O encontro Lula e Xi Jinping
Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, psicanalista, consultor e professor universitário).
O ENCONTRO ENTRE OS PRESIDENTES Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Xi Jinping, da China, tem significados não apenas sobre questões comerciais. É isto e muito mais. Na verdade, os acordos assinados têm significados muito mais profundos do que as pessoas de senso comum imaginam. O sentido de tudo é amplamente geopolítico.
Há alguns pontos que precisam ser vistos com profundo entendimento sociológico internacional. Acordos comerciais, negociação de paz entre Rússia e Ucrânia, e câmbio foram alguns dos assuntos tratados e que têm importância significativa do ponto de vista geopolítico e, segundo o próprio Lula, são fundamentais para uma nova ordem mundial. Isto já vem sendo falado há algum tempo, mas esta é uma questão ainda pouco esclarecida na cabeça do cidadão comum no mundo inteiro.
— Esses acordos são fundamentais para as relações entre China e Brasil, e muito importantes para uma nova ordem mundial — disse Lula, em entrevista coletiva à imprensa internacional e divulgada pelo Jornal Hoje, da Rede Globo.
O presidente da China, Xi Jinping, recebeu o presidente Lula no Grande Palácio do Povo e, pelo nível da expectativa da imprensa internacional, já se pode avaliar que esse evento tem um significado exponencial para o mundo. Um fato geopolítico dessa envergadura mostra os caminhos que as nações estão seguindo num afunilamento revelador com muitas vertentes.
No encontro deste dia 14 de abril, Lula e Xi Jinping assinaram uma série de acordos comerciais e de parceria que vão além de um negócio da China, em que está definida a viagem do presidente brasileiro a Pequim e a Xangai no âmbito das políticas mundiais e seu conjunto de diretrizes potenciais para a nova ordem mundial, por sua vez configurada institucionalmente na Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas). As pessoas devem estar atentas a fatos relacionados a isto, e ver para onde o mundo está caminhando.
Por enquanto, nada está sendo ventilado. Mas, nos bastidores da geopolítica, comenta-se que Xi Jinping está disputando, do outro lado da linha, com o presidente francês Emmanuel Macron, o lugar de presidente das nações — por enquanto divididas em blocos econômicos — na implementação do projeto NOM. Mas a tendência caminha no sentido de que tudo seja unificado política e economicamente.
Para isso, a mudança da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff — presidente do banco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) — para a China é de fundamental importância dentro dos planos da Nova Ordem Mundial. Com a intenção de colocar o Brasil entre os países emergentes, Lula fez questão de tratar de situações globais com o líder Chinês.
Por trás de tudo, como venho informando nos meus escritos sobre atualidades, está uma corporação secreta, formada por empresas multimilionárias, comandando tudo com uma filosofia estranha, algo totalmente diferente daquilo que a sociedade mundial conhece. E, quanto a isso, os líderes mundiais têm pressa.
O pior de tudo é que há uma religiosidade oculta e obscura conduzindo todos os processos dos eventos mundiais. O cidadão comum pensa que não. Mas é fato. Há um poder invisível acionado e dirigido por mentes totalmente contaminadas com crenças luciferianas e que disputam forças universais com o cristianismo. Política, poder de influência e dinheiro são as únicas chaves de tudo isso. Quem tem ouvido, ouça o que os fatos estão dizendo ao mundo.
O que alguns especialistas discutem, no âmbito de muitas políticas mundiais, é o fato de que Lula entrou numa área meio conturbada nas relações entre China e Estados Unidos. Há riscos pelo caminho, segundo eles. Em fevereiro, assim que assumiu o comando do governo federal, Lula esteve em Washington, onde se encontrou com o presidente norte-americano Joe Biden. Naquela ocasião, Lula e Biden divulgaram mensagem informando que, juntos, Brasil e EUA poderiam superar muitos desafios, principalmente os que ameaçam a democracia. Lembrando que a “democracia” no discurso da esquerda tem um sentido bem diferente do sentido da democracia do ponto de vista do povo, do qual emana todo poder.
Os acordos fechados entre Brasil e China, que resultaram em assinaturas de cerca de 15 termos comerciais e de parceria, incluem acordos de cooperação espacial, em pesquisa e inovação, economia digital e combate à fome, intercâmbio de conteúdos de comunicação entre os dois países e facilitação de comércio. Um dos acordos trata do desenvolvimento do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos bilateralmente. Isso prevê um diferencial, segundo o governo brasileiro, de uma tecnologia que permite monitorar biomas no planeta como, por exemplo, a Floresta Amazônica, mesmo com a existência de nuvens. Do ponto de vista da nova ordem mundial, isso tem outros significados que a escatologia explica com absoluta maestria.
Por falta de espaço neste artigo, trataremos do mesmo assunto em edições posteriores.