Translate

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

ECONOMIA | por Battista Soarez

E C O N O M I A 

Preços de produtos de supermercado no Maranhão têm pouca diferença em comparação com 2024
A reportagem do Leitura Livre está na Baixada Maranhense e verificou que o consumidor ainda pode encher o carrinho de compras sem sentir muita diferença no bolso.
________________________
Por Battista Soarez
(Em trânsito)

Preços em supermercados da Baixada Maranhense estão equiparados em relação a 2024 | Foto: Battista Soarez.

________________________ 
A IMPRENSA NACIONAL tem divulgado, nos últimos dias, que a projeção de crescimento dos supermercados para 2025 é de 2,70%, ante 3,72% em 2024, conforme aponta a Abras (Associação Brasileira de Supermercados).

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Segundo Márcio Milan, vice-presidente da instituição, a recuperação do mercado de trabalho e a ampliação da renda dos consumidores tiveram um impacto mais significativo no ano passado.

Em meio à maior pressão da inflação, juros e dólar, a projeção para o crescimento dos supermercados em 2025 será de 2,70%, segundo a Abras, mas a reportagem do Leitura Livre está na Baixada Maranhense e constatou in loco que os preços por aqui ainda permitem que o consumidor encha o carrinho de compras sem sentir muita diferença no bolso em relação a 2024.

O preço do arroz, por exemplo, varia conforme a marca. O quilo do arroz branco Bento está custando R$ 4,49 e o arroz Dona Ana Branco custa R$ 4,79. O Panela de Ouro está R$ 4,99 e o Tio Zé R$ 3,45.

O preço do feijão, por sua vez, varia entre R$ 4,79, R$ 5,99, R$ 6,99 e R$ 7,99. Enquanto isso, o Óleo de Oliva Extra Virgem foi encontrado a preços favoráveis, entre R$ 36,90 e R$ 49,90 o litro. O Óleo de Soja, básico na cozinha da dona de casa, foi encontrado nos preços de R$ 7,99, R$ 9,39 e 12,99 o litro. No ano passado, algumas marcas ainda se achavam pelo menor preço de R$ 5,99.

O arroz ainda está a um preço acessível | Foto: Battista Soarez.

A parte de hortifrutigranjeiro também está bem favorável. O quilo do tomate está de R$ 3,79 e R$ 5,99 o quilo. Já o quilo do chuchu está R$ 2,99 o quilo. A laranja está a um preço de R$ 6,99 kg, e o ovo caipira, a cartela  com 10 unidades, encontra-se nos preços de R$ 8,99, R$ 9,29 e R$ 9,99. Já o ovo de granja, cartela com 30 unidades, está a um preço de 13,90.

O preço da uva sem semente, pacote com 500 gramas, está custando R$ 12,90. O limão está a um preço de R$ 5,99 kg, e o melão R$ 3,79. A cebola branca está custando R$ 3,79 o quilo. E a batata inglesa lavada está a um preço de R$ 6,59 o kg. A melancia, por sua vez, encontramos de R$ 1,79 o quilo. A banana está no valor de R$ 4,99 o kg, a Cenoura está custando R$ 7,99 o kg e o repolho está a R$ 3,99.

O preço do café, um dos mais comentados nos últimos dias em razão da sua alto no preço, foi encontrado entre R$ 11,99 e R$ 14,99 o pacote com 250 gramas.

Todos esses preços foram encontrados na região da baixada maranhense, principalmente em Santa Helena, Turilãndia e Pinheiro. Os preços estão na mesma proporção do ano de 2024.

Indo para a questão nacional, o jornal Valor Econômico disse numa reportagem desta sexta-feira (31/01) que a projeção é inferior ao desempenho de 2024, quando o consumo nos lares brasileiros cresceu 3,72%. Segundo Márcio Milan, a recuperação do mercado de trabalho e a ampliação da renda dos consumidores tiveram um impacto mais significativo no ano passado. “Olhando pra frente, vemos mais aumento de preços nos primeiros meses do ano”, disse Milan.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Em novembro, a indústria de consumo abriu negociações com o varejo para revisão das tabelas de preço, em função da escalada do dólar. Na comparação entre dezembro de 2024 e dezembro de 2023, a alta foi de 7,23%, enquanto, em relação a novembro, o avanço chegou a + 12,81%.

Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e contemplam todos os formatos de supermercados. O AbrasMercado — indicador que mede a variação de preços da cesta de 35 produtos de largo consumo  fechou 2024 em alta de 9,96%.

