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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE 

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Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)


Minha vida no jornalismo e o jornalismo na minha vida
Quando a vocação e a paixão se encontram, a profissão se torna mera diversão.

Imagem meramente ilustrativa| Fotos: Divulgação.
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HOJE MEU PENSAMENTO VOLTOU 40 anos no tempo para relembrar exatamente de quando comecei no jornalismo. O ano? 1985. Sarney estava na presidência da República e João Castelo, dono do Jornal de Hoje, estava no Senado Federal. E foi exatamente no JH que comecei minha carreira. Foi no JH que comecei a construir a resposta para a pergunta: "por que sou jornalista?",

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Sou jornalista porque, por paixão e vocação, me dedico a investigar, apurar e transmitir informações de forma clara, precisa e ética, cumprindo um papel essencial na democratização do conhecimento e na formação da opinião pública. Essa vocação geralmente está ligada à curiosidade sobre o mundo, ao desejo de conhecer diferentes realidades, à paixão por contar histórias e ao compromisso com a verdade e a função social da profissão.

Tenho boas razões para ser jornalista. Em primeiro lugar está o dom de contar histórias a partir dos fatos que acontecem no dia-a-dia. Depois, trabalho jornalismo porque é a minha função social. E como função social, busco fazer justiça com o esclarecimento da verdade dos fatos que ocorrem no cotidiano, contribuindo, assim, com as instituições públicas e sociais.

O jornalismo, para mim, é fundamental para a democracia, pois garante que os cidadãos tenham acesso a informações qualificadas e críticas para tomar decisões informadas e buscar seus direitos.

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Meu jornalismo é uma soma de conhecimento e experiência. A profissão permite eu ter um repertório cada vez mais completo, expandir a minha visão de mundo e conhecer diversas realidades e pessoas ao longo da minha carreira.

Sempre procurei trabalhar com veracidade e ética, pontuando, nos detalhes da notícia, uma hermenêutica justa na cientificidade da comunicação contributiva do ponto de vista da justiça social.

O jornalista sempre busca transformar fatos em informação acessível, confiável e verdadeira, adotando altos padrões éticos de honestidade e respeito. E foi sempre o que procurei e ainda procuro fazer. Com multiplicidade de atuação, a verdade é sempre um instrumento de poder transformacional e o jornalista que se presa e tem amor pela profissão procura fazer isso com equilíbrio e sapiência laborativa.

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O campo de atuação torna-se divertido, quando o profissional é de fato consciente do seu papel perante a sociedade, independente se as redações são feitas para veículos tradicionais (jornais, TV, rádio), produção de conteúdo para internet e redes sociais, jornalismo de dados, comunicação corporativa e divulgação científica. A paixão pela profissão faz a diferença.

Comunicação e pensamento crítico fazem parte do meu jornalismo. Para mim, jornalismo é instrumento de formação e transformação social. Se não há criticidade criteriosa, o jornalismo deixa de cumprir sua verdadeira função, que é promover a justiça.

Para ser jornalista, é preciso ter fortes habilidades de comunicação e um pensamento crítico aguçado para avaliar informações, identificar o que é falso e traduzir conteúdos complexos. Checar as fontes de informação é fundamental para um jornalismo seguro e justo. Jornalismo que comete erros de informação acaba por cometer danos sociais graves, o que é uma verdadeira injustiça.

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Sou jornalista por paixão e vocação. Assim como muitos jornalistas, sou movido por uma paixão pela profissão, pelo amor a contar histórias, pela adrenalina de acompanhar acontecimentos e pela vontade de ajudar a comunidade.

O que faço como jornalista? Acompanho acontecimentos e investigo dados para apurar a veracidade das informações. 
Entrevisto pessoas e traduzo conteúdos complexos para uma linguagem que qualquer cidadão possa entender. Procuro dar voz a quem não é ouvido, revelo o que está escondido e faço denúncias contra as injustiças.

Procuro, dessa forma, trabalhar com ética e responsabilidade, impactando a vida das pessoas com o meu trabalho.

