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terça-feira, 6 de novembro de 2012

NOVELA NA VIDA REAL

Nanda Costa gera discussões na Globo, afirma coluna

Fofoqueiros de plantão mesclam elogios e críticas à atriz que interpreta a personagem Morena na novela Salve Jorge


Mesmo apresentando um bom trabalho em "Salve Jorge", a escolha de Nanda Costa para viver a protagonista Morena na novela de Gloria Perez ainda gera polêmica dentro da Rede Globo, segundo informa a coluna "Outro Canal", da "Folha de s. Paulo", nesta sexta-feira (02).


Nanda Costa, a Morena de Salve Jorge



De acordo com a jornalista Keila Jimenez, algumas pessoas acham que a personagem de Nanda Costa está acima do tom e que seu visual é exagerado para uma menina do morro. Ainda segundo a coluna, essas observações estão sendo analisadas pela direção da emissora.


Essa não é a primeira vez que Nanda é alvo de críticas. Recentemente, circulou pela imprensa de que ela estaria sendo chamada de "nada consta" nos corredores da Globo, por ser antissocial e não interagir com as outras pessoas quando as câmeras estão desligadas,

No Brasil, isso é normal acontecer com pessoas talentosas sempre que dão um salto a mais. É uma mistura de inveja com mania de falar mal da vida alheia e desejo mórbido de estar no lugar do outro. Nanda tem que ter cuidado. Um grande líder espiritual e velho amigo meu disse-me certa vez: "Cuidado. Inveja é o único feitiço que pega em crente". A lindinha da TV precisa se proteger.

CAOS NA SAÚDE DE SÃO LUÍS


Unidades móveis da SAMU ficam sem combustível no feriado de 2 de novembro

Ministério Público Estadual leva secretário a resolver problemasob ameaça de “ação por obrigação de fazer”

O secretário de Saúde, Santiago Cirilo, ao lado do prefeito
de São Luís, João Castelo.
Na tarde de sexta-feira, 2, representantes da Associação dos Servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (ASSEMUS) procuraram o Mi-nistério Público Estadual (MPE) para reclamarem da falta de combustível para as unidades móveis de urgência. A Dra. Maria Luciane Lisboa Bello, promotora de plantão, recebeu as denúncias.

Segundo o funcionário Lindomar Gomes da Silva, condutor socorrista da SAMU e presidente da ASSEMUS, os funcionários tomaram a decisão de acionar o MPE porque, na manhã de sexta-feira, 2, os condutores das unidades móveis de urgência, ao chegarem para abastecer os veículos no Posto Natureza, no bairro do Turu, foram constrangidos pelo não atendimento do serviço. Os funcionários do posto alegaram que a prefeitura de São Luís estava devendo e não vinha cumprindo com as responsabilidades financeiras do contrato. “Depois de muita conversa, tentando explicar a necessidade de atendimento em razão das ocorrências durante o feriado, a direção do posto liberou 30 litros de combustível. Mas isso não é suficiente”, disse Lindomar.


Alexandre Gomes dos Santos, técnico de regulação médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), explicou que apenas três das unidades móveis de urgência estão funcionando, num total de 13 unidades. “Há uma série de irregularidades nessas unidades, inclusive de manutenção, e tudo por falta de pagamento”, disse ele. Segundo informa, a oficina terceirizada tem se recusado fazer manutenção nos veículos porque a prefeitura não paga os serviços há quase quatro meses. “O governo federal repassa mensalmente, sem atraso, recursos para manutenção dessas unidades. Mas o dinheiro é desviado para outros fins e as ambulâncias vão ficando cada vez mais irregulares”, completou.



Além disso, os funcionários fazem uma denúncia grave: no sistema do Ministério da Saúde são cadastradas 17 ambulâncias, mas apenas 13 existem de fato. O dinheiro de cinco unidades, portanto, não chegaram ao destino para o qual foi liberado. Isso significa uma possível irregularidade no sistema de prestação de conta da prefeitura de São Luís.

Alexandre informou, ainda, que os funcionários têm feito diversas reuniões com o secretário, Dr. Santiago Cirilo Servin, no sentido de comunicar as irregulares mas que nada é feito. “Inclusive, estamos sem alimentação porque o restaurante cortou o fornecimento de comida devido, também, a falta de pagamento”, ponderou.

Na sexta-feira, ao receber a denúncia, a promotora de justiça, Dra. Maria Luciane Lisboa Bello, ligou para o secretário municipal de Saúde, Dr. Santiago Cirilo Servin, informando-o de que estaria entrando com uma ação judicial por obrigação de fazer e que, diante das circunstâncias, o secretário poderia ser preso. Servin alegou o fato de que os funcionários estariam a serviço do prefeito eleito Edivaldo Holanda Júnior, e que esse assunto não era com ele. Mas a promotora respondeu dizendo que ele é o secretário e que a questão não é política e sim de a atual gestão municipal cumprir o seu papel até o final do mandato, que encerra somente no dia 31 de dezembro de 2012.

