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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista, teólogo e professor universitário)


O cristianismo nunca conheceu Jesus, o Cristo
Por isso pregamos um evangelho dotado de religiões e tradição, totalmente diferente do que Cristo ensinou.

O cristianismo, como mera religião, nunca conseguiu interpretar o que realmente Jesus ensinou.

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DESDE QUANDO ME CONVERTI, há 42 anos, nunca vi um pastor, um padre ou qualquer líder cristão pregando o que Jesus realmente ensinou. A igreja, que nos dias apostólicos era conhecida apenas como “o caminho” (Atos 9.2; 19.9; 24.22; João 14.6), com o passar dos tempos e ao longo da história, afundou-se em doutrinas religiosas e denominacionais, ignorando totalmente o Sermão da Montanha como o verdadeiro manual de conduta espiritual e prática no serviço cristão. Aliás, no Sermão da Montanha, Jesus ensinou princípios e não doutrinas. Ele sabia que doutrina, dada a sua particularidade, denominacionalidade, falibilidade e temporalidade, iria criar muitas barreiras culturais e outras questões de natureza tradicionalista. As denominações criam suas próprias doutrinas, e ficam longe dos princípios da justiça de Deus.

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Na sequência da história, a gente pode imaginar que uma certa solução para o problema da dicotomia “ser-fazer”, “teoria-prática”, poderia ser encontrada na maneira como o antigo povo hebreu pensava. Isto porque costumamos ler Jesus, Paulo e, enfim, o Novo Testamento, sob uma ótica grega. Como os estoicos, só olhamos para os bons costumes e, nisso, criamos nossas doutrinas, brigamos por elas e, por vezes, somos capazes até de morrer por elas. Como se elas se tornassem um “deus” para nós. E aí, por esse prisma, nos tornamos dualistas e separamos as coisas que, no pensamento judaico, são inseparáveis. Então, confundimos pensamentos meramente humanos com palavra de Deus. Palavras de homens são "coisa" religiosa e terrena. Enquanto que a Palavra de Deus é a Verdade infalível e eterna.

Do meu ponto de vista, é acidental a ligação entre a igreja estabelecida por princípios e a igreja regida por doutrinas. A igreja estabelecida por princípios inclui e/ou é includente (João 17.21-23). Ao passo que a igreja regida por doutrinas é excludente e, portanto, é uma igreja dividida.

Jesus, no entanto, nunca pregou exclusão. Jesus nunca pregou divisão. Pelo contrário, Ele orou a Deus Pai por uma unidade perfeita dos seus seguidores, tanto os da sua época quanto os que viriam a ser alcançados depois (João 17.21-23). Esta é uma ligação que existe na vida estabelecida por Jesus e que, por certo, define uma certa quantidade de nosso conhecimento sobre a natureza da fé em Deus que dá a possibilidade de escolher, no vasto mar de fenômenos, os mais essenciais. "Pai, que todos sejam um, como eu e tu somos um", disse Jesus. Com isto, o Senhor está dizendo que a igreja dEle é uma só, um só povo, corpo socioespiritual. Sem religião. Sem cultura religiosa. E sem tradição religiosa. Porque tradição religiosa invalida a palavra de Deus, conforme Jesus disse em Mateus 23.

Não menos real é a ligação entre a coluna do serviço cristão — realizado pela fé em Cristo e pelo chamado nEle — e a coluna da sociedade. Porque o serviço cristão, isto é, as formas de sua organização ao final das contas, determina também as formas das estruturas sociais em que a cristandade está inserida.

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Poderíamos tornar as colunas em uma ligação diferente? Não. Não se pode porque, por ligações diferentes, seriam feitas não entre o que é fundamental, mas com fatores secundários que não simplificariam, mas complicariam o nosso entendimento da realidade. Na verdade, o cristianismo, como religião, nada mais é senão um fato social complicado. Quanto mais os complexos ampliam os horizontes da fé revelando o real, as suas ligações básicas, mais os complexos, criando ligações artificiais, dificultam o entendimento da realidade para a sociedade.

Eis aí por que é importante que na pregação do evangelho de Jesus não deve existir um complexo geral, mas é importante que exista um complexo definido, ou seja, que possa realçar, da melhor forma possível, a ligação entre os fenômenos. Disso também decorre o papel dos complexos nas diferentes etapas do desenvolvimento da igreja na qualidade de corpo de Cristo. A igreja, ao longo da história cristã, quebrou o princípio da unidade e comunhão e perdeu, no contexto social, o princípio do poder e da autoridade na sua caminhada social e no seu fazer perante o mundo que Deus amou.

Quando eu digo que o cristianismo nunca conheceu Jesus, o Cristo, é porque, no seu percurso na história, ele deu à sociedade uma aproximação básica em relação ao fenômeno. E aí ficou esclarecido, para ele, o mais essencial na ligação dos grupos principais de fenômenos. Eu coloco fenômeno, aqui, como tudo o que está sujeito à natureza dos nossos sentidos ou que nos impressiona de um modo qualquer, física, espiritual e moralmente. Nos tempos modernos, a tarefa do cristianismo é dar à sociedade a possibilidade de orientação na realidade viva. Mas aqui a aproximação já deve ser mais profunda. Ela deve repousar no estudo do próprio fenômeno, nas suas leis internas e na sua lógica de desenvolvimento interna.

Somente com base no estudo aprofundado das classes específicas de fenômenos, da análise aprofundada de suas possibilidades futuras, pode-se dar conta plenamente da síntese do fenômeno. O cristianismo nunca conheceu Jesus, o Cristo. Cristo ensinou princípios. O cristianismo prega religiões e suas doutrinas religiosas e denominacionais. E qual a diferença? Princípios são infalíveis, universais e eternos. Doutrinas são falíveis, particulares (denominacionais), temporais e mutáveis. Podem ser alteradas. As religiões e/ou denominações religiosas são fundamentadas em doutrinas e tradições. Jesus é o Caminho, o Verbo (Logos) que se fez carne (sem religião, sem doutrina, sem tradição), e habitou entre nós, morreu e ressuscitou para salvação de todo aquele que nEle crer.

