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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ESTATUTO DA FAMÍLIA (I)

Estatuto e família (I)
Presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Família (IBDFam) diz que Estatuto é heresia jurídica

Por BATTISTA SOAREZ

A edição de nº 2395 da revista Istoé, de 28 de outubro de 2015, publicou uma entrevista com o especialista em direito da família Rodrigo da Cunha Pereira, na qual o jurista critica o texto do Estatuto da Família, aprovado por comissão especial na Câmara Federal. Presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Família (IBDFam), Pereira diz que o Estatuto é um retrocesso e que o seu conteúdo  é fruto de um Congresso [Nacional] que coloca princípios religiosos à frente das necessidades sociais do País. Ele não vê que, sem a interveniência do sagrado, a sociedade estaria pior. Ai do mundo, não fosse a presença da igreja nele, mesmo com todos os problemas que ela tem.
RODRIGO DA CUNHA PEREIRA critica Estatuto da Família
Na entrevista, alguns pontos colocados por Rodrigo Pereira atingem diretamente o espírito moral e ético da família brasileira que, nos últimos tempos, vem sendo atacada por novos conceitos filosóficos, psicológicos e sociológicos que têm colocado os distúrbios sociais modernistas acima do equilíbrio estrutural familiar e dos princípios que norteiam a paz social no mundo. Rodrigo da Cunha Pereira é doutor em direito da família, mas não aprendeu, ainda, que se a sociedade está um caos, em termos estruturais, é devido à desorganização familiar e ao total desrespeito que instituições sociais, governo e autoridades intelectuais têm demandado a ela.
Segundo ele, o Estatuto da Família, além de retrocesso, é uma heresia jurídica, ou seja, uma típica espécie de pregoeiro da família tradicional. O jurista é a favor da nova tendência dos valores familiares em que há uma dialógica sem lógica e uma dialética sem ética, numa transitoriedade social sem nenhum controle no comportamento das pessoas. “Hoje temos novas formatações de família que eram inimagináveis no passado diz ele. E isso não afeta o restante da sociedade”. Pode não afetar na linha do raciocínio dele e de outros que pensam da mesma maneira, mas cria conflitos sociais severos e distúrbios estruturais irreparáveis. Um deles é a desestabilidade na estrutura psicológica das pessoas, inclusive de crianças, jovens e adolescentes.
E, por conseguinte, ele questiona: “Por que essa necessidade de determinar que uma família deva ser formada por um homem e uma mulher?”, concluindo que isso só se justifica em um “Congresso moralista, que se baseia em princípios religiosos quando o Estado é laico”. Só para o leitor se situar, “laico” é aquilo que é próprio do mundo, do secular e que se coloca em oposição aos valores sagrados. Significa que as pessoas, no mundo, devem viver a seu bel prazer. Os ensinamentos de Deus não devem ser levados em conta. Este é o posicionamento ideológico de alguém que, diga-se de passagem, é especialista em questões de família. E a mídia divulga isto amplamente.
Agora, imaginemos se toda a sociedade pensasse dessa maneira? Como não estaria o mundo? Com a legalização do divórcio (em 1970), a cultura familiar ganhou novos rumos. Com as novas leis, da década de 1980 para cá, aumentaram alarmantemente o desrespeito aos princípios familiares, a desarmonia social, a ganância pelo poder, a indisciplina no comportamento das pessoas, o desrespeito aos direitos do próximo, a falta de limites, a quebra nas relações humanas e,  consequentemente, a criminalidade.
Pereira defende as uniões homoafetivas e lembra, na entrevista, que o Supremo Tribunal Federal (STF) já reconhece isso. Reclama que o texto do Estatuto da Família, caso seja aprovado, todos os casamentos homoafetivos serão anulados, o que, para ele, é um retrocesso.
Mas é bom lembrar que o que está sendo chamado de “casamento” entre homossexuais é apenas um contrato social que, no direito romano, civil, visa direitos patrimoniais. Significa que duas pessoas que moram juntas, trabalham e constroem um patrimônio conjuntamente, independente de terem relações afetivas ou não. Independente de ser um homem com uma mulher, uma mulher com outra mulher ou um homem com outro homem. O que está em jogo não é a relação afetiva ou conjugal, e sim o fruto do trabalho dos dois, isto é, o patrimônio construído pelas duas pessoas que moram juntas. Esse patrimônio tem de ser dividido entre os dois. É como numa sociedade empresarial: os sócios da empresa, por uma questão de justiça humana, dividem os direitos construídos conjuntamente. Ou seja, dividem o patrimônio que, ao longo do tempo, foi sendo construído.
O que ocorre é que as autoridades estão confundindo valores espirituais, matrimoniais e emocionais, com valores sociais e patrimoniais. Sociedade conjugal e/ou matrimonial só é celebrada entre homem e mulher. A palavra “matrimônio” (que vem da língua latina “matrimoniu”) significa literalmente “união legítima de homem com mulher”. Vem de “matri” ou “mátrio”, que quer dizer “mãe”, alguém que tem uma madre, isto é, a capacidade de gerar e procriar, fazendo com que a humanidade se multiplique. O conceito etimológico se refere à superioridade “matriarcal” em relação à inferioridade do homem. Logo, a palavra “matrimônio” está diretamente ligada ao ser “matri”, isto é, ao ser feminino dotado de uma “madre”. Se refere, pois, definitivamente à mulher.
Logo, o contrato social entre homoafetivos não tem valor matrimonial e, sim, patrimonial. Ambos são direitos sociais, mas cada um dentro da sua natureza jurídica, cultural, social e civilizatória.