Os preços passaram de R$ 722,57, em dezembro de 2023, para R$ 794,56, em dezembro de 2024, na média nacional. A cesta já apresentou alta em janeiro, sendo cotada em R$ 803,37.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Entre os produtos básicos, a principal variação ao longo do ano passado foi observada no café torrado e moído (+39,60%), seguido por óleo de soja (+29,22%), leite longa vida (+18,83%), arroz (+8,24%). Já as quedas foram puxadas pelo feijão (-8,58%) e açúcar refinado (-0,41%).

A reportagem do Leitura Livre segue acompanhando os fatos nas regiões da Baixada Maranhense nos próximos 60 dias para deixar a população bem informada e assim contribuir com a visão da realidade do desenvolvimento em que o estado caminha. 

________________________ 

P U B L I C I D A D E

alema-350x350

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

______________________
Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista, teólogo e professor universitário)


O estilo Trump de governar

Como o mundo vai se projetar de 2025 a 2030 na mira de uma nova ordem mundial.

Donald Trump manda um recado para o mundo: "Governarei com um lema simples: promessas feitas, promessas cumpridas".

________________________ 

UM DOS GRAVES PROBLEMAS de gestão de Donald Trump seria nublar as fronteiras entre o público e o privado. Em certo momento do seu primeiro governo, uma cerração se dissipou e ficou claro que Trump governa os EUA como se administrasse seus negócios particulares. Entende-se isso como amor à nação, ou seja, um sentimento nacionalista que é próprio dos americanos. Só que Trump une isso à sua experiência empresarial. Ele é um dos maiores empresários do mundo.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Seu genro, Jared Kushner, um dos principais estrategistas da administração Trump pois não bastava participar informalmente do círculo íntimo de conselheiros — foi convocado pelo Senado norte-americano para prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento no escândalo da espionagem russa. O mesmo Kushner, na época (suspeito de relações perigosas com o Kremlin), manteve um auspicioso jantar no Waldorf Astoria, em NY, com o senhor Wu, casado com a neta do falecido líder comunista chinês Deng Xiao Ping. Dali por diante, muitas decisões foram articuladas e ficou entendido que Trump tem um sentimento de possessividade na hora de usar a caneta na administração pública.

Agora, no seu segundo mandato, Trump voltou a dar indícios de como deverão ser as políticas do seu governo. O republicano iniciou com uma série de medidas em áreas como relações exteriores, comércio, imigração e programas de diversidade de raça e gênero. Durante quatro anos no exílio político, após o primeiro mandato, Trump prometeu remodelar de forma radical a cultura e a política americanas se tivesse outra chance. E teve. A primeira semana demonstrou que ele tentará fazer exatamente isso enquanto corre para cumprir as promessas que o levaram de volta ao poder.

Nenhuma questão recebeu mais atenção nos primeiros dias de Trump e o novo governo do que a imigração. A questão está, há muito tempo, no centro do discurso político do presidente, e reforçou, ao longo da campanha presidencial, que faria mudanças significativas na área. Trump emitiu mais de uma dúzia de ordens relacionadas à imigração, defendendo que os Estados Unidos estão sendo invadidos por imigrantes perigosos que cruzam a fronteira com o México. Muitas das mudanças mais agressivas incluem novos poderes para negar a entrada de requerentes de asilo no país.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Trump, rapidamente, eliminou as políticas que impediam os oficiais de Imigração e Alfândega de invadir igrejas, escolas e hospitais em busca de imigrantes e bloqueou a entrada de milhares de refugiados que já haviam sido liberados para seguir para os EUA. Ele, então, iniciou o processo de expulsão de um milhão de pessoas que o presidente Biden havia permitido a entrada de forma temporária, mas legal, e cumpriu sua promessa de tentar limitar a cidadania americana dada a estrangeiros por nascimento, ordem que foi logo revogada por um juiz federal, que considerou a ação inconstitucional.

O presidente também instruiu as autoridades federais a investigar e potencialmente processar autoridades locais em cidades e estados que interferem nos esforços do governo para deportar pessoas que estão no país ilegalmente. O republicano também emitiu ordens executivas relacionadas a energia para poder expandir o uso de combustíveis fósseis, restringir a utilização de energia renovável e abandonar os esforços do governo federal para lidar com as mudanças climáticas.

Num gesto que chamou a atenção do mundo, Trump retirou os EUA do Acordo Climático de Paris, tratado no qual países se comprometem a limitar a emissão de gases de efeito estufa e o aquecimento global. O presidente declarou uma “emergência energética” e deu início a planos para abrir áreas de perfuração de poços de petróleo maiores no Alasca. Ele também ordenou o congelamento das licenças federais para parques eólicos em todo o país, além de determinar que as agências simplifiquem o licenciamento de gasodutos e mineração e revoguem as regras que incentivam o uso de carros elétricos.