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Em Mateus 7.13-14, Jesus fala da porta estreita e da porta larga e espaçosa. Muitos entram pela porta larga, e poucos entram pela porta estreita. O cristianismo é uma porta larga e espaçosa. Ele é o largo caminho das religiões, e são muitos os que entram por ele. Jesus, entretanto, é a porta estreita e são poucos os que acertam entrar por ela. O cristianismo é o universo das religiões. Jesus é o caminho estreito, o Verbo divino, e poucos querem encontrá-lo de verdade.

Isto significa que o verdadeiro evangelho não dá margem para diversidade de sentidos. O caminho para a vida eterna é único e estreito porque segue numa única direção, totalmente diferente das religiões dos homens, que pregam múltiplos caminhos, com a desculpa pecaminosa de que todos eles levam a Deus. O que é um grande engodo.

Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6). Quando Ele diz “eu sou ‘o’ caminho”, significa que a porta para a salvação é uma só. E por que o cristianismo tem uma quantidade enorme de denominações? Justamente porque o cristianismo é mera religião, a porta larga e espaçosa com muitos caminhos, muitas denominações que geram uma complexidade absurda (muita confusão) na mente das pessoas. Enquanto isso, a vida eterna só tem uma porta: Jesus Cristo. Os muitos caminhos (religiões) levam à perdição. O único caminho (Jesus Cristo) leva à vida eterna.

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Sempre que viajo para pregar em alguma cidade fora do meu domicílio, as pessoas me olham de uma maneira diferente. E algumas acham minhas ideias impactantes e, geralmente, perguntam “por que”. Minha resposta, na maioria das vezes, é no sentido de que não fui chamado para servir particularidades denominacionais mas, sim, para falar à sociedade como cidadão do mundo que Deus amou. E o "amou de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Há grande diferença de fenômenos: em exercer o serviço cristão como pastor de igreja, e praticar o evangelho do reino como cidadão do mundo que Deus amou. Eu falo de Jesus à sociedade como cidadão do mundo. Cidadão do mundo que Deus amou e ama. Deus deu o seu Filho ao mundo. E, agora, envia a igreja ao mundo para pregar o evangelho do reino como cidadã do mundo. O evangelho do Reino não é religião. O evangelho do Reino é falar do Verbo que se fez carne (João 1.1-14).

Aprofundando um pouco mais esta questão, digo que entre as habilidades que devem ser dadas aos filhos do Reino, a habilidade principal é o ativismo social revestido de espiritualidade, isto é, poder e autoridade pela capacitação dos agentes do Reino por meio do Espírito Santo. Não falo do ativismo solitário, mas do ativismo coletivo. Falo da igreja como corpo social, que tem o dever de ser agente de transformação na comunidade externa. A comunidade-mundo, isto é, o mundo que Deus amou.

Não vejo a igreja caminhando nesta direção. Pastores e líderes — inclusive aqueles que lideram grandes igrejas, grandes estruturas denominacionais — não entendem que a psicologia do serviço cristão vai ao encontro do pequeno e solitário missionário, enviado ao campo para passar fome. É “cada um por si” e nada mais. “Isso não é comigo”, pensam eles. Se o princípio de unidade e comunhão não tivesse sido quebrado, a igreja teria um poder social grandemente transformador. Quando o princípio de unidade e comunhão é quebrado, o princípio da paz, da harmonia e todos os outros pregados por Jesus no Sermão da Montanha (Mateus 5, 6 e 7) também são quebrados.

Se quisermos que a igreja siga pelo caminho da cooperação, então nós — junto com as medidas que contribuem para o florescimento material, social e espiritual da cooperação de todos os tipos  devemos usar amplamente todas as oportunidades disponíveis para a superação teológica da psicologia do pequeno missionário, carente e solitário. Se as denominações, de alguma forma, se unissem em prol dos fenômenos sociais, a realidade missionária seria um ponto forte na comunicação com o mundo. Os estudos teológicos devem ser alimentados, da primeira à última linha, pelo espírito coletivo do magistério da igreja.

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É necessário educar,  sistematicamente, os cristãos através dos livros. Maturar neles o hábito de ler e estudar para que possam se aprofundar nas questões de discipulado e conhecimento, do ponto de vista dos interesses globais e crescimento espiritual. Passar por cada uma das questões mais simples e mais complexas de tal forma que o cristão se habitue a olhar para si mesmo como parte do todo. Isto nós sempre fizemos muito mal. Precisamos aprender para crescer na fé e no conhecimento.

Ainda não se escreveu, do ponto de vista do cristianismo, sobre o fato de que a auto-organização dos cristãos dever ser de tal forma que os crentes aprendam a resolver as questões práticas da evangelização abordando-as do ponto de vista dos interesses de todo o grupo, de toda a comunidade social, de toda a igreja local. A auto-organização deve, assim, fornecer as habilidades para resolver juntos, pelo esforço de todos, os problemas colocados pela vida. Nada ainda foi dito sobre a importância da auto-organização ser estruturada de forma que todos os crentes, sem exceção, estejam envolvidos nela. Que cada um conduza um determinado trabalho social na igreja pelo qual seria responsável perante o coletivo.