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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE 

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Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)

Deus caminha com a humanidade
O significado do mistério do Sagrado na cosmologia social em Cristo Jesus, o Senhor

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação.
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QUANDO O SENHOR JESUS CRISTO ordenou fazer discípulos de todas as nações --- comissionando seus seguidores a saírem mundo a fora para instruírem pessoas de todas as culturas a respeito do reino de Deus --- Ele estava dizendo que a humanidade pertence ao Deus Criador e que ela precisa ser ensinada sobre os valores sagrados, perdidos durante o percurso da história humana. As sociedades criaram suas culturas e, em nome delas, se afastaram do seu Criador. Isso causou um impacto destruidor na cosmologia social e levou Deus a entregar seu Filho em resgate dessa humanidade perdida no universo de ingratidão e incredulidade por parte dos seres humanos.

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Quando eu digo que Deus caminha com a humanidade, quero expressar a ideia teológica de que Deus não é distante, mas sim presente e ativo na história humana. Ele acompanha o povo em sua jornada, especialmente os necessitados, e até mesmo se identifica com os que sofrem, como se vê no Antigo Testamento através da coluna de fogo, ou no Novo Testamento, com a vinda de Jesus. Essa presença é manifestada através de sinais, provisão e alianças, mostrando a fidelidade e o amor de Deus para com a humanidade. É o mistério do Sagrado operacionalizando no ministério espiritual salvífico e magnificente.

Vemos as manifestações da presença de Deus no Antigo Testamento. Ele guiava Seu povo com uma nuvem ou coluna de fogo, o sustentava com maná e água, e manifestava Sua proximidade através da Tenda da Reunião. Prova de que Deus caminha com a humanidade e dela cuida na qualidade de Criador e Pai bondoso eternal.

No Novo Testamento, Jesus, como "profeta itinerante" (manifestando o seu Senhorio para toda a humanidade), também caminhou com as pessoas, revelando a verdadeira natureza de Deus e seu amor pela humanidade. 
Com relação aos marginalizados, a teologia cristã ensina que Deus caminha não apenas com Seu povo, mas também "no" seu povo, identificando-se com os pobres e marginalizados.

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A intenção de Deus não é eliminar a humanidade rebelde e perdida, mas estabelecer restauração, comunhão e propósito. Ele criou o ser humano com o propósito de ter comunhão, refletir a imagem divina e cumprir Seus propósitos na Terra.

No quesito redenção e transformação, Deus já iniciou um processo de redenção da humanidade e da criação, com o objetivo de transformá-las ao longo do tempo. Deus, então, revela sua bondade e tolerância para com o homem pecador.

No que concerne às sementes do Reino, a doutrina social da Igreja sugere que, mesmo nas dificuldades e nas fronteiras geográficas, Deus planta sementes do Reino nos corações das pessoas. E, assim, as relações do homem com o Sagrado tornam-se clarividentes. E assim vemos, aqui, a fraternização do mistério sagrado na natureza espiritual do mundo "cosmos" (Jo 3.16). Este é o mistério do grande amor de Deus revelado.

Mas o que essa presença significa para a humanidade? Significa, em primeiro lugar, a consciência da relação. A presença de Deus nos torna conscientes da nossa relação com o Criador e com todas as outras criaturas.

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Significa, também, motivação para o bem. Os cristãos são chamados a "fazer o bem a todos" e a serem mordomos fiéis do mundo que Deus criou. Deus caminha com a humanidade.

Significa, ainda, esperança e consolo. A certeza da presença de Deus traz consolo nos momentos de desânimo e esperança na busca por um futuro melhor. E desta maneira Deus mostra que caminha com a humanidade em busca de que ela compreenda sua necessidade espiritual de se chegar a Ele e receber, enfim, a vida eterna.

Isto passa pela cosmologia bíblica social, um raro estudo da visão de mundo e da estrutura do universo conforme apresentada na Bíblia sobre as relações do Sagrado com a humanidade, incluindo a antiga crença israelita de um cosmos de três níveis (céus, Terra, submundo) criado por Deus. Quando falo de cosmologia bíblica social refiro-me à forma como esta visão de mundo bíblica moldava a compreensão da sociedade, do papel do homem no universo e da sua relação com o divino, ou como as próprias representações bíblicas do cosmos se entrelaçavam com a vida e a estrutura social da época.