Entretanto, há um processo legal exigido para refazer os regulamentos federais que podem levar anos e ainda precisam passar pelos tribunais. Um dos temas que chamou grande atenção na primeira semana de Trump no cargo foi a retirada de programas de diversidade de gênero e raça no país.

P U B L I C I D A D E

alema-350x350

Com uma ordem executiva para “proteger as mulheres do extremismo da ideologia de gênero”, Trump ordenou que o governo reconhecesse efetivamente apenas dois sexos “imutáveis”: masculino e feminino. O novo governo reverteu os esforços de Biden para a inclusão de pessoas intersexuais ou transgêneras, por exemplo, para que elas se identifiquem desta forma nas instituições federais. A ordem já provocou mudanças administrativas. O Departamento de Estado removeu a categoria “identidade de gênero não especificada ou outra” dos pedidos de passaporte. De forma mais ampla, a medida elimina qualquer menção à identidade de gênero não binária de documentos e memorandos oficiais.

Noutra linha, tarifas em grande escala ainda não foram impostas, mas nações ao redor do mundo estão se preparando para as exigências que devem chegar em 1º de fevereiro, segundo Trump. Logo que assumiu o governo, Donald Trump voltou a dizer para jornalistas que iria impor uma tarifa de 25% sobre produtos do Canadá e do México, além de uma tarifa adicional de 10% sobre produtos da China, acusando esses países de não fazerem o suficiente para impedir o fluxo de drogas e migrantes para os Estados Unidos.

Trump se aproximou de grandes nomes do mundo tecnológico, como Elon Musk (dono da SpaceX, da Tesla e do X), Mark Zuckerberg (CEO da Meta), Jeff Bezos (dono da Amazon), Sundar Pichai (CEO do Google), Tim Cook (CEO da Apple) e Sam Altman (CEO da OpenAI). Todos esses multimilionários estavam presentes, com espaço privilegiado, na posse do republicano no dia 20 de janeiro. Isso tem um significado importante na geopolítica e, portanto, nas relações comunicacionais e econômicas no mundo. Trata-se de uma política planetária, em que a inteligência artificial ganhará espaço dominante na tecnologia mundial. A nova ordem mundial será, então, um sistema de governo global unificado em que a política de controle será exatamente por meio da IA.

A política de Donald Trump logo irá exigir que as empresas de inteligência artificial apresentem ao governo americano os resultados dos testes para avaliação de riscos da nova tecnologia à segurança nacional. Aliás, o Blog Leitura Livre vem acompanhando isso desde 2009 (leia meu livro mais recente O mundo em órbita de alerta: desespero ou esperança?, publicado pela AD Santos Editora, de Curitiba) e tem constatado que o mundo será unificado por meio de blocos econômicos de todos os continentes. Trump emitiu uma ordem executiva orientando sua equipe a elaborar um plano para seguir uma política que “sustente e melhore o domínio global da IA nos Estados Unidos”.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

O regresso de Trump à Casa Branca, entrementes, ameaça revolucionar as relações internacionais já estabelecidas pela invasão russa na Ucrânia e, assim, tudo aponta para mudanças profundas nos conflitos, nas alianças, no comércio, na luta contra as alterações climáticas e no futuro da democracia. O ano de 2025, que acaba de começar, parece ser um poderoso acelerador no caminho para uma nova ordem mundial, na qual o multilateralismo está em colapso. As velhas alianças estão se deteriorando e as novas estão se consolidando. A política protecionista está galopando e a democracia enfrenta ameaças sem precedentes. A China vem buscando, há algum tempo, reformular o acordo entre as nações que melhor acomode seus interesses.

A Rússia perturbou os equilíbrios pós-Guerra Fria em 2022, quando Vladimir Putin catapultou o mundo para uma nova fase geopolítica com a invasão em grande escala da Ucrânia, que é o desafio violento da ordem anterior. O papa Francisco, em conjunto com a China, já preparou um estatuto único que unifica todas as religiões do planeta. Em breve, haverá uma só religião. E quem não aceitar as novas regras será considerado rebelde.

A partir de 20 de janeiro, dia em que Trump tomou posse como presidente dos EUA, o mundo assumiu o fato de que a grande potência que construiu a ordem atual também irá querer uma ordem diferente. É a confluência destes fatores que faz com que 2025 tenha o potencial para mudanças extraordinárias. Como observou um relatório recente do grupo de reflexão International Crisis Grouo, “o mundo parece caminhar para uma mudança de paradigma. A questão é se isso acontecerá nas mesas de negociação ou nos campos de batalha”.

