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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista e teólogo)


Voo ao céu das prioridades
Estabelecimento de metas e tomada de decisões para ser bem sucedido a partir de 2025

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação
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DIA DESSES PASSEI UMA TARDE TODA conversando com o pastor Alex Martins, fundador e presidente da UNICAJE (União de Capelães e Juízes de Paz) e pastor da Assembleia de Deus em São Luís, localizada no Barra Mar. Determinado e temente a Deus, pastor Alex é um homem de sucesso porque, com ousadia e muitas ideias, sabe administrar as prioridades e gerenciar o tempo necessário para colocá-las em prática.

P U B L I C I D A D E

Conversando com esse homem de Deus, aprendi que a gente pode ter uma vida melhor se decidirmos conhecer princípios que regem a ordenação das prioridades. Percebi que as condições em que, por vezes, a gente se encontra e o alvo a que nos dirigimos são coisas que dependem das metas que estabelecemos ou venhamos a estabelecer, bem como das nossas prioridades. Pastor Alex passou-me a ideia de que, para que acertemos nossas prioridades, precisamos observar certos princípios que orientam a determinação de metas.

Pr. Alex Martins (UNICAJE) | Foto: Divulgação

Na prática, isso significa que a gente vê que o segredo do sucesso é fixar as metas e prioridades certas, e jamais desviar delas os olhos. Pensando nisto, lembrei do que Jesus disse em certa ocasião:

Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus (Lucas 9.62).

Isto quer dizer que a política administrativa no reino de Deus é não olhar para o que ficou para trás. Jesus está nos dizendo, com isto, que o segredo da eficácia na ação produtiva é foco. Se a gente não coloca foco nas atividades que queremos executar, ou que estamos executando, os resultados serão minúsculos. Pastor Alex Martins, no dia a dia das coisas que ele administra, fez-me ver que cada pessoa, como ele, recebe de Deus a capacidade e a liberdade de escolher o tipo de vida que quer levar, seja nos negócios, na família, no ministério cristão ou mesmo na vida pessoal. O que se quer realizar e o que se quer conseguir. Tudo começa com a organização em ordem de suas prioridades e com a identificação de metas.

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O pastor Edilson Lins, líder na nossa Missão no Projeto Nova Alcântara (PNA), disse-me certa vez:

Quando estou construindo, eu não vejo o projeto em construção. Eu vejo ele pronto.

Ele é o maior construtor de casas que já vi na minha vida. Com ou sem dinheiro, ele constrói com a mesma habilidade. É um dom natural com o qual Deus o capacitou.

Vários pastores com quem converso me questionam:

Pastor Battista, esse negócio de escrever e publicar livros dá dinheiro? Você não quer parar com isso?

Normalmente, respondo a eles com outra pergunta:

Você ganha dinheiro sendo pastor de igreja? Você é pastor é para ganhar dinheiro? Porventura, você é pastor não é para ganhar almas e influenciar pessoas para Jesus Cristo? Você quer parar de ser pastor?

Em seguida digo a eles que não escrevo pensando em ganhar dinheiro. Ao escrever, meu foco é alcançar pessoas para o reino de Deus por meio daquilo que procuro fazer com excelência, que é escrever e publicar livros. Deus me chamou e me capacitou para pastorear por meio da literatura, do ensino e treinamento de pastores, obreiros e líderes. Esses pastores, obreiros e líderes, para os quais dou treinamento, vão alcançar vidas para Deus, aplicando o conhecimento que obtiveram de mim. Missionários que foram meus alunos nas décadas de 1990 e 2000, hoje estão ganhando almas em Portugal, África, Brasil e outros países. Há projetos sociais e missionários sendo executados no Brasil e fora do Brasil inspirados nos meus livros, inclusive no livro “A igreja cidadã”. Isto é a multiforme sabedoria de Deus agindo no mundo em forma de ministérios específicos.

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A igreja do pastor Alex Martins está começando a crescer e tem, diante de si, a perspectiva de grande sucesso.

Pastor Battista, eu trabalho com metas, planejamento e prioridades para não correr o risco de me comprometer com aquilo que eu não possa cumprir — disse-me pastor Alex, enquanto saboreávamos um delicioso caldo de cana com pastel recheado.

De fato, nossa atitude mental determinará as metas que iremos estabelecer. E as metas que estabelecemos, mais do que qualquer outra coisa, determinarão nossas prioridades e o ponto a que poderemos chegar. Isto se aplica a qualquer meta, seja ela espiritual, pessoal, profissional ou familiar. Não há diferença.