A significação da cosmologia bíblica passa por uma visão de mundo singular. A cosmologia bíblica social é uma compreensão da estrutura do universo baseada nos ensinamentos da Bíblia no que concerne às relações da deidade do Deus Mistério com a humanidade.

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Há uma lógica na estrutura cósmica em que as narrativas bíblicas descrevem um universo com uma estrutura organizada, incluindo a criação da Terra, dos céus e dos corpos celestes pelo divino, como um ato central de Deus.

Aqui se têm três níveis dessa cosmologia: a cosmologia hebraica, predominante nos textos bíblicos (que concebia um universo com os céus no alto), a Terra (no meio) e um submundo (Sheol) abaixo.

O aspecto social da cosmologia bíblica, por sua natureza, fala da conexão com a vida humana. As cosmologias religiosas, como a bíblica, descrevem o mundo habitado e outras dimensões, conectando-as a aspetos da experiência humana.

Nesse meio, o papel do homem na criação está relacionado com o que a Bíblia ensina sobre o fato de que os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus, conferindo-lhes um lugar especial no cosmos e uma responsabilidade de cuidar da criação e/ou da natureza.

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Isso tem um significado e destino. A cosmologia bíblica social não se limita à estrutura física do universo, mas também aborda o seu significado, a origem do ser humano, suas relações e o destino final do cosmos, o que tem implicações para a vida e a espiritualidade das pessoas. Isto é, a espiritualidade operante na pessoa humana. Ou seja, há a espiritualidade das pessoas, e há a espiritualidade nas pessoas. A espiritualidade das pessoas é como elas recebem e administram sua consciência na sua relação com o chamado que receberam de Deus. E a espiritualidade nas pessoas é a maneira como Deus age na vida dos seres humanos operando sua graça e sua multiforme sabedoria nas ações e relações sociais.

Nesse sentido, há um confronto com a ciência moderna. Em linguagem figurada, podemos afirmar que a Bíblia usa linguagem cotidiana e figurativa para descrever o universo, não sendo um livro científico, e por isso os seus aspetos cosmológicos entram em conflito com a visão científica atual.

Na perspectiva entre fé e ciência, apesar das diferenças, o estudo da cosmologia bíblica social permite um diálogo com a ciência atual, que pode considerar a ordem racional do universo como um sinal da inteligência do Criador.

Nisto podemos acrescentar que a cosmologia social não é um termo amplamente estabelecido, mas a cosmologia refere-se ao estudo da origem, da estrutura e da evolução do universo, abrangendo tanto o sentido filosófico de entender o mundo com base na razão quanto o científico, focado na origem e no funcionamento de sistemas naturais e sociais através da observação e de leis. O termo poderia ser interpretado como o estudo das cosmovisões sociais, que são as narrativas e crenças de um povo sobre o universo e a relação entre os seres e a natureza, moldando a memória e a compreensão coletiva.

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O próprio conceito de cosmologia passa pela Filosofia, que trata da busca para entender a origem das coisas e a ordem do mundo através da razão (logos), como fizeram os filósofos gregos pré-socráticos. Passa pela Ciência, em que esta estuda o universo como um todo, seu tamanho, idade, origem, estrutura e destino, utilizando métodos científicos e avançados. Passa pela Cosmologia Social, referendando as cosmovisões em que seriam as diferentes maneiras como os grupos sociais interpretam e se relacionam com o universo. Passa pelas narrativas e saberes, em que incluem as histórias, os mitos e saberes acumulados por uma sociedade ao longo do tempo, explicando o papel dos seres na natureza e os significados dos acontecimentos. Passa, enfim, pela memória coletiva (como diria Jung), em que os saberes sociais são guardados nas memórias de um povo, transmitindo a compreensão do mundo e os valores de uma cultura.

Portanto, ao invés de um conceito formal, cosmologia social pode se referir ao estudo das diversas cosmovisões que formam a identidade e a compreensão de diferentes sociedades sobre seu lugar no cosmos.

E mais: a cosmologia e a fé retrata mecanismo do mundo em que, segundo Stephen Hawking, a Cosmologia não deve ser considerada um campo que interesse exclusivamente aos pesquisadores desta área. Ao longo da história, os diversos segmentos sociais se manifestaram sobre este assunto. Os filósofos, religiosos, artistas, escritores, governantes, místicos etc... são atores e protagonistas.