Enfim, do multilateralismo ao bilateralismo. O fim do sonho do multilateralismo — a construção de normas e instituições internacionais que regulam as relações globais é, talvez, o prisma central para compreender o futuro do mundo. Ángel Saz-Carranza, diretor do Centro de Geopolítica e Economia Global da ESADE, destaca esta ideia. “Este modelo de governação nunca foi perfeito, mas foi capaz de gerar certeza, cooperação e estabilidade global durante mais de cinco décadas. Hoje resta apenas o esqueleto, funcionando em assuntos menos relevantes e disfuncional quando se trata de questões importantes. Para dar alguns exemplos, os Estados Unidos, gerente e criador do sistema, paralisaram e violaram a Organização Mundial do Comércio (OMC), a China ignorou a Convenção do Direito do Mar e a Rússia demoliu o princípio da integridade territorial. Enquanto isso, o resto dos países é observador indefeso ou cúmplice silencioso”, comenta o especialista.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

O regresso de Trump ao poder promete uma aceleração desta tendência. Já em seu primeiro mandato, ele empreendeu a retirada dos Estados Unidos de importantes acordos e instituições. Hoje ele parece determinado a aprofundar essa linha, determinado a dar prioridade aos quadros de relações bilaterais em que a força tem precedência sobre as normas partilhadas. Trump, ao assumir de volta o poder, mandou um aviso para o mundo: “Governarei com um lema simples: promessas feitas, promessas cumpridas”. Entenda isto pela ótica de uma total regência global e não apenas como um método de governabilidade do país mais poderoso do mundo.

Acompanhe os próximos artigos da Coluna Leitura Livre e esteja por dentro da hermenêutica jornalística acerca do futuro da humanidade, entre 2025 e 2030. O sistema globalista tem pressa.

________________________ 


P U B L I C I D A D E

alema-350x350

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

______________________
Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista, teólogo e professor universitário)


A posse de Trump, a acessão de Bolsonaro na história e o futuro do Brasil
Qual o verdadeiro papel dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino diante do cenário geopolítico?

A posse Trump tem grandes significados para o Brasil e para o mundo | Foto: Divulgação

_________________________
A POSSE DE DONALD TRUMP nesta segunda-feira (20), como presidente dos Estados Unidos, pela segunda vez, tem um significado profundo para o Brasil, bem como para o mundo. Disso todos nós sabemos. Isso promete acentuar o discurso e as ações de direita. Trump, logo de início (neste primeiro dia), cuidou de editar mais de cem decretos que podem iniciar uma deportação em massa de migrantes ilegais, acentuar a negação das mudanças climáticas, iniciar uma guerra comercial com outros países, desestimular desinformação e fake news, atacar a diversidade sexual e a comunidade LGBTQIA+.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Mesmo antes da posse, Trump já sinalizava um discurso norte-americano do início do século 20, falando em anexar o Canadá e tomar a Groenlândia. Todas esses ações afetarão a relação dos EUA com os demais países, dentre eles o Brasil que tem um presidente de esquerda. Minha análise, neste artigo, segue nesta linha de previsibilidade.

Antes, quero deixar claro que sou um simples jornalista. Um simples jornalista que tem o direito de pensar e o dever de defender a justiça em todas as dimensões: política, social, econômica, judiciária, educacional, cultural, religiosa etc. Foi para isso que, no dia da minha formatura em comunicação social (jornalismo), fiz juramento diante das autoridades acadêmicas.

Portanto, estou do lado da sociedade que vive a mercê da política escassa e injusta. Tenho acompanhado o sistema político e, no caso do Brasil, não vejo perspectiva de mudança, nem projeto que possa dar ao povo qualquer esperança.

Agora, a gente observa um protagonismo político de maldade que, cada vez mais, empurra o país para baixo, colocando-o numa situação de descompasso em que o povo deita eternamente no berço esplêndido do sofrimento.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Para início de conversa, essa novela envolvendo Bolsonaro, Lula, Alexandre de Moraes e muitas outras questões que não conseguem sair do ambiente da política de inimizade, é um caso que não é de agora. Nunca, na história do Brasil, tivemos um governo sem conflito. A gente vota nos políticos para vê-los governar com equidade, justiça social e pacificidade, mas o que ocorre é que eles passam 4 anos de mandato brigando, desviando o dinheiro público e oprimindo o povo. Imitam cães e gatos.