Sigmund Freud costumava dizer que estabelecer metas é uma coisa perigosa. Perigosa porque, quem as estabelece mas não as atinge, experimentará o fracasso. Isso aniquila seu respeito próprio e ele se transforma numa pessoa doentia e neurótica. Basicamente, Freud era contrário ao estabelecimento de metas. E isto por razões psicanalíticas que não interessam discuti-las neste artigo.

Mas o Dr. Viktor Frankl, de Viena, Áustria, disse que ter uma meta é muito importante. Na verdade, se uma pessoa estabelece uma meta e não a alcança, isso pode ser muito desastroso, se assumir uma atitude negativa em relação a ela. Mas não alcançar o alvo é menos perigoso do que não ter um alvo. Quando não temos um alvo que nos motiva a caminhar numa determinada direção, nos tornamos vazios e basicamente inúteis ou, no mínimo, perdidos no cotidiano da vida.

Frankl gostava de mencionar um fato bíblico do Antigo Testamento que narra a respeito de que Deus sempre mantinha uma coluna de fogo diante do povo durante a noite e uma nuvem durante o dia para puxar o povo para frente. E é isso que as metas representam para nós. Nunca conseguimos alcançar as nuvens. Nunca conseguimos alcançar o fogo. Mas essas narrativas nos provam que, quando estamos em Deus e Deus está em nós, nunca estamos sozinhos e nossas atividades sempre têm sentido, direção e proteção nEle.

Se estabelecermos um alvo e o atingirmos, mas não conseguimos expandi-lo, então começaremos a morrer.

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O Dr. Robert H. Schuller, que, enquanto viveu, foi pastor da igreja Catedral de Cristal nos Estados Unidos, aponta os seguintes alvos que devemos estabelecer em relação às nossas prioridades, conforme os apontamentos a seguir.

Comece com o pensamento da possibilidade. O pensamento da possibilidade é a admissão de que, se a ideia é boa, se é importante para Deus, se ajudaria pessoas que estão sofrendo, então deve haver um meio de se realizá-la. As metas, então, sempre devem surgir como solução de problemas, e não como “fantasias egocêntricas”. Em Mateus 19.26, Jesus diz: “Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível”. Ao fixarmos nossas metas, devemos admitir que é possível atingi-las, ainda que isso pareça impossível.

Oriente-se pelo seu sistema de valores. Suas metas deverão ser compatíveis, caso contrário serão combatíveis. Isso acontecendo, você sofrerá tensão, culpa e ansiedade interiores, e não poderá ser bem sucedido. Estabeleça valores que estejam em sintonia com Deus e sua Palavra, de modo que você fique certo de que, se for bem sucedido, ficará feliz com isso. E, se fracassar, sentir-se-á, também, feliz pelo fracasso, porque pelo menos constará que tentou realizar algo de belo para Deus.

Tenha o objetivo de crescer em qualidade e quantidade. Quem realmente cresce em qualidade, também cresce em quantidade, a menos que o mercado esteja saturado de seu produto. Isso significa, então, que, quando temos em vista o estabelecimento de metas, devemos procurar as áreas que restringem o crescimento. Um bom líder procura os obstáculos ao crescimento e estabelece metas de acordo com isso. Um bom líder cria métodos pelos quais seja possível corrigir os obstáculos que restringem o desenvolvimento, de modo que o indivíduo ou a instituição possam crescer até à sua capacidade máxima.

Observe e estude cuidadosamente seus preconceitos, suas “paixões” e seus interesses. Dr. Schuller diz que é bem provável que seja nessas áreas que venhamos a descobrir os pontos fracos. Porque o estabelecimento de metas deve objetivar a eliminação dos nossos pontos fracos, uma vez que todos nós os temos. Procure descobrir um setor de sua personalidade onde precisa crescer e amadurecer mais. Logo, identifique uma carreira livre em que você tenha pensado com frequência. Agora, escolha uma maneira de começá-la na forma de um pequeno projeto. O objetivo é produzir algo com base numa ideia atraente para você. Se sua ideia atraente é ser um pastor de sucesso, comece com um grupo de duas ou três pessoas. Essa experiência inicial não lhe será enfadonha e gradativamente o levará a uma grande igreja, conforme o tamanho de sua visão e sua capacidade para estabelecer metas. Pelo que percebi na nossa conversa naquela tarde toda, pastor Alex Martins trabalha nessa dimensão.