Quando estivermos de posse de uma teoria que explique o Universo, esta deverá ser acessível a todos. Este pensamento nos dá uma medida da importância que a sociedade dá às descobertas cosmológicas. Mesmo aqueles que não têm um treinamento específico para compreender as novidades desta área, manifestam uma enorme curiosidade a respeito das teorias cosmológicas. E esta busca por uma explicação de algo aparentemente incompreensível e misterioso, e muitas vezes é canalizada em interpretações oníricas examinando o sistema solar a partir de uma perspectiva celestial.

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Observando os planetas a partir do céu, na falta de uma explicação mais plausível, acessível a todos, existe em alguns segmentos uma desconfiança de que a Cosmologia tenha uma postura profana ao interferir em um terreno restrito à religião e à fé. Contudo, é preciso ressaltar que, segundo a maioria dos cosmólogos, não existem de fato contradições entre a fé religiosa e as descobertas cosmológicas recentes. Esta é, também, a opinião do Vaticano a respeito das descobertas científicas em geral.

Todo conflito ocorre apenas quando se procura interpretar o texto bíblico literalmente. De uma certa forma, este sentimento de desconfiança, finalmente, tem raízes na história dos conflitos entre a ciência e a religião. E, neste complexo universo de realidades, Deus caminha com a humanidade e a projeta para o seu reino e salvação, haja vista que sua misericórdia não tem limite.

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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

EXPOEMA | por Battista Soarez

EXPOEMA

Iracema Vale participa da abertura da 65ª edição da Expoema em São Luís

Presidente da Assembleia Legislativa destacou a importância da exposição e da união entre os poderes para o fortalecimento do setor agropecuário no Maranhão

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 Por:
Agência Assembleia
Fotos:
J. Cardoso

Iracema Vale cumprimenta uma das expositoras durante visita aos estandes da Expoema

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A PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), participou, neste domingo (31), da abertura oficial da 65ª edição da Exposição Agropecuária do Maranhão (Expoema), um dos maiores eventos do setor agropecuário do estado.


Realizada de 31 de agosto a 7 de setembro, no Parque Independência, no bairro São Cristóvão, a Expoema promete movimentar a economia, gerar oportunidades de negócios e valorizar o trabalho dos produtores rurais maranhenses. A feira também reforça a tradição do agronegócio no estado e celebra conquistas recentes, como o título de “Maranhão Livre de Aftosa sem Vacinação”.

Durante a solenidade, Iracema Vale ressaltou a importância da união entre os poderes para o fortalecimento do setor. “Nesta época, as famílias vêm para se confraternizar, trazer as crianças para brincar, e ainda têm os shows para a juventude. É um ambiente de negócios e de exposição do setor agropecuário. Além de gerar renda para pequenos, médios e grandes empreendedores, o evento também divulga as ações que estão sendo realizadas no setor agropecuário do Maranhão”, destacou a parlamentar.

O senador Weverton Rocha também destacou a relevância da Expoema para o estado. “Quero parabenizar o governo pela realização deste grande evento, que já é uma tradição passada de geração em geração. Espero ver o Maranhão cada vez mais como grande protagonista no cenário nacional”, afirmou.


Livre da febre aftosa

Já o secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, lembrou a importância da feira para o setor produtivo e para as famílias maranhenses. “A Expoema, além de ser um espaço de grandes negócios, é um ambiente para a família. Quero parabenizar o governo pela realização dessa grande exposição, que reúne atrações culturais e nacionais. Reforço, ainda, que, recentemente, na gestão do governador Carlos Brandão, o Maranhão conquistou o título de livre de aftosa sem vacinação, um marco para o nosso estado”, disse.

Presidente Iracema Vale com Weverton Rocha, Roberto Costa, Antônio Pereira e o presidente da Caema, Marcos Aurélio Freitas, em visita ao estande da companhia

Com uma programação diversificada, a 65ª edição da Expoema reúne exposição de animais, leilões, palestras técnicas, feira gastronômica, shows e atrações culturais, tornando-se um espaço de negócios, lazer e integração para toda a família maranhense.

