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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

ELEIÇÕES 2018


O CASO DA JUIZA E O GOVERNADOR

Por Battista Soarez
(Jornalista, escritor, sociólogo e especialista em marketing de mercado globalizado).

O que a juíza da 8ª Zona Eleitoral de Coroatá, Anelise Nogueira Reginato, fez, decretando a inelegibilidade do atual governador do Maranhão e candidato à reeleição pelo PCdoB, Flávio Dino, é uma coisa que jamais um magistrado deveria fazer. Talvez muito bem orientada pela oposição, Anelise assinou uma sentença que também decreta a inelegibilidade do ex-secretário de articulação política e candidato a deputado federal, Marcio Jerry. E ainda cassa o diploma do prefeito Luís Mendes e do seu vice-prefeito Domingos Alberto, da cidade de Coroatá.
A decisão é meio estranha porque, sendo de primeira instância, não impede a candidatura de Dino e Jerry nas eleições de 2018. Os dois podem recorrer. Flávio — que, se quisesse, poderia não dizer nada — resolveu usar o Twitter. O governador do Maranhão criticou a decisão no seguinte tom: “Amanhã irei pleitear normalmente meu registro ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que será deferido nos termos da lei. E semana que vem vamos começar mais uma bela campanha alegre, propositiva e vencedora”. A fala de Dino demonstra tranquilidade porque ele sabe que, como juiz, domina muito bem o conhecimento jurídico e, portanto, sabe direitinho como se defender diante de possíveis ataques, como esse aí de uma juíza de primeira instância que, no mínimo, deveria reunir mais elementos probalísticos para poder arquitetar sua peça.
O argumento de Anelise Nogueira Reginato foi de que houve abuso de poder econômico, político e administrativo por parte da campanha de Luís Mendes e Domingos Alberto, no ano de 2016. Segundo a juíza, o Programa “Mais Asfalto” foi utilizado para beneficiar a candidatura dos atuais Prefeito e vice-prefeito de Coroatá. E que há prova de que Flávio Dino fez uma afirmação condicionando o trabalho de asfaltamento na cidade à eleição de Luís Mendes.
Ela se baseou, e mal (com todo respeito à magistratura), no pronunciamento de Dino no qual ele teria dito: “Coroatá precisa — para ter as portas do Palácio dos Leões abertas a esse que está aqui do meu lado — é desse candidato; este amigo; é este companheiro”, entendendo que o governador estaria se referindo ao representado Luís Mendes Ferreira Filho.
Anelise Nogueira cita ainda uma manifestação do ex-secretário Marcio Jerry, em nome de Flávio Dino, na qual ele se refere ao fato de que eles empenhavam apoio aos então candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito e que, em razão disso, o asfaltamento da cidade chegaria “com as eleições do (...) dia dois de outubro”. Não vejo nada de errado, a não ser perseguição e uma baita orquestra de inconformismo político. Dino é jovem, sábio e tem muita força de vontade no quesito “fazer” e “crescer”. É fato.
Quando a sentença se refere à degravação apresentada pela coligação, que estaria apontando que as obras só aconteceriam caso houvesse a aliança do prefeito com o governador do Estado, a juíza não explica muita coisa a não ser o fato de que, segundo ela, “consta expressamente dessa degravação que a aliança do Prefeito do Município com o Governador do Estado é que faria com que ‘as ações se intensifiquem, possa invadir mais áreas criando um novo movimento na vida do povo de Coroatá’. Logo, depreende-se claramente de toda a manifestação feita pelo representado Marcio Jerry que o asfaltamento do município de Coroatá somente teria continuidade se fosse eleito prefeito do município o representado Luís Mendes Ferreira Filho”. A redação ficou confusa e dificilmente na segunda instância tal processo terá êxito.
É estranho que essas denúncias, de cunho meramente político, só aconteçam às vésperas de eleições. Parece que a classe de acusadores, a serviço de uma política espúria e desonesta, debulham todo o seu ódio político somente quando chega o momento de se decidir, nas urnas, quem vai governar. A juíza também aplicou multa de R$ 329.390,00, numa evidente demonstração de que o que está em jogo é o dinheiro e o poder. Infelizmente. Ninguém está pensando no povo. Essas coisas acontecem apenas por questões partidárias e nada mais.
Em nota, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) fez uma leitura acertada da intenção da juíza Anelise. Ele informou que a ação movida visa desestabilizar o processo eleitoral e que a fragilidade da decisão judicial está exposta por basear-se em uma suposta prova de 2018, que comprovaria suposta irregularidade cometida dois anos antes. De fato. A nota diz ainda que certamente a sentença não tem nenhum valor jurídico e será anulada.