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Avalie o potencial de sucesso antes de estabelecer suas metas. Schuller pondera que, quase sempre, é possível fazer a avaliação de uma ideia, se ela poderá vir a ser um fracasso ou um sucesso, antes mesmo de começar, bastando perguntar: ela é prática?; atende a uma necessidade vital humana?; pode atingir altos níveis?; pode inspirar outros?; sua ideia pode determinar um marco na sociedade?; pode ser inspirativa?; é possível condicioná-la de tal maneira que as pessoas a desejem?; ela irá tocá-las emocionalmente? Se você é o primeiro a oferecer o máximo, diz Dr. Schuller, não poderá fracassar, a não ser que não tenha coragem para tocar para a frente.

Ao estabelecer metas, não permita que a liderança seja dominada por problemas. Devemos manter uma atitude positiva em relação aos problemas. Nunca transporte a fase da solução dos problemas para a fase de tomada de decisões. Não permita que os problemas sejam o fator orientador. As possibilidades, sim, é que o devem ser. A fase de tomada de decisões deve estar sempre separada da fase de solução dos problemas. Primeiro, tome as decisões. Depois, resolva os problemas.

Deixe que o tamanho do seu Deus determine o tamanho do seu sonho. Devemos elaborar metas bem amplas para que Deus possa “caber” dentro delas. Não esqueça que você jamais poderá fazer alguma coisa sem ajuda. Se você é alguém que já obteve sucesso na vida, isso só aconteceu porque outros o tornaram bem sucedido. A responsabilidade de estabelecer metas é sua. Mas para que elas sejam atingidas é necessário o trabalho de uma equipe. Cerque-se de pessoas resolutas e tementes a Deus. E afaste-se das egocêntricas e narcisistas. Tendo esses cuidados, enfim, estabeleça metas na área de trabalho em que você sinta prazer em executar. A excelência nos resultados está exatamente aí. Afinal de contas, quais são as suas metas e prioridades a partir de 2025? Pense nisso, execute e cresça.

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terça-feira, 24 de dezembro de 2024

POLÍTICA | por Battista Soarez

POLÍTICA

Iracema Vale anuncia sanção do PCCV dos servidores na tradicional festa de confraternização de fim de ano
A celebração aconteceu na noite desta segunda-feira, na Associação dos Servidores da Alema, no bairro Maiobão

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Por Battista Soarez | Agência Assembleia


Deputada Iracema Vale | Foto: Divulgação

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A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO MARANHÃO (ALEMA) realizou, na noite desta segunda-feira (23/12), na Associação dos Servidores, no bairro Maiobão, sua tradicional confraternização de fim de ano, reunindo deputados, servidores e seus familiares. Na celebração, a presidente da Casa, deputada Iracema Vale (PSB), transmitiu uma mensagem de paz e esperança em nome de todo o Parlamento Estadual e deu a notícia da sanção, pelo governador Carlos Brandão (PSB), do Projeto de Lei n⁰ 494/2024, referente ao novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos servidores efetivos da Alema.

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“É hora de agradecermos a Deus pela oportunidade de celebrarmos mais um nascimento de Jesus Cristo. Afinal, esse é o significado do Natal, Este não foi um ano fácil, devemos reconhecer. No entanto, foi um ano de muito trabalho e realizações. Por isso, digo a vocês que me sinto muito feliz de poder estar aqui nesta noite de confraternização, abraçando todos vocês. Nossa gratidão aos servidores e deputados que trabalharam conosco ao longo deste ano. Aproveito para anunciar que o governador Carlos Brandão aprovou o novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos servidores efetivos da Alema”, disse Iracema Vale, ao lado do deputado Roberto Costa (MDB).

Os presentes ocuparam as mesas dispostas no salão e na área do jardim, aproveitando a festa no embalo dos shows dos cantores Gargamel, Fabrícia e Parceiro Paz. Os artistas apresentaram repertórios ecléticos e dançantes, com direito a canções que relembraram as micaretas, já no clima do Carnaval 2025.

Além de se deliciarem com uma ceia caprichada, os servidores ainda participaram do sorteio de brindes natalinos. Cada servidor sorteado era convidado a retirar um papel e anunciar o próximo felizardo. O deputado Wellington do Curso (Novo) participou do sorteio, ajudando a retirar e anunciar os nomes dos servidores.