A posse de Deonald Trump, como presidente dos EUA, traz, para o Brasil, perspectivas de aumento de conflitos haja vista que o governo Lula vem se comportando muito mal perante o cenário internacional. Amparado por dois ogros do judiciário, Lula está instalando, aos poucos, uma ditadura socialista que não se pode prevê aonde isso vai parar.

Escolhidos como homens de confiança do PT no STF, Alexandre de Moraes e Flávio Dino estão posicionados para proteger o Lula em qualquer coisa que ele queira fazer. Trata-se de um governo autocrático com decisões monocráticas em todos os sentidos. Enquanto Bolsonaro jogava dentro das quatro linhas da Constituição, Lula joga na contramão dela, atropelando todos os princípios constitucionais. O jogo da esquerda é oculto e está a serviço da sociedade secreta. Há uma intencionalidade voltada para uma agenda globalista secreta. E esse é o sistema, isto é, uma ponte geopolítica entre o presente e o futuro. 

Um ogro do STF tem o poder da arrogância e a má intencionalidade. O outro tem o poder da intelectualidade socialista maléfica altamente fundamentado em ideologia maquiavélica. Dino, o segundo ogro, lê Nicolau Maquiavel ao pé da letra. E lê, também, outros pensamentos do comunismo doentio. Chega a ser algo patológico. Por conseguinte, a direita não tem a mesma expertise e, por isso, corremos o risco de virar uma ditadura comunista em pouco tempo.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Com isso, muitos que lutaram em 2022 para eleger o Lula, são os mesmos que, agora, querem tirá-lo do poder. Mas não é tão simples assim. Vai ter que haver um grande embate político. Dino tem, de có e salteado, as estratégias para manter a esquerda no poder. Os principais meios de comunicação estão sendo pagos para defender o governo Lula. E Dino é um intelectual de esquerda que entende do mundo jurídico e sabe jogar no campo da ideologia comunista. Um dos fenômenos do mal que Dino lê e admira é Vladimir Lênin (Vladimir Lich Ulyanov), fundador do Partido Comunista Russo. Lênin foi inspirador e líder da revolução bolchevique de 1917, e foi o primeiro líder do estado soviético, de 1917 a 1924. A Encyclopaedia Britannica diz que Lênin é considerado um dos líderes mais importantes do século 20. No entanto, fez muitas atrocidades contra pessoas humanas. Mas foi um teórico que inspirou o sistema comunista na Rússia.

Esse sistema fazia com que os russos ficassem limitados a viver na classe social em que nasceram, mantendo muitos cidadãos na pobreza. É a mesma ideologia defendida por Flávio Dino. A revolução francesa exerceu uma importante influência no pensamento de Lênin e outros revolucionários da Rússia. Dino está no STF para orientar Lula exatamente nessa direção. Só um milagre para que o Brasil não vire uma ditadura comunista. O que mais Flávio Dino admira é o fato de que os revolucionários russos foram uma geração de universitários e professores escolares inovadores, levando o sistema educacional formal da Rússia a formar diversos cidadãos contrários ao Império. Dino, até aos 13 anos de idade, já tinha lido cerca de 1200 livros. Isso, somado a Maquiavel, Karl Marx e outros da mesma linha de pensamento, formou um Flávio Dino estrategista da política comunista. Não por acaso, tão logo entrou na política, ele escolheu exatamente um partido comunista (o PCdoB).

Lênin defendia a revolução armada. Para ele, a revolução pacífica era inviável. Ele defendia que os trabalhadores utilizassem armas e guerreassem contra os burgueses. Parece que a orientação de Dino para Lula é no sentido de que, no caso do Brasil, deve-se desarmar a população e fragilizar o poder de arma das polícias, enquanto as facções criminosas se fortalecem e devem se armar fortemente. No momento apropriado, a revolução brasileira acontecerá pelas facções. Elas serão usadas, caso necessário, pelo governo Lula na tomada total do poder.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Entenda que a ideologia do proletariado defendida por Lula e seus companheiros (aliás, Lula não está mais usando este jargão; por que será?) é diferente da ideologia de todas as outras classes. Lênin dizia que a ideologia do proletariado precisa do poder estatal, a organização centralizada da força, a organização da violência, tanto para esmagar a resistência dos exploradores quanto para liderar a enorme massa da população. Esse pensamento, aliás, está escrito no livro de Lênin intitulado Estado e Revolução, um dos livros estudados por Flávio Dino. E parece que é exatamente o que Dino pensa, se considerarmos a forma como ele orientou o Lula no 8 de janeiro de 2023. Ele também ameaçou convocar forças armadas estrangeiras caso as forças armadas brasileiras resistissem contra a posse da esquerda, independentemente da forma como aconteceram as eleições.