Diante de tudo, o secretário Santiago pediu à promotora 30 minutos para que ele pudesse resolver a situação. Enquanto isso, a promotoria deu prosseguimento na redação da peça, mas, como havia prometido, 40 minutos depois do telefonema o secretário ligou para a Dra. Luciane comunicando a solução do problema.

“Eu vou querer saber se realmente o secretário resolveu o problema. Senão eu vou dar prosseguimento à ação e pedir a prisão dele”, disse a promotora de justiça, Maria Luciane.

Saúde em greve

Samu está de greve por falta de pagamento dos
profissionais.
Deflagrada desde o dia 20 de setembro de 2012, a greve na SAMU, con-forme os funcionários, não tem previsão para chegar ao fim. Eles reivindicam, entre outras coisas, fim das irregularidades nas unidades móveis e atualização da folha de pagamento salarial. “Estamos com salário atrasado, sem alimenta-ção e sem condições de prestar atendimento”, reclamam os funcionários.

Segundo Lindomar Gomes, o pessoal que trabalha na SAMU são seleti-vos, contratados e efetivos. “Os seletivos e contratados, inclusive os médicos, estão há quase quatros meses sem receber pagamento”, explicou Lindomar, informando, ainda, que os motoristas da SAMU estão há um mês sem receber. “A gente procurou o sindicato, mas verificamos que falta interesse em resolver o problema. Os líderes do sindicato parecem estar em conluio com a atual gestão municipal, e isso tem prejudicado os funcionários e consequentemente a população de São Luís”, reclama Lindomar.

Lindomar e Alexandre são representantes da ASSEMUS e membros da comissão de greve. “O Dr. Santiago já foi diretor da SAMU e conhece nossa realidade. Ele agora é o secretário municipal de Saúde e deveria resolver a situação com total conhecimento de causa”, ponderam o eles.

Eles dizem que não há motivo para tais irregularidades porque a Secretaria de Saúde recebe 25% do município, 25% do Estado e 50% do governo federal. “Segundo nos informou o Ministério Público Federal, na pessoa da Dra. Ana Karisa, não há atraso nesses repasses. Se não há atraso, então não justifica o fato dessas irregularidades estarem acontecendo”, avalia Alexandre.

“Nas reuniões, o secretário nos acusa de estarmos contra o prefeito. Isso não é verdade. Eu não sei se Edivaldo vai ser melhor ou pior do que João Castelo. Mas na atual circunstância eu estou cobrando de quem está com a pasta na mão. É a saúde pública que está em jogo”, disse Lindomar Gomes.

Ele explica que quando há ocorrência o médico regulador seleciona os atendimentos. Só são atendidos os casos mais graves, já que apenas3 ambulâncias estão funcionando. “De acordo com a lei, 30% das ambulâncias têm de estar funcionando.Só o município de São Luís, na atual gestão do prefeito João Castelo, não vem respeitando as determinações legais. Com isso, o serviço de atendimento móvel pré-hospitalar fica totalmente precário”, conclui Lindomar.

Precariedade


Dez unidades móveis da SAMU estão paradas por
falta de manutenção
Os representantes da ASSEMUS denunciam que o município de São Luís possui 13 unidades móveis:11 unidades de suporte básico e 2 de suporte avançado. Além disso, existem apenas 2motolâncias— que, no caso de chamada por acidente, vão na frente para desobstruir o trânsito.


Os médicos da SAMU já avisaram que vão parar na próxima semana por falta de pagamento. Lindomar explica que, além do pagamento, foi feito um acordo de a frota de ambulâncias ser entregue em pleno funcionamento no prazo de 30 dias. “Passaram-se 40 dias e não foi cumprido o acordo por parte do município. Os médicos continuam sem receber e sem condições de trabalho”, finalizou.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

POLÍTICA NO MARANHÃO


 
Fim de uma era? Ou início de novas incertezas?
Holanda Júnior, prefeito eleito de São Luís, terá que afastar abutres e hienas ou simplesmente se misturar com eles
 
Por BATTISTA SOAREZ
Mestre em Teologia pública e social, escritor, teólogo e jornalista.

Edivaldo Holanda Jr promete mudança
A eleição de Edivaldo Holanda Júnior para prefeito de São Luís pode representar o fim de uma era e início de outra. O recomeço de um futuro político esperançado ou frustrado. Ou simplesmente um ponto de interrogação acima de tudo não especificado e, ainda, cheio de dúvidas políticas e ideologias socialmente forjadas na força de vontade ainda muito prematura. Pode ser que ele dê início a uma nova história ou simplesmente a novas incertezas.