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“Aproveito para dizer que todos vocês são muito importantes para o trabalho dos deputados na Assembleia Legislativa do Maranhão. Por isso, estou aqui representando todos os 42 parlamentares. Agradeço a cada um de vocês pelo trabalho realizado em 2024. Muito obrigado!”, disse Wellington do Curso, que ainda sorteou o nome da jornalista Keith Almeida, do Complexo de Comunicação, que faturou um liquidificador.

Para os servidores, a festa de confraternização da Alema foi um momento marcante e de muito significado. “Nós trabalhamos muito ao longo do ano e é chegada a hora de nos divertir e renovar as esperanças nesta noite de congraçamento”, disse a consultora geral da Alema, Luzenice Macedo.

Maria Edileuza Silva Mendes ressaltou que, além de dividir o momento com os demais servidores, foi à festa também na intenção de receber um brinde durante o sorteio. “A gente nunca sabe se vai ser sorteado, mas sempre tem aquela esperança. Mas se não for, não tem problema, pois a festa já vale por si só. É hora de se divertir e reencontrar os amigos”, disse a servidora, lotada no setor de gabinetes.

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sábado, 21 de dezembro de 2024

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista e teólogo)

Adoração intensiva a um Deus Todo-poderoso
A caminhada cristã no cotidiano da fé

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação

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NUM DOMINGO RECENTE (15/12), tive mais uma experiência extraordinária no âmbito da fé cristã. Fui convidado para pregar num culto na área da nossa missão em Alcântara, conhecida como Projeto Nova Alcântara (PNA), onde moro atualmente. Não sabia nada a respeito da natureza do culto. Nesse caso, sem ter preparado um sermão específico, apenas orei ao Senhor Nosso Deus para que o Espírito Santo me conduzisse e me orientasse nas palavras.

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O Senhor, então, me orientou que me baseasse em Hebreus capítulo 11 e versículo 1 que nos diz: "Ora, a fé é a certeza das coisas que se não esperam, a convicção de fatos que se não vêem". Ao chegar no ambiente, percebi que o culto era de gratidão a Deus pela vida de um rapaz que foi despachado pelos médicos devido a um acidente grave de moto. Esse rapaz foi meu aluno no curso de técnico agrícola na nossa base missionária. As palavras que saíam da minha boca, tecendo comentários sobre o texto lido, faziam o semblante das pessoas brilhar porque tratava exatamente do objeto daquele culto de gratidão ao Senhor.

Não há dúvida de que Deus é soberano e está no controle de tudo. Ele trabalhou e trabalha na história da humanidade de maneira impressionante e surpreendente. Não podemos duvidar de que Ele é o Senhor do universo e está na onisciência de tudo o que está acontecendo no mundo. O universo é grande mas, apesar disso, Ele, como Deus, trabalha nos detalhes das pequenas e grandes coisas.

Uma das formas de adorar ao Senhor é crendo na sua soberania. Ter convicção de que Ele é o supremo governante sobre o mundo é estar certo de que Ele é o sustentador de tudo o que Ele criou. Deus é o Senhor da existência. Estou certo, portanto, de que a soberania de Deus no universo e na história da humanidade é o ponto central da nossa convicção de fé.

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Desta maneira percebo que a soberania de Deus nos fala de como Ele age no universo para que tudo e todos cumpram o seu plano divino. É importante pensar que tanto a natureza obedece o comando do seu magnífico poder (I Reis 17-18) quanto envolve a história da humanidade e o destino de todas as ações. Nos Salmos podemos ler, com frequência, louvor e exaltação por seu poder na natureza.

Pois sei que o Senhor é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses. O Senhor faz tudo o que deseja, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos. Faz subir as nuvens das extremidades da terra; faz relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus reservatórios” (Salmos 135.5-7). Em Salmos 104 a gente observa um exemplo de Deus guiando e dirigindo o reino animal. Vemos ali descrições deles fazendo a vontade de Deus e dependendo dEle para sua provisão.