Não resta dúvida de que o grande mentor intelectual do Lula é Flávio Dino, auxiliado pela corajosa estupidez de Alexandre de Moraes que, como ministro do STF, sequer consulta qualquer código jurídico na hora de tomar uma decisão. O diálogo entre Dino, Moraes e Lula é a “lei” do país. Eles fazem o que querem e pronto. Para eles, no caso do Brasil, uma revolução pode partir da população pobre, mas não necessariamente dos pobres. Para isso, repito, as facções criminosas estão se alastrando no país inteiro, com apoio silencioso do governo de esquerda.

O Blog Leitura Livre, desde 2009, vem pesquisando o tema e entende que uma das estratégias de tomada de poder para a esquerda instalar uma ditadura comunista no Brasil é tornar o PT um partido único para o sucesso de uma possível revolução. Aliás, Dino e Moraes estão no STF para isso. Primeiro eles assumiram o poder pelo método da democracia distorcida. Agora, o STF vai começar legislar em favor de uma revolução. Caso haja resistência, eles partirão para o método da violência.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Dino aprendeu, lendo os livros de Lênin, que uma revolução deve ser violenta. Caso contrário, o comunismo não será aplicado e a burguesia continuará no poder. Dino entende, como Lênin, que a prática é mais importante do que as teorias. Ele acredita, interpretando seus discursos, que a tomada de poder (revolução) pode ser feita pelos proletários sem uma revolução socialista intermediária. A ideologia da esquerda, portanto, é completamente diferente da ideologia da direita. Isso é verdade incontestável. É impossível compreender, por exemplo, a ideologia como algo elementar. Na noção de ideologia entra a moral, a arte (por isso a importância, para a esquerda brasileira, da Lei Rouanet) e a ciência.

Ninguém vai negar que a moral da direita e a da esquerda diferem de forma radical. A direita, por exemplo, nunca vai apoiar a igualdade de gênero. A esquerda, por sua vez, sempre vai ser a favor do aborto, da igualdade de gênero e de outras coisas. Ela sempre vai ser contra Deus e a igreja cristã. A esquerda está fundamentada em princípios das sociedades secretas (“o Estado é laico”). A direita está fundamentada em princípios cristãos (“Deus, pátria e família"). Também é fácil de provar que a arte carrega um claro caráter de classe: as imagens, seu conteúdo e a combinação delas são bastante diferentes no representante da direita e das artes e no representante da arte da esquerda. Diferentes emoções e sentimentos, em um e no outro, criam diferentes abordagens para a arte.

Relativamente à ciência, a questão é muito mais complexa. Mas sobre isto trataremos num próximo artigo aqui na Coluna Leitura Livre.

Por outro lado, pelo menos por enquanto, a posse de Donald Trump nos EUA traz para o Brasil uma série de impactos tanto econômicos quanto em relação a outras áreas, inclusive na política. Muitos analistas da geopolítica já notavam, antes da posse, quais seriam esses impactos. Acerca do câmbio, a percepção do mercado é de que o dólar tende a se valorizar ante o real e outras moedas, impulsionado por expectativas de um crescimento mais rápido da economia americana e de um ambiente mais favorável a investimentos internos.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

No que concerne às relações comerciais com o Brasil, com Trump no poder, haverá uma afetação no país. O agronegócio brasileiro, que já tem uma forte presença nas exportações para os Estados Unidos, deve ter impacto das tarifas e barreiras comerciais. Como tudo começa com relações comerciais, em um cenário de uma eventual nova guerra comercial entre EUA e China, o Brasil pode levar vantagem. Se os EUA, por exemplo, impuserem tarifas sobre produtos chineses, a China pode buscar alternativas, como a soja brasileira. Isso poderia aumentar a demanda por produtos agrícolas brasileiros como soja, milho e carne. Na contramão, a postura protecionista de Trump pode prejudicar exportações brasileiras para os Estados Unidos. Caso Trump reforce tarifas sobre produtos importados, isso pode reduzir o acesso do Brasil ao mercado norte-americano, especialmente olhando para produtos como carne bovina, açúcar e etanol.