Um erro grave nas denominações é o fato de os crentes ficarem limitados a ficar apenas na igreja, orando no espírito do coletivo, até que a auto-organização comunitária seja saturada com o espírito do coletivo, embora ambas as tarefas sejam extremamente importantes. “Para que todos sejam um”, orou Jesus ao Pai, falando sobre a unidade dos cristãos. Mas o que Ele temia aconteceu. Hoje, o cristianismo, sem conhecer Jesus, está totalmente denominacionalizado, quebrado e seus pedaços estão espalhados pelo mundo nas esquinas das cidades, vilas e povoados sem organização, e os crentes estão completamente entorpecidos por engôdos e doutrinas religiosas.

Mesmo assim, devemos ensinar os cristãos a abordar todos os fenômenos da vida social em Cristo Jesus, o Senhor, do ponto de vista do ativista social coletivo, em que se deve praticar um evangelismo envolvente e efetivamente solidário. Neste sentido, devemos, primeiramente, despertar nos cristãos em geral o interesse profundo pelos fenômenos da vida social para que eles, como igreja corpo de Cristo, possam alcançar o mundo que Deus amou (João 3.16) pregando e ensinando o Evangelho do Reino com poder e autoridade, conhecimento e sabedoria (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-18) na condição de cidadãos do mundo, enviados por Jesus. Essa é a tarefa principal da igreja.

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Portanto, precisamos abrir os olhos dos crentes para aquilo que está ao seu redor. E não apenas abrir os olhos dos crentes. O método de alcance do mundo é amar o mundo (as pessoas) como Deus o amou. Esse método deve ser de tal maneira que transmita uma energia emotiva, por meio da completa intimidade com o Espírito Santo de Deus. Para isso, é importante que os cristãos comecem a notar a lama e as poças que existem no meio da sociedade-mundo (cosmos), mas que eles fiquem movimentados com o fato de que o mundo sem Deus precisa de Deus.

Uma igreja é viva (cristandade ativa) quando ela é capaz de educar os crentes de tal maneira que eles se importem com tudo o que é criatura, com todo tipo de gente, com tudo o que é povo. A igreja-religião (cristianismo, instituição e tradição: caminho largo e espaçoso) não se importa com nada. Para a igreja verdadeira (viva em Jesus, caminho estreito onde não cabe religiões) todo o projeto de alcançar o mundo (cosmos, pessoas) é de sua responsabilidade. Leia, aprenda com as Escrituras e pregue sobre isto, para o crescimento do Reino de Deus, em Cristo Jesus, o Senhor. 

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sábado, 1 de fevereiro de 2025

PARLAMENTO | por Battista Soarez

PARLAMENTO

Assembleia Legislativa do Maranhão oficializa mandato de Iracema Vale para novo biênio 2025-2026

Vários deputados manifestaram apoio à parlamentar e dizem contribuir com a sua gestão
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Por Battista Soarez
(Em Trânsito)

Deputada Iracema Vale tem mandato oficializado como presidente da ALEMA para o biênio 2025-2026 | Foto: Divulgação.

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A DEPUTADA ESTADUAL Iracema Vale (PSB) teve oficializada neste sábado (1º/02/2025) sua posse como presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA) para o biênio 2025-2026. Vários parlamentares fizeram discurso destacando a posse da presidente da casa legislativa e disseram estar ao lado da parlamentar para mais um mandato com absoluto êxito nas suas realizações em prol do desenvolvimento do estado. A cerimônia contou com a presença de autoridades e convidados, que prestigiaram o evento de efetivação dos nove cargos da nova Mesa Diretora da Casa do Povo.

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Um dos parlamentares que destacaram a importância da recondução de Iracema Vale foi o deputado Ricardo Arruda (MDB ), que classificou o momento como um fortalecimento da parceria da Alema com o governador Carlos Brandão (PSB). Iracema Vale sempre demonstrou empenho nas políticas que primam pelo desenvolvimento do Maranhão, desenvolvemo diálogo harmonioso tanto com políticos da situação quanto com os da oposição.

“A expectativa é a melhor possível com a posse da nova Mesa Diretora, tendo à frente a presidente Iracema Vale, reeleita e alinhada ao governador Carlos Brandão. Vamos fazer, juntos, com certeza, um grande trabalho nesses próximos dois anos”, disse Arruda.

A deputada Ana do Gás (PCdoB) falou sobre a reeleição da presidente Iracema Vale, frisando os quase 200 anos do Legislativo maranhense.

"Já são 190 anos, ou seja, quase 200 anos de fundação da Assembleia Legislativa do Maranhão, e presenciamos a posse, de fato e de direito, de uma mulher para continuar exercendo seu mandato. Esperamos um segundo biênio repleto de ações em harmonia com o governador Carlos Brandão. É um momento histórico, sem dúvida”, assegurou a parlamentar.

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Outra deputada que enalteceu a posse da presidente Iracema Vale foi a Dra. Viviane (PDT). “Eu tenho a certeza de que a presidente Iracema Vale vai continuar a realizar um ótimo trabalho à frente da Assembleia por mais dois anos, como tem feito até aqui. E, certamente, serão dois anos muito produtivos”, ponderou.

O deputado Arnaldo Melo (MDB), por sua vez, desejou sucesso à nova Mesa Diretora, em especial à presidente Iracema Vale.

“Foi uma posse justa, tendo sido baseada no nosso Regimento Interno, que assegura, em caso de empate, a eleição do candidato mais idoso”, explicou. A deputado se referiu ao embate entre Iracema e Othelino Neto pela disputa da Assembleia Legislativa, pelo ocorrido empate que aconteceu recentemente.

Antônio Pereira (PSB), empossado como primeiro vice-presidente da Casa, disse que Iracema Vale é uma grande líder, e que sabe dialogar.

“Ela foi empossada para um novo mandato, de dois anos, e dará continuidade ao trabalho que vem executando com grande maestria à frente da Alema”, destacou o deputado.