(Continua na próxima edição...)

sábado, 21 de novembro de 2015

ROSE SALES DEFENDE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

Câmara municipal realiza audiência
pública sobre agentes de saúde
A iniciativa parte de requerimento de autoria da vereadora Rose Sales para discutir transposição de regime jurídico

Por BATTISTA SOAREZ, de São Luís-MA

Agentes de saúde exigem transposição de regime jurídico
A Câmara Municipal de São de Luís realizou ontem, 19, audiência pública em que foi discutida a questão dos agentes comunitários de saúde. O evento partiu de um requerimento de autoria da vereadora Rosa Sales (PV) que teve como propósito discutir a transposição de regime jurídico celetista para estatutário dos agentes comunitários de saúde. Foi uma demanda provocada pelo Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes Comunitários de Combate às Endemias de São Luís, com o fim de poder explanar as bases legais em que estão acentuadas as possibilidades de transposição de regime como forma de saber o posicionamento do Executivo Municipal e poder buscar um avanço na perspectiva de produção legislativa e, também, de deliberação do Executivo.
Além dos vereadores, a audiência contou com a participação de profissionais da área, do secretário do governo municipal Lula Filho, do Controlador Geral do Município, Delcio Rodrigues e Silva Neto, do Dr. Ricardo André Carreira, representando a Procuradoria Geral do Município, e também do presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias, o senhor Medeiros.
Vereadora ROSE SALES é autora do requerimento pela transposição de regime
Durante a audiência, Rose Sales buscou explanar sobre transposição de regime celetista para estatutário, isto é, sair da condição de emprego público para cargo público dos agentes comunitários de saúde. “Essa transposição se dá com base na Emenda Constitucional 051/06 que coloca, de uma forma bem clara, a determinação do fato de que os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias poderão, através de seletivo público, ser contratados nas esferas do poder público. Também há a Lei 11.350/06 que dispõe, no seu artigo 8º, sobre o regime celetista que assegura sobre o fato de que os agentes de combate às endemias poderão estar sendo incluídos nos entes federados, a partir de seletivos públicos, e enquadrados no regime celetista ou em outro regime diverso que venha ser definido, por lei local, dentro de cada executivo”, explicou a vereadora.
Vereadores ouviram reivindicações da categoria
Ela lembra que várias capitais do país já assimilaram esse pedimento legal e já estabeleceram a transposição de regime como, por exemplo, Maceió, Fortaleza, Brasília, Porto Velho, Mato Grosso, Santa Catarina, Belo Horizonte, Porto Velho, Manaus, Recife e Salvador. E, ainda, alguns municípios como São Félix de Balsas, Macau, Conceição da Feira, Catu e Vitória da Conquista. Rose Sales exemplifica o fato de que esses municípios já fizeram essa transposição de regime porque, sem dúvida, é um ganho significativo para os trabalhadores que, desta forma, ganham maior estabilidade, ganham a possibilidade de terem acesso à gratificação do SUS e outras vantagens. “Eles trabalham pela prevenção à saúde, pela atenção básica, mas não têm acesso à gratificação do SUS, apesar de trabalharem para o SUS. Ou seja, trabalham para o SUS mas não têm acesso a esse direito”, reclama ela.
Com essa transposição, conforme a vereadora, esses trabalhadores poderão ter acesso a gratificações variadas, a adicionais e a tudo aquilo que estiver previsto no Estatuto do Servidor. “Com essa transposição de regime pondera a ela o município também ganha porque ele vai deixar de estar depositando encargos como FGTS, encargos patronais e encargos previdenciários. Ou seja, ganha o município e ganha o trabalhador”. Além disso, para Rose Sales, “o município vai estar lidando com um trabalhador muito mais valorizado e muito mais motivado no seu exercício funcional”.
São aproximadamente 800 agentes comunitários de saúde no município de São Luís que trabalham na função sem que seja observado o que determinam o Ministério da Saúde e várias legislações em vigor. “Trabalham sem condição nenhuma, sem fardamento completo, sem mochila, sem fita métrica, sem bolsa, sem balança. Até mesmo os instrumentos e formulários que eles precisam de preencher, têm de tirar xerox”, assevera. Então, o município não tem feito as garantias como convêm. Atualmente, o nivelamento do salário do agente comunitário de saúde e agentes de combate às endemias com o salário estabelecido pelo Ministério da Saúde se dá por conta de uma lutar intensa dos sindicatos das categorias juntamente a vereadora Rose Sales, que lutou até que, enfim, conseguiu, em 2013, um posicionamento favorável do prefeito de São Luís em relação à matéria.
