OPINIÃO
Contornos globais: o Brasil em apuros
Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo, psicanalista, consultor e professor universitário)
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AS VIAGENS DO PRESIDENTE Lula da Silva pelo mundo descortinam manobras globalistas que dão entendimento fantasmático às políticas de relações internacionais, envolvendo nações estratégicas intercontinentais como, por exemplo, Brasil, China, França, EUA e outros. As forças secretas globalistas protagonizam cada cena, mas não aparecem. Todavia dão ordens aos líderes em nível de mundo. E agora é a vez de Lula. Ele está a serviço da nova ordem mundial, isto é, seguindo às ordens das forças secretas internacionais.
A visita do presidente brasileiro à China (onde Lula assinou acordos de interesses bilaterais) gerou, entretanto, desconforto ao país norte-americano. Em Portugal, protestos repercutiram negativamente. Mas, apesar de tudo, o presidente Lula parece seguir sua agenda tranquilamente. Por quê? Porque, pura e simplesmente, ele sabe de que e de quem está a serviço. A humanidade caminha para uma unidade de controle absolutista. E o Brasil ocupa posição estratégica e privilegiada entre as Américas.
De fato, apesar das muitas publicações portuguesas e espanholas repercutirem negativamente, Lula se mantém confiante porque sabe que o mundo entrou exatamente numa anomalia inusitada e que não depende mais da democracia popular. A democracia, agora, é globalista e tem outro sentido. A democracia globalista é definidamente ditatorial... Como acontece, por exemplo, nos países comunistas.
Jornais de Portugal e da Espanha protestaram, mostrando as manifestações críticas de deputados da extrema direita portuguesa durante o discurso de Lula na Assembleia da República de Portugal na manhã de terça-feira, 25 de abril, data que marca a “Revolução dos Cravos”, no fim da ditadura militar no país.
O jornal Público, de Portugal, citou as manifestações feitas pelos deputados da oposição, que reiteraram críticas à visita de Lula ao país e afirmaram que a presença do chefe de Estado brasileiro, no 25 de abril, era um “erro tremendo”. Os conflitos de opinião política acenam para um norte em que os novos tempos formatam uma nova configuração no mundo. O planeta nunca mais será o mesmo. A população mundial está nas mãos de uma elite (minoria) mandatária e dominante. Por conta disso, o Brasil assumirá o comando da América do Sul e, então, o mundo seguirá num horizonte que os cidadãos simples do mundo desconhecem. Esse é o significado das viagens do presidente Lula pelo mundo.
O deputado André Ventura, líder do Chega, partido de extrema direita, cumprimentou aliados na frente do parlamento português, em Lisboa, onde integrantes da legenda fizeram protestos dentro e fora do Palácio de São Bento. Esse gesto ressonou pelo mundo como um sinal apocalíptico, e acende uma luz de alerta que desvendará, num futuro bem próximo, no que resultarão as políticas de blocos econômicos pelo mundo.
Outro jornal — o Diário de Notícias — deu destaque aos protestos contra Lula, feitos pelo partido Chega e por brasileiros do Movimento Brasil Portugal. O periódico enfatizou que as palavras mais ouvidas foram: “Lula, ladrão, o teu lugar é na prisão” e, ainda, “Tolerância Zero à Corrupção”.
Seguindo esse prisma, os cartazes e gestos feitos por parlamentares dentro da Assembleia também tomaram espaço na imprensa e nas redes sociais. Isto significa que os tempos atuais estão sendo marcados por revoluções, ódio, angústia, violência e vingança de reino contra reino, nação contra nação, grupos contra grupos... Enfim, guerra e rumores de guerra entre os homens de “má” vontade. Homens que, pelo visto, estão a serviço do mal.
A “alta tensão” dentro do parlamento português, como pontuou o jornal Expresso, revelou a maior manifestação de sempre. O fato é que a presença de Lula no parlamento português desvalorizou um momento histórico muito importante no país.
Para os jornais espanhóis El País e DW Espñol, Lula foi recebido por aplausos e protestos de ambos os lados durante sua visita a Portugal. Estamos, na verdade, sendo conduzidos por políticas cujas forças são maiores que as nossas. E isso se revela no dia-a-dia. Os protestos contra o presidente brasileiro mostram que os tempos, cada vez mais, estão nublados por nuvens de violência que se espalham mundo a fora.
Por sua vez, Lula disse que as manifestações foram “ridículas”. Mas ele resiste a cada uma delas. Aliás, o ridículo, pelo que já é notório no mundo inteiro, já faz parte da imagem pessoal e política do presidente brasileiro. Se há alguma injustiça ou não contra o presidente Lula, a história o julgará. E só a história dirá no desenrolar dos fatos.
Todavia, vale concluir, o problema do mundo atual não é Lula e nem a cultura de corrupção da qual ele é acusado. O problema do mundo atual, muito mais que isso, envolve forças dominantes que parecem ligar conflitos intermináveis entre céu e inferno, materialidade e espiritualidade, existência e eternidade, princípios e ideologias, liberdade e controle, individualidade e vigilância, vontade própria e imposição de leis. Nessa direção, aonde iremos chegar?