No livro de Daniel (2.21) está escrito que: “Ele muda os tempos e as estações; remove e estabelece reis”. Lendo o Antigo Testamento, vemos Deus conduzindo a história de Israel, usando a Assíria para atingir seus objetivos naquela nação e, então, levando a Assíria à destruição. “Fiz isso diz o texto bíblico com a força da minha mão e com a minha sabedoria…” (Isaías 10.26). Uma nação que adora a Deus com sentido e significado intensivos cedo aprende, com a força da convicção, que uma guerra se vence mais facilmente de joelhos dobrados do que com a expertise das estratégias e o poder dos arsenais bélicos. Isto porque Deus é soberano, e quem o adora com convicção e intensidade jamais será envergonhado. Este princípio é válido tanto no mundo físico quanto no mundo espiritual,

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No discurso do apóstolo Paulo aos gregos, ele descreve sobre Deus (Atos 17.26) construindo uma narrativa direta entre o pensamento henoteísta grego e a fé cristã. A surpresa de Paulo em Atenas não era pela presença de ídolos, mas pelo excesso de divindades estranhas que não faziam nenhum sentido diante da história da criação que todos conheciam. Os gregos, por sua vez, não inventaram todos os deuses. Eles também eram herdeiros de esquemas anteriores de egípcios e persas.

Na verdade, Paulo estava diante de um problema múltiplo: havia um politeísmo técnico (filosófico) e um politeísmo religioso (mistológico). Os gregos tinham relação com a vida espiritual contemplativa. A “antropologia da experiência mística” traz a mistologia como reflexão sobre a experiência e sua tradução categórica. Havia muita transmigração de ritos, símbolos e crenças. Na chamada metamorfose das divindades encontram-se muitas adaptações, mutações e até mesmo aceitações intactas de símbolos de outras culturas. O politeísmo não obstante suas manifestações concretas de culto pode não ser mais que uma metamorfose de uma monolatria egípcia do culto de uma mesma divindade sobre a terra.

Paulo era um profundo conhecedor da religiosidade helenista, especialmente no que se refere ao confronto das igrejas paulinas e às associações religiosas ou escolas filosóficas do seu tempo. Além disso, nas cartas autênticas do Apóstolo, sem observar as cartas discutidas ou os próprios discursos de Atos dos Apóstolos, observa-se, com particular ênfase, o gênero da diatribe fortemente helenístico.

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Paulo, então, mostra aos gregos que não só Deus é soberano mas também seu governo é soberano. Podemos citar Davi como exemplo de alguém que encontrou conforto em um Deus soberano sobre sua vida (Salmos 31.14-15). E aí a gente pode ver a ação divina até mesmo nas ações acidentais da vida, como lemos em Provérbios (16.33): “A sorte se lança no colo, mas do Senhor procede toda decisão”.

Tiago, por sua vez, diz que podemos exaltar a soberania de Deus por meio de nossas orações. Ele cita o exemplo de Elias, “um homem como nós (Tiago 5.17), que através da oração afastou a chuva de Israel e depois pediu que ela retornasse. É claro que Deus estava no controle de tudo. Seu plano é sábio e infalível. Assim Tiago conclui que as orações dos justos são eficazes.

A soberania de Deus, enfim, nos leva à rendição. Devemos reconhecer a Deus, exaltar a Ele, nos submeter a Ele. O fim das nossas crises e ansiedades deve nos levar a nos dobrarmos diante dEle. Nós, humanos, somos sim seres limitados e Ele é infinito. Nós somos suas criaturas e Ele é o nosso Criador. Por isso adorá-lo intensivamente é nosso dever e nossa obrigação na condição de criaturas. Nós somos criaturas. E Ele é o Criador. Nós somos filhos. E Ele é o Eterno Pai.

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista, teólogo e professor universitário)

Por que muita gente ignora a Deus?
Há um abismo de crença e uma lacuna de realidade nas relações entre a quântica do Sagrado e a lógica da humanidade

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação

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MUITA GENTE FAZ QUESTÃO DE IGNORAR A DEUS. No dia-a-dia, por onde tenho andado, percebo que muitas pessoas deixam de crer no Senhor porque, olhando pelo ângulo da teologia bíblica, são propensas a seguirem uma crença que lhes possa projetar a uma fé em algo literalmente visível. Por isso, como Deus não é visível no formato como os homens exigem que Ele seja, resolvem ignorá-lo em razão de algo mais concreto. O abstrato é mais viável para eles, embora Deus seja visível de muitas maneiras que os homens não percebem porque não entendem o mistério do Sagrado.