No debate de quinta-feira, 19, o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias fez a defesa da importância que isto tem para a categoria, mostrando toda a base legal. “Lamentavelmente esclarece Rose Sales a Prefeitura Municipal de São Luís trouxe um parecer do Ministério Público Estadual, afirmando que está tudo pacificado, quando esse é um entendimento inconstitucional. O posicionamento da Prefeitura é de que este pedimento é inconstitucional, mas não conseguiram comprovar nenhuma inconstitucionalidade”.
Diante disto, a vereadora questiona: “Quer dizer que o que está especificado na Constituição Federal, o que está especificado em Lei Federal e o que está sendo cumprido em todas as unidades federativas é tudo ilegal e inconstitucional?”. Ela mesma responde: “Na verdade, o que se percebe é que existe uma determinação do governo de não querer fazer. O governo não quer reconhecer e trabalhar sob essa garantia de direitos. Lamentavelmente, estão politizando essa situação”. Ela questiona o fato de que ao invés de o poder público valorizar, respeitar e dar as garantias necessárias que o trabalhador está buscando e haver uma discussão nivelada no sentido de ir a fundo e saber como fazer para resolver a questão trouxeram foi um “parecer da Promotoria [do MPE] totalmente vulnerável, porque o MPE se respaldou num Acórdão do ano de 1997 e numa lei estadual do ano de 1994, quando as alterações na legislação federal existentes distam do ano de 2006”, pondera.
A vereadora lembra, finalmente, que existe a lei municipal de nº 4.725/06 que contempla o que os trabalhadores estão pleiteando. “O que os Agentes Comunitários de Saúde querem é a adequação da lei para, ao invés de ser emprego público, regido pelo regime celetista, sejam cargos públicos. Até porque existe uma determinação no STF que diz que todas as transposições ou toda e qualquer ação de assimilação dos agentes comunitários de saúde ou de agentes de combate às endemias, a partir do dia 02 de agosto do ano de 2007, seja através do regime único estatutário”, esclarece a vereadora.
No debate, ficou aclarado que o que os agentes comunitários de saúde querem é a garantia de um direito já previsto em lei e não ficar na vulnerabilidade que, na avaliação da vereadora, não é precário enquanto emprego público, mas que, de certa forma, acaba criando aberturas para certas vulnerabilidades. Os trabalhadores, é claro, não querem isso. “A lei, dentro do entendimento que a gente tem, garante esse direito. Logo, a gente quer que o município faça o que precisa ser feito e não ficar com esse desrespeito com o trabalhador”, afirma a vereadora.

Finalmente, Rose Sales propôs, como autora da iniciativa, que, no prazo de 15 dias, seja feita uma reunião de trabalho com a presença do Ministério Público do Trabalho, do MPE, dos órgãos municipais, do INSS, com a presença de vários órgãos e, acima de tudo, das representações sindicais para que a discussão sobre a questão continue. “Nós não vamos aceitar o desrespeito da politização do governo municipal em dizer que a matéria é inconstitucional sem que mostrem sustentação do que estão dizendo. Na verdade, eles não estão tendo sustentação nenhuma para afirmar”, enfatizou a vereadora, exaltando os agentes comunitários de saúde pela sua unidade de posição e de luta e, ainda, pelo conhecimento que eles têm sobre a matéria. “Eles mostraram que sabem o que estão pedindo e qual a retaguarda legal que lhes assegura esse direito”, finalizou.
Base legal
A Mudança de Regime Jurídico está respaldada na lei 11.350/06, de 5 de outubro de 2006, que destaca, no seu artigo 8º, o seguinte teor:
Art. 8º - Os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Combate às Endemias admitidos pelos gestores locais do SUS e pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), na forma do disposto no § 4º, do art. 198 da Constituição, submetem-se ao regime jurídico estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), salvo se, no caso dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, lei local dispuser de forma diversa.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