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A Mesa Diretora da Assembleia, para o biênio 2025/2026, ficou estabelecida da maneira a seguir. A deputada Iracema Vale (PSB) assumiu como Presidente. Na primeira vice-presidência ficou o deputado Antônio Pereira (PSB), na segunda vice-presidência ficou a deputada Fabiana Vilar (PL), na terceira ficou o deputado Hemetério Weba (PP), e na quarta ficou a deputada Andreia Rezende (PSB).

Como primeiro secretário foi empossado o deputado Davi Brandão (PSB), e como segundo ficou o deputado Glalbert Cutrim (PDT). Como terceiro secretário assumiu o deputado Osmar Filho (PDT) e como quarto ficou o deputado Guilherme Paz (PRD).

Iracema Vale tem estado sempre do lado do governador Carlos Brandrão que, como chefe do executivo do estado, conta com apoio da Assembleia Legislativa para prosseguir com o seu plano de governo na efetivação das políticas públicas em favor do desenvolvimento do Maranhão.

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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

ECONOMIA | por Battista Soarez

E C O N O M I A 

Preços de produtos de supermercado no Maranhão têm pouca diferença em comparação com 2024
A reportagem do Leitura Livre está na Baixada Maranhense e verificou que o consumidor ainda pode encher o carrinho de compras sem sentir muita diferença no bolso.
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Por Battista Soarez
(Em trânsito)

Preços em supermercados da Baixada Maranhense estão equiparados em relação a 2024 | Foto: Battista Soarez.

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A IMPRENSA NACIONAL tem divulgado, nos últimos dias, que a projeção de crescimento dos supermercados para 2025 é de 2,70%, ante 3,72% em 2024, conforme aponta a Abras (Associação Brasileira de Supermercados).

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Segundo Márcio Milan, vice-presidente da instituição, a recuperação do mercado de trabalho e a ampliação da renda dos consumidores tiveram um impacto mais significativo no ano passado.

Em meio à maior pressão da inflação, juros e dólar, a projeção para o crescimento dos supermercados em 2025 será de 2,70%, segundo a Abras, mas a reportagem do Leitura Livre está na Baixada Maranhense e constatou in loco que os preços por aqui ainda permitem que o consumidor encha o carrinho de compras sem sentir muita diferença no bolso em relação a 2024.

O preço do arroz, por exemplo, varia conforme a marca. O quilo do arroz branco Bento está custando R$ 4,49 e o arroz Dona Ana Branco custa R$ 4,79. O Panela de Ouro está R$ 4,99 e o Tio Zé R$ 3,45.

O preço do feijão, por sua vez, varia entre R$ 4,79, R$ 5,99, R$ 6,99 e R$ 7,99. Enquanto isso, o Óleo de Oliva Extra Virgem foi encontrado a preços favoráveis, entre R$ 36,90 e R$ 49,90 o litro. O Óleo de Soja, básico na cozinha da dona de casa, foi encontrado nos preços de R$ 7,99, R$ 9,39 e 12,99 o litro. No ano passado, algumas marcas ainda se achavam pelo menor preço de R$ 5,99.

O arroz ainda está a um preço acessível | Foto: Battista Soarez.

A parte de hortifrutigranjeiro também está bem favorável. O quilo do tomate está de R$ 3,79 e R$ 5,99 o quilo. Já o quilo do chuchu está R$ 2,99 o quilo. A laranja está a um preço de R$ 6,99 kg, e o ovo caipira, a cartela  com 10 unidades, encontra-se nos preços de R$ 8,99, R$ 9,29 e R$ 9,99. Já o ovo de granja, cartela com 30 unidades, está a um preço de 13,90.

O preço da uva sem semente, pacote com 500 gramas, está custando R$ 12,90. O limão está a um preço de R$ 5,99 kg, e o melão R$ 3,79. A cebola branca está custando R$ 3,79 o quilo. E a batata inglesa lavada está a um preço de R$ 6,59 o kg. A melancia, por sua vez, encontramos de R$ 1,79 o quilo. A banana está no valor de R$ 4,99 o kg, a Cenoura está custando R$ 7,99 o kg e o repolho está a R$ 3,99.

O preço do café, um dos mais comentados nos últimos dias em razão da sua alto no preço, foi encontrado entre R$ 11,99 e R$ 14,99 o pacote com 250 gramas.

Todos esses preços foram encontrados na região da baixada maranhense, principalmente em Santa Helena, Turilãndia e Pinheiro. Os preços estão na mesma proporção do ano de 2024.

Indo para a questão nacional, o jornal Valor Econômico disse numa reportagem desta sexta-feira (31/01) que a projeção é inferior ao desempenho de 2024, quando o consumo nos lares brasileiros cresceu 3,72%. Segundo Márcio Milan, a recuperação do mercado de trabalho e a ampliação da renda dos consumidores tiveram um impacto mais significativo no ano passado. “Olhando pra frente, vemos mais aumento de preços nos primeiros meses do ano”, disse Milan.

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Em novembro, a indústria de consumo abriu negociações com o varejo para revisão das tabelas de preço, em função da escalada do dólar. Na comparação entre dezembro de 2024 e dezembro de 2023, a alta foi de 7,23%, enquanto, em relação a novembro, o avanço chegou a + 12,81%.

Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e contemplam todos os formatos de supermercados. O AbrasMercado — indicador que mede a variação de preços da cesta de 35 produtos de largo consumo  fechou 2024 em alta de 9,96%.

Os preços passaram de R$ 722,57, em dezembro de 2023, para R$ 794,56, em dezembro de 2024, na média nacional. A cesta já apresentou alta em janeiro, sendo cotada em R$ 803,37.