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À nossa volta, o mundo real é, logo de pronto, uma coisa que desmistifica as relações dos seres humanos com a metafísica da alma e do espírito e suas complexidades no âmbito de uma psicologia cósmica pouco observada pela igreja mas que, pela teologia da ciência quântica, nos é provável uma grandeza que está para além das crenças humanas, que são meramente religiosas. Essa teologia quântica nos remete a um sentido bibliológico que vai nos provar que a vida com Deus, em Cristo Jesus, é uma dimensão pouco decifrável pelos homens. Por isso os homens não conseguem ver a Deus se não for pelas lentes da religião.

Como humanos, somos remetidos à ideia de um Deus Criador, mas logo tomamos assento na crença das limitações espirituais. Toda beleza, riqueza de cores e perfumes que existem na natureza dificilmente poderiam ser obra do acaso, resultado de uma explosão ou coisa assim. Poucos, depois de estudar muito, conseguem ver a Deus por outra forma que não seja religiosa e além dela.

Este mistério está qualificado e escondido em Romanos 11.33-36 que destaca o seguinte: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos".

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Esse texto bíblico nos faz ver que a estrutura da organização do pensamento humano é muito insignificante diante do Deus em que os homens possam crer e conhecer sua dimensionalidade no âmbito da natureza eternal. Ela é Una. E os humanos não conseguem ver as coisas por este ângulo chamado nas Escrituras de unidade perfeita (João 17.21). Os homens só conseguem ver a diversidade e a divisão e, desta forma, dificultam a explicação de uma origem que não envolva sabedoria e inteligência.  E, por cima de tudo isso, temos o homem, uma criatura de extrema complexidade, que possui um mundo em si mesmo. Diferente de tudo que envolve a ciência de Deus da qual fala o apóstolo Paulo.

A grande diferença abismática existe entre o Deus Criador  dotado de incomensurável energia cósmica  e o homem  carregado de emoções múltiplas e dotado de capacidades exclusivas.  Mas o interessante é que o encontro entre essas duas realidades resulta numa clareza de fé e concretude. O homem, nessa posição, está limitado a sonhar, planejar, criar e desenvolver a si mesmo na redoma do mundo em que vive. Tudo, a partir daí, o homem pode sonhar, planejar, criar e desenvolver por meio do Criador, mas esse mesmo homem insiste em ignorar o Sagrado, como se Deus não existisse. Mas um dia, na eternidade, ele vai prestar contas com Deus e receber o seu devido castigo, porque já será tarde demais.

Ao pensar nisso, a pergunta crucial que podemos fazer é, logicamente, se os homens acreditam facilmente em Deus (quando creem) porque rejeitam a ideia de viver e relacionar-se com Ele ou porque outras insígnias estão à frente no caminho. Então, conclui-se: por que muitos homens fogem de Deus?

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Diante dessa questão de natureza existencial, alguém mais ousado poderia responder que a causa desta fuga é a mesma que fez Adão esconder-se no Éden. Isso mesmo: o pecado seria a resposta mais imediata. Ele envergonha e diminui o homem, levando-o ao desacreditamento da sua própria natureza, mesmo que ele não perceba isso, e o afasta de Deus tanto quanto o norte dista do sul.  O pecado é como uma mancha que o homem tenta esconder, mas da qual não se pode limpar a si próprio.

O pecado transformou o homem criado por Deus em uma sombra dele mesmo. E, porque se sente nesta condição, esse mesmo homem procura evitar todo e qualquer contato com o seu Criador. Tem gente que deixa de ir à Igreja ou simplesmente de ler a Bíblia e orar. Não consegue mais olhar os céus com senso inteligente de adoração e nem reconhecer mais o som da voz de Deus. São como a luz do sol que declina ao final do dia. Mas quem é o homem, para ignorar a Deus?

Libertar-se desta situação é uma árdua tarefa espiritual que os homens empreendem, quase sempre sem muito sucesso. E a razão é simples. Deus é quem se responsabiliza pela tarefa de levantar o homem caído. Assim como o homem é criação de Deus, tendo caído, é por Deus que ele será restaurado à sua condição original. O homem não pode a si mesmo se levantar, mas precisa ser levantado pelo Deus que o criou.

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Pelo que vejo e sinto, os homens fogem de Deus porque possuem uma ideia errada do que seja Deus. E, aí, eles buscam a Deus, erradamente, nas religiões. Mas Deus não está nas religiões. Nem as religiões estão em Deus. Eles buscam reconhecer a Deus não como o Criador e Controlador do mundo, mas como um pajé que alimenta suas crenças numa realidade putativa, que de fato não existe. Os homens confundem Deus com a maioria dos donos de propriedades e de pessoas que há por aí e que quase sempre são tão exigentes, querendo tudo para ontem sem nada dar para o amanhã. Os homens pensam em Deus como uma "coisa" objeto de suas crenças descabíveis e não como o Supremo Magnífico, o Grande EU-SOU.