O evento também contou com a presença do presidente da Famem, Roberto Costa (MDB); do Ministro do Esporte, André Fufuca (PP); dos deputados estaduais, Antônio Pereira (PSB), Arnaldo Melo (PP) e Ariston (PSB), além de outras autoridades.

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sábado, 30 de agosto de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE 

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Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)

Uma sociedade que parou de ler

Por que somos uma sociedade "burrificada" onde os livros perderam o seu valor e as pessoas são escravas do sistema dominante

Imagem meramente ilustrativa | Fot: Divulgação.
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SEMPRE DIGO para os meus alunos universitários que a sociedade é dominada por três tipos de poderes: poder político, poder econômico e poder intelectual. O poder político é o governo e suas instituições. O poder econômico é a iniciativa privada, constituída por grandes empresas. E o poder intelectual é o mundo formado por professores, escritores, juristas, jornalistas, editores e demais protagonistas da literatura e da comunicação.

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Esse público forma simplesmente a sociedade dominante. Constitui apenas 1% da sociedade. E coincide com 1% do público que lê. Já a sociedade dominada é constituída por 99% da população e coincide com 99% do público que não lê. Logo, é fácil calcular: 1% da sociedade é dominante; e 99% da sociedade é dominada. Os dominantes (1%) lêem e alcançam o topo da vida. Os dominados (99%) não lêem e caminham subalternamente na periferia de uma vida medíocre orientada continuamente pela ignorância. Os dominantes entram na universidade e se formam nos melhores cursos como medicina e direito. Se cadidatam, viram políticos e governam sobre os dominados. Os dominados se contentam com empregos, subempregos, programas sociais, bicos e esmolas. São, assim, conformados em viverem na mediocridade. Mas vamos, a seguir, à realidade.

O Brasil é um país de gente que não lê. Somos um povo que não lê e, consequentemente, somos uma população com hábitos de leitura em declínio. É observado no Brasil niveis de leitura baixos, onde a proporção de leitores tem diminuído e o número de não leitores é crescente. Essa situação é resultado de uma complexa interação de fatores, que incluem a competição com outras mídias, a falta de estímulo à leitura desde cedo, deficiências na educação e a escassez de recursos como bibliotecas.

A redução no hábito de ler sempre tem um impacto negativo no desenvolvimento individual e social, afetando a capacidade crítica, o conhecimento e a participação na vida em sociedade.

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Como consequência da falta de leitura, temos uma sociedade sempre em declínio intelectual e econômico. O impacto no desenvolvimento cognitivo é basicamente patológico.

A leitura, portanto, é crucial para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como a capacidade de interpretação, o raciocínio e o pensamento crítico. 

Uma sociedade que não lê tem grave limitação no acesso à informação. Um povo que não lê tem dificuldade em acessar e compreender informações, o que pode impactar sua participação em debates sociais e políticos. 

Além do mais, as dificuldades no mercado de trabalho são reais e impactantes negativamente. A falta de habilidades de leitura e interpretação pode levar a dificuldades no mercado de trabalho e em diversas outras áreas da vida.

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"A pessoa que não lê está morta, pois tem menor capacidade de engajamento cívico e não sabe administrar seu próprio desenvolvimento pessoal".

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Quem não lê tem menor engajamento cívico e não sabe administrar seu próprio desenvolvimento humano. De fato, a falta de leitura pode reduzir a compreensão de questões sociais, políticas e culturais, afetando, assim, o engajamento do indivíduo enquanto cidadão.

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Mas por que o povo brasileiro parou de ler? A desculpa é a concorrência com outras mídias. A internet, as redes sociais e o entretenimento digital competem pelo tempo e atenção, tornando a leitura de textos mais longos menos atrativa. 

Em tese, o baixo estímulo é outro problema. A falta de incentivo à leitura em casa e na escola dificulta a formação de novos leitores. Mas não se pode deixar de considerar as deficiências educacionais. A dificuldade em desenvolver o domínio da leitura pode levar à falta de paciência para ler textos mais longos e à leitura mais lenta. Fato. 

Por outro lado, a escassez de recursos também pode ser apresentada como fator condicionante. A falta de bibliotecas e de acesso a materiais de leitura contribui para o declínio do hábito de ler. 

