalhadores terão ganhos remuneratórios reais e vão poder usufruir de um reajuste salarial que supera as perdas inflacionárias registradas nos últimos anos. O Projeto de Lei nº 494/2024, que dispõe sobre o PCCV dos servidores efetivos da Assembleia Legislativa, foi votado em regime de urgência, por meio de um requerimento de autoria da Mesa Diretora, e aprovado por unanimidade pelos parlamentares dada a relevância da matéria.

A atualização do PCCV é um marco não apenas para a Casa, mas também para os trabalhadores, pois nenhuma outra gestão da Assembleia havia se comprometido antes em fazer a revisão dos padrões remuneratórios e de outros direitos dos funcionários.

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“Quando eu entrei na Assembleia Legislativa, me doía muito ver uma faixa enorme, uma faixa reivindicando o PCCV dos servidores. E eu não podia tirar a faixa, porque era uma realidade. O servidor estava há 20 anos lutando por seus direitos, lutando para ter um Plano de Cargos e Carreiras e Vencimentos”, lembrou Iracema Vale.

Dep. Iracema Vale, presidente da ALEMA | Foto: Biaman Prado 

A presidente Iracema Vale também pontuou em seu discurso as ações realizadas em benefício dos servidores e do bom andamento dos trabalhos legislativos da Casa. Uma dessas ações foi a realização do concurso público, com todos os aprovados dentro das vagas previstas já chamados, além de outros excedentes que também foram convocados para suprir as vagas em aberto.

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Outra ação destacada foi a implantação do Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI), que facilita o processo de aposentadoria daquele servidor que muito já contribuiu com o Legislativo maranhense. Outro destaque foi a reabertura do restaurante e a ampliação dos serviços de saúde em prol não apenas dos servidores, mas também dos seus dependentes.

Aprovação

O presidente do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa (Sindsalem), Nataniel Serejo, comemorou a aprovação do plano, resultado de décadas de luta da categoria, destacando principalmente a atuação da presidente Iracema Vale na condução e concretização desse trabalho.

“Tivemos alguns presidentes que sequer nos receberam. Tivemos outros que nos receberam, mas não fizeram nada. Com a deputada Iracema, tivemos um apoio bem maior. Ela reformou o plano e fez também o Plano de Aposentadoria. Tudo o que a presidente prometeu, ela cumpriu. Todos os pontos que solicitamos foram atendidos”, pontuou o líder sindicalista.

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Pedro Costa, servidor há 47 anos na Assembleia, disse estar bastante satisfeito e contemplado com a reformulação do plano. “Foi uma luta árdua. O nosso presidente Nataniel e o nosso diretor Luís Carlos Noleto já vem lutando há muito tempo, mas com a graça de Deus e o bom senso da nossa presidente Iracema Vale, conseguimos realizar o nosso sonho”, afirmou.

Mudanças

Após a sanção do governador Carlos Brandão, o plano deve entrar em vigor a partir de maio de 2025. Entre as principais conquistas dos servidores com a atualização do PCCV está a alteração na organização dos padrões remuneratórios, com diminuição do prazo de progressão, acréscimo de mais uma classe funcional e aumento no ganho de cada faixa (de 2,5% para 3%, nos casos de progressão, e 5% nas promoções).

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Também foi feito o reconhecimento por lei dos reajustes salariais concedidos por via judicial referentes aos percentuais de 21,7% e 6,1%, proporcionando igualdade de remuneração e segurança jurídica.

Outra mudança foi a atualização da tabela dos adicionais de qualificação em 15% e a criação da gratificação por especial desempenho. Também fica garantida a previsão em lei do reajuste no valor do adicional de qualificação e da função gratificada sempre que houver reajuste no vencimento.

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domingo, 1 de dezembro de 2024

POLÍTICA | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista e teólogo)

Um indiciamento aloprado

A esquerda política brasileira quer forjar os fatos para decretar prisão do ex-presidente Bolsonaro 

Jair Bolsonaro é indiciado e está nas mãos do STF | Foto: Divulgação

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O JULGAMENTO HISTÓRICO e aloprado que Jair Bolsonaro e aliados podem enfrentar por trama golpista tem ampla característica de forçarção de barra para por o ex-presidente na prisão. A trama tem orientação do presidente Lula para desestabilizar a direita e manter a esquerda no poder nas eleições de 2026.

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Essa denúncia contra o ex-presidente dará início a um caso que deve se arrastar para além de 2025 e, enquanto isso, o esquema montado envolvendo o STF e outras estruturas políticas e judiciárias vão estar trabalhando para estabelecer a ditadura socialista no Brasil.