Por outro lado, a despedida de João Castelo da vida pública sinalizou não apenas uma derrota, mas o sentimento de perda e frustração da velha oligarquia política cheia de vícios e dona de um discurso característico de dominação e predomínio das facções populares. Uma oligarquia que pensava nunca chegar ao fim. Que achava que o dinheiro público era a cuia de farinha da mãe Joana. E que a boa fé do povo nunca criaria vergonha.

João Castelo se despede da vida pública decepcionado.
Castelo representava um grupo de partidários que sabe utilizar manobras conjecturais e casuísticas como conjunto de processos políticos para captar e utilizar as paixões populares em benefício de sua carreira e de seu patrimônio pessoal. Uma espécie de mais-valia política dentro do conceito moderno de capitalismo político. Utiliza-se da política para enriquecer ilicitamente, um vício que vem se arrastando desde o período entreguerras (1918-1939) em que o mundo via-se dividido entre os regimes nacionais totalitários e as democracias. No Brasil da década de 1930, as principais correntes antagonistas eram derivadas do comunismo e do fascismo.

O fascismo era representado pelo movimento integralista fundado pelo escritor paulista Plínio Salgado (1895-1975) , voltado para a classe média. Opositor do comunismo, este regime condensava parte das forças da direita, dos militares, da classe média e dos conservadores. Coincidiu, também, com o Estado Novo (1937-1945), marcado pelo período de governo totalitário do presidente Getúlio Vargas. O lema integralista era Deus, pátria e família e sua simbologia seguia o exemplo dos regimes de Hitler e Mussolini ao abusar de sentimentos e símbolos nacionalistas como a camisa verde e a saudação indígena anauê.

A atual democracia, silenciosamente autoritária nos seus vieses governistas, foi lecionada pelo regime integralista. Portanto, Castelo, José Sarney e boa parte dos políticos com mais de sessenta anos de idade são safra das democracias que se fundaram naquele período. O movimento integralista, por exemplo, era contra o capitalismo internacional, todavia jamais questionava a propriedade privada dos meios de produção. E, por fim, o Estado Novo foi feito imagem e semelhança do integralismo. E desse cruzamento surge a democracia atual. Ou seja, a política é pregada como democrática. Mas o espírito da nossa democracia é autoritário e, portanto, integralista. Tudo no atual sistema político brasileiro converge para um domínio totalitário incurável.

Isto justifica o estranho apoio de Roseana Sarney a João Castelo no segundo turno das eleições municipais de 2012. Para o leitor entender melhor, vale dizer, ainda, que os integralistas passaram a dominar setores da direita radical no Brasil daquela época. E daí surge a democracia que, hoje, nos governa. Ela é a grande protagonista das burocracias, dos desvios de verbas públicas, das injustiças sociais, das leis atrapalhadas em si mesmas no judiciário, das CPIs e das falcatruas políticas. Ou seja, um balaio-de-gatos familiar.

Edivaldo Holanda Júnior, por outro lado, ainda é aprendiz do mesmo sistema do qual João Castelo, agora, está se despedindo depois de 41 anos de vida pública. Apenas com outra roupagem. E esta é a verdade. Claro! Quando entrou na política, há quatro décadas, Castelo também era jovem. E entrou no sistema da mesma maneira que Holanda Júnior está entrando: com promessas e sonhos. Todos entram da mesma maneira. Percorrem o mesmo caminho. Utilizam singularmente a mesma tática: promessas, promessas, promessas. Mas o sistema não permite que nenhuma das promessas feitas seja cumprida. Só é feita, na verdade, aquela parte que serve para alimentar o próprio sistema.

E nesse sistema, a briga é partidária. Não por qualidade nas políticas públicas. A briga é por poder. Nunca por melhorias. A briga é por cargos públicos. Nunca por uma administração transparente. A briga é por dinheiro. Nunca por honestidade na aplicação dos recursos.

O medo dos eleitores se refere ao grupo que apóia o prefeito eleito Edivaldo Holanda Júnior. E isso procede. São, de fato, os mesmos personagens que protagonizaram o caos no governo Jackson Lago. Gentes gananciosas pelo dinheiro público. Que fizeram festa com o dinheiro do povo como abutres sobre carniça. Eram verdadeiras hienas rindo das necessidades dos desfavorecidos, rindo das desgraças dos miseráveis.

Júnior deverá ter pulso para afastar esses abutres e hienas ou simplesmente se misturar com eles. E, assim, fazer diferença na história política de São Luís ou repetir as mesmas cenas que ocorreram com Jackson Lago. É esperar pra ver.