Eu tenho dito que o problema desses juízes é não gostar de estudar. Agem por emoção e por conveniências de interesses estranhos. Eles se formam, passam em concursos públicos e passam a atuar apenas com foco no dinheiro que ganham (inclusive pago, por outras vias, por quem detém o poder econômico) e deixam de interpretar a lei corretamente em favor da Justiça. Tudo o que eles fazem vai de encontro com a Justiça de fato. Até as leis já são elaboradas de uma maneira incoerente, seguindo uma lógica estranhamente contrária ao que indubitavelmente se entende por justiça. Por que não atuam com imparcialidade, como manda a lei e o princípio do direito. Ele precisa julgar e decidir a demanda judicial com a finalidade de revelar a parte que tem razão em conformidade com as leis e com os costumes, visando atender ao fim social da legislação e às exigências do bem comum. Por isso o juiz tem de ter tino, bom senso, capacidade de julgar com imparcialidade e justiça.
Para isto, diz o princípio jurídico, ele precisa gostar de ler, ser dedicado aos estudos, ter boa memória, capacidade de reflexão, poder de argumentação, associação de ideias e vocação humanitária. Além disso, é importante que tenha autoconfiança, autocontrole, capacidade de agir sob pressão, capacidade de síntese, equilíbrio emocional, sensibilidade, alguém que faz bom uso da razão. Mas, na prática, o que se vê são coisas bem diferentes, algumas chegam a ser esdrúxulas.
Contradizendo as acusações da juíza Anelise, um estudo nacional do portal G1, do Grupo Globo, mostra que o governador Flávio Dino foi o que mais cumpriu os compromissos de campanha em todo o Brasil. O levantamento diz que Dino cumpriu ou está cumprindo até agora 94,59% de todos os compromissos anunciados antes de assumir o cargo. Dos 37 compromissos avaliados pelo portal do Grupo Globo, 35 deles foram considerados cumpridos integralmente ou estão em cumprimento. Isso equivale a uma taxa de 94,59% de eficiência. A pesquisa ainda diz que o governador que fica mais perto de Flávio Dino no levantamento do G1 é o de Rondônia, com 87,88%. Em seguida, vêm o de Goiás (86,36%), o do Ceará (85%), o do Pará (83,3%) e o de São Paulo (79,41%). Entre as promessas cumpridas, estão as de criar escolas integrais, abrir novos hospitais, criar nova universidade, aumentar o número de policiais e adotar transparência na gestão.
Isso a magistrada não viu. Não viu porque a venda da “orientação” política não permite. É tanta imparcialidade dos operadores da justiça que a gente já não consegue mais nem raciocinar direito.
É importante informar que o ranking do G1 é divulgado anualmente desde 2015, sempre no início do ano. Desta vez, o G1 fez a divulgação na metade do ano como parte do material especial da cobertura eleitoral. No levantamento anterior, divulgado em janeiro, Flávio Dino já aparecia no topo da lista, acima de todos os outros governadores do país. Agora ele manteve a posição já conquistada.
Sempre digo aos meus alunos da universidade que há dois tipos de governo: governo de coerção social, e governo de coesão social. O governo de coerção social, segundo Émile Durkheim, representa a força que os fatos sociais exercem sobre os indivíduos levando-os a conformar-se com as regras da sociedade em que vivem, independentemente de sua vontade e escolha. Como, por exemplo, adoção de idioma, tipo de formação familiar, código de leis, uso de talheres nas refeições, o salário que o Estado estabelece, a saúde que ele oferece, a educação que ele proporciona, etc. O governo de coerção social impõe sua ideologia por meio de forças coercitivas como o juridicismo e as ações militares.
Por outro lado, o governo de coesão social, segundo a sociologia, é aquele que dá sentido de pertença a um espaço comum ou o grau de consenso dos integrantes/membros de uma comunidade. Dependendo da interação social no seio do grupo social, haverá maior ou menor coesão. Trata-se de um governo de diálogo que reúne carisma e persuasão na sua relação com o povo. Assim, ele administra seu poder e ainda é admirado pela sociedade. O termo, em si, representa política de cooperação adotada pela União Europeia, que, por exemplo, reúne e analisa ações nas áreas social, econômica e territorial impostas sob regulamento comum.
Flávio Dino parece ser um governo de coesão social. Porque tende pregar uma sociedade igualitária (equitativa), harmoniosa e justa, defendendo um grau substancial de coesão social.  Uma vez que os integrantes fazem parte de um só e mesmo grupo com interesses e necessidades comuns, Dino disciplina sua equipe de governo a ter um comportamento administrativo coeso.
No entanto, se a sociedade apresentar uma grande desigualdade, não haverá coesão social e os cidadãos terão condutas contraditórias. Para ter êxito, Dino precisa colocar as instituições de massa — entre elas a educação e a comunicação — a serviço desse estilo carismático de governar. Quanto à juíza Anelise Reginato, ela precisa ler e entender de sistema de governabilidade e ideologia política, antes que passe esse tipo de vexame em sentenciar um governador que também foi um dos juízes mais preparados deste país. E que, diga-se de passagem, entende tudo sobre manobras juridicistas, principalmente aquelas que tentam desestabilizar um grupo em detrimento de outro.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

