COLUNA LEITURA LIVRE
(Jornalista e escritor)
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Democracia de esquerda tem um viés político carregado de intenções
Feita de narrativas socialistas, a política de esquerda é um discurso extremista dominador
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O MUNDO ESTÁ NUMA SITUAÇÃO de puro engodo político. Governos nacionais e mundiais de esquerda, nos tempos atuais, têm feito da democracia o principal tema de suas narrativas teóricas. Daí surge a questão central de sua agenda política. Só que, para a esquerda, democracia tem outro viés ideológico. Na concepção esquerdista, a palavra "democracia" significa um governo de poder basicamente autocrático, de violência, criminalidade e corrupção institucionalizadas. Pelo menos é o que temos visto nos últimos anos mundo a fora.
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Em nome de uma filosofia politico-ideológica totalmente dominante, o Estado governado pela esquerda assume um absolutismo acima de tudo sobrepujante e dominador. Neste sentido, democracia, na prática, não é governo do povo. É apenas um discurso falacioso e utópico que enxerta uma forma de atrair ludibriosamente a vontade da população e, por meio da conquista do voto, galgar o poder.
O sociólogo inglês P. Hirst observa que "a esquerda intelectual na Europa e nos EUA adotou a democratização como a essência de suas reivindicações políticas" (A democracia representativa e seus limites, J. Zahar Ed., 1993, p. 8).
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No Brasil, até meados dos anos 1960, a esquerda estava mobilizada em torno das reformas sociais, do desenvolvimentismo nacional, do socialismo e da revolução. Para ser breve, a questão democrática aparecia subordinada ou de importância secundária na reflexão teórica e na luta ideológica daqueles tempos. Acreditava-se que a democracia política apenas teria sentido e relevância para as grandes massas trabalhadoras a partir do momento em que as suas reivindicações básicas e imediatas fossem amplamente atendidas.
Nos últimos tempos da nossa história, em nível de Brasil, os partidos políticos se prestam para impedir a democracia de caminhar no seu real sentido. Os partidos políticos estariam a serviço da democracia se reunissem pessoas que partilhassem uma visão comum de futuro para o país, e não, como vemos, sendo moeda de troca política.
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Na verdade, os partidos políticos distorcem o sentido da democracia quando buscam garantir a representação popular no legislativo por meio do voto de legenda. Ocorre que a população vota nos candidatos sem se dar conta do voto de legenda. Então, os que têm grande quantidade de votos levam consigo, pelo voto de legenda, vários outros candidatos desprovidos de votos, ultrapassando os que a população realmente escolheu.
Nesse ponto, os partidos de esquerda osquestram alguma forma de levarem vantagem, quando encontram uma maneira de operacionalidade que possa interferir no resultado das urnas eletrônicas. E, de fato, nesse jogo político tudo é possível. A organização esquerdista é mundial. Ela trabalha, de maneira inteiriça, para institucionalizar a corrupção e chama isso de democracia. Se o leitor ainda não entendeu, basta analisar o que vem ocorrendo no cenário político em nome da democracia.
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No Brasil de agora, quem tem mais poder tem mais verbas, mais tempo de propaganda eleitoral, mais mordomias e assim por diante. Isso impede que ativistas sociais e/ou populares incomodem os verdadeiros donos do poder.
Por estas e outras razões é que fica claro que democracia, no atual momento da nossa história, não é governo do povo. Não é civilidade política. Não tem relevância em nível de justiça social. A conotação é outra bem diferente e estranha. E ainda não se pode falar nada, quando quem está no poder é a esquerda.
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Tudo verdade
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