Mas o que isso tem a ver com outras políticas para o Brasil? A questão é que Trump é de direita. Não foi por acaso que ele convidou Bolsonaro para a sua posse. E Bolsonaro, caso tivesse ido, iria reunir com chefes de Estado. Certamente um dos assuntos seria as eleições de 2026 no Brasil. Isso é muito importante para os EUA. Sabe-se que Bolsonaro dificilmente será candidato a presidente do Brasil em 2026. Resta, agora, definir quem será o candidato da direita que o ex-presidente irá apoiar. Tem que ser alguém que possa ter o poder de governabilidade bolsonarista e que possa montar uma estrutura política orientada por Jair Messias Bolsonaro. Então, a estratégia é não revelar quem será o candidato de Bolsonaro. Por quê? Porque Dino e Moraes estão vigilantes. Se a direita definir agora esse nome, o STF dará um jeito de impedi-lo, tornando-o inelegível. É isso.

________________________. 


P U B L I C I D A D E

alema-350x350

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE

______________________
Por Battista Soarez 
(Jornalista, escritor, psicanalista, teólogo e professor universitário)


M E M Ó R I A S
Conto sobre mim mesmo (2)
Sonhos, buscas e lutas a partir da minha aurora

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação.

_______________________
DOTINHO, meu filho, tu queres ir com o papai? Ou queres ficar com a mamãe? — perguntaram-me minha mãe e meu pai.

Dotinho é como sou conhecido na família. Familiares e amigos íntimos me chamam assim desde a minha infância por razões de escolha de nome. Mas esta é uma outra história que não vou contar aqui.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Diante da pergunta que meus pais me fizeram, eu fiquei sem entender absolutamente nada. Afinal de contas, eu só tinha 4 anos de idade. Era criança demais para entender a complexidade de um assunto tão sério. Olhei para todo o interior da casa e senti uma sensação estranha no peito, na barriga e certamente na alma. Algo como se tivessem me levando à força (e de fato estavam) do convívio e aconchego da minha mãe. Um nó entalou na minha garganta. Olhava para minha irmã Concinha, de 7 anos, e para o meu irmão Ailton, de apenas 1 aninho.

P U B L I C I D A D E

Ailton e Concinha olhavam para mim e para a mamãe com olhares compridos e tristes. Três crianças, três inocentes testemunhando o pior momento de decisão de uma família. E não podíamos fazer nada. Éramos apenas três crianças. Mas já dava para sentir a dor estranha do tamanho vazio existencial que uma separação causa. Por que tinha de me separar da minha mãe e dos meus irmãos? Era a pergunta silenciosa que a minha inocência fazia naquele momento para um vácuo do qual não saía nenhuma resposta.

Hein, filho? Responde para a mamãe — insistia ela. — Quer ficar com a mamãe ou quer ir com o papai?

Papai estava com o cavalo celado na porta de casa. Eu olhava para a mamãe e sentia uma saudade emocionalmente dolorosa antecipada. Sabia que ia ficar longe dela por muito tempo. Eu estava totalmente divido. Não queria ficar sem meu pai. Mas também não queria ficar sem a minha mãe. Olhava para o papai. Olhava para a mamãe. Não sabia o que responder. Não sabia o que decidir. Mas tinha de fazê-lo. Tinha que dizer alguma coisa. O tempo estava passando. E, na verdade, eu não queria que ele passasse. Baixei a cabeça e... Até que…

Fico com a mamãe… Não… Vou com o papai — disse eu, totalmente com coração e pensamento divididos.

A resposta de uma criança nunca corresponde à verdade num momento de separação por irresponsabilidade dos pais. Uma criança nunca quer perder nem um nem outro. Eu, na verdade, queria ficar com a mamãe, mas acabei dizendo que queria ir com o papai.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Mamãe me abraçou, me dando a benção. Papai me pegou pelos dois antebraços e me jogou na garupa do cavalo. Mamãe, em pé, começou a pentear, com os dedos, os cabelos asvoaçados da minha irmã. Ailton abraçou as pernas de Concinha. Os três (mamãe, Concinha e Ailton), juntos à porta, observavam os detalhes daquela situação indesejada. Melancólica. Papai, então, montou no cavalo e a viagem começou.

Começamos a caminhar. De quando em quando, eu olhava para trás e via meus irmãos tristes. Concinha e Ailton. Mamãe começou a chorar. Papai manteve o coração endurecido. Eu olhava para trás e, a cada metro de distanciamento, nos passos rápidos daquele cavalo castanho, meu coração sentia uma dor e uma vontade de descer do animal e voltar correndo para os braços aconchegantes da minha mãe. Mas a decisão impiedosa dos dois era maior do que a minha vontade. Eu não estava entendendo nada. Eu tinha só 4 anos.