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Entre os produtos básicos, a principal variação ao longo do ano passado foi observada no café torrado e moído (+39,60%), seguido por óleo de soja (+29,22%), leite longa vida (+18,83%), arroz (+8,24%). Já as quedas foram puxadas pelo feijão (-8,58%) e açúcar refinado (-0,41%).

A reportagem do Leitura Livre segue acompanhando os fatos nas regiões da Baixada Maranhense nos próximos 60 dias para deixar a população bem informada e assim contribuir com a visão da realidade do desenvolvimento em que o estado caminha. 

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista, teólogo e professor universitário)


O estilo Trump de governar

Como o mundo vai se projetar de 2025 a 2030 na mira de uma nova ordem mundial.

Donald Trump manda um recado para o mundo: "Governarei com um lema simples: promessas feitas, promessas cumpridas".

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UM DOS GRAVES PROBLEMAS de gestão de Donald Trump seria nublar as fronteiras entre o público e o privado. Em certo momento do seu primeiro governo, uma cerração se dissipou e ficou claro que Trump governa os EUA como se administrasse seus negócios particulares. Entende-se isso como amor à nação, ou seja, um sentimento nacionalista que é próprio dos americanos. Só que Trump une isso à sua experiência empresarial. Ele é um dos maiores empresários do mundo.

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Seu genro, Jared Kushner, um dos principais estrategistas da administração Trump pois não bastava participar informalmente do círculo íntimo de conselheiros — foi convocado pelo Senado norte-americano para prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento no escândalo da espionagem russa. O mesmo Kushner, na época (suspeito de relações perigosas com o Kremlin), manteve um auspicioso jantar no Waldorf Astoria, em NY, com o senhor Wu, casado com a neta do falecido líder comunista chinês Deng Xiao Ping. Dali por diante, muitas decisões foram articuladas e ficou entendido que Trump tem um sentimento de possessividade na hora de usar a caneta na administração pública.

Agora, no seu segundo mandato, Trump voltou a dar indícios de como deverão ser as políticas do seu governo. O republicano iniciou com uma série de medidas em áreas como relações exteriores, comércio, imigração e programas de diversidade de raça e gênero. Durante quatro anos no exílio político, após o primeiro mandato, Trump prometeu remodelar de forma radical a cultura e a política americanas se tivesse outra chance. E teve. A primeira semana demonstrou que ele tentará fazer exatamente isso enquanto corre para cumprir as promessas que o levaram de volta ao poder.

Nenhuma questão recebeu mais atenção nos primeiros dias de Trump e o novo governo do que a imigração. A questão está, há muito tempo, no centro do discurso político do presidente, e reforçou, ao longo da campanha presidencial, que faria mudanças significativas na área. Trump emitiu mais de uma dúzia de ordens relacionadas à imigração, defendendo que os Estados Unidos estão sendo invadidos por imigrantes perigosos que cruzam a fronteira com o México. Muitas das mudanças mais agressivas incluem novos poderes para negar a entrada de requerentes de asilo no país.

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Trump, rapidamente, eliminou as políticas que impediam os oficiais de Imigração e Alfândega de invadir igrejas, escolas e hospitais em busca de imigrantes e bloqueou a entrada de milhares de refugiados que já haviam sido liberados para seguir para os EUA. Ele, então, iniciou o processo de expulsão de um milhão de pessoas que o presidente Biden havia permitido a entrada de forma temporária, mas legal, e cumpriu sua promessa de tentar limitar a cidadania americana dada a estrangeiros por nascimento, ordem que foi logo revogada por um juiz federal, que considerou a ação inconstitucional.

O presidente também instruiu as autoridades federais a investigar e potencialmente processar autoridades locais em cidades e estados que interferem nos esforços do governo para deportar pessoas que estão no país ilegalmente. O republicano também emitiu ordens executivas relacionadas a energia para poder expandir o uso de combustíveis fósseis, restringir a utilização de energia renovável e abandonar os esforços do governo federal para lidar com as mudanças climáticas.

Num gesto que chamou a atenção do mundo, Trump retirou os EUA do Acordo Climático de Paris, tratado no qual países se comprometem a limitar a emissão de gases de efeito estufa e o aquecimento global. O presidente declarou uma “emergência energética” e deu início a planos para abrir áreas de perfuração de poços de petróleo maiores no Alasca. Ele também ordenou o congelamento das licenças federais para parques eólicos em todo o país, além de determinar que as agências simplifiquem o licenciamento de gasodutos e mineração e revoguem as regras que incentivam o uso de carros elétricos.

Entretanto, há um processo legal exigido para refazer os regulamentos federais que podem levar anos e ainda precisam passar pelos tribunais. Um dos temas que chamou grande atenção na primeira semana de Trump no cargo foi a retirada de programas de diversidade de gênero e raça no país.

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Com uma ordem executiva para “proteger as mulheres do extremismo da ideologia de gênero”, Trump ordenou que o governo reconhecesse efetivamente apenas dois sexos “imutáveis”: masculino e feminino. O novo governo reverteu os esforços de Biden para a inclusão de pessoas intersexuais ou transgêneras, por exemplo, para que elas se identifiquem desta forma nas instituições federais. A ordem já provocou mudanças administrativas. O Departamento de Estado removeu a categoria “identidade de gênero não especificada ou outra” dos pedidos de passaporte. De forma mais ampla, a medida elimina qualquer menção à identidade de gênero não binária de documentos e memorandos oficiais.

Noutra linha, tarifas em grande escala ainda não foram impostas, mas nações ao redor do mundo estão se preparando para as exigências que devem chegar em 1º de fevereiro, segundo Trump. Logo que assumiu o governo, Donald Trump voltou a dizer para jornalistas que iria impor uma tarifa de 25% sobre produtos do Canadá e do México, além de uma tarifa adicional de 10% sobre produtos da China, acusando esses países de não fazerem o suficiente para impedir o fluxo de drogas e migrantes para os Estados Unidos.

