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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Proposta de Mical Damasceno é mal interpretada pela crítica midiática e por defensores de ideologias feministas | Por Battista Soarez

COLUNA LEITURA LIVRE 
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Por Battista Soarez
(Jornalista e escritor)

Proposta de Mical Damasceno é mal interpretada pela crítica midiática e por defensores de ideologias feministas
No seu discurso desta quinta-feira (18), a parlamentar deixou claro que defende os direitos da mulher, mas sem ignorar o valor do homem na sociedade familiar

Deputada Mical Damasceno em seu pronunciamento na ALEMA | Foto: Divulgação 
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A DEPUTADA ESTADUAL MICAL DAMASCENO (PSD) foi extremamente mal interpretada ao propor, nesta quarta-feira (17), que apenas homens participem de uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA) no Dia da Família, que é comemorado em 15 de maio.

P U B L I C I D A D E

Nesta quinta-feira (18), Mical voltou a defender a sua ideia, mas desta vez esclareceu que jamais teve a intenção de desmerecer o valor e o papel da mulher na sociedade. "Eu defendo o direito da mulher, mas temos de reconhecer que, segundo as Escrituras Sagradas, o homem é o cabeça da família, assim como Cristo é o cabeça da Igreja", ponderou a parlamentar.

Na quarta-feira, a deputada fez referência de que, no 15 de maio, "nós comemoramos o Dia da Família", expondo o fato de que passou pelo seu coração a ideia de encher o plenário da Assembleia Legislativa de homens para chamar a atenção da sociedade de que é deles o papel de ser autoridade no ambiente familiar. "Acredito que seja divina", disse ela, se referindo  à ideia da proposta, numa menção de sua fé e comunhão com Deus.

A parlamentar disse, ainda, que a mulher "deve submissão ao marido". Só que essa não é uma ideia da parlamentar, mas da Bíblia, quando se refere à harmonia no lar. "Doa a quem doer", disse ela. Esse destaque de Mical foi apenas uma maneira de ela deixar evidente o fato de que essa é uma verdade fundamental no tocante ao plano do Criador. A família, assim como o universo de modo geral, foi criada pela inquestionável sabedoria de Deus, e não é o homem, como criatura, que vai mudar essa realidade.

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Submissão é respeito e obediência. E respeito e obediência são virtudes e não malignidades. A mulher ser submissa ao marido e o marido ser submisso à mulher são virtudes condicionantes para que haja concordância e harmonia na relação familiar. O contrário disso é desobediência e opressão. Opressão não tem nada a ver com submissão. E desobediência é rebeldia. Portanto, desobediência e opressão são comportamentos violentos, que incitam violência. E o que vai conter isso é exatamente uma postura de respeitabilidade e obediência: são virtudes importantes para a paz no lar. Isto é possível se houver respeito e obediência entre marido e mulher.

Não pode haver nem machismo, nem feminismo. Nem misoginia, nem misandria. Aliás, o feminismo é tão perigoso quanto o machismo. Portanto, mutualidade entre homem e mulher é uma questão que deve ser levada a sério pedagogimente.

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A fala da deputada se reportou ao feminismo como um grupo que defende a igualdade de gênero, mas que isso desconstrói o princípio da harmonia no lar. "As feministas defendem que tenha esse direito de igualdade. Elas querem estar sempre em uma guerra contra o homem", destacou a parlamentar, no sentido de que homem e mulher, em pé de igualdade, têm cada um seu papel e seus direitos. O homem tem como obrigação o papel de proteger a mulher, cuidar e zelar por ela e ainda ser o provedor da família. A parlamentar, que é filha de pastor e, portantto, criada em ambiente cristão, sempre defendeu e continua defendendo os bons princípios sociais e familiares.

Quando a deputada Mical Damasceno diz que  "o homem é o cabeça da família", ela simplesmente está reafirmando um princípio divino que é fundamental para estabelecimento da paz, do respeito, do reconhecimento e da harmonia que deve existir na relação entre os opostos. E é isso que a inteligência midiática e os movimentos de pensamento socialista não  conseguem alcançar em questão de entendimento. O que Mical quer  assim como toda pessoa de pensamento conservador  é que haja ordem e respeitabilidade na família. O homem é autoridade, protetor e provedor na família. A mulher é auxiliadora do homem nos papéis que compreendem a sua competência, com as funções que lhe cabem.

Numa coerência inteligente, a Assembleia Legislativa do Maranhão informou que a sessão solene em comemoração ao dia da família, proposta pela deputada Mical Damasceno, será aberta à participação de homens e mulheres. "Sobre o pronunciamento da deputada Mical, ocorrido nesta quarta-feira (17), de que o ato tenha apenas a presença de homens, trata-se de uma opinião da parlamentar, respeitada dentro da pluralidade que compõe o parlamento estadual, que representa todos os segmentos  da sociedade maranhense, em suas diversas forças políticas e linhas ideológicas", disse, em nota, a ALEMA. Nessa fala da Assembleia Legislativa estão inclusos, é claro, homem e mulher.

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