COMADEMA 2018

Evento em São Luís inaugura nova convenção da AD no MA
Nasce a Convenção da Assembleia de Deus no Estado do Maranhão (COMADEMA), ligada à CADB
Por Battista Soarez
De São Luís -MA


Será inaugurada nos dias 9, 10, 11 e 12 de agosto a Convenção da Assembleia de Deus no Estado do Maranhão (COMADEMA), presidida pelo pastor André Santos Souza, 58 anos. O evento acontecerá no Seminário Teológico Cristão do Norte, localizado no bairro do Anil, no Pingão. Na ocasião estarão presentes autoridades eclesiásticas, políticas, civis e militares. A COMADEMA é ligada à CADB (Convenção da Assembleia de Deus no Brasil), comandada pelo pastor Samuel Câmara, presidente da igreja-mãe em Belém do Pará.
Pr. André Souza ladeado pelos pastores
Ivan Bastos (esq.) e S. Câmara (dir.)

Segundo o pastor Elias Pinheiro Santos, primeiro secretário executivo da organização e membro da comissão organizadora do evento, a inauguração da COMADEMA será um impacto histórico no estado. “É um evento que pretende trazer esperança para muita gente que, hoje, se encontra sem norte e sem apoio. Muitos obreiros, por alguma razão, se encontram sem apoio e sem segurança no seu ministério, precisando de companheirismo e ajuda. Estão cansados de caminhar sozinhos. A COMADEMA trás uma proposta de unidade, pacificidade e fortalecimento dos vínculos fraternais e espirituais”, diz o obreiro.

O pastor André Santos Souza, presidente da COMADEMA, explicou ao blog LVR que “a expectativa da organização para o estado trás à tona novas propostas e contribuições para a denominação”, se referindo a projetos missionários e evangelísticos envolvendo ações de impacto tanto sociais como espirituais. “Vamos investir em relacionamentos, que é um princípio fundamental do evangelho de Jesus”, ponderou ele.

Veja, abaixo, entrevista com o presidente da COMADEMA, pastor André Souza, concedida a este jornalista.
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ENTREVISTA: Pr. André Souza

Pr. André Souza, presidente da COMADEMA

Leitura da Vida RealO senhor está presidindo uma organização ligada à CADB, que é comandada por um pastor que lidera a igreja-mãe em Belém do Pará, por onde começou a mensagem pentecostal no Brasil pelos suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren. Qual a importância da COMADAMA para o Estado do Maranhão? O que ela trás de novo em termos de missão e espiritualidade cristã para o estado?
André Souza — A história da Assembleia de Deus no Brasil já tem 107 anos. Durante todo esse tempo, muitas coisas aconteceram que trouxeram desenvolvimento e graça divina, mas também aconteceram coisas que precisavam de uma releitura no sentido de que pudesse ser feita uma avaliação no contexto geral de toda a igreja, inclusive da cultura doutrinária e de relacionamento entre os crentes em relação ao caminho que ela tomou ao longo dos anos. O evangelho que defendemos é um evangelho de inclusão, de santidade e amor a Deus e ao próximo. Amor este que não pode ser só de palavras, mas de fato e de verdade. E neste sentido, a COMADEMA/CADB inscreve um projeto sério de evangelismo, comunhão, restauração e cidadania para o Maranhão e para o Brasil. Não há espiritualidade melhor do que amar o próximo, cuidar do próximo e restaurar o próximo de acordo com o que a Bíblia nos ensina. A novidade é viver e anunciar as boas novas do evangelho que se renovam a cada dia.

LVRNo Maranhão já tem a CEADEMA, ligada à CGADB, da qual muitos pastores, cerca de 20 mil, se desligaram para acompanharem o pastor Samuel Câmara na decisão de fundar a CADB. Agora são duas convenções no estado da mesma denominação. Como fica essa relação?
AS — A relação fica a mesma de sempre. De amizade e amor cristão. Somos duas convenções, porém um só corpo em Cristo, como está escrito em Efésios capítulo 4 e versículos de 3 a 6. Somos duas organizações formadas por pastores amigos, crentes irmãos uns dos outros. Entre nós não há divisão. O que há é companheirismo, fraternidade, mutualidade e respeito. Como diz o texto bíblico aí citado, procuramos guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Pois há um só corpo e um só Espírito, como fomos chamados em uma só esperança da nossa vocação. A Bíblia diz ainda que há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos, e vive em todos. Isto é o que está no meu coração. Eu creio nesta verdade. Se eu não cresse desta forma, como as Escrituras nos ensinam, não estaria à frente de uma igreja. Eu amo todos os meus irmãos. Na obra de Cristo, somos colaboradores uns dos outros.

LVRE como vai ser a Convenção, que começa agora na quinta-feira, dia 9?
AS — O evento acontecerá no Seminário Cristão do Norte, aqui em São Luís. Fica logo ali no bairro do Anil, próximo ao posto de gasolina do Pingão, a poucos metros do Retorno da Forquilha. O evento vai do dia 9 até ao dia 12, ou seja, quinta, sexta, sábado e domingo. Estarão presentes os pastores Samuel Câmara, presidente da CADB, Ivan Bastos, presidente da Convenção da Assembleia de Deus no Espírito Santo, Jônatas Câmara, presidente da Assembleia de Deus no Amazonas, e outros pastores. Esta será a primeira reunião convencional da COMADEMA (Convenção da Assembleia de Deus no Estado do Maranhão), na qual iremos discutir muitos assuntos que serão importantes para o desenvolvimento da organização no estado.