BURACOS TOMAM CONTA DE SÃO LUÍS

Caos em ruas e avenidas de São Luís continua
Buracos e quebra-molas causam perigos e prejuízo

Por BATTISTA SOAREZ
A cidade de São Luís está totalmente tomada por buracos. As ruas e avenidas da cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade não oferecem nenhuma tranquilidade aos transeuntes e principalmente para quem precisa sair de casa dirigindo. “É um absurdo o que a gente vê nas ruas de São Luís. O prefeito Edivaldo Holanda Júnior precisa por, pelo menos um pouco, vergonha na cara e entender que nós que temos carro pagamos um valor absurdo pelo IPVA e, no entanto, gastamos um dinheiro alto consertando o carro por causa dessa buraqueira nojenta que aí está”, desabafou um motorista que estava passando numa buraqueira que fica logo na entrada do acesso que interliga a estrada de São José de Ribamar ao Socorrão II, na Cidade Operária. No início desta semana, inclusive, um motoqueiro desequilibrou num buraco naquele local, bateu a cabeça num ônibus que ia passando na hora, não resistindo a pancada e morreu.
Os cuidados não são suficientes e não há quebra-molas que resistem. Impacientes, muitos motoristas preferem deixar o carro em casa e fazer seus afazeres de ônibus. É o caso do seu José de Ribamar Aroucha que precisa sair de casa todos os dias para resolver problemas pessoais e de trabalho. “Sei que a gente perde no tempo, mas ganha no bolso. As despesas com o carro por causa dos buracos são bem maiores em relação ao tempo que se gasta”, pondera ele.
Moradores de localidades como Maiobão, Cohab, Bequimão, Cidade Operária, Anil, Cohatrac, São Cristóvão e até das áreas consideradas nobres como Calhau, Renasçença e Lagoa da Jansen têm a mesma reclamação. Sem se falar no Centro de São Luís que predomina em termos de violência, insegurança, buracos e fedor, por falta de banheiros públicos para transeuntes e turistas. E, assim, essa é a cultura que a cidade patrimônio histórico oferece para a humanidade.
Os moradores se dizem decepcionados com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior que não cuida das ruas da capital, mas gasta por mês, de acordo com informações oficiais, cerca de R$ 23 milhões com propaganda do seu governo e R$ 33 milhões para alimentar a folha de pagamento com cabos eleitorais.

Recentemente, devido às eleições municipais que estão próximas, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) iniciou uma operação tapa-buracos em diversos setores da capital, mas o serviço desenvolvido é de péssima qualidade e o previsível é de que, logo comecem as chuvas, a situação tende a se agravar.

FEIRA DA CIDADE OPERÁRIA

Adriano Sarney faz audiência pública
com feirantes da Cidade Operária
Deputados destacam o trabalho da vereadora Rose Sales em defesa dos feirantes de São Luís