Outra realidade são os fatores socioeconômicos. Questões como a falta de tempo livre, devido a necessidades de trabalho, também podem impedir a leitura, conforme apontam especialistas.

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O cenário no Brasil é uma gravidade crescente. A grande maioria de não leitores é estarrecedora. Pesquisas recentes, como os "Retratos da Leitura no Brasil", mostram que o número de brasileiros que não lêem é maior do que o de leitores.

A perda de leitores é uma realidade massificadora. O Brasil perdeu mais de 7 milhões de leitores em poucos anos, segundo uma pesquisa citada pelo O Globo. O brasileiro está praticamente morto intelectualmente. Editoras e livrarias estão sofrendo como nunca na história do Brasil.

Quero, então, concluir citando o escritor e poeta brasileiro Mário Quintana: "Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem". A leitura, vale dizer, é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo, abrindo portas para o conhecimento e a imaginação, e expandindo a compreensão do mundo e de si mesmo.

Frases como "A leitura é o caminho mais curto para o conhecimento", atribuída a Aristóteles, ou "Ler é viajar sem sair do lugar", de Pensador, ilustram como o ato de ler enriquece a alma, aprimora ideias, previne o declínio cognitivo e nos conecta a diferentes realidades.

Como disse um certo autor, "a leitura abre as janelas do entendimento e desperta do sono a sabedoria". Por isso, quem lê caminha no andar superior da existência e enxerga com maior velocidade a possibilidade de superação e crescimento pessoal. Quem lê, portanto, caminha longe da mediocridade.


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SAÚDE | por Battista Soarez

SAÚDE

Assembleia Legislativa instala Frente Parlamentar em Defesa do SUS e dos Profissionais da Saúde
A Frente busca acompanhar a execução das políticas de saúde, propor emendas e fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à área

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Por:
Agência Assembleia
 Fotos:
J. Cardoso

Durante a reunião, profissionais apresentaram as primeiras demandas à Frente Parlamentar em Defesa do SUS e dos Profissionais da Saúde

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A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA do Maranhão lançou, nesta quinta-feira (28), a Frente Parlamentar em Defesa do SUS, dos Profissionais da Saúde, Agentes Comunitários e de Combate às Endemias. A solenidade de abertura ocorreu na Sala de Reuniões da Presidência e foi conduzida pela presidente da Casa, deputada Iracema Vale (PSB).

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A Frente Parlamentar em Defesa do SUS e dos Profissionais da Saúde recebeu a assinatura de 27 deputados e tem como propósito ser um espaço permanente de monitoramento, articulação e proposição legislativa voltado à proteção dos trabalhadores da área, à defesa de suas condições laborais e à consolidação de um sistema público de saúde eficiente e resolutivo.

“Defender o SUS não é só uma missão dos trabalhadores da saúde, mas de todos nós. Eu sei o que é entrar de casa em casa, acompanhar a saúde e a vida das pessoas, porque fui enfermeira. A gente acompanha essa luta passo a passo, as conquistas, fruto de muita luta e trabalho dessas categorias. E me ombrear com esses trabalhadores é motivo de orgulho, o que faço com muito senso de responsabilidade”, destacou a presidente da Alema, Iracema Vale.

Participaram da reunião de lançamento os deputados Antônio Pereira (PSB), que assumiu como presidente da Frente; Davi Brandão (PSB), como relator; Adelmo Soares (PSB), Florêncio Neto (PSB) e Daniella (PSB). Os secretários de Estado da Saúde (SES), Tiago Fernandes, e de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, além de técnicos da SES e profissionais da área também participaram do encontro.  

“Esta Frente Parlamentar visa alcançar algumas áreas que nós julgamos muito importantes para o funcionamento da saúde pública, desde a rede básica. Com essa frente, queremos fazer com que haja uma proximidade maior da Casa com todos os trabalhadores em saúde e, também, com o governo do estado, que é um forte parceiro nesta luta”, disse o presidente do colegiado, Antônio Pereira.

