O blá-blá-blá “pelo” povo
Por BATTISTA SOAREZ
(Jornalista, escritor, sociólogo, consultor e professor universitário)
A VALSA DE JUSTOS, injustos e injustiçados no cenário da política maranhense é uma anedota que posta no campo do jogo de interesses um balaio de particularidades jocosas que incendeiam a fogueira de curiosidades picantes. De um lado, o jogo do “tudo ou tudo” da esquerda pela retomada do poder no Brasil colocou de volta no ringue político o corajoso Luiz Inácio Lula da Silva, sem máscara e sem pudor. De outro, o então presidente Jair Bolsonaro foi traído pelas suas próprias escolhas, muito mal sucedidas, por sinal.
Lula leu, releu e treinou, inclusive na prisão, todo tipo de intento e maracutaia que o levasse de volta ao cargo de presidente. Conseguiu. E, desta vez, o sentimento de vingança jorrou como cachoeira não só contra adversários políticos mas, também, contra a parte da população que votou do lado contrário. Por sua vez, Bolsonaro, que tinha imagem de valente e ditador, demonstrou fragilidade e uma ingênua experiência na condição de homem público. Foi vencido por aqueles que estudam e acreditam que quem manda na política é o estranho poder da corrupção, só que com um discurso mascarado de democracia.
No mundo da política corruptamente democrática ou democraticamente corrupta, o certo é vendido como errado e o errado é vendido como certo. Os homens de bom caráter são injustiçados, e os de mau caráter são ovacionados e aclamados como heróis.
Nesse jogo de transacionalidade hiperdemocrática às avessas, o povo é traído pela própria ignorância, pela preguiça e pelo conformismo a uma vida de escassez que o limita em todos os sentidos. O poder político — os governantes — põe freio no desenvolvimento humano da coletividade, limitando o poder econômico e/ou o poder de compra do cidadão comum, estabelecendo-lhe salário mínimo, programas políticos de mais emprego e reduzido acesso à educação. Assim, o povo se preocupa apenas com o básico para a sua sobrevivência e com a hipnose da religião, deixando a capacidade de participação social para trás.
Para piorar, os aparelhos ideológicos do Estado — dentre eles a Igreja — levam a sociedade, como um todo, a bater continência para o sistema e a dizer “sim, senhor” para o poder que a oprime. O povo, nesse jogo, não consegue discernir entre o "bem" e o "mal", entre “democracia” e “democracia”, entre “direita” e “esquerda”, o que, de fato, significa escolher a coisa certa e se livrar de engodos.
É uma verdadeira valsa de santos e demônios, em que os eventos históricos mais importantes determinam qual a melhor narrativa para persuadir o povo e sobre ele exercer o poder de domínio. Quanto mais enganoso e utópico o “bla-blá-blá”, melhor será a sagacidade que atrai o povo para a ciranda de uma democracia impiedosamente traiçoeira. O povo, por ignorância, não consegue ler e ver esse lado oculto da política, que o tange a toque de governança, cabresto, subjugo e reprimes.
Mas ainda há aqueles que são justos, têm boa vontade política e olham pelo bem da coletividade. No Maranhão, por exemplo, o governador Carlos Brandão vem demonstrando uma diferença descomunal na arte de governabilidade. As obras que o governador vem executando, em todo o estado, têm demonstrado que quando um governante tem vontade política ele é capaz de fazer grandes coisas e agradar a sociedade que, satisfeita, pode reconduzi-lo ao cargo e o manter no poder de mando social por meio do qual ele poderá promover o bem comum em favor da coletividade e do progresso social. Brandão tem visitado os municípios maranhenses e suas obras vêm dialogando com as necessidades da população e satisfazendo aos anseios das comunidades carentes.
Por outro lado, há algumas peças, na conjuntura política do Maranhão, que são fundamentais na formação da engrenagem perfeita no quesito “políticas públicas de desenvolvimento”. Josimar de Maranhãozinho (PL-MA) — um jovem político muito talentoso, mas perseguido pela inveja daqueles que não conseguem alcançar o mesmo nível de competência que ele tem — é um nome ideal para trabalhar nessas estruturas de desenvolvimento.
Se Josimar compusesse o governo Brandão, formaria um grupo político com força social para mudar a situação do estado, colocando-o nos primeiros lugares do ranque nacional. Josimar sabe trabalhar e tem tirocínio no que diz respeito ao poder de articulação. Tem inteligência empresarial e tino de governabilidade. As cidades onde o deputado tem reduto político são bem administradas e o povo vota no político por prazer, porque vê as coisas funcionando.
Brandão poderia preencher algumas lacunas do seu governo trazendo Josimar para compor a estrutura da administração pública na sua gestão. A única coisa que, talvez, atrapalha isso é a disputa de interesses. Mas política é assim mesmo: tem um lado inteligente e outro não-inteligente. Por isso, o povo sofre, o dinheiro desce pelo ralo e o estado não cresce.
Importantes observações
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