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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

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Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista, teólogo e professor universitário)


A posse de Trump, a acessão de Bolsonaro na história e o futuro do Brasil
Qual o verdadeiro papel dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino diante do cenário geopolítico?

A posse Trump tem grandes significados para o Brasil e para o mundo | Foto: Divulgação

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A POSSE DE DONALD TRUMP nesta segunda-feira (20), como presidente dos Estados Unidos, pela segunda vez, tem um significado profundo para o Brasil, bem como para o mundo. Disso todos nós sabemos. Isso promete acentuar o discurso e as ações de direita. Trump, logo de início (neste primeiro dia), cuidou de editar mais de cem decretos que podem iniciar uma deportação em massa de migrantes ilegais, acentuar a negação das mudanças climáticas, iniciar uma guerra comercial com outros países, desestimular desinformação e fake news, atacar a diversidade sexual e a comunidade LGBTQIA+.

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Mesmo antes da posse, Trump já sinalizava um discurso norte-americano do início do século 20, falando em anexar o Canadá e tomar a Groenlândia. Todas esses ações afetarão a relação dos EUA com os demais países, dentre eles o Brasil que tem um presidente de esquerda. Minha análise, neste artigo, segue nesta linha de previsibilidade.

Antes, quero deixar claro que sou um simples jornalista. Um simples jornalista que tem o direito de pensar e o dever de defender a justiça em todas as dimensões: política, social, econômica, judiciária, educacional, cultural, religiosa etc. Foi para isso que, no dia da minha formatura em comunicação social (jornalismo), fiz juramento diante das autoridades acadêmicas.

Portanto, estou do lado da sociedade que vive a mercê da política escassa e injusta. Tenho acompanhado o sistema político e, no caso do Brasil, não vejo perspectiva de mudança, nem projeto que possa dar ao povo qualquer esperança.

Agora, a gente observa um protagonismo político de maldade que, cada vez mais, empurra o país para baixo, colocando-o numa situação de descompasso em que o povo deita eternamento no berço esplêndido do sofrimento.

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Para início de conversa, essa novela envolvendo Bolsonaro, Lula, Alexandre de Moraes e muitas outras questões que não conseguem sair do ambiente da política de inimizade, é um caso que não é de agora. Nunca, na história do Brasil, tivemos um governo sem conflito. A gente vota nos políticos para vê-los governar com justiça social e pacificidade, mas o que ocorre é que eles passam 4 anos anos de mandato brigando e oprimindo o povo. Imitam cães e gatos.

A posse de Deonald Trump, como presidente dos EUA, traz, para o Brasil, perspectivas de aumento de conflitos haja vista que o governo Lula vem se comportando muito mal perante o cenário internacional. Amparado por dois ogros do judiciário, Lula está instalando, aos poucos, uma ditadura socialista que não se pode prevê aonde isso vai parar. Indicados pelo PT ao STF, Alexandre de Moraes e Flávio Dino estão posicionados para proteger o Lula em qualquer coisa que ele queira fazer. Trata-se de um governo monocrático com decisões autocráticas em todos os sentidos. Enquanto Bolsonaro jogava dentro das quatro linhas da constituição, Lula joga na contramão dela, atropelando todos os princípios constitucionais.

Um ogro do STF tem o poder da arrogância e a má intencionalidade. O outro tem o poder da intelectualidade socialista maléfica altamente fundamentado em ideologia maquiavélica. Dino, o segundo ogro, lê Nicolau Maquiavel ao pé da letra. E lê, também, outros pensamentos do comunismo doentio. Chega a ser algo patológico. Por conseguinte, a direita não tem a mesma expertise e, por isso, corremos o risco de virar uma ditadura comunista em pouco tempo.

