Falsa
notícia tenta atingir reputação da deputada Mical Damasceno
Blogueiro
faz matéria tendenciosa na tentativa de desestabilizar a direita no Maranhão
Por Battista Soarez
(De São
Luís – MA)
FOTO: Divulgação | Dep. Estadual Mical Damasceno (PTB) |
A DEPUTADA ESTADUAL Mical Damasceno
vem sofrendo ataques da mídia blogueira de São Luís desde que assumiu a direção
do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Maranhão. Desta vez foi o Blog do Linhares, em matéria publicada
na terça-feira, 23/11. Com o título “Mical Damasceno perde o comando do PTB no
Maranhão, Lahésio Bonfim assume”, a publicação do Linhares insinua, maliciosamente,
que a deputada vem praticando deslealdade contra a direção nacional do partido.
— Executiva
Nacional [do PTB] desconfia da lealdade da deputada após receber dossiê que
narra as relações com Flávio Dino — diz a matéria numa legenda logo abaixo de
uma imagem contendo fotos de Mical (em destaque) e de Lahésio (em detalhe),
respectivamente.
De maneira
tendenciosa, o blog — provavelmente pago ou, no mínimo, orientado por grupos de
interesses contrários ou esquerdistas — diz que “a passagem da deputada estadual
Mical Damasceno pela direção do PTB deve acabar em breve”. Linhares destaca uma
suposta reunião em Brasília (sem mencionar data e nem fonte) da Executiva
Nacional do partido onde, segundo o autor da matéria, foi decidido que o nome
de Mical não é mais “indicado para controlar a legenda no estado” e que, no
lugar da parlamentar, assume o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio
Bonfim, que, inclusive, é pré-candidato ao governo do estado. Lahésio não confirma
tal informação.
O Leitura Livre entrou em contato com o
gabinete da deputada Mical Damasceno e apurou que se trata de inverdades. Segundo
informação do gabinete da parlamentar, tudo não passa de uma tentativa injusta
de prejudicar a articulação da direita no Maranhão. A própria deputada
desconhece a informação.
— Eu não recebi,
até agora, nenhum comunicado oficial a respeito desse assunto. Pelo contrário,
estamos fazendo um trabalho honesto e organizado, inclusive convidando toda a
sociedade para a inauguração da sede do PTB, que está marcada para o dia 10 de
dezembro — disse Mical à reportagem do Leitura
Livre.
De acordo com a assessoria
da deputada, tudo não passa de falsa notícia de um jornalismo parcial que
sequer ouve os personagens envolvidos. Aliás, diga-se de passagem, o Blog do Linhares já tentou atingir até o
Dr. Lahésio Bonfim pouco tempo atrás, no intento de jogar lama na
pré-candidatura do médico prefeito que vem crescendo cada vez mais na
preferência do eleitorado maranhense.
A verdade é que,
desde o início do seu mandato de deputada estadual, Mical Damasceno vem
prestando um trabalho justo e efetivo diante do legislativo estadual. No seu
histórico de atuação, a parlamentar não tem nenhuma situação de venda de emendas,
inclusive fiscalizando cuidadosamente cada uma delas conforme seu destino para
beneficiar a população mediante a execução de políticas públicas para a
coletividade. Além disso, durante todo o período de pandemia da Covid-19, a
deputada distribuiu cestas básicas e outros donativos para comunidades carentes
em vários municípios maranhenses.
— Todo mês,
parte do salário da deputada é destinada para compra de cestas básicas e
medicamentos que são distribuídos para pessoas carentes — informa um dos
assessores do seu gabinete.
De acordo com o
que foi apurado pela reportagem do Leitura
Livre, essa maneira de atuação da parlamentar vem despertando ciúmes e
inveja em alguns políticos que querem manchar a imagem de Mical, de Lahésio, da
igreja evangélica e, consequentemente, dos movimentos de direita no Maranhão.
Ao que parece, o intento de alguns políticos — dentre eles, infelizmente, estão
aqueles de comportamento esquerdista infiltrados nos grupos de direita — é
minar, na mente do eleitorado maranhense, a ideia de que a direita no estado é
desunida, confusa, desarticulada e instável.
Com esse comportamento
medíocre e mal intencionado, o objetivo dos antagonistas é enfraquecer a
direita no Maranhão e, por tabela, fragilizar o apoio ao presidente Jair
Bolsonaro no estado. Isso ajuda a fortalecer a esquerda que, por sua vez, já
está forjando vários estratagemas para manobrar, enganar e confundir o
eleitorado maranhense.