LVRComo anda a procura de novos pastores para filiação?
AS — Muitos pastores têm nos procurado. Estamos de braços abertos para receber aqueles que realmente querem compromisso sério com Jesus Cristo e a sua obra. Para com os que têm nos procurado, nós temos sentado, conversado e explicado como funciona a nossa convenção, nosso projeto para o estado e para o país. Tudo é um processo.

LVRE quais são os critérios para filiação?
AS — Os critérios são, em primeiro lugar, o pretendente demonstrar que realmente tem caráter e compromisso com Deus e sua palavra. Temos uma comissão de ingresso, capacitada para as avaliações, entrevistas e orientação ministerial. A pessoa tem que comprovar conhecimento bíblico e vocação para o ministério cristão. É importante ter um curso teológico. E ajuda muito mais ainda se a pessoa tiver um curso universitário. Mas, acima de tudo, a pessoa tem que ter uma espiritualidade equilibrada e vocacionada para servir a Deus. Tem que ter senso de amizade, respeito, companheirismo, mansidão, mutualidade e capacidade para aconselhar, orientar e ajudar pessoas. Ser pastor é amar as pessoas, orientá-las e conduzi-las a Deus.

terça-feira, 1 de maio de 2018

COMADEMA - Maranhão

COMADEMA reúne no 1º de maio e debate primeira reunião ordinária
Por Battista Soarez
(de São Luís - MA)

Pr. André Souza ladeado por integrantes da diretoria da COMADEMA 
A diretoria da Convenção da Assembleia de Deus no Estado do Maranhão (COMADEMA) reuniu hoje, dia 1º de maio, na sede provisória da instituição para tratar de vários assuntos, dentre os quais sobre a primeira reunião ordinária convencional, que acontecerá este ano de 2018, em data ainda a combinar com o pr. Samuel Câmara.  Segundo o presidente da organização, pr. André Souza, a entrega das credenciais da CADB (Convenção da Assembleia de Deus no Brasil) acontecerá na mesma data, durante o evento.
O pr. Pedro Sousa Gonçalves, da AD na cidade de Pindaré-Mirim, foi designado para representar todos os pastores e a pra. Matilde de Jesus Pinheiro Santos (viúva do pr. Vicente Santos, falecido recentemente), da AD Missão Formosa, foi escolhida para representar as mulheres pastoras no ato da entrega das credenciais da CADB.
Na reunião, os pastores discutiram a respeito da organização do evento. O presidente informou, também, que na ocasião serão esclarecidas as funções de secretarias e comissões da COMADEMA como, por exemplo, a Secretaria de Missões e a Comissão de Ingresso. Alguns projetos serão lançados nesse dia. A Secretaria de Missões, de acordo com o secretário pr. Battista Soarez, tem em construção o Plano de Ação Missionária. “O plano inclui vários projetos sociais, inclusive a compra de um ônibus missionário”, disse o pastor secretário.
Um dos pontos tratados durante a reunião foi a questão financeira. “Esta é a hora de fazer a fé funcionar. A obra de Deus não pode recuar diante de nenhuma dificuldade. É importante lembrar que estamos na fase inicial do recomeço. E este é o momento de unir forças para projetar a obra do Senhor com afinco, amor e dedicação”, disse o pr. André.
Foi explicado que, no evento, o almoço será no local. Os palestrantes serão o pr. Samuel Câmara, o pr. Ivan Bastos e o pr. Jônatas Câmara. Caso haja alguma situação, os pastores Ivo Nogueira e Rildo Fernandes serão os preletores.
Antes da reunião da COMADEMA, a convenção nacional (CADB) reunirá ordinariamente nos dias 16 a 18 de junho, no Centenário Centro de Convenção, localizado na Rodovia Augusto Monte Negro, nº 1802, entrando no "Entroncamento", sentido seguindo para Iquaracy, em Belém do Pará.
Os pastores Battista Soarez, Jorisdaque Santiago e Ivo Nogueira lembraram sobre a importância da secretaria de missões estar em funcionamento. O pr. Battista Soarez enfatizou sobre os projetos da secretaria de missões como, por exemplo, a compra de um ônibus missionário e a fonte de recursos para manter as ações da secretaria de missões nos seus projetos para todo o estado do Maranhão. Para isso, foi ventilado sobre a importância da unidade da “igreja em oração e cumprimento da tarefa missionária”, disse o pastor Battista. O pastor presidente, André Souza, reforçou a palavra do secretário de missões, convocando todos os presidentes de ministérios, auxiliares e membresia em geral para contribuir de forma coesa em oração e financeiramente, de acordo com a condição e possibilidade de cada igreja e irmãos que queiram contribuir.