Por BATTISTA SOAREZ

O deputado estadual Andriano Sarney (PV) realizou ontem, nesta quarta-feira, 18, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, audiência pública sobre a feira da Cidade Operária. Estiveram presentes feirantes e lojistas que trabalham no local, a presidente do Sindicato dos Feirantes de São Luís, Ivanilde Sampaio, o deputado Welington do Curso (PPS), a vereadora Rose Sales (PV) e outras autoridades convidadas.
As questões debatidas durante o evento envolveram vários pontos do universo de situações e problemas que afligem aquele ambiente de trabalho e consequentemente a vida das pessoas que se utilizam da feira tanto para comprar quanto para vender. Depois do debate sobre a reforma do espaço físico daquele mercado, Adriano Sarney cobrou agilidade no orçamento e sugeriu que seja feito um projeto detalhado sobre a reforma do mercado. O deputado quer que seja verificado se o orçamento contempla a resolução de todos os problemas que envolvem a feira. “Tá na hora de fazer a concessão do prédio e verificar como proceder, da melhora maneira possível, para resolver a vida daqueles trabalhadores. No levantamento que fizemos, detectamos muitos problemas, inclusive de segurança no local e risco para a saúde tanto dos feirantes quanto das pessoas que se abastecem naquele mercado”, ponderou o deputado, chamando a atenção com respeito aos usuários de drogas que se aproveitam das más condições do local para praticarem seus delitos e, ao mesmo tempo, representando uma ameaça à segurança da população.
O deputado Welington do Curso parabenizou a iniciativa do deputado Adriano Sarney e lembrou que alguns políticos só aparecem nas feiras para pedir votos. “Depois de eleitos — diz Welington — eles ficam engessados, se robotizam e só vão aparecer quatro anos depois para pedir volto novamente”. Ele cobrou responsabilidade por parte do poder público em relação às feiras e aproveitou para destacar o trabalho da vereadora Rose Sales (PV) na sua luta contínua em defesa dos feirantes da capital. “Vereadora, quero parabenizá-la pelo seu trabalho imbatível por essa causa e dizer que tenho orgulho de ter votado em você para vereadora”, destacou o deputado.
Os lojistas da feira da CO que estavam presentes no debate reclamam que o governo só sabe cobrar impostos e não faz nada por aqueles que alimentam a receita do estado, para que ele tenha sempre seus cofres públicos abastecidos. “Todo mês, o governo não esquece de cobrar os impostos e se a gente não paga é punido com os rigores da lei. No entanto, ele não cumpre a sua parte, que é devolver o dinheiro que pagamos a ele em forma de administração e execução das políticas públicas de interesse da população”, disse um dos lojistas presentes no evento. Ele lembrou, por exemplo, que seu carro foi arranhado por vândalos naquele local, e ele, então, passou ir de moto para o trabalho. Para sua surpresa, a moto teve o tanque amassado. “Se fazem isso com os veículos dos feirantes, o fazem também com os dos clientes. E fazendo isso com os veículos dos clientes, estes não voltam mais à feira. E o cliente não indo mais á feira, nós não vamos vender. E não vendendo, não vamos mais poder pagar os impostos, causando sem dúvida um prejuízo enorme para a economia do Estado. Então, é uma bola de neve que se avoluma”, indignou-se.
Por sua vez, a presidente do Sindicato dos Feirantes de São Luís, Ivanilde Sampaio, cobrou políticas públicas para os feirantes da capital e externou sua luta em prol da categoria diante das dificuldades existentes, inclusive com o descaso que as autoridades públicas fazem em relação aos feirantes. “Tem sido muito difícil para mim, inclusive já fui até ameaçada por cobrar aquilo que é de direito que as autoridades façam em favor dos feirantes. Tem que ver que nós é que abastecemos a mesa da população. Então, precisamos de espaço, saúde e segurança”, enfatizou ela, lembrando que já presenciou assassinato dentro da feira numa disputa por espaço.

A vereadora Rose Sales destacou a questão da segurança nas feiras de São Luís, denunciando, inclusive, o fato de a Guarda Municipal ter perdido o porte de arma por causa da falta de compromisso do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. “Mesmo diante das cobranças e denúncias, o atual prefeito mantém uma postura de enorme irresponsabilidade perante as políticas públicas que contemplem as feiras de São Luís. No entanto, ele disponibilizou mais de 23 milhões de reais para fazer propaganda do seu governo. Isso é inadmissível”, reclama a vereadora.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