Trump se aproximou de grandes nomes do mundo tecnológico, como Elon Musk (dono da SpaceX, da Tesla e do X), Mark Zuckerberg (CEO da Meta), Jeff Bezos (dono da Amazon), Sundar Pichai (CEO do Google), Tim Cook (CEO da Apple) e Sam Altman (CEO da OpenAI). Todos esses multimilionários estavam presentes, com espaço privilegiado, na posse do republicano no dia 20 de janeiro. Isso tem um significado importante na geopolítica e, portanto, nas relações comunicacionais e econômicas no mundo. Trata-se de uma política planetária, em que a inteligência artificial ganhará espaço dominante na tecnologia mundial. A nova ordem mundial será, então, um sistema de governo global unificado em que a política de controle será exatamente por meio da IA.

A política de Donald Trump logo irá exigir que as empresas de inteligência artificial apresentem ao governo americano os resultados dos testes para avaliação de riscos da nova tecnologia à segurança nacional. Aliás, o Blog Leitura Livre vem acompanhando isso desde 2009 (leia meu livro mais recente O mundo em órbita de alerta: desespero ou esperança?, publicado pela AD Santos Editora, de Curitiba) e tem constatado que o mundo será unificado por meio de blocos econômicos de todos os continentes. Trump emitiu uma ordem executiva orientando sua equipe a elaborar um plano para seguir uma política que “sustente e melhore o domínio global da IA nos Estados Unidos”.

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O regresso de Trump à Casa Branca, entrementes, ameaça revolucionar as relações internacionais já estabelecidas pela invasão russa na Ucrânia e, assim, tudo aponta para mudanças profundas nos conflitos, nas alianças, no comércio, na luta contra as alterações climáticas e no futuro da democracia. O ano de 2025, que acaba de começar, parece ser um poderoso acelerador no caminho para uma nova ordem mundial, na qual o multilateralismo está em colapso. As velhas alianças estão se deteriorando e as novas estão se consolidando. A política protecionista está galopando e a democracia enfrenta ameaças sem precedentes. A China vem buscando, há algum tempo, reformular o acordo entre as nações que melhor acomode seus interesses.

A Rússia perturbou os equilíbrios pós-Guerra Fria em 2022, quando Vladimir Putin catapultou o mundo para uma nova fase geopolítica com a invasão em grande escala da Ucrânia, que é o desafio violento da ordem anterior. O papa Francisco, em conjunto com a China, já preparou um estatuto único que unifica todas as religiões do planeta. Em breve, haverá uma só religião. E quem não aceitar as novas regras será considerado rebelde.

A partir de 20 de janeiro, dia em que Trump tomou posse como presidente dos EUA, o mundo assumiu o fato de que a grande potência que construiu a ordem atual também irá querer uma ordem diferente. É a confluência destes fatores que faz com que 2025 tenha o potencial para mudanças extraordinárias. Como observou um relatório recente do grupo de reflexão International Crisis Grouo, “o mundo parece caminhar para uma mudança de paradigma. A questão é se isso acontecerá nas mesas de negociação ou nos campos de batalha”.

Enfim, do multilateralismo ao bilateralismo. O fim do sonho do multilateralismo — a construção de normas e instituições internacionais que regulam as relações globais é, talvez, o prisma central para compreender o futuro do mundo. Ángel Saz-Carranza, diretor do Centro de Geopolítica e Economia Global da ESADE, destaca esta ideia. “Este modelo de governação nunca foi perfeito, mas foi capaz de gerar certeza, cooperação e estabilidade global durante mais de cinco décadas. Hoje resta apenas o esqueleto, funcionando em assuntos menos relevantes e disfuncional quando se trata de questões importantes. Para dar alguns exemplos, os Estados Unidos, gerente e criador do sistema, paralisaram e violaram a Organização Mundial do Comércio (OMC), a China ignorou a Convenção do Direito do Mar e a Rússia demoliu o princípio da integridade territorial. Enquanto isso, o resto dos países é observador indefeso ou cúmplice silencioso”, comenta o especialista.

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O regresso de Trump ao poder promete uma aceleração desta tendência. Já em seu primeiro mandato, ele empreendeu a retirada dos Estados Unidos de importantes acordos e instituições. Hoje ele parece determinado a aprofundar essa linha, determinado a dar prioridade aos quadros de relações bilaterais em que a força tem precedência sobre as normas partilhadas. Trump, ao assumir de volta o poder, mandou um aviso para o mundo: “Governarei com um lema simples: promessas feitas, promessas cumpridas”. Entenda isto pela ótica de uma total regência global e não apenas como um método de governabilidade do país mais poderoso do mundo.

Acompanhe os próximos artigos da Coluna Leitura Livre e esteja por dentro da hermenêutica jornalística acerca do futuro da humanidade, entre 2025 e 2030. O sistema globalista tem pressa.

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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista, teólogo e professor universitário)


A posse de Trump, a acessão de Bolsonaro na história e o futuro do Brasil
Qual o verdadeiro papel dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino diante do cenário geopolítico?

A posse Trump tem grandes significados para o Brasil e para o mundo | Foto: Divulgação

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A POSSE DE DONALD TRUMP nesta segunda-feira (20), como presidente dos Estados Unidos, pela segunda vez, tem um significado profundo para o Brasil, bem como para o mundo. Disso todos nós sabemos. Isso promete acentuar o discurso e as ações de direita. Trump, logo de início (neste primeiro dia), cuidou de editar mais de cem decretos que podem iniciar uma deportação em massa de migrantes ilegais, acentuar a negação das mudanças climáticas, iniciar uma guerra comercial com outros países, desestimular desinformação e fake news, atacar a diversidade sexual e a comunidade LGBTQIA+.