segunda-feira, 26 de março de 2018

ELEIÇÕES 2018

A ENCRUZILHADA DE ROSEANA SARNEY
Nonato Reis
Jornalista
Até 5 de agosto, data limite de realização das convenções partidárias para definição das chapas que concorrerão às eleições majoritárias e proporcionais de outubro, a ex-governadora Roseana Sarney viverá um dilema dos bons: disputar o governo do Maranhão num embate temerário com Flávio Dino ou concorrer a uma eleição tranquila para o Senado Federal, que a trará de volta para o centro do debate político.
Aparentemente simples, a decisão não é fácil. Envolve toda uma engenharia política arquitetada para dar vida ao combalido grupo Sarney. Roseana na cabeça da chapa de governador estabelece um vértice para o amontoado de siglas em que se abrigam remanescentes do antigo conglomerado. Hoje o único ponto em comum dessa extensão insular é a oposição ao governo Flávio Dino, que pode mudar de lado a qualquer hora, seduzida pelos atrativos do poder.
Com Roseana na disputa, haverá uma comunhão de energias. Sem ela, o tecido já amolecido da oposição transforma-se em geleia. De Roseana os aliados esperam desprendimento e uma certa dose de sacrifício, coisa que ela não teve em 2014, quando, contrariada no seu projeto de fazer Luís Fernando o seu sucessor, deixou de concorrer ao Senado, jogando o grupo Sarney na mais completa orfandade.
Ocorre que enfrentar Flávio Dino é um desafio exponencial - mais pelo aspecto estrutural do que propriamente por desempenho político. Dino faz uma gestão apenas regular, em que pese os alardes da propaganda oficial. A segurança pública permanece ruim; a saúde, idem. Existem avanços pontuais na educação e na infraestrutura. Porém, ele conta com o apoio indispensável da máquina pública, que nunca perdeu uma eleição de governador no Maranhão.
Se a eleição fosse hoje, teria certamente mais de 50% dos votos válidos, condição que o tornaria governador já no primeiro turno. Roseana não alcançaria 30%, e os demais candidatos somados chegariam no máximo a 15%, isto na hipótese de Roberto Rocha e Maura Jorge participarem do pleito. Para garantir um segundo turno, seriam necessários alguns ajustes no âmbito da oposição a Flávio Dino.
Por exemplo, que Eduardo Braide entrasse na disputa, numa chapa fortalecida com o apoio de Roberto Rocha. Que Maura Jorge se unisse a Roseana, formando, quem sabe, uma dobradinha, ou pelo menos que a primeira estivesse no grupo da outra. Dependendo do tecido partidário e político que possa costurar, Eduardo Braide pode se tornar o grande nome de 2018, contribuindo decisivamente para levar a eleição para o segundo turno.
Braide representa uma ideia de discurso renovado, embora a sua matriz seja conservadora. Teve desempenho surpreendente em 2016, enfrentando sozinho duas máquinas poderosas. São Luís não é apenas o maior colégio eleitoral do Estado, mas também um centro irradiador, capaz de garantir capilaridade para as demais regiões. Potencialmente, Braide é sem dúvida uma ameaça ao projeto comunista.
Em política, no entanto, nada é definitivo. Como no jogo de xadrez, uma hipótese que se configura em dado momento pode desaparecer em outro, dependendo da movimentação das peças no tabuleiro.
Se me fosse dado aconselhar Roseana Sarney, faria-o levando em conta planos distintos. No âmbito do interesse da oposição, diria que ela deveria sair candidata ao governo. Porém, considerando o projeto político da ex-governadora, o melhor era concorrer ao Senado, assegurar oito anos de mandato e dali retomar os voos majoritários.


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

MULHER DESAPARECIDA EM ALCÂNTARA

Desaparecimento de mulher em
Alcântara continua um mistério

O desaparecimento de Alexandrina Garcia Costa, de 36 anos, continua sendo uma incógnita para a cidade de Alcântara. Alexandrina desapareceu desde a madrugada de domingo para segunda-feira, 20 de novembro. Para parentes, vizinhos e moradores da cidade o mistério pode estar segredado no marido, conhecimento como Cleiton.
Alexandrina, carinhosamente chamada de Lilika, desapareceu na madrugada de domingo, 19 de novembro, após ser vista andando de moto com o marido em vários lugares em Alcântara. A nossa reportagem esteve no Bar do Naildo, depois de receber informação de que, no domingo à noite, Alexandrina e o marido Cleiton estiveram naquele estabelecimento por volta da meia-noite.
Naildo, o dono do bar, é primo de Alexandrina. Ele disse a este jornalista que o casal ficou durante um bom tempo no bar. “Os dois chegaram aqui por volta das 22 horas numa moto. Cleiton pilotando e Alexandrina na garupa. Ele foi mais ali à frente, fez o retorno e estacionou a moto com a frente virada para o centro da cidade. Pediram algumas cervejas. Alexandrina não bebeu. Apenas pediu um saquinho de pipoca e comeu. Cleiton bebeu com outro amigo, que saiu logo depois. Por volta da meia-noite e 30 minutos, eles pediram a conta. O valor deu R$ 37,50. Alexandrina abriu a bolsa, tirou o dinheiro e pagou a conta”, relata Naildo. Foi a última vez que Lilika, como era conhecida, foi vista.
Segundo informação da família, Cleiton só foi à casa da mãe de Alexandrina na quarta-feira, 22, à noite, apesar de ela estar desaparecida desde domingo, 19. “Ele chegou aqui e perguntou se ela havia ligado”, informou Fran, irmã de Alexandrina. Isso foi muito estranho, conta ela.
Alexandrina era funcionária de um hotel da cidade e por não aparecer ao trabalho, o patrão estranhou e foi saber o motivo. A partir daí começou o desespero da família, dos amigos e da população.
Segundo informações, o marido, Cleiton, vinha brigando muito com a esposa ultimamente. E apareceu com arranhões pelo rosto. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Alcântara, mas a polícia não tem demonstrado muito empenho em esclarecer os fatos, segundo reclamação da população e de familiares da mulher desaparecida.
De acordo com familiares, Lilika teria enviado uma mensagem ao filho na quinta-feira (23), por volta das 7h da manhã e de lá prá cá ninguém mais recebeu informações. O celular de Alexandrina está fora de área. As pessoas ligam, mas cai em caixa postal, como se estivesse desligado. Há informações de que o celular foi rastreado e constatado que ele se encontra dentro de Alcântara.
Na suposta mensagem recebida pelo filho, a mãe dizia que iria embora com um outro homem, mas a família acha isso estranho, porque esse não era o perfil da índole de Lilika. “Ela era muito ligada à família. Ela jamais faria uma coisas dessas”, duvida a irmã Fran.
O marido de Alexandrina foi preso no dia 27, após manifestação de familiares e populares. Ele é o principal suspeito do desaparecimento da esposa, principalmente pelos detalhes das investigações jornalísticas que serão publicadas no momento oportuno.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