Pautas

Durante a reunião, os profissionais apresentaram as duas primeiras demandas à Frente Parlamentar. A primeira foi um relatório contendo a quantidade de municípios que precisam de reforço na entrega de tablets usados para abastecer com dados importantes o Ministério da Saúde. A segunda foi a proposta de um projeto de lei que dispõe sobre a instituição da política estadual de cofinanciamento e premiação dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias.

A presidente da Alema, Iracema Vale, disse que defender o SUS não é só uma missão dos trabalhadores da saúde, mas de todos os cidadãos

Para o secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, o diálogo constante, tanto do governo do Estado quanto da Assembleia Legislativa com os profissionais de saúde é de extrema importância. “É conversando, entendendo o que eles estão precisando para dar o reforço nesse trabalho tão importante, que a gente pode avançar em pautas importantes. Nós sabemos que eles estão diretamente nas casas das pessoas, conversando com a população, e isso vai ao encontro do que acreditamos, que é o nosso modelo de fazer gestão”, frisou o gestor.

Os próximos passos da frente também foram discutidos e a proposta é que já na próxima semana ocorra outra reunião na qual serão traçados o planejamento e a forma de execução do trabalho da Frente Parlamentar.

Ineditismo

O secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, destacou o ineditismo da ação proposta pela Casa Legislativa. “Eu não lembro, nos últimos anos, do Estado sentando para conversar com os agentes de saúde. Eram os municípios ou os profissionais indo a Brasília, lutando pela legislação e pela categoria. Mas, no governo Carlos Brandão, isso tem acontecido e representa a agenda municipalista que o governador tanto prega, buscando soluções concretas na defesa dessa agenda”, observou Tiago Fernandes.

Os secretários de estado e os parlamentares acolheram as demandas apresentadas pelos profissionais e se comprometeram em dar prosseguimento às discussões nas esferas adequadas.

A presidente da Federação Maranhense dos Agentes Comunitários de Saúde, Shirlene de Maria Sousa Pires, disse que a Frente Parlamentar abre um grande leque de discussões para a categoria. “Aqui vamos discutir política de valorização do trabalhador, entre outras pautas e demandas da nossa categoria, em uma ação mais ampla e em benefício da nossa comunidade, que são as pessoas que nós assistimos”, pontuou.

Frente

A Frente Parlamentar em Defesa do SUS e dos Profissionais da Saúde tem como diretriz o reconhecimento da importância estratégica de todas as categorias profissionais que atuam na atenção básica, na média e alta complexidade, na vigilância sanitária e epidemiológica, agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias, que compõem a linha de frente na promoção da saúde e prevenção de doenças.

Além da valorização profissional, a Frente busca acompanhar a execução das políticas públicas de saúde e os instrumentos orçamentários (PPA, LDO e LOA), propondo emendas e fiscalizando a correta aplicação dos recursos destinados à saúde.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

EVENTO EVANGÉLICO | por Battista Soarez

EVENTO EVANGÉLICO

Parque Folclórico da Vila Palmeira será palco do Festival Viva Esperança, idealizado por Mical Damasceno 
Para a deputada, o evento será um momento de celebração da esperança em Cristo
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Por:
Tarcísio Brandão
Fotos:
Divulgação 


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NO DIA 18 DE SETEMBRO, São Luís vai viver uma noite especial de louvor e adoração. O Parque Folclórico da Vila Palmeira será palco do Festival Viva Esperança, idealizado pela deputada estadual Mical Damasceno.


O evento promete ser uma noite profética, marcada pela fé e pela música cristã. Entre as atrações confirmadas estão Thales Roberto, Valesca Mayssa, Lukas Agustinho e Paulo Neto.


Segundo Mical, o festival é um momento de celebração da esperança em Cristo.

“É um projeto que nasceu no Coração de Deus. Estamos felizes em realizar esse momento de louvor e adoração”, afirmou a parlamentar.

A deputada reforçou o convite à população.

“Venha celebrar conosco, porque Cristo é a nossa esperança”, destacou.

O Festival Viva Esperança deve reunir milhares de pessoas e promete marcar a história da música gospel no Maranhão.