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Mesmo antes da posse, Trump já sinalizava um discurso norte-americano do início do século 20, falando em anexar o Canadá e tomar a Groenlândia. Todas esses ações afetarão a relação dos EUA com os demais países, dentre eles o Brasil que tem um presidente de esquerda. Minha análise, neste artigo, segue nesta linha de previsibilidade.

Antes, quero deixar claro que sou um simples jornalista. Um simples jornalista que tem o direito de pensar e o dever de defender a justiça em todas as dimensões: política, social, econômica, judiciária, educacional, cultural, religiosa etc. Foi para isso que, no dia da minha formatura em comunicação social (jornalismo), fiz juramento diante das autoridades acadêmicas.

Portanto, estou do lado da sociedade que vive a mercê da política escassa e injusta. Tenho acompanhado o sistema político e, no caso do Brasil, não vejo perspectiva de mudança, nem projeto que possa dar ao povo qualquer esperança.

Agora, a gente observa um protagonismo político de maldade que, cada vez mais, empurra o país para baixo, colocando-o numa situação de descompasso em que o povo deita eternamente no berço esplêndido do sofrimento.

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Para início de conversa, essa novela envolvendo Bolsonaro, Lula, Alexandre de Moraes e muitas outras questões que não conseguem sair do ambiente da política de inimizade, é um caso que não é de agora. Nunca, na história do Brasil, tivemos um governo sem conflito. A gente vota nos políticos para vê-los governar com equidade, justiça social e pacificidade, mas o que ocorre é que eles passam 4 anos de mandato brigando, desviando o dinheiro público e oprimindo o povo. Imitam cães e gatos.

A posse de Deonald Trump, como presidente dos EUA, traz, para o Brasil, perspectivas de aumento de conflitos haja vista que o governo Lula vem se comportando muito mal perante o cenário internacional. Amparado por dois ogros do judiciário, Lula está instalando, aos poucos, uma ditadura socialista que não se pode prevê aonde isso vai parar.

Escolhidos como homens de confiança do PT no STF, Alexandre de Moraes e Flávio Dino estão posicionados para proteger o Lula em qualquer coisa que ele queira fazer. Trata-se de um governo autocrático com decisões monocráticas em todos os sentidos. Enquanto Bolsonaro jogava dentro das quatro linhas da Constituição, Lula joga na contramão dela, atropelando todos os princípios constitucionais. O jogo da esquerda é oculto e está a serviço da sociedade secreta. Há uma intencionalidade voltada para uma agenda globalista secreta. E esse é o sistema, isto é, uma ponte geopolítica entre o presente e o futuro. 

Um ogro do STF tem o poder da arrogância e a má intencionalidade. O outro tem o poder da intelectualidade socialista maléfica altamente fundamentado em ideologia maquiavélica. Dino, o segundo ogro, lê Nicolau Maquiavel ao pé da letra. E lê, também, outros pensamentos do comunismo doentio. Chega a ser algo patológico. Por conseguinte, a direita não tem a mesma expertise e, por isso, corremos o risco de virar uma ditadura comunista em pouco tempo.

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Com isso, muitos que lutaram em 2022 para eleger o Lula, são os mesmos que, agora, querem tirá-lo do poder. Mas não é tão simples assim. Vai ter que haver um grande embate político. Dino tem, de có e salteado, as estratégias para manter a esquerda no poder. Os principais meios de comunicação estão sendo pagos para defender o governo Lula. E Dino é um intelectual de esquerda que entende do mundo jurídico e sabe jogar no campo da ideologia comunista. Um dos fenômenos do mal que Dino lê e admira é Vladimir Lênin (Vladimir Lich Ulyanov), fundador do Partido Comunista Russo. Lênin foi inspirador e líder da revolução bolchevique de 1917, e foi o primeiro líder do estado soviético, de 1917 a 1924. A Encyclopaedia Britannica diz que Lênin é considerado um dos líderes mais importantes do século 20. No entanto, fez muitas atrocidades contra pessoas humanas. Mas foi um teórico que inspirou o sistema comunista na Rússia.

Esse sistema fazia com que os russos ficassem limitados a viver na classe social em que nasceram, mantendo muitos cidadãos na pobreza. É a mesma ideologia defendida por Flávio Dino. A revolução francesa exerceu uma importante influência no pensamento de Lênin e outros revolucionários da Rússia. Dino está no STF para orientar Lula exatamente nessa direção. Só um milagre para que o Brasil não vire uma ditadura comunista. O que mais Flávio Dino admira é o fato de que os revolucionários russos foram uma geração de universitários e professores escolares inovadores, levando o sistema educacional formal da Rússia a formar diversos cidadãos contrários ao Império. Dino, até aos 13 anos de idade, já tinha lido cerca de 1200 livros. Isso, somado a Maquiavel, Karl Marx e outros da mesma linha de pensamento, formou um Flávio Dino estrategista da política comunista. Não por acaso, tão logo entrou na política, ele escolheu exatamente um partido comunista (o PCdoB).

Lênin defendia a revolução armada. Para ele, a revolução pacífica era inviável. Ele defendia que os trabalhadores utilizassem armas e guerreassem contra os burgueses. Parece que a orientação de Dino para Lula é no sentido de que, no caso do Brasil, deve-se desarmar a população e fragilizar o poder de arma das polícias, enquanto as facções criminosas se fortalecem e devem se armar fortemente. No momento apropriado, a revolução brasileira acontecerá pelas facções. Elas serão usadas, caso necessário, pelo governo Lula na tomada total do poder.