FALSO MORALISMO

O “ímpeto” da religião interior
O fanatismo religioso é uma epidemia silenciosa que sufoca a abundância da graça; um pecado perigoso disfarçado de santidade.

Por BATTISTA SOAREZ
É pastor, jornalista, escritor, psicopedagogo e mestre em Teologia Pública e Social. É editor e autor de vários livros, entre eles A igreja cidadã e Ser cristão em tempo de crise.


“Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Rm 6.14).
“Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros” (Rm 7.22,23).
“Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
“Jesus é a revelação divina que destrói qualquer religião” (Karl Barth).
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No final de semana passado, estive ministrando aula num polo de uma faculdade de educação no povoado Barro Duro, interior de Tutóia, no Portal do Delta das Américas, litoral maranhense. Pessoas simples, hospitaleiras. Casas com quintais espaçosos e arborizados. O vento que vem do mar sibila o dia inteiro nas folhagens de árvores frondosas, fazendo o ambiente ficar tipicamente agradável. Entre elas, ouve-se o cantarolar de passarinhos festejando a alegria por ainda ter vegetação, para felicidade das espécies silvestres. Algumas em extinção, por causa da agressão humana à natureza. Outras, como a pitangus sulphuratus — ave passeriforme tiranídea popularmente conhecida no Brasil como “bem-te-vi” — procuram se esconder em lugares inusitados, na tentativa de reduzir a possibilidade de sua total extinção. Se bem que a vegetação está perdendo para o processo de urbanização e, portanto, cada vez mais os pássaros perdem seu espaço no meio-ambiente.
A aula estava maravilhosamente divertida. Na sala, a maioria era representada por mulheres. Aliás, temos de reconhecer que elas tomaram o mercado. A vaidade, de salto alto e batom, invadiu mesmo o mundo. Conquistou todos os espaços. Assumiu posição e poder. Só não se sabe o futuro disto. Porque vaidade e poder, juntos, representam perigo. Tanto quanto a arrogância e o machismo dos homens.
No intervalo da aula, não tinha lanche. E, como sou diabético, não podia ficar sem lanchar. Por causa da taxa glicêmica, obviamente. Do outro lado da rua, entretanto, tinha um comércio aberto, apesar de ser domingo. Dirigi-me para lá rapidamente, na intenção de fazer o lanche.
Tem suco sem açúcar? perguntei ao atendente.
Tem não, senhor respondeu um rapaz jovem, de mais ou menos 26 anos.
Tem biscoito integral?
Tem não, senhor. Zero só tem refrigerante finalizou o rapaz, descartando qualquer possibilidade de eu continuar explorando os produtos de seu estabelecimento que eu pudesse degustar.
Aquele moço era o proprietário do estabelecimento. Ao lado dele, uma mocinha loira, jovem, de mais ou menos 18 anos, o ajudava nas atividades de venda. Era a sua esposa.
O senhor é crente? quis saber o rapaz sem pestanejar.
Sim. Sou respondi.
Logo a gente vê. O crente é diferente disse o rapaz, olhando para as minhas vestes, perguntando de qual igreja eu era, com certo ar de altivez religiosa.
Ele explicou que percebeu pelo meu jeito de vestir. Eu estava trajado com calça social, camisa manga longa e sapatos pretos bem engraxados. Típico de uma espiritualidade estereotipada, que normalmente os religiosos fanáticos usam para figurar uma santidade aparente.
Eu e minha esposa somos crentes argumentou ele, apontando para a mocinha loira ao lado, que estava séria, calada, olhar acabrunhado.
Ah, olá! Muito prazer! dirigi-me a ela, que se manteve calada e de cabeça baixa.
De maneira forte, altiva, veemente, o rapaz me perguntou se, em São Luís, as mulheres crentes “usam calça”, se “usam batom”, se “pintam unhas”, se “cortam cabelos”. Eu fiquei meio sem jeito, sem saber o que responder... Isto porque, há tempos, me desliguei desse evangelho da idolatria à indumentária, aos usos e costumes, da religião do naturalismo anti-social. Além disso, tenho pregado quer falando, quer escrevendo o evangelho da justiça de Deus: a misericórdia, o perdão, o amor incondicional, a paz, o respeito à vida, a união do corpo de Cristo, o fazer espiritual no âmbito da justiça social. E, é claro, outros princípios cristocêntricos do Sermão da Montanha., pouco seguido pela maioria dos cristãos
Mas o rapaz me olhava, formulando perguntas e me fazendo concordar com o que eu não queria concordar. Queria que eu confirmasse que “é pecado” aquilo que a Bíblia não diz que é. Mas a religião da idolatria evangélica sempre tem um jeitinho de “postar” nas Escrituras aquilo que Jesus não falou, aquilo que Deus nunca disse, nem os profetas preconizaram. Mas o jovem comerciante insistia em afirmar “coisas”, num ímpeto de religiosidade estranha.
Você sabe, não é, pastor? Mulher usar calça é pecado. Deus não aprova isso acrescentou ele.