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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

COLUNA LEITURA LIVRE | por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE 

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Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, teólogo e professor universitário)

O Brasil sem rédeas
A que ponto chegou o país tipiniquim em decadência e onde impera a derrota da democracia

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Divulgação 

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"NOS DOIS PRIMEIROS MANDATOS de Lula, as relações entre Brasil e Venezuela seguiram um padrão pendular, alternando momentos de aproximação e distanciamento, devido, em grande parte, à busca de protagonismo regional por parte de Hugo Chávez", disse o Dr. Guilherme Frizzera em artigo publicado sobre relações internacionais do Brasil.

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Na matéria ele expõe que Lula sempre sustentou uma visão estratégica para a política externa brasileira (PEB), que apostava na inclusão da Venezuela em fóruns internacionais como uma forma de integração regional, preferindo evitar o isolamento ou a aplicação de sanções. Frizzera diz que esse modelo buscava manter a Venezuela sob certo controle, com regras que promoviam a transparência e o diálogo regional. Infelizmente, a mentalidade de parte do povo brasileiro é ingênua e faz o país andar de marcha ré.

Entre 2003 e 2010, o Brasil trabalhou ativamente para que a Venezuela se mantivesse presente em blocos como o Mercosul e a Unasul (em que se pode pensar, aqui, numa geopolítica em andamento para acordos futuristas), acreditando que a interação com as demais democracias da região poderia incentivar o país a seguir práticas compatíveis com o restante do continente.

Frizzera diz que o Itamaraty via as organizações regionais como veículos capazes de embutir uma pressão normativa e constranger governos a respeitarem as normas estabelecidas. Essa estratégia refletia a confiança de que o multilateralismo poderia não só aproximar a Venezuela, mas também moderar as posturas do governo Chávez.

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No entanto, essa abordagem foi alterada com Dilma Rousseff. Em seu governo, as exigências de compromisso democrático foram flexibilizadas quando, em meio à suspensão do Paraguai do Mercosul, a Venezuela de Nicolás Maduro foi admitida no bloco sem que lhe fossem impostas as mesmas condições exigidas dos demais membros.

Ao lado da Argentina, Dilma impulsionou essa entrada em um contexto de fragilidade institucional e, assim, rompeu com a tradição da PEB de subordinar a adesão a compromissos claros de governança democrática. Essa atitude marcou uma inflexão importante na política externa que haviam sido a marca dos dois primeiros mandatos de Lula.

Agora, no terceiro mandato de Lula, o governo brasileiro sinalizou um retorno parcial a essa visão de integração normativa ao reconsiderar a inserção da Venezuela em blocos multilaterais e fóruns internacionais. Exemplo disso foi o veto do Brasil à inclusão da Venezuela nos BRICS, uma decisão que sugere uma avaliação mais cautelosa da Venezuela como parceira confiável no cumprimento de compromissos. Esse movimento indica uma percepção de que o governo venezuelano atual não está disposto a seguir as regras necessárias para atuar em sintonia com os interesses regionais e globais do Brasil.

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Indo mais a fundo na questão, vale dizer que essa mudança de postura reflete a necessidade de revisitar a eficácia das organizações multilaterais em promover normas de governança e cooperação, sobretudo em relação a governos que resistem à observância dessas práticas. A política externa brasileira, ao vetar a entrada da Venezuela nos BRICS e demonstrar reservas sobre o comportamento do governo Maduro, mostra um reconhecimento de que o cenário atual exige uma resposta mais firme.

O atual posicionamento do governo brasileiro reforça a importância de revitalizar as organizações regionais da América Latina para responder a problemas internos do continente.

Na visão de Frizzera, o Brasil, ao reavaliar suas posições, demonstra que o futuro da integração regional e da governança multilateral passa por uma adaptação desses mecanismos à realidade de um cenário político internacional em constante transformação. Vale lembrar que, no jogo da integração, um continente que não cuida de si mesmo acaba sempre jogando na defesa.

As eleições de 2026 estão vindo aí e, para efeito de governança, a batalha entre direita e esquerda pode jogar o Brasil numa fossa cada vez mais profunda em termos de economia e políticas sociais. A ditadura que estamos vivenciando faz o país caminhar numa prevalência cujo sentido aponta para uma desgovernança que resulta em muitos malefícios sociais. E o povo, sem noção de política, lamentavelmente continua acreditando que, sobrevivendo de migalhas sociais, estará seguro economicamente. Que lástima!

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