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Entenda que a ideologia do proletariado defendida por Lula e seus companheiros (aliás, Lula não está mais usando este jargão; por que será?) é diferente da ideologia de todas as outras classes. Lênin dizia que a ideologia do proletariado precisa do poder estatal, a organização centralizada da força, a organização da violência, tanto para esmagar a resistência dos exploradores quanto para liderar a enorme massa da população. Esse pensamento, aliás, está escrito no livro de Lênin intitulado Estado e Revolução, um dos livros estudados por Flávio Dino. E parece que é exatamente o que Dino pensa, se considerarmos a forma como ele orientou o Lula no 8 de janeiro de 2023. Ele também ameaçou convocar forças armadas estrangeiras caso as forças armadas brasileiras resistissem contra a posse da esquerda, independentemente da forma como aconteceram as eleições.

Não resta dúvida de que o grande mentor intelectual do Lula é Flávio Dino, auxiliado pela corajosa estupidez de Alexandre de Moraes que, como ministro do STF, sequer consulta qualquer código jurídico na hora de tomar uma decisão. O diálogo entre Dino, Moraes e Lula é a “lei” do país. Eles fazem o que querem e pronto. Para eles, no caso do Brasil, uma revolução pode partir da população pobre, mas não necessariamente dos pobres. Para isso, repito, as facções criminosas estão se alastrando no país inteiro, com apoio silencioso do governo de esquerda.

O Blog Leitura Livre, desde 2009, vem pesquisando o tema e entende que uma das estratégias de tomada de poder para a esquerda instalar uma ditadura comunista no Brasil é tornar o PT um partido único para o sucesso de uma possível revolução. Aliás, Dino e Moraes estão no STF para isso. Primeiro eles assumiram o poder pelo método da democracia distorcida. Agora, o STF vai começar legislar em favor de uma revolução. Caso haja resistência, eles partirão para o método da violência.

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Dino aprendeu, lendo os livros de Lênin, que uma revolução deve ser violenta. Caso contrário, o comunismo não será aplicado e a burguesia continuará no poder. Dino entende, como Lênin, que a prática é mais importante do que as teorias. Ele acredita, interpretando seus discursos, que a tomada de poder (revolução) pode ser feita pelos proletários sem uma revolução socialista intermediária. A ideologia da esquerda, portanto, é completamente diferente da ideologia da direita. Isso é verdade incontestável. É impossível compreender, por exemplo, a ideologia como algo elementar. Na noção de ideologia entra a moral, a arte (por isso a importância, para a esquerda brasileira, da Lei Rouanet) e a ciência.

Ninguém vai negar que a moral da direita e a da esquerda diferem de forma radical. A direita, por exemplo, nunca vai apoiar a igualdade de gênero. A esquerda, por sua vez, sempre vai ser a favor do aborto, da igualdade de gênero e de outras coisas. Ela sempre vai ser contra Deus e a igreja cristã. A esquerda está fundamentada em princípios das sociedades secretas (“o Estado é laico”). A direita está fundamentada em princípios cristãos (“Deus, pátria e família"). Também é fácil de provar que a arte carrega um claro caráter de classe: as imagens, seu conteúdo e a combinação delas são bastante diferentes no representante da direita e das artes e no representante da arte da esquerda. Diferentes emoções e sentimentos, em um e no outro, criam diferentes abordagens para a arte.

Relativamente à ciência, a questão é muito mais complexa. Mas sobre isto trataremos num próximo artigo aqui na Coluna Leitura Livre.

Por outro lado, pelo menos por enquanto, a posse de Donald Trump nos EUA traz para o Brasil uma série de impactos tanto econômicos quanto em relação a outras áreas, inclusive na política. Muitos analistas da geopolítica já notavam, antes da posse, quais seriam esses impactos. Acerca do câmbio, a percepção do mercado é de que o dólar tende a se valorizar ante o real e outras moedas, impulsionado por expectativas de um crescimento mais rápido da economia americana e de um ambiente mais favorável a investimentos internos.

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No que concerne às relações comerciais com o Brasil, com Trump no poder, haverá uma afetação no país. O agronegócio brasileiro, que já tem uma forte presença nas exportações para os Estados Unidos, deve ter impacto das tarifas e barreiras comerciais. Como tudo começa com relações comerciais, em um cenário de uma eventual nova guerra comercial entre EUA e China, o Brasil pode levar vantagem. Se os EUA, por exemplo, impuserem tarifas sobre produtos chineses, a China pode buscar alternativas, como a soja brasileira. Isso poderia aumentar a demanda por produtos agrícolas brasileiros como soja, milho e carne. Na contramão, a postura protecionista de Trump pode prejudicar exportações brasileiras para os Estados Unidos. Caso Trump reforce tarifas sobre produtos importados, isso pode reduzir o acesso do Brasil ao mercado norte-americano, especialmente olhando para produtos como carne bovina, açúcar e etanol.

Mas o que isso tem a ver com outras políticas para o Brasil? A questão é que Trump é de direita. Não foi por acaso que ele convidou Bolsonaro para a sua posse. E Bolsonaro, caso tivesse ido, iria reunir com chefes de Estado. Certamente um dos assuntos seria as eleições de 2026 no Brasil. Isso é muito importante para os EUA. Sabe-se que Bolsonaro dificilmente será candidato a presidente do Brasil em 2026. Resta, agora, definir quem será o candidato da direita que o ex-presidente irá apoiar. Tem que ser alguém que possa ter o poder de governabilidade bolsonarista e que possa montar uma estrutura política orientada por Jair Messias Bolsonaro. Então, a estratégia é não revelar quem será o candidato de Bolsonaro. Por quê? Porque Dino e Moraes estão vigilantes. Se a direita definir agora esse nome, o STF dará um jeito de impedi-lo, tornando-o inelegível. É isso.

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