Éh. Tem umas mesmo que não combinam. Não fica legal. Uma bela saia ou vestido ficam melhor dizia eu sem querer desapontá-lo.
Pintar unhas é coisa do diabo, né, pastor? insistia o rapaz, ao lado da esposa que apenas me observava, calada, parecendo esconder, no fundo do coração da vaidade feminina, o desejo de discordar do marido.
Mas a moça, jovem e bonita, parecia privar as respostas com um meio silêncio tristonho, com um cerrar de lábios pouco feliz e olhar desconfiado e sério.
Éh. Há alguns exageros por aí respondi.
Cortar cabelo é outra coisa satânica. Você sabe, né, pastor?
Ãhãn! assentia eu, ainda sem querer decepcioná-lo. Às vezes, não pega bem, dependendo do perfil físico da mulher.
Sabe, pastor, tem muito crente que vai pro inferno. Né, pastor? Tá na igreja, mas não está salvo. Você concorda, pastor? provocou ele, com seu aspecto sisudo e austero.
É verdade disse eu. Há pessoas que ainda não nasceram de novo. São apenas religiosas. Ainda não conseguem enxergar o evangelho pelo viés da salvação genuína. E parecem que nunca vão conseguir. O espírito da religião causa uma cegueira terrível, irmão, uma confusão infeliz entre graça e legalismo. Os crentes não conseguem ver a autêntica suficiência da salvação pelo aspecto da cruz. A salvação é de graça, mas os crentes religiosos sempre acham que não. Preferem andar pelo caminho obscuro do fanatismo pálido e infeliz. Para alguns, o sacrifício do Cristo não foi suficiente. Muitos crentes acham que precisam fazer um esforço tosco e sem nexo nas Escrituras: procuram, então, colar “remendo de pano novo em vestes velhas” (Mateus 9.16) ou remendos velhos em roupa nova. Parecem querer ensinar Jesus a trabalhar no coração do homem, quando deveriam atentar para o que Ele nos ensina. Querem ajudar o Cristo no processo da redenção. Parecem querer administrar o universo no lugar do Criador. E, com tudo isso, acabam criando um “outro evangelho”.
Mas o que o senhor acha, pastor? insistia o irmão comerciante, mesmo depois da minha resposta.
Acho, sinceramente, irmão, que a liderança cristã precisa estudar para ensinar os crentes a enxergar o Evangelho biblicamente correto. Os crentes precisam estudar. Ler mais a Bíblia. Se aprofundar na cultura bíblica. Buscar profundamente intimidade com Deus para que o Espírito Santo lhes dê sabedoria e conhecimento.
É verdade, pastor! concordou o rapaz, sempre enfatizando as “doutrinas” sufocantes da religião evangélica.
Finalmente, terminou o intervalo, e chegou a hora de eu voltar à sala de aula. E eu dei graças a Deus.
Mais tarde, o motorista que me levou de volta ao hotel, ao passar em frente de uma igreja evangélica, comentou:
Professor, os pastores desta cidade são tudo safados. Tudo corruptos.
Eu fiquei indiferente com aquela súbita informação-afirmativa, e perguntei por quê?
Esse pastor aí disse ele, apontando para a igreja me pediu seis mil reais para fazer os crentes votarem na minha esposa que é candidata a vereadora.
É mesmo? espantei-me.
É! E ele já pegou dinheiro do prefeito para apoiá-lo e fazer a igreja ficar do lado do prefeito, que está tentando se reeleger.
Fiquei estarrecido e me questionando: que igreja é essa que prega para mulheres que é pecado usar calça, batom, aparar cabelos e pintar unhas e, ao mesmo tempo, mete a mão no bolo da corrupção política? Depois de tudo ainda têm a coarem de, no culto, levantar a mão suja para o alto e gritar “amém!, glória a Deus!, aleluia, irmãos!”. Não tem jeito. Precisamos estudar as Escrituras e orar. Do contrário, a igreja estará perdida no labirinto da hipocrisia religiosa. Sem precedentes. Mas o apóstolo Paulo nos alerta:
“O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honrar uns aos outros. No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.9-11).
“Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões... Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não podes tropeço ou escândalo ao vosso irmão. Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura” (Rm 14.1; 13,14).
Refletir sobre estas palavras da Bíblia me faz entender que precisamos rever nosso conceito de conduta cristã e reorganizar a nossa vida com Deus. A ética da vergonha, no âmbito da moral religiosa, é o princípio da busca de santidade em Cristo Jesus, o Senhor. Santidade, na minha opinião, é caráter. Se temos caráter, temos santidade em Deus. Se não o temos, a santidade está longe de nós. Se temos caráter, temos espiritualidade. Se não temos caráter, somos apenas falsidade.
Como escreveu Voltaire, “é assim que se vê, neste vasto quadro de demência humana, os sentimentos dos teólogos, a superstição dos povos e o fanatismo: variados, mas sempre os mesmos ao lançar a terra em brutalidade e calamidade”.