ROSE SALES

Câmara aprova Requerimento
de Audiência sobre HIV/AIDS

Por BATTISTA SOAREZ

A Câmara Municipal de São Luís aprovou na sessão de ontem, terça-feira, 17, Requerimento da vereadora Rose Sales, solicitando audiência pública com o tema Prioridades orçamentárias voltadas às pessoas vivendo com o HIV/AIDS e com doenças oportunistas: avanços ou retrocessos? A audiência acontecerá no dia 10 de dezembro de 2015.
Entre os convidados estão o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, representantes da Defensoria Pública Estadual Núcleo da Saúde, representantes da promotoria da Saúde do Cidadão, o promotor de Infância e Juventude, Dr. Márcio Tadeu Silva Marques, a Defensoria Pública da União, o Conselho Estadual de Saúde, o secretário de Estado da Saúde, Dr. Marcos Pacheco, a secretária de Saúde do Município de São Luís, Dra Helena Duailibe, entre outros.
Segundo a vereadora, o principal objetivo da audiência é debater junto às instituições governamentais, não-goovernamentais e sociedade civil a aplicabilidade do Orçamento do município para as políticas de prevenção, tratamento e cuidado integral das pessoas que convivem com o vírus HIV e outras doenças tropicais.
Conforme explica no seu requerimento, a vereadora mostra uma estatística preocupante, revelando que, atualmente, São Luís tem cerca de seis mil e quinhentas pessoas portadoras da AIDS. Em virtude disso, Rose Sales considera de fundamental importância que haja, por parte do poder público executivo municipal e estadual, uma rede especializada em tratamento, cuidado e prevenção da doença.
“É preciso que haja garantia de leitos nos hospitais públicos e que esta garantia esteja assegurada na estruturação da política de enfrentamento às doenças oportunistas como, por exemplo, tuberculose, hepatite, malária, hanseníase, citomegalovírus e neurotoxoplasmose”, enfatiza a vereadora, explicando que uma significativa parcela da população sofre sem leitos e com a falta de assistência adequada.

Rose Sales pondera, ainda, sobre o fato de que a precariedade na assistência à população aidética é o principal fator responsável pelo crescente número de morte entre pessoas soropositivas. “A intenção é sensibilizar as autoridades e o governo para fazer aquilo que é de direito do cidadão que sofre com essa doença e, principalmente, com os descasos dos poderes instituídos. Hoje já existem recursos bastante avançados no tratamento e prevenção das doenças. O que falta é vontade política por parte do poder público para fazer o que deve ser feito”, finaliza a vereadora.

ROSE SALES

Rose Sales reúne com feirantes do Anil
Reivindicações giram em torno de conclusão da reforma da feira por parte do Executivo Municipal

Por BATTOSTA SOAREZ


A vereadora Rose Sales (PV) esteve pessoalmente, nesta segunda-feira, 16, na feira do bairro do Anil para discutir com os feirantes sobre a conclusão das obras de reforma que desde 2014 estão por serem concluídas. Segundo ela, a parte de trás da feira caiu no dia 13 de fevereiro de 2013 e os trabalhadores da feira só foram conseguir ter um sinal da atenção do executivo municipal em 14 de outubro do mesmo ano, que foi quando as empresas foram habilitadas à licitação para executarem a reforma. “O início da obra só foi acontecer um ano depois, isto é, em fevereiro de 2014”, disse a vereadora, explicando que havia uma previsão de entrega da obra no prazo de noventa dias. “Só que já decorre cerca de um ano e oito meses e a obra ainda não foi concluída e nem entregue para os feirantes”, explica ela.
Para a parlamentar, está havendo um grande desrespeito e um descaso por parte do executivo municipal de São Luís juntamente com a Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (SEMAPA) para com os feirantes e para com a população do bairro que estão totalmente expostos a uma condição de vulnerabilidade, com perda de vendas, risco de saúde e outras situações prejudiciais à população. “Têm uns que não estão conseguindo nem trabalhar devido às condições da feira, e a gestão municipal não tem honrado em dar a garantia da conclusão daquela obra”, pondera a vereadora.
Segundo o administrador da feira, Jerferson Carlos, os feirantes, diante da situação, precisam estar mais unidos para que possam ter força nas reivindicações. “Alguns colegas faltam nas reuniões e isso dificulta ainda mais o andamento das reivindicações. É preciso mais efetividade de nossa parte para podermos ajudar a vereadora Rose Sales nessa luta”, alerta Jerferson.
A obra, de acordo com a vereadora, está orçada em cerca de 2 milhões e 200 mil reais, contemplando o projeto de reforma completo como, por exemplo, com praça de alimentação, drenagem, boas condições de boxes e outras coisas mais que estão colocadas no projeto. Rose Sales pede cronograma de conclusão da feira e planilha com detalhamento da aplicação dos recursos. Os feirantes e a população local até agora esperam pela conclusão da reforma para que possam voltar a utilizarem a parte de baixo sem perigo para a saúde. “As intervenções são feitas sempre a conta-gotas”, reclama ela.
Os feirantes estão impacientes com a situação e Rose Sales garantiu manter seu empenho na cobrança sobre o papel do Executivo. “Eles entregaram a obra inacabada cerca de cinco meses atrás, mas os feirantes e nós não aceitamos, porque existe um trabalho integrado do mandato da vereadora Rose Sales com a Associação dos Feirantes do Bairro do Anil, com os feirantes da feira do Anil e a população, a fim de que seja assegurada toda a reforma, concedendo a dignidade necessária”, conclui Rose Sales.