Por conseguinte, os homens fogem de Deus porque não sabem como é adorável e amorosa a sua companhia. Ignoram quão revigorantes são os seus cuidados e as suas palavras. Desconhecem que seus mandamentos são para a vida e não para a servidão, expressando todo o amor e compaixão que Ele possui para com os homens. Os homens fogem de Deus porque não amam e acham que Deus não deve amar também. Os humanos são escravos do ódio e, como Caim, fogem do Senhor. Muitos dão a mesma resposta que Caim deu para Deus diante da pergunta: "onde está o teu próximo e o teu semelhante?"... "Não sei. Por acaso sou tutor do meu semelhante?"... E aí decidem caminhar na escuridão. Porque quem não sabe do seu semelhante e para ele se recusa olhar, ignora a Deus e, como Caim, caminha nas trevas da escuridão.

Mesmo no âmbito da igreja a gente observa que os homens desconhecem que, em Jesus, está a resposta de Deus para o pecado do mundo. Nele e na sua cruz está a fonte de liberdade (a partir da libertação do pecado) e dos efeitos destruidores que o pecado causa. Na ressurreição de Jesus Cristo está a resposta para a redenção e restauração do homem, mas este desconhece o que isto significa. Se os homens pudessem perceber o amor que Deus demonstra ao entregar seu Filho à morte por nós, sendo nós ainda pecadores, dificilmente eles fugiriam do Senhor.

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Em última análise, o Senhor Jesus Cristo tentou mudar a ideia que os homens possuem de Deus, ensinando que Ele é o Pai amoroso que aguarda a volta do seu filho pródigo para festejar seu retorno à casa do pai que nunca o esqueceu. Ele é o Pastor de ovelhas que sai em busca da desgarrada, perdida, e se alegra quando ela é encontrada. É a mulher que varre a casa toda em busca de uma pequena moeda sumida e que comemora ao encontrá-la novamente.

Jesus, nosso Mestre e Senhor, tentou ensinar uma única verdade: que Deus está em busca do homem. Mas o homem, ignorando todo o amor de Deus, continua a fugir dele. O Diabo, inimigo de Deus e do homem, entra na vida e na mente dos que fogem de Deus e causa um estrago terrível no mundo por meio de instrumentos de transformação social como a política, a educação, a cultura, a arte, a justiça humana e outros. Dá para perceber porque o Brasil atual está do jeito que está?

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

NACIONAL | por Battista Soarez

N A C I O N A L 

Câmara aprova texto que cria cadastro para monitorar facções após acordo englobar também as milícias 

A proposta original não incluía as milícias, mas uma emenda do deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) incluiu os grupos criminosos no escopo do projeto

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) um projeto que cria um cadastro nacional de monitoramento de facções criminosas e inclui as milícias no rol de organizações fiscalizadas. O texto segue para o Senado.

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A proposta original não englobava as milícias, mas uma emenda do deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) incluiu os grupos criminosos no escopo do projeto.

Um acordo costurado pelo PSOL junto ao relator, deputado Da Cunha (PP-SP), incluiu a palavra na proposta e ajudou na votação simbólica do texto, quando a aprovação é feita por acordo, sem registro de votos.

“Milícias e facções criminosas violam a lei e subjugam os moradores das comunidades onde operam de forma brutal. É importante que qualquer ação do Estado que vise o combate às facções criminosas também se destine às milícias, pelo fato de se tratarem ambas de organizações criminosas que desafiam o poder do Estado”, afirmou Vieira.

Estima-se que mais de 23 milhões de brasileiros vivem em áreas dominadas por milícias ou facções do tráfico. O Brasil, na verdade, é um país dominado pelo crime. Tanto pela política do crime, quanto pelo crime da política.

A proposta define facção criminosa e milícia como sendo a organização criminosa que tem nome, regras e hierarquia próprias e são especializadas no tráfico de drogas ou de outros crimes que envolvam violência ou grave ameaça para domínio territorial ou enfrentamento aos órgãos ou agentes de Estado.

Conforme o texto, poderão fazer parte do cadastro pessoas que tenham sido condenadas --- já sem a possibilidade de recurso --- por ser integrante de organização criminosa.