Atravessamos a campina e entramos numa estrada em meio ao matagal, com destino a São Francisco dos Campos, povoado que pertence ao município de Cururupu. No caminho, eu observava os detalhes das paisagens que se misturavam, na minha mente, com imagens e pensamentos da mamãe e de meus irmãos. O silêncio tedioso da viagem era interrompido apenas pelas pisadas do cavalo (ora sobre o chão firme, ora sobre a areia branca e macia) e pelo ciciar das cigarras que, com seu “canto” estridente, faziam barulhos no meio daquele matagal. Os passarinhos também cantavam. E o vento, vindo do grande lago São Francisco, sibilava nas folhas das árvores altas e frondosas.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Pai, eu tô com sede — disse eu a certo ponto da viagem.

Meu filho tá com sede? — papai perguntou com voz de paciência e carinho.

É, eu tô com sede.

Espera mais um pouco. Logo chegaremos a um povoado onde tem gente. E aí eu peço água para meu filho beber.

Vi que ele tocava o cavalo para que apressasse os passos e logo chegássemos a uma casa para eu beber água. A sede aumentava, e eu torcia para chegar numa casa à beira da estrada. As cigarras continuavam ciciando. Os pássaros gorjeavam continuamente, inclusive o sabiá. As árvores balançavam com o soprar do vento e papai não dizia uma palavra. Nem perguntava como eu estava me sentindo. Eu pensava o tempo todo na mamãe. Depois de algum tempo, chegamos a um pequeno povoado, As casas, como na campina onde morávamos, eram distantes umas das outras. E papai encostou na primeira residência.

Êh de casa! — ele chamou à porta.

Uma senhora apareceu.

Olá, bom dia! — atendeu a mulher.

Moça, bom dia. Sem querer incomodar a senhora, me consiga um pouco de água para este filho que está com sede.

Pois não — disse a mulher cordialmente, indo para o interior da casa e voltou logo em seguida com um copo na mão.

Papai recebeu a água, entregando o copo na minha mão. Eu bebi o líquido todo. Papai também disse que queria e a mulher foi buscar mais um copo d’água. Papai bebeu com prazer, devolvendo o copo à moça.

Obrigado, senhora!

De nada — respondeu a mulher.

P U B L I C I D A D E
alema-350x350

Papai puxou a rédia do cavalo de volta ao caminho e continuamos a viagem. Caminhamos, caminhamos e, demorando mais algum tempo, chegamos num campo, logo após atravessarmos um igarapé. O revoar de pássaros do campo indicavam um paraíso de água, samambaia, mururu e abundante pasto, onde os animais se fartavam o dia inteiro. Toda espécie de pássaros tinha naquele lugar. Garça, marrecos, tetéus, jaçanãs, japerçocas, andorinhas, socós e muitas outras espécies.

Pai, que campo é este? — Perguntei, admirando toda a beleza daquela paisagem.

São Francisco dos Campos — respondeu ele.

A gente já está perto de chegar?

Ainda tá um pouco longe. Mas logo a gente chega — respondeu papai.

O pedaço de campo por onde, agora, estávamos passando era longo. Mas o frescor do vento que soprava meio forte tornava a viagem agradável. Fiz um monte de perguntas para papai e ele respondeu a todas pacientemente. Perguntei, inclusive, quando eu ia voltar para a mamãe. Ele respondeu dizendo que não sabia. Mas ele disse que quando eu quisesse era só eu dizer a ele. Atravessamos todo aquele campo e, então, chegamos ao povoado São Francisco dos Campos. As casas eram de alvenaria. Eram casas de gente rica. Casas de criadores de gado e comerciantes. A Terra dos Bandeiras, pertencente a meus bisavós e avós por parte de pai, ficava logo depois do povoado Pirapema, que faz divisa com São Francisco. Passamos os dois povoados e, então, chegamos ao Bandeira.

Papai parou numa casa de palha e taipa. Apeou do cavalo e me fez descer da garupa. Uma mulher jovem e bonita veio nos atender.

Boa tarde, comadre — saudou meu pai.

Boa tarde, meu compadre — correspondeu a mulher.

Os dois se abraçaram e papai, olhando para mim, disse:

Tome a bênção para essa mulher. Ela é minha irmã. Sua tia. E é sua madrinha.

Tomei a bênção. Ela me abençoou e indicou onde iríamos dormir. Depois fomos convidados para sentar a uma mesa para o almoço. A partir daquele momento, passei a morar na casa da minha tia-madrinha, irmã caçula do meu pai. Mas seria apenas por algum tempo.

_________________________ 

P U B L I C I D A D E

alema-350x350