— Vou continuar
fazendo o meu trabalho e defendendo o presidente Bolsonaro. Não me importo com
as mentiras que inventam a meu respeito. E outra coisa: meu pai não interfere
no meu trabalho — diz Mical.
O autor da matéria
acusa a deputada Mical e o seu pai, pastor Pedro Aldi Damasceno, de “alugar” e “lotear”
— termos usados conotativamente pelo blogueiro — “as bases evangélicas do
estado no período eleitoral”, ventila ele.
Isso afeta, em
cheio, a igreja Assembleia de Deus no Maranhão, quando, na verdade, esse
discurso não corresponde à realidade. As Assembleias de Deus — maior igreja
evangélica no estado — é uma instituição social como qualquer outra. E como
instituição social, seus pastores e líderes normalmente são procurados não só
por candidatos em período eleitoral, mas, também, por autoridades em geral para
aconselhamento, orações e parcerias institucionais. Isso não significa “alugar”
ou “lotear”. Os termos adequados para essas atividades são participação social e
utilidade pública que, em relação a isso, se a igreja se mantiver omissa, ela
simplesmente cai no ostracismo e na alienação.
O Leitura Livre ouviu, também, vários
pastores assembleianos, inclusive presidentes de Convenção, e constatou que a
denominação não tem nenhum patrocínio do governador Flávio Dino, como sugere,
desinformadamente, o Blog do Linhares.
O que ocorre, de fato, é que há membros da Assembleia de Deus que ocupam cargos
na estrutura administrativa do governo do estado como, por exemplo, o advogado
e pastor Enos Ferreira, atual Secretário de Estado de Relações Institucionais.
O religioso já foi, também, Secretário de Estado de Programas Estratégicos.
Pastores da
Assembleia de Deus maranhense explicam que isso não tem nada que ver com a
denominação em nível de Estado. A reportagem do Leitura Livre conversou com o pastor André Santos Souza —
presidente da COMADEMA (Convenção da Assembleia de Deus no Estado do Maranhão),
ligada à convenção nacional CADB, presidida pelo pastor Samuel Câmara — sobre
as relações políticas da igreja no estado. Ele explica que, no Maranhão, as
Assembleias de Deus têm várias convenções organizadas em ministérios. Todas com
suas devidas autonomias. Mas com algo em comum.
— Em se tratando
de estado, as Assembleias de Deus apoiam o presidente Bolsonaro e defendem os valores e princípios cristãos, conforme a Bíblia ensina — afirma o pastor
André.
Portanto, em
matéria de participação política, todas as convenções estão caminhando numa
direção só: no sentido da direita. Todas estão apoiando Bolsonaro, inclusive a CEADEMA
(Convenção Estadual da Assembleia de Deus no Maranhão), ligada à nacional CGADB,
à qual Mical e Pedro Aldi, seu pai, pertencem. Aldi já foi presidente da
CEADEMA que, atualmente, é comandada pelo pastor Francisco Raposo, líder da
Assembleia de Deus em Bacabal, a 245 quilômetros da capital maranhense.
Segundo
informação de algumas lideranças da Assembleia de Deus em São Luís, somente o
pastor José Guimarães Coutinho, líder do campo de São Luís, fechou com o
governador Flávio Dino.
— Mas isso não
quer dizer que a igreja esteja com Flávio Dino. O pastor Coutinho só responde
por São Luís. Não pela Convenção estadual. Não por qualquer outro campo da nossa igreja —
disse um pastor assembleiano, da igreja local, que pediu para não mencionar seu
nome na reportagem.
O Leitura Livre buscou contato, ainda,
com pessoas ligadas à Executiva Nacional do PTB, mas ninguém confirma a
informação do Blog do Linhares, ninguém confirma a “reunião” em Brasília,
muito menos o tal “dossiê” gerado por grupo de apoio a Lahésio.
— Estão tentando
jogar Mical contra Lahésio e Lahésio contra Mical, com o objetivo de
enfraquecer os dois. Seria muita ingenuidade do Dr. Lahésio tentar seguir por
esse caminho, de mandar sua equipe sondar a deputada Mical com objetivo de
tomar o partido dela — disse uma fonte da igreja evangélica ligada a Lahésio.
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