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Com isso, muitos que lutaram em 2022 para eleger o Lula, são os mesmos que, agora, querem tirá-lo do poder. Mas não é tão simples assim. Vai ter que haver um grande embate político. Dino tem, de có e salteado, as estratégias para manter a esquerda no poder. Os principais meios de comunicação estão sendo pagos para defender o governo Lula. E Dino é um intelectual de esquerda que entende do mundo jurídico e sabe jogar no campo da ideologia comunista. Um dos fenômenos do mal que Dino lê e admira é Vladimir Lênin (Vladimir Lich Ulyanov), fundador do Partido Comunista Russo. Lênin foi inspirador e líder da revolução bolchevique de 1917, e foi o primeiro líder do estado soviético, de 1917 a 1924. A Encyclopaedia Britannica diz que Lênin é considerado um dos líderes mais importantes do século 20. No entanto, fez muitas atrocidades contra pessoas humanas. Mas foi um teórico que inspirou o sistema comunista na Rússia.

Esse sistema fazia com que os russos ficassem limitados a viver na classe social em que nasceram, mantendo muitos cidadãos na pobreza. É a mesma ideologia defendida por Flávio Dino. A revolução francesa exerceu uma importante influência no pensamento de Lênin e outros revolucionários da Rússia. Dino está no STF para orientar Lula exatamente nessa direção. Só um milagre para que o Brasil não vire uma ditadura comunista. O que mais Flávio Dino admira é o fato de que os revolucionários russos foram uma geração de universitários e professores escolares inovadores, levando o sistema educacional formal da Rússia a formar diversos cidadãos contrários ao Império. Dino, até aos 13 anos de idade, já tinha lido cerca de 1200 livros. Isso, somado a Maquiavel, Karl Marx e outros da mesma linha de pensamento, formou um Flávio Dino estrategista da política comunista. Não por acaso, tão logo entrou na política, ele escolheu exatamente um partido comunista (o PCdoB).

Lênin defendia a revolução armada. Para ele, a revolução pacífica era inviável. Ele defendia que os trabalhadores utilizassem armas e guerreassem contra os burgueses. Parece que a orientação de Dino para Lula é no sentido de que, no caso do Brasil, deve-se desarmar a população e fragilizar o poder de arma das polícias, enquanto as facções criminosas se fortalecem e devem se armar fortemente. No momento apropriado, a revolução brasileira acontecerá pelas facções. Elas serão usadas, caso necessário, pelo governo Lula na tomada total do poder.

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Entenda que a ideologia do proletariado defendida por Lula e seus companheiros (aliás, Lula não está mais usando este jargão; por que será?) é diferente da ideologia de todas as outras classes. Lênin dizia que a ideologia do proletariado precisa do poder estatal, a organização centralizada da força, a organização da violência, tanto para esmagar a resistência dos exploradores quanto para liderar a enorme massa da população. Esse pensamento, aliás, está escrito no livro de Lênin intitulado Estado e Revolução, um dos livros estudados por Flávio Dino. E parece que é exatamente o que Dino pensa, se considerarmos a forma como ele orientou o Lula no 8 de janeiro de 2023. Ele também ameaçou convocar forças armadas estrangeiras caso as forças armadas brasileiras resistissem contra a posse da esquerda, independentemente da forma como aconteceram as eleições.

Não resta dúvida de que o grande mentor intelectual do Lula é Flávio Dino, auxiliado pela corajosa estupidez de Alexandre de Moraes que, como ministro do STF, sequer consulta qualquer código jurídico na hora de tomar uma decisão. O diálogo entre Dino, Moraes e Lula é a “lei” do país. Eles fazem o que querem e pronto. Para eles, no caso do Brasil, uma revolução pode partir da população pobre, mas não necessariamente dos pobres. Para isso, repito, as facções criminosas estão se alastrando no país inteiro, com apoio silencioso do governo de esquerda.

O Blog Leitura Livre, desde 2009, vem pesquisando o tema e entende que uma das estratégias de tomada de poder para a esquerda instalar uma ditadura comunista no Brasil é tornar o PT um partido único para o sucesso de uma possível revolução. Aliás, Dino e Moraes estão no STF para isso. Primeiro eles assumiram o poder pelo método da democracia distorcida. Agora, o STF vai começar legislar em favor de uma revolução. Caso haja resistência, eles partirão para o método da violência.