Especialistas em criar narrativas são muito bem pagos para montar todo o esquema. Fruto de quase um ano de trabalho, o calhamaço de 884 páginas que contém o relatório da Polícia Federal a respeito da tentativa de golpe está nas mãos agora de Paulo Gonet, o procurador-geral da República, a quem caberá decidir se denunciará ou não os envolvidos ao Supremo Tribunal Federal. Para a PF, não há dúvidas de que Jair Bolsonaro planejou, dirigiu e executou a trama, só não levada adiante por conta da falta de apoio da cúpula militar. Mas qual é falha alegada? A história, na verdade, ainda está muito mal contada. O senso de vingança por parte do presidente Lula é, de fato, uma patologia grave no atual sistema político brasileiro.

Enquanto o comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, deu sinal verde ao movimento, os chefes do Exército (general Freires Gomes) e da Aeronáutica (tenente-brigadeiro Baptista Júnior) se opuseram firmemente à tentativa de ruptura democrática urdida nos subterrâneos do Planalto. Esses e outros detalhes do enredo foram reconstituídos na investigação, que resultou no indiciamento de Bolsonaro e de 36 aliados, entre ex-ministros, altos oficiais das Forças Armadas e ex-membros do seu governo.

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O indiciamento de Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas — dentre elas ex-ministros de seu governo — por tentativa de golpe de Estado gerou reações distintas no governo e na oposição.

Do lado do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pedido discrição de seus aliados sobre o caso. Lula não quer politizar o que, para ele, tem que ser um assunto da Justiça. Não interessa ao presidente um acirramento da polarização política. Isso significa que a orientação de Lula é sigilosa e o que ele tinha de fazer já fez. Agora, os próximos passos estão nas mãos de Flávio Dino e Alexandre de Moraes. A intenção é prender Bolsonaro e pronto!

Do lado dos bolsonaristas, eles viram sua principal ambição no Congresso, o projeto de lei (PL) da Anistia — para perdoar condenados pelos atos golpistas e, eventualmente, beneficiar Bolsonaro — perder força. Com isso, optaram por criar um fato novo insuflando a proposta de emenda à Constituição (PEC) do Aborto, um tema caro à direita conservadora.

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Nesse jogo de poder, Lula orientou ministros e aliados a manterem moderação nas declarações sobre o relatório da Polícia Federal, que acusa Bolsonaro de liderar e planejar atos golpistas. A decisão reflete uma preocupação em não dar munição aos adversários políticos, que poderiam explorar o episódio como "perseguição política".

A estratégia busca restringir o debate à esfera judicial, evitando que o tema ganhe mais força no campo político e inflame o país.

Embora Lula não esteja impedindo ministros de comentar os indiciamentos, o presidente tem recomendado "sobriedade" nas declarações. E assim as coisas caminham como sempre ocorreu na política brasileira. Os políticos não se elegem para trabalhar em favor do país, mas, sim, para brigarem por cargos, dinheiro e poder. Que lástima!

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De fato, integrantes do governo Lula fizeram comentários mais comedidos sobre as conclusões da Polícia Federal, na comparação com outras vezes em que Bolsonaro foi alvo de investigações. A polícia federal é uma instituição séria mas, no governo Lula, tem sido instrumento de vingança e tomada de poder. Infelizmente.


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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

POLÍTICA | por Battista Soarez

P O L Í T I C A
Cármen Lúcia decidirá o futuro da presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão com cautela
Ministra terá que cumprir a lei para evitar desgaste da imagem do STF.
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Por Battista Soarez 

Ministra Cármen Lúcia do STF | Foto: Divulgação 
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O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) analisa uma ação do partido Solidariedade que busca alterar o resultado da eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão. A ação questiona a posse da deputada Iracema Vale (PSB), vencedora do pleito, e tenta assegurar o cargo ao deputado Othelino Neto (Solidariedade).

P U B L I C I D A D E

O caso reflete a judicialização crescente na política brasileira. Questões antes pacíficas, como o critério de desempate por idade, previsto na Constituição, agora são debatidas judicialmente, mesmo com sua longa tradição. E é isso que a mostra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deverá considerar. Nesse caso, Iracema Vale logrará êxito na ação por ser mais velha que o deputado Othelino Neto.

Essa situação expõe a contradição no discurso político. Apesar das críticas à suposta interferência do Judiciário, são os próprios políticos que recorrem à Justiça quando enfrentam derrotas, transferindo ao STF decisões que deveriam ser resolvidas no campo legislativo.

Na ação, o Solidariedade pede que a ministra Cármen Lúcia intervenha em um tema estritamente parlamentar. A solicitação inclui reinterpretar o regimento interno da Assembleia Legislativa, ignorando a regra que dá a vitória ao candidato mais velho em caso de empate.

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Mais uma vez, o Judiciário é pressionado a intervir. No entanto, são os políticos, incapazes de aceitar reveses, que levam disputas internas ao Supremo, contrariando o discurso de autonomia legislativa.

Certamente Iracema continuará, sim, no cargo, haja vista que a justiça dificilmente decidirá contra o que reza a Constituição Federal.

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