COLUNA LEITURA LIVRE
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Por Battista Soarez
(Jornalista e escritor)
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Nosso Maranhão pobre rico
Quem de fato está interessado em propagar a imagem do Maranhão como o estado mais pobre do Brasil?
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O MARANHÃO É VISTO NACIONALMENTE como o estado mais pobre da federação. No entanto, temos grandes reservas tropicais, abundância de terras produtivas, muita água e mão de obra. Somos ricos em rios, lagos, igarapés, lagoas e riachos. Somos 333.366 quilômetros quadrados, 21,3% da região Nordeste e 3,9% do território nacional. Somos um estado grande.
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Não temos registros de secas e/ou outros tipos de catástrofes ambientais naturais. O Maranhão possui um vasto potencial turístico, em razão da sua localização geográfica. Isso pode atrair investimentos, se houvesse interesse por parte do governo do estado e da iniciativa privada. O que espanta e afasta o turista é o preço que absurdamente é colocado sobre os produtos e serviços que são oferecidos para os turistas.
Em 2021, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão foi de 124,981 bilhões de reais, sendo o 4° maior do Nordeste e o 17° maior do Brasil. Lembrando que o Brasil tem 27 estados. Sendo assim, a pergunta que logo pulsa em nossa cabeça é: o Maranhão é pobre? Como assim?
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Quando se fala no perfil setorial da economia maranhense, destaca-se, primeiramente, o setor de serviços, com 67,7% de representatividade. Neste mesmo setor, as atividades mais relevantes são administração pública e comércio, com pesos de, respectivamente, 38,1% e 19,2%. E aí? O Maranhão é o estado mais pobre do Brasil? De quem é o infame interesse de vender essa imagem do nosso estado para o mundo? Quem está lucrando com isso?
Tudo bem que, em 2021, o setor agropecuário representou o menor peso no VAB (valor adicionado bruto). Mas isso foi no período pós-pandemia. Certamente esse problema ocorreu devido, entre outros problemas, o efeito negativo do tal de "fique em casa". As atividades de lavoura temporária --- como soja, milho e algodão --- tiveram peso de 65,1%. A pecuária foi de 26,4%, enquanto a pesca e a agricultura foram de 5,4%. De lá para cá, já no governo de Carlos Brandão, só tem crescido.
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No setor da indústria, tivemos 19,7% no VAB, com destaque para a atividade da indústria de transformação que foi de 34,2%. Já as indústrias de utilidade pública (SIUP) representaram 28,7%. A indústria da construção, por sua vez, alcançou 20,9% e o extrativismo mineral atingiu 16,2%, e por aí vai. Diante disso, mais uma vez perguntamos: o Maranhão é pobre?
Em 2023 ficou demonstrado que o PIB do Maranhão vem crescendo cada vez mais. O registro foi de 3,4%, com destaque para o setor agropecuário, que apresentou alta de 8,0% em razão do aumento na produção de grãos, principalmente na produção da soja, com +8,2%, e do milho, com 11,2%. E então, o Maranhão é pobre? Ou somos mesmo é pobres de motivação, criatividade e iniciativa para valorizarmos o que temos e administrarmos o que temos?
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Pelo que a gente vê, todo mundo que vem de fora fica rico com nossa riqueza. O canadense vem e leva todo o nosso ouro. Gaúchos e mineiros vêm e oculpam nossas terras, plantam, colhem e ficam ricos explorando nossas riquezas. Nosso minério dá mais lucros para estrangeiros do que para nossa gente.
Qual é o problema? O governo não educa o maranhense no que concerne ao nosso pontencial econômico e, para piorar ainda mais a situação, vende para o mundo a imagem de um estado pobre, enquanto acalenta o povo com migalhas de programas sociais, treinando a mente da população para ficar mais pobre ainda e se conformar com a pobreza, deitada eternamente no berço esplêndido da miséria e da preguiça laboral.
O Maranhão, enfim, é rico. Muito rico. A população é que é pobre de mentalidade e desorganizada. Por isso não consegue explorar sua riqueza em benefício do desenvolvimento do estado.
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