É preciso se divorciar da religião para poder se amar a Deus. A Bíblia ensina que não se pode amar a dois senhores: ou se ama a lei (a religião) ou a graça (a vida abundante em Deus), conforme se pode lê em Romanos 10.4.

sábado, 7 de outubro de 2017

ALCÂNTARA – MARANHÃO

Secretaria de Assistência Social faz campanha de prevenção ao suicídio
BATTISTA SOAREZ
Do Jornal Itaqui-Bacanga

Fotos: José Lindoso


Campanha sobre o "Setembro Amarelo" alerta sobre o suicídio.

Com participação da Secretaria Municipal de Educação, escolas, igrejas e outras instituições públicas e privadas, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Mulher e Igualdade Racial (SEMDES) de Alcântara realizou hoje, dia 29 de setembro de 2017, campanha contra o suicídio, denominada “Setembro Amarelo”. O CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e o SCFV (Sentro de Convivência e Fortalecimento de Vínculo) participaram efetivamente da campanha.

A secretária Menca Nascimento falou à reportagem sobre a campanha.

Segundo a secretária de Assistência Social do município, Menca Nascimento, a campanha é uma mobilização que acontece em momento oportuno porque, diante de uma sociedade deprimida e desesperançada, as pessoas vivem em absoluta situação de desamparo e desespero. Por isso tem aumentado o número de suicídio no Brasil. E Alcântara, para ela, não está longe dessa realidade. Embora não se tenha registros tão efetivos, a prevenção é sempre uma boa ação. “Diante de uma situação deprimente, qualquer que seja ela, viver é a melhor opção”, destacou a secretária.

Menca Nascimento, Secretária de Desenv. Social de Alcântara.

A secretária aproveitou a oportunidade para protestar contra a política do presidente Michel Temer que quer cortar 98% do orçamento da política de assistência social no país. “Fica aqui o nosso repúdio contra essa atitude do governo federal, que está fazendo um verdadeiro desmonte na política de assistência social em nosso país”, ponderou ela.

Na ocasião, a presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), a pedagoga Rosilene, ressaltou a importância de respeitar a vida em tempos de indecisão, dificuldades e tormentas nos vários setores da sociedade contemporânea. “Prevenir o suicídio é uma questão de respeito à vida. O prazer de viver é a maior demonstração de felicidade e respeito à própria vida”, disse ela.

A assistente social e assessora técnica da SEMDES, Flor de Maria, também chamou a atenção para a importância da vida. “Vamos valorizar a vida. Viver é importante. Não há problema maior do que a importância da vida. Por isso, ama-se e ame a sua vida”, enfatizou.
A caminhada aconteceu da Praça do Galo até à Praça da Matriz

O vereador Claudielson Guterres falou em nome da Câmara Municipal de Alcântara e ressaltou a importância do papel da escola junto à família na prevenção do suicídio. “O papel da educação é fundamental nesse sentido. A escola sempre está mais próxima das famílias e pode orientar aos pais como observar e como orientar a seus filhos”, disse o vereador.

O assistente social do CREAS, João Batista Pestana Soares, também chamou a atenção para o amor à vida, o papel da família na orientação dos filhos e do abuso no uso de drogas. “Além de outras formas de suicídio, há o uso de drogas que, geralmente, as pessoas começam na juventude, vão se matando lentamente e morrem na fase adulta de uma forma cruel. O uso de drogas é o pior tipo de suicídio, porque vai matando a pessoa usuária lentamente, da forma mais cruel que se pode imaginar, como numa cena de absoluta tortura”, pontuou ele, chamando a atenção para a importância de se perceber os sintomas do suicídio e intervir na situação antes que tudo seja consumado.

O jornalista e escritor Battista Soarez também discursou no evento

Normalmente, os principais sintomas e causas do suicídio são comportamento retraído, dificuldade de relacionamento, alcoolismo, mudança de humor, irritabilidade, pessimismo, apatia, depressão, ansiedade, sentimento de culpa, solidão, impotência, desesperança, perda de sono, doenças graves e outras situações de crises existenciais.