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sábado, 1 de julho de 2023

Opinião | As viagens de Lula e as tramas da geopolítica | Por Battista Soarez | Coluna Leitura Livre | Jornal Itaqui-Bacanga

Opinião

AS VIAGENS DE LULA E AS TRAMAS DA GEOPOLÍTICA 


Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor e professor universitário)



EM 2020, no auge da pandemia por Covid-19, eu participei como autor e organizador, juntamente com a escritora Adriana Santana, da Bahia, do livro O mundo em órbita de alerta: desespero ou esperança? (Editora AD Santos). Somos 18 autores nacionais e trabalhamos uma ampla pesquisa sobre geopolítica, religião e os destinos da humanidade.

Nesse livro, nós revelamos os projetos que estão sendo arquitetados pelas forças secretas globalistas, fundamentadas em convicções filosóficas, sociológicas, teológicas e ideológicas luciferianas. Prevemos, inclusive, que forças internacionais iriam fazer de tudo para eleger Lula presidente do Brasil e que, a partir de então, ele estaria a serviço da agenda da Nova Ordem Mundial (NOM). O papa Francisco --- que já havia visitado o Lula na prisão --- também tem uma agenda a cumprir a serviço da Nova Ordem, como o fez em relação ao líder chinês Xi Jinping.

Ao ser eleito e assumir a presidência do Brasil, Lula logo passou a cumprir uma agenda internacional, com finalidades não muito claras até agora, visitando os principais líderes mundiais e o papa, recentemente. Agora, por quê o Lula foi escolhido pelos globalistas para ser o agente de articulação, assim como o papa Francisco, da Nova Ordem Mundial? Simplesmente por ele ser populista, de ideologia esquerdista, ser a favor da Nova Ordem Mundial, ter influência nas políticas internacionais e, no âmbito da cultura apocalíptica, ser antagônico a Israel. Toda a cúpula secreta da Nova Ordem é contra Israel e, também, é contra o cristianismo. Portanto, para ser o grande líder da soberana América do Sul e Caribe --- tema que está sendo discutido na 26a. Reunião do Foro de São Paulo, cuja abertura foi realizada nesta quinta-feira (29) --- o líder político precisa preencher os requisitos exigidos pelas forças secretas globalistas. E Lula se encaixa perfeitamente nesse perfil.

O Foro de São Paulo é uma reunião de partidos e organizações de esquerda e, neste ano de 2023, está acontecendo em Brasília, com realização nesta quinta-feira (29) e no domingo (2), com o tema "Integração Regional para Avançar a Soberania Latino-Americana e Caribenha". Trocando em miúdo, significa dizer que, em pouco tempo, a América do Sul será transformada na grande nação, isto é,  numa única nação. Na visão da direita, com acentuada razão, o Foro reúne movimentos que fazem apologia a ditaduras de esquerda. Logo, a soberana nação sul-americana será uma ferrennha ditadura de esquerda, travestida de uma hiperdemocracia transnacional. Trata-se, portanto, de um poder de mando absolutista e sem sentimento de piedade. Esta é, repito, a 26a. reunião do Foro.

A primeira reunião do grupo aconteceu em julho de 1990, após a derrubada do Muro de Berlim, para discutir o posicionamento da esquerda no mundo. Naquela ocasião, se reuniram 48 partidos e organizações de esquerda de diversos países na cidade de São Paulo. Por isso o nome "Foro de São Paulo".

Na primeira mesa redonda do Foro de São Paulo de 2023, em Brasília, foi ventilado o tema sobre "Os atuais desafios da integração regional latino-americana e caribenha", discutido por vários palestrantes de ideologia esquerdista, dentre eles, Ruan Carlos Frometas, responsável pelo Departamento de Relações Internacionais do Partido Comunista de Cuba. Ao lado dele, a senadora mexicana Citlalli Hernández Mora, do partido de esquerda "Morena".

Na discussão sobre a pobreza e a miséria venezuelana, os debatedores do Foro buscaram achar um culpado e o inimigo mais fácil, para eles, é o capitalismo, que eles chamam de "imperialismo", com vistas à tomada do petróleo venezuelano. O ex-embaixador da Bolívia na ONU, Sacha Llorenti, disse que o petróleo é o grande objetivo dos imperialistas, porque, segundo Llorenti, o Petróleo venezuelano é muito importante.

Frente a isso, conforme abordado pela senadora Citlalli Mora, foi destacado que o Foro de São Paulo pretende construir um "novo poder do povo", considerando que a primeira onda progressista na América Latina foi uma resistência e que, segundo ela, os ataques da direita devem ser enfrentados.

A proposta fundamental do Foro, como um todo, é trabalhar naquilo que os une e não no que os separa. Para alguns analistas de esquerda, o Brasil, no contexto internacional, esteve ausente das grandes agendas durante o governo Bolsonaro, limitando-se a um alinhamento automático com o governo do presidente Donald Trump e outros governos de viés de extrema-direita pelo mundo. Nos fóruns multilaterais que discutiam temas como meio ambiente, mudança climática e proteção dos direitos humanos, a ausência foi mais sentida ainda. Na verdade, considera-se que, praticamente, a agenda interna foi preponderante em vista da agenda internacional.

Contudo, os participantes do Foro de São Paulo consideram que este contexto mudou com a chegada do presidente Lula ao poder em 2023. Com a intenção de resgatar, segundo eles, o protagonismo perdido nos últimos anos, em referência ao governo Bolsonaro, o Brasil está buscando voltar ao jogo com uma intensa agenda de viagens internacionais. Neste sentido, o atual debate do Foro de São Paulo pretende, de forma objetiva e subjetiva (isto é, de todas as maneiras), analisar a agenda internacional com vistas a lançar luz sobre as intenções geopolíticas do Brasil para os próximos anos. Face a isso, um dos quesitos fundamentais do movimento esquerdista é "tecer" todas as políticas, inclusive juridicistas, no sentido de impedir que a direita reassuma o poder nas eleições de 2026.

Por isso a grande imprensa (a partir do sistema Globo, que foi o primeiro que o governo Lula comprou) e o STF foram usados, numa campanha midiática inusitada, para tornar Jair Bolsonaro inelegível. Conforme alguns especialistas, como Nicholas Haigger, por exemplo, o esquerdismo globalista é uma rede mundial de corrupção. E é ela que está cuidando da agenda internacional do Lula com vistas à Agenda 2030 da ONU, para concretização do projeto NOM até o ano de 2030, quando o mundo conhecerá uma nova configuração global. Por isso a importância de o Foro de São Paulo estar discutindo a soberania da América do Sul. Nesse bolo, um dos pontos centrais é a América do Norte se render ao plano ALCA.

Diante desta narrativa, portanto, as viagens do presidente Lula, em visita a chefes de Estado estratégicos, marcam mudanças na geopolítica mundial, em que o Brasil, na fala do senador baiano Jaques Wagner, é protagonista na construção de um futuro mais próspero e sustentável em todo o mundo. Já estamos vivendo, portanto, um novo tempo, as dores apocalípticas. E a maioria das pessoas ainda não se deu conta disso.

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