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Dino aprendeu, lendo os livros de Lênin, que uma revolução deve ser violenta. Caso contrário, o comunismo não será aplicado e a burguesia continuará no poder. Dino entende, como Lênin, que a prática é mais importante do que as teorias. Ele acredita, interpretando seus discursos, que a tomada de poder (revolução) pode ser feita pelos proletários sem uma revolução socialista intermediária. A ideologia da esquerda, portanto, é completamente diferente da ideologia da direita. Isso é verdade incontestável. É impossível compreender, por exemplo, a ideologia como algo elementar. Na noção de ideologia entra a moral, a arte (por isso a importância, para a esquerda, da Lei Rouanet) e a ciência.

Ninguém vai negar que a moral da direita e a da esquerda diferem de forma radical. A direita, por exemplo, nunca vai apoiar a igualdade de gênero. A esquerda, por sua vez, sempre vai ser a favor do aborto, da igualdade de gênero e de outras coisas. Ela sempre vai ser contra Deus e a igreja cristã. A esquerda está fundamentada em princípios das sociedades secretas (“o Estado é laico”). A direita está fundamentada em princípios cristãos (“Deus, pátria e família). Também é fácil de provar que a arte carrega um claro caráter de classe: as imagens, seu conteúdo e a combinação delas são bastante diferentes no representante da direita e das artes e no representante da arte da esquerda. Diferentes emoções e sentimentos, em um e no outro, criam diferentes abordagens para a arte.

Relativamente à ciência, a questão é muito mais complexa. Mas sobre isto trataremos num próximo artigo aqui na Coluna Leitura Livre.

Por outro lado, pelo menos por enquanto, a posse de Donald Trump nos EUA traz para o Brasil uma série de impactos tanto econômicos quanto em relação a outras áreas, inclusive na política. Muitos analistas da geopolítica já notavam, antes da posse, quais seriam esses impactos. Acerca do câmbio, a percepção do mercado é de que o dólar tende a se valorizar ante o real e outras moedas, impulsionado por expectativas de um crescimento mais rápido da economia americana e de um ambiente mais favorável a investimentos internos.

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No que concerne às relações comerciais com o Brasil, com Trump no poder, haverá uma afetação no país. O agronegócio brasileiro, que já tem uma forte presença nas exportações para os Estados Unidos, deve ter impacto das tarifas e barreiras comerciais. Como tudo começa com relações comerciais, em um cenário de uma eventual nova guerra comercial entre EUA e China, o Brasil pode levar vantagem. Se os EUA, por exemplo, impuserem tarifas sobre produtos chineses, a China pode buscar alternativas, como a soja brasileira. Isso poderia aumentar a demanda por produtos agrícolas brasileiros como soja, milho e carne. Na contramão, a postura protecionista de Trump pode prejudicar exportações brasileiras para os Estados Unidos. Caso Trump reforce tarifas sobre produtos importados, isso pode reduzir o acesso do Brasil ao mercado norte-americano, especialmente olhando para produtos como carne bovina, açúcar e etanol.

Mas o que isso tem a ver com outras políticas para o Brasil? A questão é que Trump é de direita. Não foi por acaso que ele convidou Bolsonaro para a sua posse. E Bolsonaro, caso tivesse ido, iria reunir com chefes de Estado. Certamente um dos assuntos seria as eleições de 2026 no Brasil. Isso é muito importante para os EUA. Sabe-se que Bolsonaro dificilmente será candidato a presidente do Brasil em 2026. Resta, agora, definir quem será o candidato da direita que o ex-presidente irá apoiar. Tem que ser alguém que possa ter o poder de governabilidade bolsonarista e que possa montar uma estrutura política orientada por Jair Messias Bolsonaro. Então, a estratégia é não revelar quem será o candidato de Bolsonaro. Por quê? Porque Dino e Moraes estão vigilantes. Se a direita definir agora esse nome, o STF dará um jeito de impedi-lo, tornando-o inelegível. É isso.

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